Sistematizar o conteúdo da pesquisa que redundou na obra intitulada "As faces do fascismo", composta de oito partes que apresentam o leque conceitual dos elementos estruturais constitutivos do fascismo como processo e movimento social, como proposta de Curso de Extensão em parceria com a UEMG (Universidade Estadual de Minas Gerais)

Fascismo; Nacionalismo; Estado; Tecnocracia; Racismo; estética; Neofascismo

Pretendi criar um panóptico que desse conta de abarcas as várias formas e conteúdos pelos quais o fascismo se apresenta em sua história, na prospecção de seus elementos que se articulam - social, político, econômico, estético, moral, religioso, racial, tecnocrático, criando um campo de articulação entre essas esferas. O fascismo não se conjuga tão-somente pelos aspectos que se tornaram, na interpretação histórica, elementos de definição que beiram à vulgaridade e ao escrutínio de análises e críticas rasas, com pouca amplitude ou profundidade. O fascismo revela suas faces que se articulam num conjunto de ações que movem a sociedade de massas, no interior das relações de produção e exploração, constitutivas da sociedade produtora de mercadorias, cerne do capital. É no interior do capitalismo que o fascismo surge, como revolta contra alguns aspectos negativos da sociedade capitalista, segundo os primeiros teóricos do fascismo. No entanto, parece intensificar os conflitos e as revoltas, mobiliza as massas trabalhadoras, no campo da moral e da constituição e preservação do mito da nação. O grande alerta do livro seja a constatação de que o fascismo não é um fenômeno isolado, ele é uma expressão das contradições do capitalismo e pode se adaptar às novas realidades tecnológicas e sociais. De modo que, para além de um convite à reflexão, é uma convocação para a ação. Uma leitura que interpela as várias gerações para que continuem a ter o necessário entendimento acerca da aberração que o fascismo representa, que ainda não foi sequer enterrado ou vencido ideologicamente. O fascismo penetra em todas as esferas de instância de uma sociedade. Mais do que um regime político, é um movimento cultural, extremamente sedutor, porque atua englobando vários aspectos da cultura. O fascismo é um movimento moral, em primeira instância, trata de resgatar um estado de coisas que, ao que parece, supõe terem sido perdidas e nesse sentido é necessário, segundo os fascistas, resgatar uma ordem e no interior do processo de resgate, purificar a sociedade. Em grande medida, há desafios para os novos movimentos fascistas, diante da mundialização do capital, que ultrapassou fronteiras, estados-nacionais, burocracias, línguas, costumes, culturas, tradições, religiões etc. A crise estrutural do capital revela a trágica condição dos estados-nacionais que se apegam a supostos passados puros, com supostos valores que ingenuamente pretendem salvar a sociedade dos imorais, salvando assim o capital. A grande pedra dos movimentos fascistas, como tese central dessa obra, é o capital globalizado e assim, o panóptico faz girar a visão a fim de que tenhamos um panorama dialético dos fascismos e suas dinâmicas.

Está sempre a nos provocar o terror, posto que em suas entranhas, é portador de elementos que fascinam as massas e as atrai para o seu mote, revela o perigo constante, disfarçado em várias auras de identidade e engajamento, como a estética, a religião, a violência e a brutalidade, a militarização, o embrutecimento do controle moral sobre as massas trabalhadoras, o desprezo pela economia, a necessidade de nutrir o mito de origem e, sobretudo, alimentar o princípio destruir da nação, como unidade interior e a eliminação das classes. Em grande medida, há desafios para os novos movimentos fascistas, diante da mundialização do capital, que ultrapassou fronteiras, estados-nacionais, burocracias, línguas, costumes, culturas, tradições, religiões etc. A crise estrutural do capital revela a trágica condição dos estados-nacionais que se apegam a supostos passados puros, com supostos valores que ingenuamente pretendem salvar a sociedade dos imorais, salvando assim o capital. A grande pedra dos movimentos fascistas, como tese central dessa obra, é o capital globalizado e assim, o panóptico faz girar a visão a fim de que tenhamos um panorama dialético dos fascismos e suas dinâmicas. Na atualidade, o fascimo assume novas faces, novos conteúdos, diante de um mundo capitalista globalizado. O desafio é para os trabalhadores compreenderem a complexidade não só quando as relações de poder e da ordem estão sob manutenção dos movimentos neofascistas, mas em como será possível lidar com as condições que a crise estrutural do capital coloca o Estado e com tecnologia enquanto estrutura social que reflete os aspectos fascistas.

Introduzir de forma ampla os conceitos acerca dos fascismos e suas faces. Criar condições para uma reflexão ativa para atualizar os novos movimentos fascistas pelo mundo e no Brasil. Os elementos constitutivos de traços fascistas no Estado contemporâneo e nas instituições. Compreender a luta para o controle do Estado por meio das organizações e corporações capitalistas. Propiciar condições para um pensamento crítico e histórico acerca das bases dos movimentos fascistas. Compreender os limites econômicos do fascismo ante o sistema social do capital

Promover a compreensão articulada do fascismo. Ampliar a visão crítica com alcance dos fascismos. Compreender as estruturas sociais. Introduzir a compreensão das condições gerais das bases de formação do fascismo. Apresentar os elementos básicos do fascismo na história contemporânea. Estabelecer os fundamentos em que se baseiam o fascismo como movimento social.

O conteúdo do curso de extensão terá como base a obra "As faces do fascismo". Para todos e todas que realizarem as inscrições, colocarei à disposição o Livro, com ficha catalográfica, em formato PDF. O conteúdo programático baseia-se nas oito partes da obra. Aulas expositivas nas dependências do campus da UEMG, situado na Rua da Glória, centro de Diamantina. Serão 6 encontros, aos sábados, das 9:00 às 13:00. Quadro-lousa para exposição e anotação Projetor (caso necessário, tenho possibilidade de utilizar o de minha propriedade) Mesa e cadeira Auditório para 60 participantes

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Inicialmente, a proposta visa alcançar a comunidade acadêmica, em extensão com a sociedade e a comunidade externa, uma vez que se trata de uma proposta de amplitude histórica, social, política, econômica e estética, que se estenderá aos estudantes e à comunidade acadêmica da universidade estadual de Minas Gerais, assim como, no âmbito de interessados que participarão do curso de extensão, da comunidade externa. A proposta tem um caráter de ampliação do conteúdo, uma vez que trata de tema extremamente atual que afeta as relações sociais de maneira geral. O curso de extensão tem como escopo atingir a comunidade acadêmica no que tange aos vários aspectos das faces do fascismo, em articulação com os conteúdos formativos de várias disciplinas e cursos - bacharelado em Políticas Públicas, História, Cultura, Geografia, Política, Sindicalismo e Movimentos Sociais.

O tema é extremamente provocativo, pois envolve um leque de elementos constitutivos, como Estética, Economia, a Política, o Estado como forma social e a Tecnocracia, a questão do Racismo, como mecanismo de controle estrutural do fascismo, assim como elementos ligados ao Direito, assim como as condições gerais de produção que envolvem a classe trabalhadora. No que tange a interprofissionalidade, a expectativa é que o curso de extensão atinja profissionais de várias áreas, assim como acadêmicos tanto da UFVJM, em seus diversos cursos, como acadêmicos do curso de direito da UEMG.

Curso de extensão “As faces do fascismo” pretende articular os vários conteúdos concernentes ao livro que tem o mesmo título do curso, como elemento de ensino, assim como é fruto de uma extensa pesquisa de anos de dedicação, cujo conteúdo será compartilhado e ampliado como proposta de pesquisa para os participantes. No que se refere à extensão, o evento assume o caráter de compartilhamento dos principais elementos conclusivos da pesquisa para a comunidade acadêmica e a comunidade externa.

Dado o caráter interdisciplinar do curso de extensão, a expectativa é a de que o conteúdo programático proposto tenha a possibilidade de aprofundar, ampliar e enriquecer a formação dos estudantes, tanto da UFVJM quanto da UEMG, no que concerne a elementos interdisciplinares, interseccionados nos vários conhecimentos e saberes concernentes às diversas disciplinas formativas, respectivamente a cada curso - História, Política, Estética, Cultura, Estado e políticas sociais, elementos saberes da Geografia, assim como do Direito, aspectos relacionados a economia, a organização da força de trabalho, o desenvolvimento das forças produtivas, a questão ideológica.

O tema do fascismo é extremamente até qual, sobre vários aspectos. É de extrema importância que tenhamos a possibilidade de apresentar não apenas a sua história, assim como as condições em que se reproduz, para que estudantes, docentes, trabalhadores e trabalhadoras em geral, tenham a possibilidade de compreender a dimensão, a importância e o perigo que o fascismo apresenta, em suas várias faces, que se articula na forma de movimentos sociais. Cabe ressaltar também a necessidade de compreendermos que mesmo que o fascismo tenha sido derrotado militarmente, sempre ressurge das entranhas da sociedade capitalista sob diversos mecanismos e diversas formas que atrai e fascinam, inclusive as massas trabalhadoras.

Por e-mail aos interessados, acadêmicos da UFVJM e UEMG. Meios eletrônicos - redes sociais de comunicação e divulgação, tanto da UFVJM quanto da UEMG. Divulgação em redes sociais por meio de Cartazes e Cards ilustrativos do curso de extensão. Formulários de inscrição.