Detalhes da ação

SABERES EM RODA: Tecnologias, (in)Formação e Ensino de História

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203001332

Tipo da Ação

Curso/Oficina

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

02/06/2025

Data Fim

30/07/2025


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

rosiane da silva ribeiro bechler

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências Humanas

Área Temática Principal

Educação

Área Temática Secundária

Tecnologia e Produção

Linha de Extensão

Formação Docente

Abrangência

Regional

Gera Propriedade Intelectual

Sim

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Fora do campus

Período das Atividades

Tarde

Atividades nos Fins de Semana

Não


Redes Sociais

@fazhistoria2024

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 6 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 6 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 6 h
Tipo de Membro Externo
Carga Horária 2 h
Resumo

Curso voltado para aprofundamento, em perspectiva inicial e continuada, de temáticas consolidadas e emergentes no campo do ensino de História em interface com as tecnologias da informação. O curso é orientado pela metodologia dos círculos de cultura e tem o intuito de configurar uma comunidade de aprendizagem a partir das experiências e partilhas promovidas entre seus participantes. A duração de da proposta é de 30 horas, dividas em tempos síncronos, assíncronos e de estudo/pesquisa/produção.


Palavras-chave

Ensino de História - Formação Docente - Tecnologias - Informação - Era Digital


Introdução

A proposta da Segunda Edição deste curso online vincula-se a dois movimentos nos quais os/as componentes da equipe encontram-se envolvidos: a retomada da metodologia de extensão amadurecida na primeira Edição do curso “Saberes em Roda: uma conversa entre professores de História” e ao desenvolvimento da prática como componente curricular da disciplina Laboratório de Ensino de História: teorias e metodologias, do curso de Licenciatura em História da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (FIH/UFVJM). Nesse sentido, ocupamo-nos de pensar estratégias e pontes que conectem de forma sensível e significativa os debates teóricos às experiências pedagógicas pelo viés da práxis no campo da História e seu ensino. Nesse movimento, assume-se a dialogia indispensável, como é próprio ao campo de pesquisas em ensino de História concebido como um lugar de fronteiras (MONTEIRO, 2007; PENNA; MONTEIRO, 2011), entre saberes singulares de diferentes campos do conhecimento, possibilitando colocar em perspectiva a potencialidades dos saberes históricos na/para a formação docente e do lugar de professores de História na cultura escolar e frente às demandas socialmente instituídas. De acordo com Ana Maria Monteiro: A História alimenta a memória coletiva, não apenas da forma manipulatória imposta pelos Estados, mas a contrapelo, compondo memórias de grupos e coletividades que possam resistir, se opor às dominações políticas exteriores. Assim, a História ensinada – que é apenas uma das versões disponíveis do passado – contribui para fazer os jovens compartilharem da memória atual dos adultos, tal como eles a reelaboram hoje e que, por sua vez, é objeto de disputas e conflitos entre diferentes versões presentes no cotidiano e na cultura”. (MONTEIRO, 2007, p. 109) Nesta perspectiva, os saberes históricos circulantes no espaço escolar estão em constante movimento e são chamados a compor narrativas partilhadas que possibilitem a complexificação dos olhares de crianças e jovens sobre passados e presentes. Por sua natureza híbrida, fluida e cambiante, ainda que orientada pelas disposições curriculares de diferentes naturezas, a História na escola coloca de maneira rotineira novos desafios aos saberes e fazeres docentes, justificando, assim, a importância da constituição de comunidades de aprendizagem que possam se constituir como espaço de partilhas e formação continuada de professores em diferentes etapas formativas e atuantes em diferentes espaços, principalmente, na Escola e na Universidade É nosso intuito intervir também na temporalidade formativa que Nóvoa (2019, p.200) denominou “entre dois”, ou seja, o tempo entre a formação inicial e a “indução profissional”, considerado fundamental para o enraizamento da profissão docente dado os enfrentamentos próprios aos primeiros anos de atuação na docência. De acordo com o autor, precisamos de superar três silêncios que têm marcado o período de indução profissional, isto é, de iniciação e de introdução numa dada profissão: - o silêncio das instituições universitárias de formação de professores, que pouca atenção têm dedicado a este período, considerando que o seu trabalho fica concluído com a entrega do diploma de conclusão do curso de licenciatura; - o silêncio das políticas educativas, que não têm conseguido definir os necessários processos de escolha dos candidatos ao magistério, de acesso à profissão e de acompanhamento dos jovens professores nas escolas; - o silêncio da própria profissão docente, isto é, dos professores em exercício, mais experientes, e que deveriam assumir um maior compromisso com a formação dos seus jovens colegas. (NÓVOA, 2019, p.200-201) O enfrentamento desses silêncios, apontados pelo autor, também orienta a proposta do curso. Nesse sentido, o desafio que se coloca é o deslocamento de professores/as formadores/as de professores/as ante o questionamento: quando e onde começa e termina o ofício docente na formação de futuros/as professores/as? Por certo, é preciso considerar os avanços obtidos nas últimas décadas em esforços de rompimento com o modelo racional-tecnicista de formação docente (CERRI, 2013), que se sobrepôs nas décadas de 1960-1980 e ainda resiste, não sem embates, em alguns contextos até os dias atuais. Ainda assim, é importante reconhecer o amadurecimento das discussões e da relação teoria/prática no tocante à formação inicial dos professores de História. Nesse sentido, o Estágio Supervisionado, assim como à carga horária de Prática como Componente Curricular, vem, paulatinamente, assumindo um espaço cada vez mais significativo no currículos das licenciaturas (SILVA, 2010), e, ao lado dos programas como o PIBID e o Residência Pedagógica, reconfigurando o tempo da formação inicial. No entanto, como apontado por Nóvoa (2019), observa-se ainda um desequilíbrio na distribuição dos esforços necessários ao acompanhamento desta formação em diferentes tempos, e particularmente do tempo entre a conclusão da formação acadêmica e a consolidação da inserção profissional no campo de atuação docente. De acordo com o autor, Para que o período entre-dois ganhe densidade formativa, e profissional, é necessário repensar os ambientes de formação e de trabalho: em primeiro lugar, o ambiente universitário da formação inicial, construindo um terceiro lugar institucional; depois, o ambiente da pesquisa, de forma a valorizar um terceiro género de conhecimento; finalmente, o ambiente de trabalho nas escolas, reforçando uma terceira presença dos professores enquanto coletivo. (NÓVOA, 2019, p. 202) Pautado por essas reflexões, Nóvoa propõe o desafio de se constituir um terceiro tempo da formação, envolvendo de maneira horizontal sujeitos e saberes em uma concepção integradora (e alargada) das relações entre universidade, cidade, escola e comunidade na formação docente. Como aponta Ana Maria Monteiro (2007), os saberes da profissão docente emergem das tessituras plurais entre experiências formativas, trajetórias de vida, encontros e interações no espaço escolar com outros docentes e com os discentes, e com os saberes históricos. Formar professores/as com autonomia para que possam reconhecer e potencializar a polifonia de seus saberes no enfrentamento dos desafios cotidianos de uma sala de aula de História é um desafio que tangencia as práticas reflexivas propostas no contexto deste curso, atentas para o papel que o ensino de História assume no tempo presente. Que como aponta Cristiani Silva (2019) trata de Não apenas conhecer os acontecimentos passados, mas privilegiar o investimento em dotar os estudantes de instrumentos para análise e interpretação desses processos que lhes permitam construir sua própria representação do passado. (...) lidar com versões contraditórias, com conflitos, que consigam contextualizá-los, conscientes da distância que os separa do presente, de suas crenças, de suas perspectivas de lugar que ocupam no mundo. (SILVA, 2019:54)


Justificativa

Neste curso, tratamos de temas específicos da docência em História, procurando atender às demandas diagnosticadas pela literatura sobre formação inicial e continuada de professores de História. Por isso, as escolhas teórico-metodológicas foram guiadas pela perspectiva da práxis, evitando reforçar as velhas dicotomias entre teoria e prática ou entre saberes históricos de diferentes naturezas e seu ensino. Da mesma forma, procuramos selecionar temas e conteúdos relevantes para o cotidiano da sala de aula, demonstrando a inseparabilidade entre a historiografia, as linguagens e as culturas escolares e juvenis na produção de aulas de história. Por último, desenhamos um curso que privilegia o diálogo horizontal e a circularidade de saberes colocados “em roda”, em um movimento de partilha entre todas as pessoas participantes do curso - sejam ministrantes, mediadores ou cursistas. Nesse sentido, buscamos reafirmar nossa compreensão de que a escola também é um espaço de produção de conhecimentos próprios e não apenas de execução de técnicas e saberes criados por outros (CHERVEL,1990) . Portanto, mais importante do que “reciclar” ou “atualizar conhecimentos”, esse curso foi pensado para constituir uma comunidade de diálogos e aprendizagem (bell hooks, 2015; BRANDÃO, 2005) sobre o ensino de História, que considere as interfaces do debate teórico-metodológico com as experiências e desafios próprios ao ensino da História em diferentes contextos. Assim, mobilizamos professores de História em suas diferentes etapas formativas para o debate e a partilha de experiências da docência em História, tendo como foco a reflexão sobre as tecnologias da informação em sua práxis educativa. A consolidação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) como metodologias de ensino e de circulação de conteúdos, tem despertado transformações impactantes, principalmente no ensino da História, área do conhecimento humano que lida com a edificação de narrativas, consolidação de memórias e construção de identidades. Em paralelo, vivemos em tempos digitais, caracterizado por constantes fluxos de informações, nem sempre precisas e verossímeis, exigindo assim, que o professor adote uma postura crítica, autêntica, criativa e inovadora. A escolha dessa temática como eixo condutor da segunda edição do curso “Saberes em Roda” é uma busca por refletir e trabalhar os usos metodológicos, didáticos e pedagógicos das TICs no ensino de História. A proposta objetiva contribuir para qualificação da formação inicial e continuada para a docência em História, notadamente em relação às práticas pedagógicas críticas e que valorizem o conhecimento histórico, sua função social e as possibilidades de sua compreensão, em interface com as TIC´s e outras estratégias metodológicas.


Objetivos

Geral: Propor a reflexão crítica e promover o desenvolvimento de estratégias pedagógicas sobre os usos didáticos e metodológicos das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no ensino da história. Específicos: - Debater a complexidade do conhecimento histórico em tempos digitais; - Promover o uso crítico, reflexivo, técnico e consciente das TICs na prática do professor de história; - Fomentar o protagonismo docente e discente na produção de conteúdos informativos de conhecimento histórico explorados através de ferramentas digitais; - Experimentar e aperfeiçoar estratégias didáticas de ensino de História em experiências concretas com o público-alvo da proposta. Compartilhar conhecimentos entre pares, vivenciando o curso de formação como comunidade de aprendizagem; Promover reflexões e partilhas em um formato horizontal entre gerações de professores/as e estudantes em formação, valorizando os múltiplos saberes docentes e para docência, em uma perspectiva que garanta tempos e espaços para uma trabalho teórico-reflexivo.


Metas

- Ofertar o curso para 40 docentes/futuros docentes de História, nas etapas finais de formação e/ou em atuação na Educação Básica, de diferentes regiões do Brasil e trajetórias profissionais. - Produzir um material didático digital que oriente o percurso proposto para este curso, e que esteja aberto às reflexões e à criticidade dos/as participantes, apresentando estratégias metodológicas para intervenções e registros. - Elaborar, ao final da execução da proposta, um repositório online com as propostas de práticas desenvolvidas e executadas na realização dos módulos temáticos, bem como a apresentação dos resultados alcançados com o desenvolvimento do projeto.


Metodologia

Tal como expresso no título deste projeto, partimos da perspectiva da potencialização de saberes colocados em roda em uma dinâmica dialógica, estabelecidas entre os diferentes sujeitos que se disponibilizarem a participar deste espaço. Para tanto, nos inspiramos na metodologia dos círculos de cultura freireanos (MARINHO, 2014), com o objetivo exercitar a práxis, debatendo temas e interesse dos-as-es participantes, a partir da mediação de uma ou mais pessoas responsáveis por suscitar questões e fomentar a troca de experiências e a produção de conhecimentos coletivos. O curso está organizado em momentos síncronos, com a promoção de encontros via Google Meet entre cursistas, mediadores/as e convidados/as, e assíncronos, buscando potencializar a autonomia, a criatividade e a apropriação de debates teóricos, assim como dos recursos tecnológicos e materiais digitais produzidos no contexto pandêmico, por professores/as-pesquisadores/as do campo do ensino de História. Os encontros síncronos serão mediados por dois professores/as componentes da equipe deste projeto e poderão contar com a presença de convidados/as para debate/diálogo em torno do tema elencado, buscando sempre uma relação de paridade entre professores/as atuantes no Ensino Superior e na Educação Básica. Eventualmente, podemos ter convidados/as que atuam com o ensino de História em espaços não escolares. Os tempos assíncronos deverão ser dedicados ao estudo e realização dos Roteiros elaborados previamente para cada encontro. Será organizado um Google Classroom do curso, onde serão disponibilizados materiais para aprofundamento do tema discutido nos encontros, assim como para contabilização da carga horária/frequência nas atividades assíncronas. O produto final, que será também contabilizado para avaliação da participação no curso, será um Roteiro de Aula detalhado e fundamentado, produzido individualmente a partir da conjugação de temas e linguagem abordados ao longo do percurso. Em todos os encontros será incentivado o registro das percepções reflexões por diferentes estratégias e linguagens. Da mesma forma, uma ou mais pessoas ficarão responsáveis por registrar a memória do que for produzido no círculo, a partir de roteiro pré-estabelecido e recriado com todo o grupo. Esses relatos serão disponibilizados para leitura e aperfeiçoamento, tanto de maneira síncrona como assíncrona, e posteriormente editados como registro do percurso traçado e trilhado por esse coletivo para eventual publicação em periódicos da área.


Referências Bibliográficas

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Comunidades Aprendentes. In: FERRARO Jr., Luiz Antônio (org.). Encontros e Caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Braísilia: MMA, Diretoria de Educação Ambiental, 2005. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. 49ª. Edição. São Paulo: Paz e Terra, 2014 JUNIOR, Arnaldo Martin Szlachta; JUNIOR, Osvaldo Rodrigues; BONETE, Wilian Junior. Um inventário de bits e bytes: porque ensino de História não é um museu de grandes novidades. Revista História Hoje, v. 11, n. 23, p. 5-12, 2022. LAROSSA BONDÍA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista brasileira de educação, n. 19, p. 20-28, 2002. MAGALHÃES, Marcelo De Souza; ROCHA, Helenice Aparecida Bastos (org). Ensino de história:usos do passado, memória e mídia. Rio de Janeiro: FGV, 2014. MONTEIRO, Ana Maria. Professores de História: entre saberes e práticas. Mauad Editora Ltda, 2007. ______; PENNA, Fernando de Araújo. Ensino de História: saberes em lugar de fronteira. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 36, n. 1, p. 191-211, 2011. MARINHO, Andrea Rodrigues Barbosa. Círculo de cultura: origem histórica e perspectivas epistemológicas. 2014. NÓVOA, Antônio. Entre a formação e a profissão: ensaio sobre o modo como nos tornamos professores. Revista Currículo sem fronteiras, v. 19, n. 1, p. 198-208, jan./abr. 2019. ______. Os professores e o “novo” espaço público da educação. In: TARDIF, Maurice. LESSARD, Claude. O ofício de professor: história, perspectivas e desafios internacionais. Editora Vozes Limitada, 2017. 6ª. Edição, 1ª, reimpressão. PEREIRA, Nilton Mullet; SEFFNER, Fernando. Cenas de aula de História: como aprender com isso? In: GIL, Carmem Zeli de Vargas; MASSONE, Marisa Raquel. Múltiplas vozes na formação de professores de História: experiências Brasil-Argentina. Porto Alegre: EST Edições, 2018: 49-68 Moraes; OLIVEIRA, Margaria. Dicionário de Ensino de História. Rio de Janeiro: FGV, 2019. SANTOS, Vinicius Silva; SCHNEIDER, Henrique Nou. Culturas Juvenis e a Etnocenologia Virtual da Aprendizagem em Ambiências Híbridas e Multimodais de Interação. Educação Unisinos, v. 23, n. 4, p. 609-625, 2019. TARDIF, Maurice. LESSARD, Claude. O ofício de professor: história, perspectivas e desafios internacionais. Editora Vozes Limitada, 2017. 6ª. Edição, 1ª, reimpressão.


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

A Diretriz Interação Dialógica presente na Política Nacional de Extensão, trata da produção de conhecimento junto à sociedade, de forma a contribuir para a superação da desigualdade e da exclusão social, em busca de uma sociedade mais justa, ética e democrática. Entendemos que a escola, no exercício de conformar as culturas que a atravessam e formar conforme os paradigmas curriculares vigentes, ao mesmo tempo em que reproduz as desigualdades econômicas e sociais, pode ser vista também como lócus de processos de transformação e emancipação social. Nessa direção, o ensino de História e os sujeitos com ele comprometidos, se apresentam como lócus privilegiado para identificação e construção de experiências educativas que potencializem os sentidos de fazeres docentes transformadores. A interação dialógica com a comunidade de educadores que se comprometerem com esse curso, pelo viés do debate sobre as linguagens que atravessam o ensino de História, configura-se como estratégia fundamental para atender a demanda necessária e contínua de aproximação e diálogo com as culturas da escola (BENITO, 2008) e desta com as demandas sociais, objetivando a promoção de uma formação docente orientada por experiências sensíveis e em sintonia com o tempo presente.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

Compreendendo a profissionalização do/a docente em História como território de formação específica e complexa, a interdisciplinaridade é o eixo orientador do diálogo entre os saberes oriundos das discussões pedagógicas, dos avanços no campo historiográfico, e das interlocuções com os demais componentes curriculares da área de Ciências Humanas e Sociais, além de considerar debates advindos das ciências da informação e comunicação. Dessa maneira, buscamos impulsionar a transversalidade dos saberes próprios à formação docente em História com outros saberes circulantes que possibilitam complexificar as experiências pedagógicas com este componente curricular. Já a interprofissionalidade é incentivada e garantida pela interlocução entre estudantes, técnicos administrativos e técnicos em assuntos educacionais da Universidade, docentes do Ensino Superior e da Educação Básica, e demais profissionais atuantes em espaços educacionais alinhados a proposta deste curso.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

A proposta se funda no princípio da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão universitária com especial ênfase na ideia de circulação de saberes própria de iniciativas extensionistas. Trata-se de projeto de extensão cuja articulação com o ensino se estabelece com base na qualificação da formação complementar de discentes do curso de licenciatura em história da UFVJM e dos professores de história da rede básica de ensino das escolas públicas da cidade de Diamantina. Já em relação à pesquisa, destaca-se a importância do incentivo da investigação sobre práticas pedagógicas com TICs com as quais os membros da equipe executora e coordenação deverão manejar, tanto para a produção das exposições teóricas, quanto para o desenvolvimento e execução de estratégias práticas de didática e metodologia de ensino de história com o emprego de ferramentas digitais. Por fim, com relação à extensão, assinala-se a promoção circulação dialógica do conhecimento subjacente às pesquisas junto à comunidade de professores de história da rede básica de ensino de Diamantina e dos acadêmicos do curso de graduação em licenciatura em história da UFVJM e outras instituições.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

Pretende-se com esse projeto contribuir para o que Antônio Nóvoa (2017) denomina "profissionalização da formação docente". O autor reforça a importância de, no percurso da formação inicial, diminuir distâncias entre a escola e a universidade, entendendo como fundamental estratégias formativas voltadas para o preparo, o ingresso e o desenvolvimento continuado do profissional docente. Nessa perspectiva, a qualificação da formação dos estudantes da licenciatura em História a partir de sua participação na organização do curso e no acompanhamento das atividades propostas é o principal impacto aqui projetado. Ademais, os acadêmicos de história matriculados na disciplina de Laboratório de Ensino de História: tecnologias e metodologias são membros da equipe executora do projeto, e participam do desenvolvimento, planejamento, implementação, execução e avaliação do curso, exercitando habilidades de cunho pedagógico, didático, científico relativo aos usos das TICs no ensino da história, demais de exercitarem competências para a seletividade de tecnologias e estratégias para seu uso no ensino de história.


Impacto e Transformação Social

Como educadores e formadores de futuros/as educadores/as, acreditamos que a Educação é por excelência um caminho contínuo na busca por transformações sociais. Os saberes e fazeres docentes são, por este princípio, carregados de certa carga utópica (SACRISTÁN, 2013), não sem conflitos e demandas por negociação. Assim, acreditamos que canalizar essa carga utópica para a formação de docentes em História configura-se como uma estratégia potencializadora de práticas pedagógicas que reverberem de forma significativa em projetos educativos emancipadores, com contribuições para uma sociedade mais justa e inclusiva. Espera-se, ainda, que a relação dialógica entre Educação Básica - Ensino Superior, fomentada pela proposta do curso “Saberes em Roda…”, potencialize, além dos espaços de diálogos, mudanças em ambas práxis educativas (Universidade-Instituições Escolares).


Divulgação

E-mail Whastapp Instagram


Propriedade(s) Intelectual

Roteiros Didáticos

Caracterização do Curso ou Oficina

Tipo de Curso/Oficina

Iniciação

Carga Horária Total

30

Conteúdo Programático

Tecnologias, (in)formação e Ensino de História - perspectivas críticas e criativas para a Educação na Era Digital Roda I - Ensinar História na Era Digital: mapeamento e superação dos desafios observados em espaços educativos Roda II – Estudar para quê? O impacto da internet na (des)valorização do conhecimento histórico Roda III – Ensino de História Protagonizado: corpos, experiências e sensibilidades na sala de aula Roda IV – As utopias resistem às tecnologias? Desafios da História e da Memória em tempos babélicos Roda V - TRABALHO FINAL - "Que história é essa? Narrativas virtuais, violências reais".

Atividades Específicas

5 Encontros Síncronos (+ Tempo Estudo) - 30h Tempo Pesquisa-Produção - 10h

Estratégias de avaliação da aprendizagem dos cursistas

Presença/Participação nos Encontros Síncronos (Peso 25) Elaboração de Relatos (Peso 25) Registros relativos às atividades assíncronas (Peso 25) Elaboração do Roteiro de Aula (Peso 25)

Estratégias para avaliação da realização do curso

Acompanhamento da frequência, do nível de interação e dos registros elaborados ao longo do percurso; Participação ativa nas atividades relacionadas aos círculos de cultura; Grupo de Whatsapp para dinamizar a comunicação entre os participantes do curso, incentivar e acompanhar a realização do mesmo; Realização do roteiro de aula, em grupos, de forma adequada às orientações explicitadas no material didático do curso.

Público-alvo

Descrição

Estudantes em etapa de formação inicial para a docência em História

Descrição

Professores de História atuantes da Educação Básica

Descrição

Pesquisadores do campo de estudos e pesquisas em ensino de História.

Municípios Atendidos

Município

Diamantina - MG

Município

Belo Horizonte - MG

Município

Porto Alegre - RS

Parcerias

Nenhuma parceria inserida.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 60 h

Carga Horária 20 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Reuniões de Planejamento entre os membros da equipe.

Carga Horária 30 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Rodas de Conversa realizadas conforme o conteúdo programático. Roda I - Ensinar História na Era Digital: mapeamento e superação dos desafios observados em espaços educativos Roda II – Estudar para quê? O impacto da internet na (des)valorização do conhecimento histórico Roda III – Ensino de História Protagonizado: corpos, experiências e sensibilidades na sala de aula Roda IV – As utopias resistem às tecnologias? Desafios da História e da Memória em tempos babélicos Roda V - "Que história é essa? Narrativas virtuais, violências reais". Trabalho Final: Elaboração de roteiros coletivos sobre o tema da roda.

Carga Horária 10 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Reuniões de avaliação da proposta e elaboração do relatório final.