A promoção da saúde é fundamental para o bem-estar da população. Muitas doenças, que são altamente prevalentes, como hipertensão , diabetes, doenças crônico degenerativas, infecciosas, neoplasias, podem ser prevenidas ou controladas com informação adequada. A abordagem de temas relevantes junto à população pode impactar diretamente na qualidade de vida dos pacientes. Este projeto visa sensibilizar a comunidade sobre esses temas por meio da atividades educativas, conversas e respostas a dúvida

Prevenção, promoção de saúde, informação

Nos últimos anos as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) incluíram as atividades de extensão de forma a integralizar à matriz curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico, tecnológico, promovendo a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa . Neste último século, a assistência à saúde apresentou importantes avanços no país, em especial a partir da promulgação da lei 8080/90 que instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS). Para cumprir com as prerrogativas do SUS, o Brasil adotou a Atenção Primária à Saúde (APS) como principal porta de entrada e reguladora do sistema. A APS é caracterizada como conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades (BRASIL, 2022). Os princípios da universalidade, da acessibilidade, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização e da equidade devem ser sempre seguidos. Desde o início da década 80, a educação médica tem sido revista, para que seja possível responder às demandas sociais de médicos para o SUS. As modificações nos currículos médicos tem, nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o curso de medicina de 2001 e 2014, marcos importantes destas modificações. Na primeira edição das DCN, no ano de 2001, o Ministério da Saúde (MS) inclui demandas sociais na formação médica, delineando o perfil dos egressos (BRASIL, 2001, p.10): Médico, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva. Capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano. A complexidade da formação em cenários de APS exige habilidades específicas dos preceptores, ou seja, dos profissionais que orientam esses alunos na prática (IZECKSOHN et al., 2017). A formação generalista é importante para compreender o indivíduo como um ser holístico. Mas esse profissional em formação também deve ter a habilidade de reconhecer que o paciente, em algumas situações, necessita de cuidados na atenção secundária. Ou seja, casos que exijam ser atendidos por um especialista em determinada patologia, por exemplo, endocrinologia, neurologia, geriatria, reumatologia, infectologia, cardiologia, pneumologia, ortopedia, entre outros. Para isso, o ensino médico deve proporcionar também a vivência do aluno em algumas especialidades. O aluno deve saber reconhecer se determinada demanda necessita de atendimento em caráter ambulatorial, hospitalar e em determinadas situações, com procedimentos cirúrgicos (cirurgia ambulatorial ou de urgência). A boa relação médico-paciente é um dos pilares fundamentais da prática médica. Baseia-se na confiança, no respeito mútuo e na comunicação clara. O objetivo desse projeto é fortalecer essa comunicação. Serão utilizados recursos como panfletos informativos, mídias audiovisuais e conversas esclarecedoras, que ajudam a tornar as informações médicas mais acessíveis e compreensíveis. Essa aproximação do aluno e do paciente, antes mesmo do atendimento, têm o objetivo de melhorar o vínculo e a informação de ambas as partes. A abordagem de temas relevantes junto à população pode impactar diretamente na qualidade de vida dos pacientes. O médico deve acolher, ouvir com atenção e tratar cada pessoa com empatia, enquanto o paciente deve sentir-se à vontade para expressar suas dúvidas, medos e expectativas. Essa relação humana é essencial para um cuidado mais eficaz e compassivo.

Necessidade de aperfeiçoar o perfil e características da formação médica permitindo que este ao final do curso tenha características específicas e inerentes à sua formação, fazendo jus ao preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais - DCN, que define como perfil do pro-fissional médico, um egresso com “formação geral, humanista, crítica, reflexiva e ética, com capacidade para atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde, com ações de promoção, pre-venção, recuperação e reabilitação da saúde, nos âmbitos individual e coletivo, com respon-sabilidade social e compromisso com a defesa da cidadania, da dignidade humana, da saúde integral do ser humano e tendo como transversalidade em sua prática, sempre, a determina-ção social do processo de saúde e doença". A formação médica privilegia a aquisição de co-nhecimentos e experiências educacionais que desenvolvam o profissionalismo médico. O es-tudante constrói sua identidade profissional por meio de relações com colegas, professores e profissionais.

# Objetivo geral • • Promover, aos residentes de Diamantina e de demais municípios alvo deste projeto, por meio da curricularização da extensão no curso de Medicina de Diamantina, ações de educação em saúde e atendimentos médicos generalistas e em diversas especialidades, fortalecendo a atenção primária e o atendimento secundário do município e de cidades da macrorregião. # Objetivo específico • • Proporcionar experiências práticas em atendimentos de saúde aos alunos do curso de Medicina. • Fomentar a relação entre teoria e prática, permitindo que os estudantes vivenciem a realidade da saúde pública. • Estimular o trabalho interdisciplinar com outros profissionais da saúde para ofere-cer um atendimento mais completo. • Promover a conscientização sobre a importância da atenção primária e secundária na saúde da comunidade. • Promover a conscientização sobre as doenças prevalentes na população • Disseminar informações educativas à comunidade. • Promover formação sobre a importância da comunicação clara e objetiva no forta-lecimento da relação médico-paciente. • Escrever artigos e participar de eventos científicos para compartilhar experiências e publicar os dados. • Promover o enriquecimento do vínculo entre a universidade e a comunidade. • Elaborar atividades educativas, de forma clara e fácil entendimento.

• Formação integral e socialmente responsável dos alunos de Medicina. • Melhoria no acesso à saúde nas comunidades atendidas. • Aumento na conscientização dos alunos sobre a importância da atenção primá-ria e secundária. • Enriquecimento do vínculo entre a universidade e a comunidade. • Aprimoramento da comunicação e informação eficaz. • Alcançar a excelência para a formação de egressos capacitados para atuação profissional nos diversos níveis de promoção e recuperação da saúde, especial-mente com vistas à sua inserção nos serviços de saúde públicos do município de Diamantina e área de abrangência, de forma a promover a melhoria dos indica-dores de saúde da população e da região. • Atender de 8 a 10 pacientes para cada grupo de pratica totalizando em média 1.000 atendimentos por semestre letivo.

a) Seleção das Comunidades: • Identificação e parceria com comunidades que necessitam de atenção médica, priorizando áreas com vulnerabilidade social do município de Diamantina e das cidades de referência regional. b) Divisão em Grupos: • Formar grupos de estudantes dos 5º ao 8º períodos, que serão supervisionados por professores e profissionais de saúde. c) Capacitação e Treinamento: • Realizar capacitações sobre práticas de atendimento em saúde, noções de ética, comunicação e acolhimento ao paciente. • Criar materiais informativos claros e atrativos, com dados relevantes, dicas de prevenção e cuidados à saúde. • Formação de dinâmicas simples com o objetivo de informação de saúde. d) Atendimentos: • Realização de atendimentos médicos em clínicas e unidades de saúde, abran-gendo especialidades como: Clínica Geral, Pediatria, Geriatria, Saúde Mental, cardiologia, infectologia, oftalmologia, pneumologia,ortopedia entre outras. • Os atendimentos incluirão triagem, consultas, orientações sobre prevenção e promoção da saúde e acompanhamento de casos. • Distribuir materiais informativos e atrativos, com dados relevantes, dicas de prevenção e cuidados a serem tomado. • Elaborar materiais áudio-visuais informativos • Promover rodas de conversa e bate-papos para esclarecer as dúvidas frequentes. • Dar dicas de prevenção aos problemas de saúde mais comuns, por exemplo, pre-venção de quedas, problemas de memória, controle da pressão arterial e glicose, medidas de prevenção para doenças sexualmente transmissíveis, importância da atividade física na saúde e qualidade de vida. • Orientação sobre vacinação. e) Avaliação: • Aplicação de questionários de satisfação com os atendimentos realizados, para os pacientes, para medir o impacto do projeto na conscientização da comunidade. • Avaliação das práticas pedagógicas e impacto na formação dos alunos. • Realização de feedback para os alunos envolvidos f) Acompanhamento: • Monitoramento contínuo dos atendimentos e dos dados coletados, permitindo ajustes e melhorias nos processos.

• Lei 13.005/2014 - Plano Nacional de Educação. • Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Medicina. • Publicações e estudos sobre a importância da extensão universitária na formação médica.

A relação entre a universidade e a sociedade valoriza o diálogo e a troca de saberes por meio da difusão de conhecimentos e do compartilhamento de experiências, além da construção de vínculos com a sociedade e permitindo a resolução de problemas de saúde comunitários promovendo o desenvolvimento sustentável e fortalecendo a relação entre a universidade e a comunidade baseado no diálogo e na troca de saberes e na participação.

A interação entre diferentes profissionais, durante as vivências práticas entre alunos e preceptores, fortalece a valorização da interdisciplinaridade e da Inter profissionalidade. Esse intercâmbio de saberes, experiências e serviços enriquece o aprendizado e contribui significativamente para o alcance dos objetivos do curso. A construção do conhecimento torna-se mais sólida quando realizada de forma colaborativa, envolvendo todos os agentes que compõem o serviço, unidos por um propósito comum e pela busca de resultados efetivos. Por estar inserido no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), seu êxito dependerá diretamente da interdisciplinaridade que caracteriza esse cenário, essencial para o aprendizado e o desenvolvimento dos graduandos.

A participação de graduandos em atividades de extensão universitária impacta na formação acadêmica desta forma preparando os estudantes para a prática profissional, incentivando a atuação como agentes de mudança na comunidade, ampliando o universo de referência dos estudantes, possibilitando o contato com questões contemporâneas, permitindo a troca de conhecimentos, fomentando a inclusão social, contribuindo para o desenvolvimento humano

A atividade proposta permitirá que os estudantes apliquem os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula em contextos reais, favorecendo a interdisciplinares, consolidando o conteúdo abordado, desenvolvendo competências práticas e técnicas, além da capacidade de articulação entre teoria e prática, desenvolvendo competências sociais e humanas ao interagir com comunidades e diferentes públicos, desenvolvendo empatia e responsabilidade social, habilidades de comunicação e trabalho em equipe. Adquirindo consciência crítica sobre desigualdades e realidades sociais, fortalecendo a cidadania ativa. Adquirindo compreensão do seu papel social, internalizando valores éticos e de justiça social. O acadêmico deverá adquirir tomada de decisões e capacidade de resolver problemas. Deverá desenvolver autonomia e liderança, assumindo responsabilidades, integrando com a comunidade e interagindo com demandas sociais reais.

Através da integração dos estudantes com as equipes de saúde e com a comunidade local, as ações do curso promoverão transformações significativas através do aumento na conscientização e adesão às práticas preventivas em saúde, com a ampliação do acesso e da qualidade do atendimento, e através da melhoria consistente nos indicadores de saúde do município de Diamantina e região, beneficiando diretamente a qualidade de vida da população. Contribuindo para a redução da mortalidade e de internações, além de promover o fortalecimento do vínculo entre a universidade e a comunidade com vistas a uma atuação transformadora, voltada para os interesses e necessidades da maioria da população, buscando superar desigualdades, garantindo diversidade, evitando exclusões, promovendo o desenvolvimento regional.

As ações serão realizadas nas unidades de saúde contando com o auxilio das equipes envolvidas além de utilizar os espaços do ambulatório da FAMED, os atendimentos serão selecionados pela regulação do município que divulgará as atividades propostas. Os alunos do internato que estão atuando nos municípios também farão divulgação durante as atuações nas unidades de saúde. Utilizaremos as redes sociais da FAMED para divulgação e apresentação das produções.

Analise e elaboração de artigos, materiais de comunicação e educação em saúde, confecção de podcasts, elaboração de plano de trabalho individual, entre outros