A utilização de pastagens é a forma mais barata de produção animal. Porém, durante o ano há a estacionalidade de produção de forragem e estiagens, acarretando em condições climáticas inadequadas para produção de forragem e, consequentemente, há redução da produção animal. Neste sentido, para ter produção animal constante ao longo do ano, é preciso utilizar estratégias para reduzir a estacionalidade, como a produção de silagem, diferimento, uso de leguminosas, dentre outras alternativas.

Conservação, estacionalidade, fenação e produção animal.

As alternativas para minimizar a estacionalidade de produção de forragem são práticas fundamentais na agropecuária, garantindo a alimentação e produção animal contínua ao longo do ano, especialmente durante períodos de seca e veranicos que ocorrem devido às condições climáticas inadequadas para a produção forrageira e, consequentemente, ocorre a redução ou escassez de volumoso, levando a baixa produção animal. No Brasil as pastagens ocupam cerca de 154 milhões de hectares e são a principal fonte de alimentação dos ruminantes, sejam eles bovinos, caprinos, ovinos e/ou bubalinos. O manejo eficiente dessas áreas é fundamental para a lucratividade, porém na região central e sudeste do Brasil, principalmente na região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, é quase impossível produzir estes animais utilizando exclusivamente as pastagens durante todo o ano. Neste contexto, é importante se atentar ao planejamento forrageiro adequado e a utilização de estratégias para reduzir ou minimizar a estacionalidade de produção de plantas forrageiras em pastagens. A ensilagem, fenação e diferimento são alternativas para minimizar esta situação que ocorre mundialmente, a estacionalidade, porém há locais que sua presença é mais ou menos intensa.

As alternativas para reduzir a estacionalidade de produção de forragem é essencial para garantir a alimentação dos ruminantes de forma homogênea ao longo do ano, especialmente durante a seca, quando há escassez intensa de forragem nas pastagens. No Brasil há cerca de 154 milhões de hectares de pastagens e a pecuária depende diretamente dos pastos e da utilização de plantas forrageiras na alimentação dos animais. Neste sentido, esta ação de extensão visa capacitar os participantes na conscientização e na adoção de estratégias de produção de volumoso de forma adequada, de acordo com cada propriedade, região e/ou condições climáticas e de solo, utilizando técnicas e práticas mais simples, no qual serão relatados diversas alternativas para reduzir a estacionalidade de forma a reduzir as perdas na produção animal no período de seca e/ou em estiagens que podem ocorrer em diversas épocas ao longo do ano. Ao utilizar essas técnicas, os participantes poderão aplicá-las de forma prática e eficiente no campo, promovendo o desenvolvimento da pecuária e a melhoria dos sistemas de produção animal, principalmente da região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

Objetivos gerais: Capacitar os participantes na adoção de alternativas para reduzir a estacionalidade de produção de forragem, de modo a garantir a oferta de alimento de forma adequada, com qualidade e contínua aos animais, especialmente em períodos de seca e veranicos, contribuindo para a eficiência da pecuária. Objetivos específicos: - Capacitar e conscientizar os participantes sobre a importância da produção constante de volumoso ao longo do ano; - Mostrar as alternativas e técnicas utilizadas para produção de volumoso para garantir alimento constante ao longo do ano; - Demonstrar quais técnicas são mais utilizadas;

As metas que se pretende alcançar junto aos participantes com esta ação de extensão são: - Identificação de qual estratégia de reduzir a estacionalidade é mais usada; - Identificação de qual estratégia de reduzir a estacionalidade é mais adequada para cada situação; - Identificação das vantagens e desvantagens de cada estratégia de reduzir a estacionalidade; - Identificação dos benefícios da adoção de estratégia para reduzir a estacionalidade de produção de forragem; - Garantir o fornecimento de alimentação volumosa constante ao longo do ano; - Melhorar os índices zootécnicos e aumento da rentabilidade dos produtores rurais.

Esta ação de extensão será dividida em três partes principais, que serão: 1ª Etapa: pré-curso para preparação para a realização das atividades, com levantamento de revisões bibliográficas para a preparação para o curso. Duração média de 4 horas. 2ª Etapa: Inicialmente, haverá introdução sobre a produção animal a pasto e sobre a estacionalidade de produção de forragem, com utilização de apresentações multimídia para discutir e dialogar sobre a temática. Duração média de 30 minutos. 3ª Etapa: Em seguida, será apresentada as estratégias/alternativas para reduzir a estacionalidade de produção de forragem, tais como a conservação de forragem na forma de feno e silagem, o diferimento de pastagens, o uso de leguminosas e a sobressemeadura, com utilização de apresentações multimídia para discutir e dialogar sobre a temática. Duração média de 120 minutos. 4ª Etapa: O curso será concluído com uma sessão de discussão e feedback, permitindo a troca de experiências e esclarecimento de dúvidas. Os participantes também terão orientação do coordenador da ação, garantindo que o aprendizado seja eficaz e aplicável em suas atividades. Essa etapa ocorrerá em dois momentos: logo após a apresentação com discussão mais aprofundada de 2 alternativas apresentadas para reduzir a estacionalidade por 120 minutos. No dia 30 de maio de 2025, também haverá a discussão mais aprofundada de 2 alternativas apresentadas para reduzir a estacionalidade por 120 minutos, e para fechar o curso no dia 04 de maio de 2025 haverá a última discussão mais aprofundada das demais alternativas apresentadas para reduzir a estacionalidade por 120 minutos, totalizando 8 horas totais de curso. 5ª Etapa: nesta etapa pós-curso será a etapa de finalização da ação de extensão com edição e envio do relatório final. Duração média de 3 horas.

DANTAS, C.C.O. e NEGRÃO, F.M. Fenação e ensilagem de plantas forrageiras. PUBVET, Londrina, V. 4, N. 40, Ed. 145, Art. 977, 2010. Pastagens brasileiras ocupam área equivalente a todo o estado do Amazonas. Disponível em:<https://www.researchgate.net/profile/FagtonNegrao2/publication/380799054_Fenacao_e_ensilagem_de_p ensilagem-de-plantas-forrageiras.pdf>. Acesso em: 06 de maio de 2025

A interação dialógica da comunidade acadêmica, incluindo a equipe do projeto (alunos e professor) com a sociedade (Participantes da ação que poderão ser alunos interessados no assunto e pecuaristas) será realizada durante a ação, e posteriormente, caso algum dos participantes tenham dúvidas (eles poderão procurar o coordenador da ação para maiores esclarecimentos). As atividades da ação serão teóricas com envolvimento dos participantes, de forma que eles aprendam, tirem suas dúvidas e curiosidades. Logo após a todas as apresentações, também terá um espaço aberto para perguntas dos participantes aos membros da equipe.

Ocorrerá interdisciplinaridade e interprofissionalidade já que os temas que serão abordados envolvem diversas áreas do saber em Ciências Agrárias, tais como: preparo do solo, formação de pastagens, formação de capineira, manejo e produção de silagem.

Esta ação de extensão terá informações técnicas, científicas e práticas sobre as alternativas para reduzir a estacionalidade de produção de forragem ao longo do ano. Esta atividade também contemplará ações da Equipe JK UFVJM Diamantina participante da 3ª Maratona FAEMG Jovem, junto ao SENAR e Sindicato de Produtores Rurais (SPR) de Diamantina. A equipe contam com docentes e alunos do curso de Agronomia e Engenharia Florestal.

Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica: A extensão universitária desempenha um papel essencial na formação dos discentes, permitindo que a teoria aprendida em sala de aula seja aplicada em contextos práticos, ao mesmo tempo em que se presta um serviço relevante à sociedade. No projeto de extensão em questão, os alunos estarão envolvidos em todas as etapas, sob a supervisão do professor coordenador da ação, desde a preparação de atividades até a realização da ação, e posteriormente elaborarão o relatório final. Essa participação promove o desenvolvimento de habilidades técnicas e interdisciplinares. Esta ação em particular, oferece oportunidade ímpar para que os discentes apliquem seus conhecimentos diretamente com os pecuaristas e demais pessoas interessadas no assunto, abordando alternativas técnicas de reduzir a estacionalidade de produção de forragem. Além disso, os discentes terão a chance de aprimorar suas habilidades de comunicação, aprendendo a dialogar efetivamente com os pecuaristas, compreendendo suas necessidades e transmitindo informações de forma clara e acessível. Essa interação fortalece a compreensão dos discentes sobre os desafios do setor, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento rural, propagando práticas que beneficiam toda a comunidade. Ao longo do desenvolvimento do projeto, a equipe se reunirá para avaliar e aprimorar as atividades propostas para o dia do evento, assegurando um processo de confiança e aprendizado coletivo

Espera-se que esta ação desperte nos participantes a importância de se trabalhar com estratégias de reduzir a estacionalidade de produção de forragem garantindo a oferta de alimentos ao longo do ano para os ruminantes, além de promover a conscientização dos pecuaristas sobre a importância do planejamento forrageiro para garantir a produção animal contínua ao longo do ano.

A divulgação será realizada pelas redes sociais e por meio de convites realizados pessoalmente aos produtores rurais.