Visitante
Brinquedoteca
Sobre a Ação
202203001235
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
14/04/2025
19/12/2025
202104000205 - Atividades Lúdicas para a promoção de aprendizagem e desenvolvimento
Dados do Coordenador
flávia gonçalves da silva
Caracterização da Ação
Ciências Humanas
Educação
Educação
Infância e adolescência
Municipal
Não
Sim
Não
Dentro do campus
Tarde
Não
Membros
O projeto de extensão “Brinquedoteca” tem como objetivo principal promover o desenvolvimento e aprendizagem de crianças matriculadas nas CMEIs de Diamantina, por meio das atividades lúdicas. O projeto acontecerá duas vezes na semana; um dia receberá turmas dos dois últimos anos da educação infantil das instituições municipais e outro dia atenderá crianças que tem diagnóstico de TEA, que também são estudantes das CMEIs. O atendimento específico para estas crianças não as exclui das visitas à brin
atividades lúdicas; desenvolvimento; aprendizagem; educação física
As atividades lúdicas, em especial os jogos e brincadeiras, oferecem grande potencial educativo e correspondem a um patrimônio cultural da humanidade. Em todas as culturas essas atividades mostram seu valor e contribuição no processo de desenvolvimento humano, por possibilitar aos indivíduos expressarem seus sentimentos e as formas como pensam o mundo, além de se apropriarem da realidade e poder intervir nela, reproduzindo o que se vivencia, além de poder promover interação social e prazer (Fátima; Silva, 2013; Facci, 2004; Picollo, 2010; Magalhães; Mesquita, 2014). Nesta perspectiva, o projeto Brinquedoteca, que existe desde 2014, tem por objetivo possibilitar aos usuários momentos de lazer e desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo, por meio de atividades lúdicas, possibilitando também a interação entre eles. Entre 2014 e 2019, o projeto atendeu crianças que chegavam espontaneamente, filhos de membros da comunidade acadêmica, com atividades planejadas tendo em vista suas potencialidades e dificuldades, já que elas frequentavam o espaço com regularidade. No entanto, a partir de 2023, em parceria com a secretaria municipal de educação de Diamantina, o projeto Brinquedoteca atende duas vezes por semana crianças matriculadas nos dois últimos anos nos Centros de Educação Infantil – CMEIs (60 crianças por semana), que vem acompanhadas por seus professores. Parte significativa deste público são de famílias de baixa renda, logo tem pouco acesso a atividades culturais e lúdicas, e encontram na brinquedoteca diversos brinquedos e atividades planejadas voltadas para a recreação e desenvolvimento das crianças, com a mediação dos monitores do curso de Educação Física. Em 2024, além do atendimento de turmas regulares da Educação Infantil, o projeto Brinquedoteca também atendeu um grupo de 6 crianças, matriculadas na rede municipal de ensino também da educação infantil, que tem o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista. O atendimento a este público específico foi motivado pela identificação de um número significativo de crianças com tal diagnóstico nas turmas que frequentaram a brinquedoteca em 2023, seja no desenvolvimento das atividades feita pelos monitores como também pela fala dos professores que levaram as crianças no projeto. Algumas dificuldades enfrentadas pelas crianças com tal desenvolvimento atípico, como nas habilidades motoras, sociais e na participação de atividades lúdicas coletivas, impulsionou a estruturar um conjunto de atividades, planejadas cuidadosamente e direcionadas para este público, de tal modo a promover melhor desenvolvimento para elas. Importante destacar que os monitores que conduziram este projeto são dos cursos de educação física (licenciatura e Bacharelado), que tem por objetivo o estudo/intervenção da cultura corporal do movimento, com a interface com as áreas da saúde e educação (Silva, 2016; Nascimento, 2018). Este projeto tem propiciado a estes futuros profissionais maior conhecimento sobre as atividades lúdicas como um meio que auxilia na aprendizagem e desenvolvimento da criança, que pode ser generalizado para outras situações de sua prática, além de oferecer maior conhecimento sobre as especificidades do desenvolvimento, seja ele regular ou atípico.
O projeto Brinquedoteca tem como coordenadores e membros da equipe docentes do curso de Educação Física que atuam em diferentes áreas como o lazer, a educação especial e a psicologia. A integração destes saberes, articulados tanto no projeto como nas unidades curriculares ministradas pelos docentes envolvidos no curso de Educação Física, tem possibilitado aos monitores que participam do projeto conhecimento e formação mais amplos e sólidos, tendo como eixo norteador as atividades lúdicas, que para a educação física, são objeto de estudo/intervenção e meio para alcançar diversas finalidades, sejam elas terapêuticas ou pedagógicas. Para o projeto Brinquedoteca destaca-se a potencialidade das atividades lúdicas para a promoção de desenvolvimento e aprendizagem, especialmente para crianças, em situações de desenvolvimento regular e atípico. Diante da diversidade teórica na compreensão das atividades lúdicas, optou-se por uma vertente teórica da Psicologia Histórico-Cultural (PHC). Essa teoria psicológica, que tem em Vigotski (1995; 1996) o autor mais conhecido no Brasil, postula que o desenvolvimento humano depende das condições sociais e históricas de vida de cada indivíduo, tendo na atividade e linguagem como formas principais de se apropriar e se objetivar no mundo, formando seu psiquismo. Os autores da PHC entendem que as atividades lúdicas têm um papel fundamental no desenvolvimento psicológico, especialmente entre os 3 e 6 anos (etapa denominada de período escolar), pois é a partir delas que a criança mais se apropria do mundo e se objetiva nele (Leontiev, 1978). Isso porque enquanto brinca a criança pode operar com os objetos que faz parte de seu mundo e com os que fazem parte do mundo adulto, solucionando a contradição vivenciada por ela de ter a necessidade de manipular diferentes objetos, mas não ter a habilidade de fazê-lo no mundo real (Leontiev, 1978, Mukhina, 1995). É pelo brincar que a criança pode ser e agir como mãe, pai, professor, motorista, astronauta, super-herói, e executa a atividade a partir das condições que se tem: com uma caixa de papelão pode-se fazer um carro e uma tampa de plástico o volante, permitindo a criança “dirigir” um automóvel, ou ainda com um cabo de vassoura “galopar em um cavalo”. Assim, apesar da criança ter que ter energia para brincar, e poder ter prazer nessa atividade, o que a impulsiona a brincar é o próprio processo de brincar (Leontiev, 1978, Mukhina, 1995). A imaginação é uma função psíquica importante, podendo acompanhar todo o processo do brincar. A imaginação é uma atividade tipicamente humana, criadora de algo novo (Vigotski, 1996). O tecido material da imaginação é a experiência acumulada pelo indivíduo, logo está sempre relacionada com a realidade. Enquanto brinca a criança faz generalizações, independente das condições objetivas dessa atividade. Exemplo: Na brincadeira, apesar da criança imitar alguém que viu, ela não imita especificamente a pessoa, mas todas aquelas que desempenham os papéis imitados (ocorre uma ação generalizada) (Picollo, 2010; Magalhães; Mesquita, 2014). Por isso é importante observar a criança enquanto ela brinca, pois ela revela as formas como ela generaliza o mundo que vivencia, direta ou indiretamente, e como está se apropriando dele, quais são suas dificuldades, medos, anseios, dúvidas. Há dois tipos de atividades lúdicas, o brincar (jogo protagonizado, de faz de conta) e os jogos com regras. Diferentemente do brincar, no jogo com regras o que é fixo são as regras, e não mais a situação imaginária ou o papel do lúdico que caracteriza o brincar. A possibilidade de a criança poder jogar está no fato que seu psiquismo a permite entender a necessidade lógica das regras, por já poder pensar por meio de conceitos, mesmo que precários, e resolver problemas a partir deles. Outra característica do jogo é que além da criança se relacionar com objetos, também há o envolvimento de relações sociais com pessoas, o que pode fazer dele algo mais motivador que o brincar. No jogo com regras há um objetivo a ser alcançado (que não tem no brincar), mas isso não o torna produtivo, pois o sentido para alcançar a meta está no próprio processo do jogo, nas condições para a sua execução, assim como o brincar. Saber usar e cumprir regras no jogo possibilita a generalização para outras situações que não são lúdicas, pois além da aprendizagem de diferentes habilidades, valores morais e éticos, propicia também o desenvolvimento da própria personalidade, especialmente quando se usa jogos com regras complexas (duplos objetivos, por exemplo) (Leontiev, 1978). Todas as potencialidades acima mencionadas sobre as atividades lúdicas evidenciam sua importância para o desenvolvimento da criança. As crianças das CMEIs que vem frequentando o projeto Brinquedoteca desde 2023, tem vivenciado diferentes expressões das atividades lúdicas. Enquanto brincam e jogam, as crianças têm diferentes experiências motoras, cognitivas e afetivas, que as vezes lhe são desafiadoras, e com a mediação dos monitores, conseguem superá-las, ocasionando um impulso no desenvolvimento enquanto se divertem. As professoras que acompanham as crianças também se beneficiam do projeto, pois ao observarem diferentes formas de brincar e jogar, acabam se inspirando para desenvolverem algumas das atividades nas escolas onde lecionam. Vale ressaltar que as 6 crianças com diagnóstico de TEA que foram atendidas no Projeto Brinquedoteca entre maio e novembro de 2024 também se beneficiaram de forma significativa com as atividades planejadas e desenvolvidas exclusivamente com elas. Esse benefício foi observado pelos membros da equipe da brinquedoteca ao longo das diversas atividades lúdicas (melhora em algumas habilidades psicomotoras e nas relações sociais e afetivas), pelo relato das professoras de apoio que acompanharam as crianças no projeto e pelos familiares delas, em reunião que aconteceu ao final do projeto. Importante ressaltar que o atendimento específico para estas crianças não as excluiu das visitas à brinquedoteca junto com sua turma, mas, o fato de terem um desenvolvimento atípico, necessitavam de um apoio especial para que o desenvolvimento e a aprendizagem pudesse ser alcançado visando o máximo de suas possibilidades. O TEA é um tipo de transtorno do neurodesenvolvimento, que tem como alguns dos critérios de diagnóstico atrasos significativos na comunicação e interação social, padrões restritos e repetitivos de comportamento, atividades ou interesses, hiper ou hiporreatividade sensorial, além de algumas dificuldades motoras e cognitivas, podendo ser de nível I (não necessita de apoio), nível II (necessita de apoio) e nível III (necessita de muito apoio) (APA, 2014). Desde 2014, o TEA passou a ser entendido como espectro, tendo em vista a heterogeneidade de seus sintomas e manifestações, que podem ser mais ou menos evidentes em algumas pessoas (APA, 2014). Outra característica importante em relação ao TEA, especialmente em crianças, se refere ao tipo de jogos e brincadeiras que se envolvem. As dificuldades características do TEA, como nas interações com o outro, na compreensão simbólica e de emoções e interesse restrito por objetivos, além de comportamentos estereotipados, são vistos como comprometedores para o desenvolvimento das atividades lúdicas, pois as crianças preferem brincar com objetos e não com pessoas, usando-os de modo descontextualizado e disfuncional (APA, 2014). Por outro lado, entende-se que tais formas de brincadeiras e jogos nas crianças com TEA se referem muito mais a falta de experiências e estimulação adequada as suas necessidades de desenvolvimento, do que os aspectos determinantes do transtorno, mesmo que sejam orgânicos. Tal afirmação se fundamenta nos estudos desenvolvidos por Bagarolo, Ribeiro e Panhoca (2013), Moura, Santos e Marquesini (2021) e nas observações das intervenções feitas na Brinquedoteca com as 6 crianças participantes que tinham TEA. Apesar das crianças apresentarem dificuldades na linguagem oral e em alguns padrões psicomotores, especialmente equilíbrio e saltos, o envolvimento delas nas atividades lúdicas propostas, especialmente quando há brincar de faz de conta em que elas precisam se imaginar em um jogo de videogame ou estão em uma floresta e que são determinados animais, não difere das crianças com desenvolvimento regular que também frequentam a brinquedoteca. Foi evidente a melhora em alguns comportamentos psicomotores das crianças que antes apresentavam maior dificuldade, bem como na interação entre elas e delas com os monitores. A partir do exposto, o projeto Brinquedoteca vem demonstrando importância para a comunidade externa que atende, e vem articulando diversos saberes relacionados ao campo da saúde e da educação, como a psicologia, o lazer e a educação especial, tanto no projeto como também nas unidades curriculares que os professores envolvidos no projeto ministram, e os monitores em outras disciplinas que estão matriculados. Destaca-se também a potencialidade de pesquisa, especialmente sobre o TEA, que vem aumentando significativamente o número de diagnósticos. Entende-se que a partir da extensão, ficará mais evidentes algumas lacunas que poderão ser respondidas em uma investigação científica, seja por meio de um TCC ou IC.
O projeto de extensão “Brinquedoteca” tem como objetivo principal promover o desenvolvimento e aprendizagem de crianças matriculadas nas CMEIs de Diamantina, por meio das atividades lúdicas. Como objetivos específicos, pretendemos: Promover o desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo da criança com desenvolvimento regular e atípico, especificamente as que tem TEA; Propiciar a criança participação nas atividades lúdicas, estabelecendo relações construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas de si e dos demais; Propiciar a criança meios de objetivar suas formas de compreender o mundo e de dele se apropriar; Propiciar momentos de lazer e recreação; Promover a interatividade/comunicação entre elas; Estimular a criatividade, a auto-estima, o humor, a iniciativa e a socialização das crianças; Qualificar a formação profissional dos monitores extensionistas e da equipe de professores por meio da interação com as professoras responsáveis pelas crianças Qualificar a formação profissional das professoras que acompanham as crianças pelo contato com a equipe de professores e monitores do projeto.
• Promover a participação de crianças matriculadas nas CMEIs como extensionistas do projeto (estima-se que em torno de 500 crianças); • Melhorar alguns aspectos do desenvolvimento (motor, cognitivo, afetivo) das crianças com TEA (das 6 que participaram do projeto em 2024 e inserir outras crianças no segundo semestre); • Aprimorar o conhecimento da equipe executora do projeto em relação ao desenvolvimento infantil em situação regular e atípica, especialmente em caso de TEA; • Promover e participar de ações de extensão relacionadas ao projeto para a comunidade em geral (cursos de curta duração, oficinas, palestras, apresentação de coreografia etc.).
As atividades lúdicas serão adequadas a faixa etária da criança e sua condição física/psicológica, priorizando os aspectos da cultura e do folclore brasileiros. Desse modo, jogos e brincadeiras tradicionais, histórias, músicas e dramatizações serão propostas, bem como jogos cooperativos voltados para o desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas. PARTICIPANTES Aproximadamente 500 crianças matriculadas nas CMEIs de Diamantina e as professoras que as acompanharão na Brinquedoteca. PROCEDIMENTOS As atividades serão desenvolvidas em dois dias (segunda e terça-feira), um para atender as turmas de crianças das CMEIs (30 crianças por dia) e um dia para atender as crianças com diagnóstico de TEA. Cada encontro terá duração de uma hora e meia. Intervenção com as turmas de crianças – terça-feira, das 14h às 15h30 As atividades com as turmas serão divididas em três momentos: - dirigidas, na área externa da brinquedoteca: o jogos lúdicos que exijam habilidades motoras esperadas para a idade das crianças (equilíbrio, lateralidade, saltos, coordenação motora) e habilidades cognitivas que exijam atenção, memorização e raciocínio lógico). - livre escolha, dentro da brinquedoteca: as crianças podem escolher os jogos e brincadeiras que querem desenvolver, contando com o auxílio e participação contínua dos monitores. - contação de história: os monitores contam histórias da literatura infantil mundial e brasileira, com uso de fantoches e dedoches. As atividades dirigidas e de contação de histórias serão previamente planejadas pelos monitores, de acordo com a idade das crianças que vão na brinquedoteca no dia. Intervenção com as crianças com diagnóstico de TEA - segunda-feira, das 14h às 15h30 As atividades com as crianças sserão divididas em dois momentos: - livre escolha, dentro da brinquedoteca: as crianças podem escolher os jogos e brincadeiras que querem desenvolver, contando com o auxílio e participação contínua dos monitores. - dirigidas, na área externa da brinquedoteca, na brinquedoteca ou no ginásio de ginástica: o jogos lúdicos que exijam habilidades motoras esperadas para a idade das crianças (equilíbrio, lateralidade, saltos, coordenação motora) e habilidades cognitivas que exijam atenção, memorização e raciocínio lógico. Todos as atividades desenvolvidas com as crianças que tem TEA serão registrados em um relatório de atividades, com detalhamento do que foi planejado, desenvolvido e o desempenho dos participantes. Além deste registro, fotografias e filmagens serão feitas como outro meio de observação do desenvolvimento das crianças. Semanalmente as coordenadoras do projeto e os monitores se reunirão, por duas horas e meia, para discussão da atividade desenvolvida na semana anterior, a partir dos registros feitos, planejamento para as atividades desenvolvidas na semana seguinte e estudo teórico sobre desenvolvimento, aprendizagem, atividades lúdicas e TEA, de acordo com as necessidades identificadas pela equipe ao longo da execução do projeto.
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O projeto vai atender prioritariamente as crianças matriculadas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) do município de Diamantina. Neste sentido, a coordenação do projeto estará em contato constante com a secretaria de educação e com as professoras e educadoras que acompanharão as crianças na brinquedoteca, de tal modo a promover um diálogo constante sobre as necessidades do público atendido e as possibilidades de atendimento destas a partir do projeto.
A construção do projeto envolve docentes do curso de Educação Física formados em Educação Física e Psicologia, de tal modo a possibilitar a interdisciplinaridade, para que as atividades lúdicas possam de fato promover desenvolvimento e aprendizagem, considerando as especificidades do público participante e a educação física como área de intervenção. O constante contato com a secretaria de educação e os professores das CMEIs também possibilita a interprofissionalidade de profissionais da educação com distintas formações
O tema das atividades lúdicas é tratado no curso de Educação Física em diferentes unidades curriculares sob diferentes perspectivas. Apenas como exemplo, as atividades lúdicas são tratadas em uma disciplina específica, na perspectiva da educação física e também na disciplina Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem, pelo víes da psicologia. Deste modo, fica evidente a indissociabilidade entre ensino e extensão, tanto pelos conteúdos teóricos que são ministrados nestas em em outras disciplinas, como também na realização de Práticas Como Componente Curricular. A pesquisa também pode ser desenvolvida, como já aconteceu neste projeto em anos anteriores, especialmente na elaboração de TCCs.
A brinquedoteca conta com a participação de discentes voluntários do curso de Educação Física (licenciatura e bacharelado) e outros cursos de licenciatura, que devem cumprir no mínimo 2 horas de atividades semanais por pelo menos um semestre letivo, para ter direito ao certificado de monitor do projeto. Nestas atividades, além de desenvolver atividades com as crianças matriculadas nas CMEIs, os monitores devem fazer leituras de textos indicados pelos docentes envolvidos no projeto, bem como discussão dos mesmos e de possibilidades de intervenção.
O projeto possibilita as crianças atendidas ter acesso a um espaço e equipamentos (brinquedos) que não fazem parte do seu cotidiano escolar e as vezes familiar. Ao mesmo tempo, o público atendido receberá atendimento de estudantes do curso de Educação Física, que podem direcionar as atividade lúdicas de modo peculiar, considerando as especificidades do futuro profissional, considerando que neste nível educacional não há a inserção do professor de educação física nas CMEIs.
Pela secretaria municipal de educação.
Público-alvo
Crianças matriculadas nas CMEIs com desenvolvimento típico e atípico, especificamente TEA.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 6 h
- Manhã;
Planejamento das atividades a ser realizada com as crianças
- Tarde;
Intervenção na brinquedoteca com o público alvo
- Tarde;
Elaboração do relatório final com a equipe de monitores