Detalhes da ação

Parcerias em Áreas Protegidas – pela efetiva conciliação entre uso público e comunidades locais

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202105000009

Tipo da Ação

Cursos Online

Situação

RECOMENDADA :
CONCLUÍDA - ARQUIVADA

Data Inicio

05/08/2021

Data Fim

31/12/2021


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

virginia martins fonseca

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências Sociais Aplicadas

Área Temática Principal

Meio Ambiente

Área Temática Secundária

Educação

Linha de Extensão

Turismo

Abrangência

Regional

Gera Propriedade Intelectual

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Dentro e Fora do campus

Período das Atividades

Tarde

Atividades nos Fins de Semana

Não

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 100 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 300 h
Tipo de Membro Externo
Carga Horária 80 h
Tipo de Membro Externo
Carga Horária 80 h
Tipo de Membro Externo
Carga Horária 80 h
Resumo

Este curso visa envolver servidores e terceirizados das áreas protegidas mineiras, com foco naquelas inseridas na região de Diamantina, assim como docentes, estudantes de pós-graduação e graduação interessados pela temática. O curso tem como diretriz promover um diálogo na busca pela compreensão do que são as parcerias em áreas protegidas e suas possibilidades de implantação, com especial atenção aos temas relacionados ao uso público e envolvimento das comunidades locais.


Palavras-chave

Minas Gerais; Unidades de conservação; Grupo de estudos


Introdução

A patrimonialização da natureza, por meio do reconhecimento de territórios como Áreas Protegidas (AP), está marcada, para além de toda a prerrogativa de gestão especifica do território, de um imaginário social e de um poder simbólico que evidenciam três conceitos, a priori: a) um caráter de sistema simbólico de vida social, como instrumento estruturado e estruturador, posto que comunica e dá a conhecer ao mesmo tempo em que legitima algumas práticas; b) um caráter utópico de desejo por uma outra sociedade em que a relação homem-natureza seja qualificada, pois se apresenta de maneira integrada e; c) um caráter de representação coletiva, como depositário de uma memória afetiva-social de uma cultura. Assim mesmo, as AP como espaços destinados a conservação ambiental, tem como discurso manter a integridade dos atributos cênicos, autênticos e endêmicos de determinado bioma, bem como, claros interesses de provocar sentimentos de pertencimento, orgulho e identidade nacional. Tal complexidade percebida nos processos de patrimonialização da natureza transpassam tais pressupostos pois envolvem, muitas vezes, atores sociais que compreendem o território desde outras óticas ou perspectivas. Sob a perspectiva político institucional brasileira, a definição das áreas naturais protegidas é regida pela Lei nº 9.985 (BRASIL, 2000), que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). As Unidades de Conservação (UC) são caracterizadas em doze categorias distintas, divididas em dois grandes grupos, as UCs de uso sustentável e as UCs de proteção integral. De forma geral, as UCs são criadas por meio de decretos lei, seja de âmbito municipal, estadual ou federal, os quais definem a sua categoria e demais especificidades. Para que as áreas protegidas sejam geridas de forma a atingir seus objetivos de conservação do patrimônio ambiental e cultural, algumas diretrizes foram delineadas no contexto da legislação brasileira e devem compor o planejamento e a implementação dos diferentes instrumentos de parcerias para a gestão destas áreas (BRASIL, 2000; BRASIL, 2006). As parcerias podem ser estabelecidas entre instituições públicas e privadas, com e sem fins lucrativos. As parcerias visam diferentes objetivos, tais como o apoio à conservação da área, à prestação de serviços para visitação em contato com a natureza, à realização de atividades de educação ambiental e pesquisa, dentre outros. Segundo o OPAP (2020): As motivações e os objetivos que fundamentam estas parcerias são diversos e, dependendo do entendimento de como se deve dar a gestão da coisa pública, os argumentos podem seguir uma vertente que evidencia a carência e a fragilidade da esfera pública, fomentando a dependência de recursos privados em virtude de sucessivos cortes orçamentários em áreas como ambiente, educação e cultura. Nesse contexto, o enfraquecimento das instituições ambientais, em termos qualitativos e quantitativos, evidencia o caráter neoliberal da gestão do patrimônio público, tomando as parcerias como um fim e não como um meio para apoiar a gestão da coisa pública (OPAP, 2020, p.2). Em dezembro de 2020, um contrato foi formalizado entre o Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG) e o BNDES, com o objetivo de elaborar estudos para analisar a viabilidade de concessão, por tempo limitado, da área de uso público de sete Unidades de Conservação (UC) de Minas Gerais, com vistas a concessão de serviços turísticos relacionados à visitação e melhoria das condições de infraestrutura de visitação e recreação para o público em geral (IEF-MG, 2021a). O contrato prevê a prestação de serviços técnicos de apoio, avaliação, estruturação e implementação de projetos visando à concessão dos serviços de visitação, para a revitalização, modernização e manutenção das atividades turísticas nos parques que foram selecionados, a saber: Parque Estadual do Rio Doce; Parque Estadual do Itacolomi; Parque Estadual da Serra do Rola Moça; Parque Estadual do Ibitipoca; Parque Estadual do Rio Preto; Parque Estadual do Biribiri; Parque Estadual do Pico do Itambé (IEF-MG, 2021a). E nesse contexto que se faz essencial o desenvolvimento de iniciativas extensionistas que busquem integrar a temática do meio ambiente, em especial, as áreas protegidas e a universidade, no intuito de compreender qual é a conjuntura atual assim como a necessidade de identificar estratégias para acompanhar de modo constante como se darão tais tendências na realidade de influência do curso de Turismo da UFVJM, posta a necessidade eminente de contribuição para o desenvolvimento científico, socioeconômico e cultural da região em que o curso está inserido. Diamantina se distingue no cenário mineiro por diversas características, dentre elas, sua localização privilegiada em relação a capital mineira bem como a presença da atividade turística de forma incipiente, o que garante certa autenticidade frente a outros destinos turísticos semelhantes que integram como atrativos diferenciais os patrimônios natural, cultural e arquitetônico. No tocante a presente proposta, frisa-se que em um raio de 150 km de Diamantina, existem sete parques, sendo um nacional (PARNA Sempre Vivas) e cinco estaduais (Parque Estadual de Biribiri; Parque Estadual do Rio Preto; Parque Estadual do Pico de Itambé; Parque Estadual Serra do Intendente e; Parque Estadual Serra Negra) e um municipal (Parque Natural Municipal do Tabuleiro), dos quais três foram priorizados como objetos de estudo pelo IEF-MG/BNDES. Portanto, a partir do edital 05/2021 PROEXC/UFVJM, a presente proposta consiste na oferta de um curso gratuito na modalidade on line de curta duração, para atender aos servidores e terceirizados interessados e vinculados as áreas protegidas de Minas Gerais, com foco naquelas situadas na região de Diamantina. Ainda assim, haverá divulgação junto a atores institucionais, para completar o quadro de vagas disponibilizadas, se necessário.


Justificativa

Ações extensionistas que busquem subsidiar a importância da preservação ambiental nunca foram tão necessárias como atualmente em nosso país, já que apesar da epidemia do coronavírus no Brasil, o desmatamento tem batido recordes enquanto o poder Executivo avança na agenda de flexibilização das regras de proteção ambiental. Por outro lado, é notório que a criação de UC é de fundamental importância para a preservação dos ecossistemas, proporcionado pesquisas científicas, manejo e educação ambiental na busca pela conservação do meio ambiente, muitas vezes visibilizadas pela atividade do turismo na natureza. Concomitante, o Programa de Concessão em Parques Estaduais, lançado pelo Governo de Minas em 2019, menciona a necessidade de contribuir para a inovação na gestão das áreas protegidas do Estado de Minas Gerais, atraindo investimentos, gerando empregos, ampliando os recursos humanos e financeiros que devem ser empregados na conservação ambiental com o intuito de sensibilizar grande parcela da sociedade quanto à real importância de manutenção das áreas verdes para a qualidade de vida das gerações atuais e futuras. Seu principal objetivo é desenvolver e implantar modelos de parcerias e concessões ambientais voltados para o aprimoramento e diversificação dos serviços turísticos ofertados nas UCs estaduais de forma a garantir o cumprimento de seus objetivos de criação, o aproveitamento sustentável das potencialidades econômicas existentes, a maior eficiência na gestão e na conservação da biodiversidade, bem como a geração de benefícios sociais e econômicos para as comunidades do seu entorno (IEF-MG, 2021b). Cabe salientar que, dentre os instrumentos utilizados, a concessão de serviços e áreas para viabilizar atividades de apoio à visitação tem sido implementada com prioridade em unidades de conservação, sobretudo em parques. No entanto, além da concessão, a permissão e a autorização são possibilidades para formalizar a parceria com a iniciativa privada com fins lucrativos. Entendemos, inclusive, que seriam estas últimas as mais apropriadas as realidades das APs do entorno de Diamantina. Nesta seara, o OPAP (2020) entende por parcerias os diferentes arranjos institucionais adotados pelos órgãos gestores ambientais para viabilizar a participação pública e privada, com e sem fins lucrativos, no apoio à criação, implementação e gestão de áreas protegidas. Ainda assim, mesmo que não tão visibilizadas como a concessão, estão as atividades em parceria com entidades sem fins lucrativos, no qual os instrumentos utilizados são regulados no contexto da participação das organizações da sociedade civil, tais como termo de colaboração, termo de fomento e acordo de cooperação. Neste sentido, como esta discussão é bastante recente para a realidade brasileira, é essencial promover um debate relacionado ao tema, no intuito de entender que as parcerias podem funcionar como instrumentos de implementação de políticas públicas, e não apenas como um aparato para viabilizar a participação privada na gestão da coisa pública. Portanto, a presente proposta visa fomentar um curso, sob os princípios que regem os grupos de estudos, no qual envolverá tanto docentes, estudantes de pós-graduação e graduação – interessados pela proposta, como, principalmente, visa envolver os servidores e terceirizados das áreas protegidas. O curso tem como diretriz promover um diálogo pela busca da compreensão do que são as parcerias em áreas protegidas e suas possibilidades de implantação, com foco ao uso público e envolvimento das comunidades locais, considerando-as como as principais protagonistas nestas iniciativas, a partir do conceito que está em construção das parcerias público-comunitárias. Cabe salientar que, diante da inscrição do público-alvo desta iniciativa, será ponderada a possibilidade de abertura a demais atores institucionais vinculados com a temática de áreas protegidas, considerando a prerrogativa de primar pela qualidade do debate e o limite de 20 participantes.


Objetivos

GERAL Realizar um curso gratuito na modalidade on line de curta duração (80h) sob o tema das parcerias em áreas protegidas, tendo como público-alvo os servidores e terceirizados interessados e vinculados as unidades de conservação de Minas Gerais. ESPECIFICOS: - Promover a indissociabilidade em pesquisa-ensino-extensão, já que o conteúdo do curso está diretamente relacionado com algumas disciplinas no âmbito do curso de Turismo, com o grupo de pesquisa de docentes do turismo cadastrado no CNPQ, com o programa de Extensão “Encontro de Saberes” e com os gestores das UCs da região; - Compreender a base legal utilizada para viabilizar as parcerias, com e sem fins lucrativos, em áreas protegidas; - Analisar as diretrizes e estratégias que orientam as parcerias em áreas protegidas, considerando as prioridades da gestão governamental, os interesses e setores envolvidos, as particularidades locais e características das áreas protegidas; - Identificar possíveis procedimentos e protocolos de monitoramento que possam ser utilizados pelos órgãos gestores e instituições parceiras; - Canalizar esforços para divulgar o impacto das parcerias para a sociedade e para as áreas protegidas; - Contribuir com subsídios para a formulação de políticas e diretrizes que promovam a diversidade de arranjos institucionais entre as esferas pública e privada, considerando como foco o envolvimento das comunidades locais.


Metas

As metas foram consideradas a partir dos objetivos específicos, no qual visamos alcançar o que se apresenta, ainda que a expectativa possa ser superada, a depender do envolvimento dos participantes. - Para visibilizar a indissociabilidade universitária, buscar-se-á participar de pelo menos um evento regional e um evento nacional, com a publicação de, pelo menos, um resumo estendido. Assim mesmo, será publicado em revista indexada, em forma de relato de experiencia ou artigo cientifico; - Para difundir a base legal utilizada para viabilizar as parcerias assim como para compreender e divulgar o impacto das parcerias para a sociedade e para as áreas protegidas, serão elaboradas, no mínimo, dez pílulas do conhecimento a serem difundidas em rede social (a ser criada) para sensibilizar demais atores da região das UCs contempladas neste projeto; - Para analisar as diretrizes e estratégias que orientam as parcerias em áreas protegidas (considerando as prioridades regionais), será elaborado um diário de monitoramento acerca da situação das etapas de Diagnóstico e Modelo de Negócios previstas para serem finalizadas em 2021, no âmbito do Programa de Concessão de Unidades de Conservação – convenio IEF-MG/BNDES; - Para identificar procedimentos e protocolos de monitoramento que possam ser utilizados pelos órgãos gestores e instituições parceiras, será realizado uma enquete virtual difundida pela rede social (a ser criada); - Para contribuir com subsídios à formulação de políticas e diretrizes que promovam a diversidade de arranjos institucionais entre as esferas pública e privada, considerando como foco o envolvimento das comunidades locais, será compartilhado o relatório final do projeto de extensão junto as instancias relacionadas com a temática, dentre as quais, o Observatório de Parcerias em Áreas Protegidas (OPAP).


Metodologia

Este curso on line será gratuito e terá duração de 80h. Se configura como uma proposta que envolverá servidores e terceirizados das áreas protegidas mineiras, com foco naquelas inseridas na região de Diamantina. O curso também tem a intenção de envolver docentes, estudantes de pós-graduação e graduação interessados pela temática. O curso tem como diretriz promover um diálogo que busca a compreensão do que são as parcerias em áreas protegidas e suas possibilidades de implantação, com foco ao uso público e envolvimento das comunidades locais, considerando-as como as principais protagonistas nestas iniciativas, a partir do conceito que está em construção das parcerias público-comunitárias. Neste sentido, a partir da inscrição dos interessados diretamente vinculados, frisa-se servidores e terceirizados das áreas protegidas, será aberta a inscrição aos demais atores institucionais vinculados com a temática, com limite de vinte vagas oferecidas. Este curso está vinculado como atividade extensionista do Núcleo de Pesquisa em Turismo: Patrimônios, Territórios Descoloniais e Trabalho, certificado pelo CNPq; assim mesmo como vinculado as disciplinas relacionadas do Curso de Turismo da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades; e ao Programa de Extensão “Encontro de Saberes: construindo pontes e ações entre os saberes de matrizes indígenas, afrodescendentes e populares com a produção do conhecimento científico”, sob protocolo SIGProj N°: 339982.1864.95118.16092019. O curso adotará como metodologia os pressupostos de um grupo de estudos, com vistas à compreensão dos fenômenos que influenciam o processo de desenvolvimento dos participantes no contexto educativo. Para tanto, se propõe a adotar estratégias metodológicas para a coordenação potencializar a aprendizagem da turma, por meio da metodologia ativa, que é um método educativo voltado para o ensino e aprendizagem centrado no estudante como sujeito do processo. Para SOBRAL e CAMPOS (2012), este método educativo instiga o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo, no qual o estudante é participativo e compromissado com seu aprendizado, envolvendo a construção de situações de ensino que geram uma aproximação crítica do estudante com a realidade, com o intuito de despertar a curiosidade mediante os problemas e os desafios, desenvolver a autonomia, a disponibilidade e uso de recursos para analisar, levantar hipóteses e buscar soluções para os problemas. Já BORGES et al. (2014) compreendem que o ensino se torna eficaz quando os estudantes são envolvidos e se tornam ativos durante o processo; as aulas tornam-se dinâmicas, vivas e interessantes com a participação e questionamentos realizados por todos. Assim, a busca de solução para os problemas e as indagações suscitadas pelos estudantes incentiva a pesquisa e envolve a atuação dos estudantes e mediação da coordenação, na função de tutorias, o que é fundamental para a construção do conhecimento. Diferentes estratégias metodológicas são adotadas na metodologia ativa, dentre elas a aprendizagem baseada em problemas (ABL), que para Silva (2016, p. 1083) [...] o professor destaca o protagonismo do estudante na construção do conhecimento em um processo de interação entre sujeito (aluno em atividade) e objetos dos conhecimentos (diferentes saberes), sob a orientação do professor, também protagonista, que organiza e conduz a ação do sujeito diante do objeto, articula teoria e prática e “ajusta a condução” para o alcance dos objetivos de aprendizagem definidos pelos estudantes na primeira sessão do tutorial. Para Oliveira-Junior (2018), na ABL a construção do conhecimento ocorre mediante a busca de solução para os problemas, o que possibilita o desenvolvimento de habilidades e atitudes que são relevantes para a atuação profissional, a exemplo da autonomia, senso crítico, responsabilidade, criatividade, habilidades necessárias às interações e relações interpessoais e profissionais. Para tanto, é preciso utilizar certos procedimentos para a implementação desta metodologia, que conforme Berbel, (1998, apud SILVA 2016, p.1082) incluem sete passos, a saber: 1) Leitura do problema a ser estudado, identificação e esclarecimento de termos, palavras e expressões desconhecidas; 2) identificação dos problemas propostos pelo enunciado; 3) formulação de hipóteses explicativas para os problemas identificados na etapa anterior; 4) resumo das hipóteses; 5) formulação dos objetivos de aprendizagem (sistematização do que os estudantes deverão estudar para aprofundar os conhecimentos formulados nas hipóteses explicativas, a partir de seus saberes prévios); 6) estudo individual dos assuntos levantados nos objetivos de aprendizagem; e, 7) retorno ao grupo tutorial para rediscussão do problema frente aos novos conhecimentos adquiridos na etapa de estudo anterior. Outra estratégia metodológica que também pode ser utilizada na metodologia ativa são os grupos operativos, que propõem a interação dos participantes através da troca de ideias e da reflexão conjunta em busca da solução de um mesmo problema. Tais ações pedagógicas adotadas como procedimentos metodológicos permitem uma maior interação entre participantes e coordenação, sendo essa última a mediadora da aprendizagem, aquela que empodera os envolvidos nesse processo, colocando-os no centro do fazer educativo. Definida a configuração geral relacionada ao processo de aprendizagem do curso, mencionam-se os aspectos operacionais para a realização do curso. Será aberta a inscrição por meio de fomulário on line enviado ao e-mail dos servidores e terceirizados, assim como nas redes sociais relacionadas as áreas protegidas, com prazo de inscrição definido para a seleção, e posterior divulgação do resultado no e-mail e WhatsApp, tanto paras as inscrições deferidas como para aquelas que foram indeferidas. A partir da divulgação do resultado, será disponibilizado a programação inicial de 50 horas, que indicará leituras dirigidas e vídeos institucionais sob o tema de parcerias em áreas protegidas, para posterior debate e exercícios para solucionar problemas relacionados ao tema do dia. A programação restante, de 25 horas, será definida juntamente com os participantes, considerando as temáticas que mais suscitarem a curiosidade e interesse de estudos, a partir das especificidades das unidades de conservação, possibilidades de uso publico e aspectos de organização e mobilização social das comunidades locais e do entorno de tais territórios patrimonializados. Por fim, as 5 horas faltantes, referem-se a abertura e encerramento do curso. Para cada artigo ou vídeo sugerido, será computada uma carga horaria referente a leitura ou visualização do participante, sendo classificada como atividade assíncrona. Já as atividades síncronas serão aquelas que se referem aos debates dos conteúdos propostos bem como a discussão de alternativas de solução aos problemas apresentados referentes a temática em análise, e ocorrerão quinzenalmente. Todas as atividades serão registradas de modo a viabilizar a elaboração dos documentos mencionados no item de metas, com o intuito de alcançar os objetivos especifico do curso de forma transparente e legitima. Ao final de cada modulo será adotado um instrumento de autoavaliação, considerando a perspectiva/olhar dos participantes, para mensurar a qualidade das ações e atividades desenvolvidas. A presença será computada nos encontros síncronos, por meio de formulário on line, com o link disponibilizado ao final do encontro virtual. O curso iniciará na segunda semana de agosto e os encontros síncronos serão realizados em sala de aula virtual do Google GSuíte, assim como será nesta plataforma que será disponibilizado o conteúdo do curso e formulários de autoavaliação. Ademais, para evitar transtornos quanto ao uso da imagem, assim como o intuito de não inibir os participantes, não haverá divulgação nas redes sociais ou quaisquer outros veículos de comunicação com imagens dos mesmos. Também não será realizado nenhum levantamento ou pesquisa, portanto não será necessário obter o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) dos participantes.


Referências Bibliográficas

BORGES, M.C; CHACHÁ, S.G.F; QUINTANA, S.M.; FREITAS, L.C.C; RODRIGUES, M.L.V. Aprendizado baseado em problemas. Medicina, Ribeirão Preto, v.47, n. 3, 2014, Disponível em: http://revista.fmrp.usp.br/2014/vol47n3/8_Aprendizado-baseado-emproblemas.pdf BRASIL. Lei N° 9.985, de 18 de julho de 2000 e Decreto 4.340, de 22 de agosto de 2002. Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. 3ed. Brasília: Ministério do Meio Ambiente / Secretaria de Biodiversidade e Florestas, 2000. BRASIL. Decreto 5.758, de 13 de abril de 2006. Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas. Brasília: Ministério do Meio Ambiente / Secretaria de Biodiversidade e Florestas, 2006. INSTITUTO ESTADUAL DAS FLORESTAS (IEF). PARC – Programa de Concessão de Parques Estaduais. Última atualização (Sex, 09 de abril de 2021 15:43). 2021(a). Disponível em: http://www.ief.mg.gov.br/component/content/article/3306-nova-categoria/2697-parc-programa-de-concessao-de-parques-estaduais- INSTITUTO ESTADUAL DAS FLORESTAS (IEF). Contrato de estruturação de projeto n 20.2.0483.1: celebrado entre IEF e BNDES, 2021(b). Disponível em: http://www.ief.mg.gov.br/component/content/article/3306-nova-categoria/3324-contrato-de-estruturacao-de-projeto-n-20204831-celebrado-entre-ief-e-bndes OLIVEIRA-JUNIOR, F. A Metodologia Ativa no Grupo de Estudo e Pesquisa em Psicologia, Neurociências e Educação. R. Eletr. Cient. Inov. Tecnol, Medianeira, v. 09, n 23, set/dez 2018. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/recit OBSERVATÓRIO DE PARCERIAS EM AREAS PROTEGIDAS (OPAP). Projeto de Pesquisa e Extensão do Observatório de Parcerias em Áreas Protegidas – OPAP, 2020. (Mimeo) SILVA, E.F. Relação pedagógica no grupo tutorial: desafios e possibilidades das metodologias participativas (ativas). Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 16, n. 50, out./dez. 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.7213/1981-416X.16.050.AO03 SOBRAL, F.R.; CAMPOS, C.J.G. Utilização de metodologia ativa no ensino e assistência de enfermagem na produção nacional: revisão integrativa. Rev Esc Enferm, USP. 2012; 46(1). Disponível em: www.ee.usp.br/reeusp


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

Cabe salientar que tal interação dialógica ocorrerá, principalmente, considerando que um terço da carga horaria será definida de modo articulado com os participantes, a partir das especificidades de sua atuação profissional e área protegida a que estão vinculados os servidores e terceirizados das áreas protegidas. Assim mesmo, no intuito de alcançar a estimativa de participantes, serão abertas vagas para atores sociais relacionadas a temática que se interessem pela proposta.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

A interdisciplinaridade e interprofissionalidade é evidenciada considerando que por se tratar de um curso que adota uma metodologia ativa, envolvendo atores sociais relacionados as áreas protegidas, tanto é notório que haverá heterogeneidade na formação de ensino superior como a própria responsabilidade e atuação profissional muito provavelmente, ainda que interligadas, irão presentar particularidades importantes. Este contexto enriquecerá os debates dos encontros síncronos assim como favorecerá a analise de soluções aos problemas sinalizados, já que permitirão a integração de perspectivas sistêmicas na composição de um olhar holístico quanto a temática de parcerias em áreas protegidas. Assim, para zelar por tal diretriz, será realizado um levantamento do perfil do participante no momento da inscrição, para orientar a composição de um grupo de estudos, efetivamente, interdisciplinar, interprofissional e interegional.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

Este curso será vinculado como atividade extensionista do Núcleo de Pesquisa em Turismo: Patrimônios, Territórios Descoloniais e Trabalho, certificado pelo CNPq; assim mesmo como vinculado as disciplinas relacionadas do Curso de Turismo da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades; e ao Programa de Extensão “Encontro de Saberes: construindo pontes e ações entre os saberes de matrizes indígenas, afrodescendentes e populares com a produção do conhecimento científico”, sob protocolo SIGProj N°: 339982.1864.95118.16092019.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

Quanto aos impactos na formação do estudante, frisa-se que além da temática proposta se tratar de uma proposta bastante inovadora e necessária, a expectativa é que os estudantes que estejam envolvidos possam trazer esta experiência para a sala de aula. Em sala de aula, será fomentado o debate e compartilhado os saberes adquiridos com outros colegas, seja no intuito de sensibilizar os demais quanto a importância da participação em atividades extencionistas, seja quanto a sua própria aprendizagem bastante diferenciada, seja quanto as possibilidades de os docentes apropriarem-se de tal intercambio e experiência para ações futuras relacionadas as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Ademais, a partir do envolvimento de um discente como bolsista, além deste estar adquirindo uma experiência quanto a esta frente de atuação profissional, poderá ser um importante articulador junto a outros estudantes quanto a importância do protagonismo estudantil na realização de atividades extensionistas.


Impacto e Transformação Social

A expectativa com a realização deste curso on line, com este público em especial, considerando a conjuntura dos ambientes natural, político-institucional, socioeconômico e histórico-cultural, será de contribuir de maneira bastante diferenciada para o debate relacionado ao uso público em áreas protegidas e a efetiva inclusão social por meio do envolvimento das comunidades locais como protagonistas de ações relacionadas a importância das parcerias em áreas protegidas.


Divulgação

A divulgação do curso será a partir de contato por e-mail, assim como na redes sociais, no qual será disponibilizado um formulário on line para preenchimento acerca da motivação para realizar o mesmo. Será, posteriormente, compartilhada os resultados obtidos por meio de apresentação de trabalho em eventos associados, publicação de resumo e artigo cientifico, e elaboração do relatório técnico da ação extensionista desenvolvida. Será criado um perfil em alguma rede social para compartilhar os documentos debatidos e resultados obtidos.


Informações Complementares

A coordenação do curso adotará como encargo didático para todo o período de preparação, realização e conclusão do curso o quantitativo de 120 horas.


Público-alvo

Descrição

A gestão de UCs foi um fenômeno que nos interessa por sua complexidade social, histórica, biológica, política e organizacional. A atuação dos servidores e terceirizados implica atividades consideradas institucionalizadas, como a educação e interpretação ambiental e fiscalização e proteção da natureza, bem como atividades administrativas e cotidianas que garantem o suporte às institucionalizadas. O perfil dos servidores, por serem concursados, é bastante heterogêneo e pode ser oriundo de qualquer território nacional. Já o perfil dos terceirizados estão mais associados a contratação da população local, que considerando a especificidade da região de Diamantina, tem sua origem tanto da sede, como de distritos, áreas rurais e comunidades quilombolas. O curso também tem a intenção de envolver docentes, estudantes de pós-graduação e graduação interessados pela temática de áreas protegidas e parcerias. Neste sentido, a partir da inscrição dos interessados diretamente vinculados, frisa-se servidores e terceirizados das áreas protegidas, será aberta a inscrição aos demais atores institucionais vinculados com a temática, com limite de participantes vinte vagas oferecidas.

Municípios Atendidos

Município

Diamantina - MG

Município

São Gonçalo do Rio Preto - MG

Município

Conceição do Mato Dentro - MG

Município

Santo Antônio do Itambé - MG

Município

Serro - MG

Município

Bocaiúva - MG

Município

Buenópolis - MG

Município

Olhos-d'Água - MG

Parcerias

Nenhuma parceria inserida.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 80 h

Carga Horária 2 h
Periodicidade Anualmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Apresentar o curso, cronograma, carga horária, atividades previstas, computo de presença, emissão de certificados, avaliação e autoavaliação.

Carga Horária 40 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Indicação de artigos científicos e legislação para leitura, debate e solução de problemas. Atividades síncronas e assíncronas. Indicação da coordenação.

Carga Horária 10 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Indicação de vídeos institucionais para debate e solução de problemas. Atividades síncronas e assíncronas. Indicação da coordenação

Carga Horária 25 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Indicação de leituras dirigidas, vídeos institucionais e outros recursos para debate e solução de problemas. Atividades síncronas e assíncronas. Indicação da coordenação e participantes.

Carga Horária 3 h
Periodicidade Anualmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Encerramento do curso junto com os participantes. Avaliação geral. Confraternização virtual.