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EducAÇÃO e EducAÇÃO Física: aproximações da universidade com a comunidade
Sobre a Ação
202203001281
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
22/03/2025
05/07/2025
Dados do Coordenador
flávia gonçalves da silva
Caracterização da Ação
Ciências Humanas
Educação
Educação
Infância e adolescência
Local
Não
Não
Não
Fora do campus
Manhã
Sim
Membros
Por meio de ações de extensão voltadas à comunidade externa da universidade, visamos promover a reflexão crítica sobre formação e atuação em Educação Física no campo educacional, integrando os conhecimentos e saberes, conectando os aprendizados acessados ao longo do curso às situações reais. Os objetivos deste projeto são promover vivências da Educação Física articuladas à Educação em espaços escolares e extraescolares, favorecendo a experiência e reflexão das práticas corporais.
educação física, educação, interdiciplinariedade
A Educação Física (EF) é uma área de conhecimento que tem como objeto de estudo e de intervenção as práticas corporais em suas diversas formas de expressão, sistematização e significação sociocultural. No século XX, a consolidação do campo de estudo e aplicação da EF brasileira é marcada pelo seu vínculo com outras áreas do conhecimento, a fim de afirmar sua cientificidade; além disso, na tentativa de justificar-se em diversos espaços sociais, associou-se a diferentes instituições que guiaram as suas práticas, com interesses e motivações ideológicas, as quais fundamentaram as suas bases epistemológicas. Entre as alianças, destaca-se a aproximação com o pensamento higienista, no qual a EF aparece tutorada pelo conhecimento médico-biológico e orientada pela ideia de que sua função principal era a promoção da saúde. Posteriormente, predominaram os laços com a instituição militar e a instituição esportiva. Nesse processo, a intenção era a de fortalecer física e moralmente os sujeitos, referenciando a importância da aptidão física através do esporte (ALMEIDA; FENSTERSEIFER, 2011; BRACHT, 1992; BRACHT; GONZÁLEZ, 2005). É somente na década de 1980, com a redemocratização do Brasil, que o intitulado Movimento Renovador da EF impulsionou mudanças na área, especialmente no campo educacional, pois tal movimento foi contrário à EF escolar vigente sustentada pelo paradigma da aptidão física e da esportivização (BRACHT; GONZÁLEZ, 2005). Como efeito deste momento histórico, emergiram diversas concepções, abordagens e perspectivas, que buscaram trazer um novo olhar para a EF escolar (DARIDO, 2012). A EF passa a ser estudada a partir de bases teóricas que fundamentaram princípios metodológicos e a criação de estratégias de ensino, apresentando possíveis mudanças no processo de ensino-aprendizagem das práticas corporais, e, por conseguinte, outras formas de entendimento e aplicação da Educação Física, destacando-se a aproximação e diálogos com a Filosofia, Sociologia, Antropologia, Pedagogia, Estudos Culturais, entre outras áreas de estudo das ciências humanas. Pelas lentes do campo educacional, as vivências com as práticas corporais no contexto da EF, seja no espaço de ensino formal e não formal, passam a preocupar-se com a sua responsabilidade social e pedagógica. E, é nesse contexto que o presente projeto, referente a unidade curricular “Atividade Integradora: educação”, do curso de Educação Física da UFVJM, se insere. Por meio de ações de extensão voltadas à comunidade externa da universidade, visamos promover a reflexão crítica sobre formação e atuação em Educação Física no campo educacional, integrando os conhecimentos e saberes da EF a esse campo, conectando os aprendizados acessados ao longo do curso às situações reais de ensino. Pretendemos promover vivências com as diversas práticas corporais, no contexto escolar e em espaços públicos externos, envolvendo escolares de diferentes etapas da Educação Básica, da rede pública de ensino, e pessoas de diferentes idades dispostas a participar das propostas em ambiente externo. Nesse sentido, esperamos contribuir com ações e reflexões sobre uma Educação Física que vai além do simples exercitar-se, que potencializa atitudes e valores que podem estar presentes nas manifestações culturais (ética, convivência, respeito às diferenças, inclusão, integração, etc.), que colaborem para despertar o reconhecimento e o interesse por essas práticas corporais. Uma EF que considere os vividos, a diversidade cultural e social, os diferentes contextos, e especialmente não abandone as experiências lúdicas e estéticas. Almejamos que as intervenções/discussões, favoreçam o diálogo entre universidade e a comunidade, gerando troca de saberes, momentos conjunto de aprendizado e possam reverberar em distintos contextos de atuação dos futuros profissionais de Educação Física, nos quais tematizar e vivenciar, verbalizar e fazer, refletir e agir, propor e analisar integrem projetos ampliados de formação.
O Art. 3º da Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, estabelece que a extensão na educação superior é uma atividade que se integra à matriz curricular, caracterizando-se por um processo interdisciplinar que promove a interação entre a instituição e os demais setores da sociedade, produzindo e aplicando conhecimento em permanente articulação entre ensino e pesquisa. Além disso, a Resolução nº 6, de 2018, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Educação Física, em seu Art. 8º, determina que os cursos devem proporcionar atividades acadêmicas integradoras durante a etapa comum dos cursos. Entre as possibilidades de atividades integradoras, destaca-se a aproximação ao ambiente profissional, permitindo aos estudantes a percepção dos requisitos profissionais, a identificação de áreas e campos de trabalho e o desenvolvimento de atividades didático-pedagógicas em interação com os espaços profissionais. Nesse sentido, este projeto de extensão justifica-se por proporcionar tanto a realização da extensão articulada com a pesquisa e o ensino quanto a promoção da aproximação ao ambiente profissional, por meio do desenvolvimento de atividades didático-pedagógicas, atendendo a ambas as legislações, mas acima de tudo, promovendo a formação do futuro profissional, refletindo a dimensão social do ensino, da pesquisa e da extensão.
Promover vivências da Educação Física articuladas à Educação em espaços escolares e extra escolares, favorecendo a experiência e reflexão das práticas corporais para a comunidade. Para os acadêmicos, o objetivo é que desenvolvam habilidades de planejamento, execução e avaliação de ações de extensão, por meio de práticas que ampliem suas experiências profissionais.
Compartilhar saberes, vivências e ações da educação física para escolares e público da comunidade em geral; Realizar evento em uma escola, com atendimento de 250 estudantes Realizar evento em praça pública com atendimento de 350 pessoas.
Os professores e discentes terão encontros regulares para discussão, estudos e elaboração de subprojetos para as ações e vivências. Os subprojetos serão elaborados de acordo com o local que serão aplicados, a saber: a) Ação em uma escola Estadual (alunos do ensino fundamental 2) b) Ação em uma praça pública (crianças, jovens, adultos e idosos) Os grupos de trabalho deverão elaborar uma proposta, no formato de um projeto, de acordo com as normas da ABNT, contendo: resumo, introdução, justificativa, objetivos, metas, procedimentos e referências. Haverá encontros programados para alinhamento entre os subprojetos e destes com a proposta. Os docentes farão contato com os responsáveis dos locais de execução do projeto, para os acertos sobre a ação, além de reserva/solicitação de materiais como Tendas, mesas, cadeiras, som, água, entre outros. Após a realização das ações haverá um encontro com todos os envolvidos, para avaliação das experiências. Todos os discentes envolvidos deverão elaborar um Relatório de Avaliação do projeto (com acompanhamento do professor orientador), de acordo com as normas da ABNT, devendo conter: Autoavaliação; Alcance ou não das metas; Descrição da execução (dificuldades, facilidades, etc); Importância da ação para a formação profissional.
ALMEIDA, Luciano de; FENSTERSEIFER, Paulo Evaldo. O lugar da experiência no âmbito da Educação Física. Movimento, Porto Alegre, v. 17, n. 4, p. 247-263, 2011. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/20918/14891. Acesso em 28 abr. 2025. BRACHT, Valter. Educação Física e Aprendizagem Social. Porto Alegre: Magister, 1992. BRACHT, Valter; GONZÁLEZ, Fernando Jaime. Educação Física Escolar. In: GONZÁLEZ, Fernando Jaime; FENSTERSEFER, Paulo Evaldo (Orgs.). Dicionário crítico de Educação Física. Ijuí: Ed. Unijuí, 2005, p. 144-150. BRASIL. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Brasília: Presidência da República, 1996. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/lei9394.pdf. Acesso em: 27 abr. 2025. BRASIL. Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018. Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/201. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=104251-rces007-18&category_slug=dezembro-2018-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 28/04/2025. BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CES nº 6, de 18 de dezembro de 2018. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Educação Física e dá outras providências.Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 dez. 2018. Disponível em: https://abmes.org.br/legislacoes/detalhe/2664. Acesso em: 28/04/2025. BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais. Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Superior, Brasília: MEC, 2003. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ces-0134.pdf. Acesso em: 27 abr. 2025. BRASIL. Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Plano Nacional de Educação – PNE, Brasília: Presidência da República, 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em: 27 abr. 2025. DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na Escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. Disponível em: https://r.search.yahoo.com/_ylt=Awrihrrhow5oCAIAqLfz6Qt.;_ylu=Y29sbwNiZjEEcG9zAzEEdnRpZAMEc2VjA3Ny/RV=2/RE=1746999521/RO=10/RU=https%3a%2f%2farquivos.ufrrj.br%2farquivos%2f202312401837b13828362d62c14f5f7b6%2fEDUCA__O_F_SICA_NA_ESCOLA.pdf/RK=2/RS=pqDrEntNEWybqSWdlp7XlQyORps-. Acesso em: 27 abr. 2025. DARIDO, Suraya Cristina. Diferentes concepções sobre o papel da Educação Física na escola. Cadernos de Formação: Conteúdos e Didática de Educação Física, São Paulo, v. 16, p. 34-50, 2012. FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade na Formação de Professores. Ideação - Revista do Centro de Educação e Letras da UNIOESTE, Foz do Iguaçu, v. 10, n. 1, p. 93-103, 2008. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ideacao/article/view/4146/3191. Acesso em: 27 abr. 2025. FORPROEX – Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Educação Superior Públicas Brasileiras. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. Disponível em: https://proexc.ufu.br/sites/proex.ufu.br/files/media/document/Politica_Nacional_de_Extensao_Universitaria_-FORPROEX-_2012.pdf. Acesso em: 27 abr. 2025. ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: Penso Editora, 2015.
A interação dialógica prevê o envolvimento da comunidade acadêmica com o público da ação de extensão por meio de ações coletivas voltadas para a educação (formal e informal), a partir de práticas pedagógicas com ênfase na cultura corporal. Tais práticas consideram os conhecimentos prévios do público para promover a ampliação do conhecimento voltados para a formação do indivíduo. As ações coletivas serão um espaço capaz de propiciar conhecimento e reflexão sobre si e sobre alguns assuntos pertinentes ao território em que o público está inserido, por meio de conversas, vivências e troca de experiências. Além disso, o contato com a comunidade não universitária oferece para a comunidade acadêmica conhecimentos pertinentes na futura prática profissional.
Interdisciplinaridade é a qualidade do que é interdisciplinar, isto é, quando duas ou mais searas do conhecimento se permitem interações visando a qualificação dos processos de ensino e aprendizagem. Interprofissionalidade é a qualidade do que é interprofissional, quer dizer, quando profissionais de duas ou mais profissões participam dos processos de solução de problemas comuns e/ou que se tocam. Nesse sentido, enquanto eixos da proposta intervencionista obrigatória ‘Atividades Integradoras: Educação’, um trabalho interdisciplinar e interprofissional requer da equipe uma organização colaborativa entre seus membros, visando a qualidade da oferta de atividades extensionistas humanizadas e que cumpram os propósitos da Educação pelo movimento – caráter da especificidade da Educação Física.
A ação faz parte da unidade curricular obrigatória Atividade Integradora: Educação, que enquanto unidade de ensino, articula as práticas extensionistas como forma de fazer com que o estudante tenha maior contato com a comunidade. Para tanto, os conteúdos da referida disciplina (ensino) estão voltados para o que caracteriza a extensão, além dela ser articulada com os conhecimentos adquiridos em outras unidades curriculares de ensino. Para compor o tripé que constitui o ensino superior, além do ensino e da extensão, a pesquisa é constitutiva ao exigir dos estudantes contato com produção científica para o planejamento das ações. É possível que as ações extensionistas indiquem a necessidade de investigação por meio de pesquisa científica, que poderá ser um futuro TCC de algum estudante ou de outro tipo de projeto de pesquisa.
Os estudantes matriculados na disciplina Atividade Integradora: educação elaborarão as ações de extensão, com todos os requisitos exigidos para um projeto, e as ações serão conduzidas pelos mesmos. As ações podem promover nos estudantes conhecimento sobre planejamento e avaliação de projetos e ações de intervenção, pois ao final deste, avaliarão a execução do mesmo, destacando aspectos positivos e negativos. Além disso, a ação também pode promover conhecimento ao estudante de diferentes estratégias educativas, a partir de atividades da cultura corporal, ampliando suas possibilidades de atuação.
O impacto e a transformação social por meio da extensão têm o intuito de estabelecer um vínculo na relação entre a instituição de ensino e a sociedade, pela promoção de ações e eventos sociais para a população. A extensão universitária proporciona uma relação de cooperação entre alguns segmentos da comunidade, como escola, gestores públicos, a universidade e a população, com capacidade de ampliar o processo de construção dos conhecimentos. Ações voltadas à população por meio da extensão universitária tem com o propósito de permitir uma maior aproximação entre a universidade e a comunidade, contribuindo para uma educação de qualidade durante a formação acadêmica. Assim, os resultados dessas ações podem propiciar momentos de aprendizagem e reflexão para a comunidade externa à universidade, e para a comunidade acadêmica, compor e ampliar a formação profissional.
na escola e comunidade por meio de folhetos
Público-alvo
Estima-se que 250 adolescentes participem da ação na instituição escolar A estimativa do público atendido na praça pública (pão de santo Antônio) é de 350, entre crianças, adolescentes, adultos e idosos
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 40 h
- Manhã;
A ação de extensão está dentro da unidade curricular Atividades Integradoras Educação do curso de Educação Física para atender a necessidade da curricularização da extensão. A elaboração das ações, desde a parte teórica até o planejamento operacional, é de responsabilidade dos discentes sob a orientação dos professores. Por isso, o planejamento começou no mês de março, de modo coletivo em pequenos grupos.
- Manhã;
Serão desenvolvidas duas ações de extensão, uma em uma escola no dia 17 de maio e outra na praça do Pão de Santo Antônio em 31 de maio, 4 horas em cada um dos dias
- Manhã;
Os discentes que elaboraram o projeto da ação e a executarão farão a avaliação por meio de um relatório, sob a orientação de professores envolvidos nela