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Ações de educação ambiental na promoção de práticas em sustentabilidade territorial
Sobre a Ação
202203001257
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
10/04/2025
31/12/2026
Dados do Coordenador
elton santos franco
Caracterização da Ação
Engenharias
Meio Ambiente
Educação
Questões ambientais
Nacional
Não
Não
Sim
Dentro e Fora do campus
Integral
Sim
Membros
A proposta tem como objetivo principal sensibilizar e mobilizar comunidades locais para a adoção de práticas sustentáveis que promovam a preservação ambiental e o uso consciente dos recursos naturais em seus territórios. O projeto prevê o engajamento da comunidade acadêmica e externa, além do monitoramento contínuo das atividades e a produção de resultados científicos.
Educação Ambiental, Ações Ambientais, Ecotécnicas.
A Educação Ambiental (EA) é uma ferramenta essencial para sensibilizar a sociedade sobre os problemas ambientais e incentivar mudanças de hábitos e comportamentos prejudiciais ao meio ambiente (DIAS, 2004). Como proposta educativa, a EA se configura como um elemento estruturante e identitário capaz de capaz de promover uma formação crítica, crítica, participativa, transformadora e emancipatória, permitindo que os indivíduos se tornem responsáveis e aptos a fomentar a ética e a cidadania ambiental (BRASIL, 1998; 1999; CARVALHO, 2008). A extensão universitária desempenha um papel fundamental nessa relação entre universidade e sociedade, sendo compreendida como um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político. Sob o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, ela favorece uma interação transformadora entre universidade e outros setores da sociedade (MADEIRA et al, 2013). Nas últimas décadas, tem-se observado um crescimento significativo dos movimentos ambientalistas e do interesse pela preservação ambiental. A população mundial está cada vez mais consciente de que o atual modelo de desenvolvimento econômico, tanto em países desenvolvidos, quanto naqueles em vias de desenvolvimento, está fortemente associado à degradação ambiental, impactando diretamente e a própria sobrevivência da humanidade (PROCOPIAK, 2010). A sustentabilidade, entendida como o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, a justiça social e a preservação ambiental, é um dos maiores desafios na atualidade. Nesse contexto, a extensão universitária contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e capacitados para adotar práticas sustentáveis em seu cotidiano e em suas comunidades (BAUR; HAASE, 2015). Envolvendo a aplicação de conhecimentos científicos e tradicionais, utilizando técnicas simples e eficazes que minimizam os impactos ambientais, as ecotécnicas vem sendo um conjunto de práticas e tecnologias sustentáveis que buscam integrar soluções inovadoras para o uso racional dos recursos naturais, promovendo a preservação ambiental e o desenvolvimento de alternativas ecológicas para diversas atividades humanas (CARVALHO, 2008). Portanto, a extensão universitária não apenas dissemina conhecimento, mas também se consolida como um instrumento fundamental para a construção de uma sociedade mais sustentável. Seu impacto vai além da esfera acadêmica, envolvendo diretamente as comunidades na resolução de desafios socioambientais e no fortalecimento de sua capacidade de ação frente às questões ambientais contemporâneas.
A atuação em projetos de extensão permite os participantes apliquem conhecimentos teóricos em contextos práticos, promovendo a transformação social e contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Este projeto está alinhado às premissas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU por meio da Agenda 2030. Além disso, fortalecem a conexão entre a universidade e a sociedade, proporcionando aos estudantes experiências enriquecedoras e a oportunidade de desenvolver competências cidadãs e profissionais. O cenário atual de degradação ambiental, mudanças climáticas e esgotamento dos recursos naturais exige a busca por alternativas viáveis e eficazes para promover a sustentabilidade e uso responsável dos recursos. Diante desse desafio, o presente projeto visa promover a educação ambiental por meio das ecotécnicas, palestras, oficinas e outras atividades que atuem como instrumentos de transformação social. O objetivo é estimular o desenvolvimento de uma visão crítica e propositiva sobre as questões ambientais, tanto no contexto local quanto global. A proposta busca sensibilizar e capacitar diferentes grupos, incluindo estudantes, comunidades e profissionais de Teófilo Otoni e regiões próximas, para que compreendam a importância do equilíbrio ecológico e adotem atitudes sustentáveis que promovam a na preservação dos recursos naturais. A justificativa está na urgência de adoção de medidas concretas que enfrentem os desafios ambientais e sociais do nosso tempo. As ecotécnicas representam uma solução acessível, eficaz e com baixo impacto financeiro, com potencial para transformar realidades locais e contribuir para um futuro mais equilibrado, justo e sustentável. A formação de uma cultura ambiental não deve se restringir ao ambiente escolar, mas expandir-se para diversos setores da sociedade, criando um movimento coletivo em prol da sustentabilidade. A educação ambiental, seja no âmbito escolar ou espaço não formal, deve ocorrer de maneira contínua, promovendo mudanças estruturais no comportamento e nas práticas cotidianas das comunidades envolvidas. Além disso, em conformidade com o regulamento de ações de extensão da UFVJM, este projeto está vinculado à Área Temática de Meio Ambiente e à Linha de Extensão sobre Questões Ambientais.
Objetivos Realizar a educação ambiental por meios de comunicação digital e em locais de interesse, promover ações de cunho socioambiental e conscientização pública com foco na sustentabilidade. Objetivos Específicos: • Criação de uma identidade visual; • Identificar locais de interesse para realização das ações de educação ambiental formal e não formal; • Realizar educação ambiental nos locais de interesse e por meios de comunicação digital; • Promover a agregação de valor aos materiais recicláveis; • Engajar a comunidade local e aumentar a conscientização sobre a importância da reciclagem; • Suscitar discussões a partir de pontos de vista distintos do mercado e do setor produtivo, do bem-estar coletivo e social, do respeito ao meio ambiente e uso racional dos recursos - sobre como os desafios de aplicar a sustentabilidade nas atividades de projetos; • Articular ações de mobilização e educação ambiental com organizações e instituições públicas/privadas; • Desenvolver materiais educativos sobre questões ambientais; • Apoiar e promover eventos de cunho ambiental.
Direto: Educação Ambiental de aproximadamente 500 alunos; educação ambiental por meios de 02 meios de comunicação digital; apoio a promoção e execução em eventos de cunho ambiental junto a instituição de demais órgãos públicos ou privados; conscientização pública ambiental, por meio da educação ambiental, objetivando-se 800 pessoas por ano, com os diferentes meios. Indireto: Sensibilizar a comunidade sobre a importância da preservação ambiental; Desenvolvimento de materiais educativos sobre questões ambientais; promoção de práticas sustentáveis no cotidiano da comunidade; realização de diagnóstico e levantamento das principais questões ambientais locais; fortalecimento de parcerias com organizações públicas e privadas para apoio contínuo; avaliação e monitoramento dos resultados das ações realizadas; entre outros.
A promoção da conscientização pública será por meio ações de educação ambiental, utilizando ferramentas como comunicação digital, realização de eventos socioambientais e mobilização em parceria com organizações e instituições públicas/privadas. Os meios de comunicação digital adotados para a disseminação de conteúdos ambientais serão o Instagram e YouTube. Essas plataformas serão utilizadas para compartilhar informações relevantes, abordando tanto questões ambientais gerais quanto desafios específicos da região de abrangência do projeto. O objetivo é ampliar o acesso ao conhecimento e engajar a população na adoção de práticas sustentáveis. Outra ação prevista será o apoio e execução de eventos de cunho socioambiental, que ocorrerão em espaços estratégicos e em datas comemorativas predefinidas. Essas atividades incluirão palestras, Workshops, oficinas, minicursos, abordando temas ambientais pertinentes e promovendo um ambiente interativo de aprendizado. O planejamento das atividades será conduzido pela coordenação do projeto, em colaboração com os estudantes e demais participantes. A avaliação do projeto será contínua, realizada por meio de reuniões periódicas da equipe, acompanhando todas as etapas do planejamento e execução. Além disso, serão feitos registros fotográficos e controle de presença para monitoramento e análise do alcance das ações. Após a execução das atividades, será essencial avaliar o impacto das ações, identificando aspectos que necessitem de ajustes para otimizar futuras intervenções. Também será verificada a aderência aos princípios de compromisso e ética. Por fim, relatórios detalhados serão elaborados para subsidiar a produção de trabalhos científicos que poderão ser apresentados em eventos acadêmicos e publicados em revistas especializadas. Essa iniciativa visa não apenas divulgar o projeto, mas também incentivar a implementação de ações similares e consolidar os resultados alcançados.
BAUR, A.; HAASE, H. M. The influence of active participation and organization in environmental protection activities on the environmental behaviour of pupils: study of a teaching technique. Environmental Education Research, v. 21, n. 1, p. 92-105, 2015. BRASIL. LEI 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a política nacional de educação ambiental e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em fev. de 2025; CARVALHO, I. C. de M. As transformações na esfera pública e a ação ecológica: educação e política em tempos de educação e política em tempos de crise da modernidade. Revista Brasileira de Educação, v. 11, n. 32, p. 309, 2008. DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 9. ed. São Paulo: Gaia, 2004 PROCOPIAK, L. K. Breves reflexões sobre o ambiente e a educação ambiental na sociedade atual. Educação ambiental em ação, n. 34, 2010. BRASIL. Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – INEP – Censo Educacional 2012. Ensino, Matrículas, Docentes e Rede Escolar, 2012; MADEIRA, L. E.; MADEIRA, J. C.; MADEIRA, C. G. Desafios à educação ambiental: algumas considerações sobre a efetividade da Lei 9.795/99. Revista Eletrônica do Curso de Direito. Santa Maria, RS, I Congresso Internacional de Direito Ambiental e Ecologia Política - UFSM, III Seminário Ecologia Política e Direito na América Latina, p. 674-684, 2013; MATTA, C. R.; SCHMIDT, E. B. O paradigma da sustentabilidade: o que pensam pesquisadores em educação ambiental sobre as sociedades sustentáveis. Conjectura: Filos.Educ. Caxias do Sul, RS. v.19, n. 2, p. 108-119, 2014; MORO, C. R.; GRABAUSKA, C. Educação ambiental e cidadania – uma prática escolar. Educação. Santa Maria, RS, v.26, n. 1, p.35-48, 2001; PEREIRA, A. G.; BESSA, N. G. F. Educação ambiental formal e não formal praticada pelo PEAPA: análise quanto aos procedimentos metodológicos utilizados. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. v. 21, p. 434 – 449, 2008; PINHEIRO, A. B., MENEZES, B. G. O., OLIVEIRA, L. G. L., CARRARO, W. B. W. H. Agenda 2030: alinhamento dos projetos estratégicos dos tribunais de justiça aos objetivos de desenvolvimento sustentável. Revista de Gestão e Projetos (GeP), v. 13, n. 2, p. 171-194, 2022. https://doi.org/10.5585/gep.v13i2.21500; PRADO, G. A.; NOGUEIRA, A. H. A importância do ZEP de Teófilo Otoni como instrumento de política de desenvolvimento regional em Minas Gerais. p. 1-18, 2010; ROMA, J. C. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e sua Transição para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Ciência e Cultura, v. 71, n. 1, p. 33–39, 2019. doi:https://doi.org/http://dx.doi.org/10.21800/2317- 66602019000100011; SACHS, J. D., SCHMIDTTRAUB, G., MAZZUCATO, M., MESSNER, D., NAKICENOVIC, N., ROCKSTRÖM, J. Six Transformations to achieve the Sustainable Development Goals. Nature Sustainability, v. 2, n. 9, p. 805–814, 2019. doi:https://doi.org/10.1038/s41893-019-0352-9; SOUZA, V. O.; et al. Práticas ecológicas e coleta seletiva na Universidade Estadual da Paraíba. REUNIR - Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade. v. 3, n. 3, Edição Especial, p. 83-98, 2013; TOALDO, A. M.; MEYNE, L. S.A educação ambiental como instrumento para a concretização do desenvolvimento sustentável. Revista Eletrônica do Curso de Direito. Santa Maria, RS, I Congresso Internacional de Direito Ambiental e Ecologia Política - UFSM, III Seminário Ecologia Política e Direito na América Latina, p. 661, 2013. file:///C:/Users/User/Downloads/21500-99748-1-PB.pdf
A proposta deste projeto baseia-se na construção de uma relação horizontal entre a comunidade acadêmica e os diversos atores sociais envolvidos no território, por meio de uma interação dialógica pautada no respeito mútuo, na escuta ativa e na valorização dos saberes populares. A universidade, nesse contexto, não se coloca como única detentora do conhecimento, mas como um agente mediador que contribui para a formação crítica, reflexiva e transformadora, promovendo trocas que enriquecem tanto o meio acadêmico quanto as comunidades.
Fundamenta-se na articulação entre diferentes áreas do conhecimento e campos profissionais, promovendo a interdisciplinaridade como estratégia essencial para compreender e atuar sobre a complexidade das questões socioambientais. Ao mesmo tempo, o projeto promove a interprofissionalidade, ao integrar profissionais com formações diversas em equipes multiprofissionais que atuam de forma sinérgica. Essa cooperação permite a construção de práticas mais eficazes e contextualizadas, fortalecendo a ação coletiva e a corresponsabilidade entre universidade, poder público, setor produtivo e sociedade civil.
O projeto está fundamentado no princípio da indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão, pilar essencial da universidade pública brasileira. Ao integrar essas três dimensões de forma orgânica e complementar, o projeto promove uma formação acadêmica comprometida com a realidade social, ambiental e cultural dos territórios nos quais está inserido. No âmbito do Ensino, o projeto se traduz em práticas pedagógicas que valorizam metodologias ativas, aprendizagem baseada em problemas reais e o envolvimento dos estudantes em atividades práticas junto às comunidades. Dessa forma, os conteúdos teóricos ganham sentido a partir de vivências concretas, favorecendo a formação crítica e a autonomia intelectual. A Pesquisa está presente na investigação sistemática de problemáticas socioambientais locais, no levantamento e análise de dados sobre práticas sustentáveis, no estudo de políticas públicas e no desenvolvimento de metodologias participativas de educação ambiental. Essa produção de conhecimento é orientada por demandas reais dos territórios, retornando às comunidades sob forma de ações, relatórios, materiais educativos e recomendações. Já a Extensão se materializa na interação dialógica com a sociedade, promovendo trocas de saberes, escuta ativa e construção coletiva de soluções sustentáveis. As ações extensionistas fortalecem o vínculo entre universidade e sociedade, reconhecendo os sujeitos comunitários como protagonistas e coautores dos processos educativos e de transformação territorial.
Através de ações de educação ambiental, estudantes, docentes e técnicos se engajam em processos formativos conjuntos com moradores, lideranças comunitárias, educadores locais, agricultores, entre outros, promovendo espaços de aprendizagem coletiva voltados à sustentabilidade territorial. Essa interação permite o desenvolvimento de soluções contextualizadas, baseadas nas realidades e necessidades locais, ao mesmo tempo em que aproxima o ensino, a pesquisa e a extensão das dinâmicas sociais e ambientais do território.
O projeto tem como foco central a transformação social através do fortalecimento da consciência ambiental, da participação cidadã e da valorização dos saberes locais. Ao promover ações educativas em diálogo com comunidades, escolas, movimentos sociais e instituições públicas, contribuindo para a construção de territórios mais sustentáveis.
Será por meio das redes socias que serão criadas no decorrer do desenvolvimento do projeto.
Público-alvo
Como público indireto, entende-se que a comunidade acadêmica, autarquias, entidades governamentais e sociedade civil vinculados ao projeto, também serão beneficiados pelas ações do mesmo.
A população residente na região de atuação do projeto será beneficiada. A conscientização dos estudantes e membros de uma comunidade pode modificar os hábitos dos moradores, promovendo mudanças positivas na região. Além disso, o uso das redes sociais, as parcerias interinstitucionais e a realização de eventos em diferentes espaços contribuirão para a disseminação de práticas sustentáveis. Nas escolas, alunos, professores e funcionários serão impactados diretamente pelas atividades de, educação ambiental, resultando em benefícios que vão além do aprendizado, refletindo na melhoria da qualidade de vida e na construção de uma cultura de sustentabilidade.
Municípios Atendidos
Teófilo Otoni - MG
Prado - BA
Ipatinga - MG
Parcerias
Apoio nas ações que serão realizadas.
Apoio na realizações das ações a serem realizadas.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 200 h
- Manhã;
Planejamento, orientações, acompanhamento das ações e análise dos resultados. Elaboração de Relatórios Mensais.
- Manhã;
Ações de educação ambiental por meios de comunicação digital.
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Promoção, execução e/ou apoio a eventos e outras ações de cunho socioambiental. Bem como articulação de ações de mobilização e educação ambiental com projetos, organizações e instituições públicas/privadas.
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Análise final dos resultados e elaboração do relatório final.