O Seminário de Educação propõe integrar a Educação Matemática com temáticas como meio ambiente, cidadania e direitos humanos, promovendo uma formação crítica e transformadora. Com palestra de especialista e oficina, o evento convida estudantes e educadores a refletirem sobre como a matemática pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável, incentivando o pensamento interdisciplinar e o engajamento social.

Educação; Sustentabilidade; Direitos Humanos.

Vivemos em uma sociedade marcada por profundas transformações ambientais, sociais e culturais, que exigem da educação um novo posicionamento diante dos desafios contemporâneos. A escola, como espaço de formação humana e cidadã, deve ir além da simples transmissão de conteúdos, assumindo um papel ativo na construção de uma consciência ética e comprometida com a justiça social e a sustentabilidade. Nesse contexto, é essencial repensar o ensino da Matemática, frequentemente restrito a aspectos técnicos e abstratos, como uma ferramenta poderosa para compreender o mundo, analisar realidades complexas e propor soluções concretas para problemas sociais urgentes como a sustentabilidade e a garantia dos direitos humanos fundamentais. A Educação Matemática, quando articulada com temas transversais como meio ambiente, direitos humanos e cidadania, pode favorecer a formação integral dos estudantes, conectando os conteúdos escolares às vivências cotidianas e às demandas da sociedade. Esta abordagem pode contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico, da autonomia intelectual e do engajamento social, ampliando o papel do educador como agente de transformação. O Seminário de Educação: Por uma Sociedade Justa e Sustentável nasce dessa necessidade de integração e diálogo entre saberes, propondo uma formação que envolva tanto estudantes quanto professores em uma reflexão conjunta sobre práticas educativas mais significativas e interdisciplinares. A programação inclui uma palestra com uma especialista renomada, que abordará as conexões entre matemática, meio ambiente e direitos humanos, e uma oficina formativa voltada à aplicação prática desses conceitos. Com isso, o seminário pretende fomentar uma educação matemática comprometida com o respeito às diversidades e a construção de um futuro mais justo e sustentável para todos.

A crescente complexidade dos problemas sociais e ambientais enfrentados pela humanidade exige uma educação que vá além da simples transmissão de conteúdos e fórmulas. É necessário formar sujeitos éticos e sensíveis às demandas de uma sociedade em constante transformação, capazes de compreender as interações entre os diversos aspectos da realidade e de agir de forma responsável e comprometida. Nesse cenário, a escola assume um papel estratégico na promoção de valores como justiça social, solidariedade e sustentabilidade. A Matemática, tradicionalmente abordada de forma abstrata e descontextualizada, possui um grande potencial transformador quando integrada a temáticas relevantes e próximas do cotidiano dos estudantes. Conceitos matemáticos, quando aplicados à leitura crítica de dados, à análise de situações-problema e à interpretação de fenômenos sociais e ambientais, podem favorecer o desenvolvimento do pensamento lógico, da argumentação e da capacidade de tomada de decisões conscientes. Assim, a Educação Matemática deixa de ser um fim em si mesma para se tornar um meio de compreensão do mundo e de construção de soluções concretas e sustentáveis. Integrar a Educação Matemática com temas transversais como sustentabilidade, cidadania e direitos humanos não apenas pode tornar o ensino mais significativo e motivador como, também, contribuir para formar sujeitos conscientes de seu papel na sociedade e no cuidado com o planeta. Diante disso, o Seminário de Educação: Por uma Sociedade Justa e Sustentável se apresenta como uma resposta concreta a essa demanda. Por meio de uma abordagem interdisciplinar, o evento pretende envolver estudantes e professores em um processo formativo que estimule o diálogo entre saberes, promova a reflexão crítica e incentive práticas pedagógicas inovadoras. A proposta é fortalecer o vínculo entre o conhecimento matemático e as grandes questões do nosso tempo, contribuindo para uma educação comprometida com os direitos humanos, a equidade social e a preservação do meio ambiente.

Refletir sobre a integração da Educação Ambiental, da cidadania e dos direitos humanos à Educação Matemática, evidenciando como os conceitos matemáticos podem contribuir para a análise crítica de questões socioambientais, promovendo uma formação ética, inclusiva e comprometida com a sustentabilidade e a justiça social. Estimular a reflexão crítica entre estudantes e professores sobre o papel da Matemática na compreensão e intervenção em problemas sociais e ambientais contemporâneos. Fomentar práticas pedagógicas inovadoras que utilizem a Matemática como ferramenta para o desenvolvimento do pensamento lógico, da argumentação e da tomada de decisões conscientes. Contribuir para a formação de uma consciência cidadã, por meio da valorização dos direitos humanos e do cuidado com o planeta, no ambiente escolar.

Planejar e realizar o Seminário de Educação: Por uma Sociedade Justa e Sustentável, envolvendo professores e estudantes em atividades interdisciplinares que integrem Matemática, Educação Ambiental, cidadania e direitos humanos. Desenvolver uma oficina pedagógica que utilizando conceitos matemáticos aplicados à análise de dados socioambientais, estimulando a reflexão crítica sobre problemas reais, como consumo de recursos naturais, poluição, desigualdade social, entre outros.

Etapa 1 – Planejamento e Mobilização Atividades: o Criação de uma comissão organizadora (professores, estudantes e equipe gestora); o Reuniões para definição dos objetivos, programação e formato do seminário; o Divulgação do projeto nas escolas de educação básica (murais, redes sociais, reuniões). Etapa 2 – Organização e execução do Seminário Atividades: Palestra com a profa. Jussara Loyola de Araújo (UFMG) o Contato e convite a palestrante e instituições parceiras; o Organização do espaço físico (auditório, sala para realização da oficina; o Montagem da programação com temas relacionados à Matemática, sustentabilidade, direitos humanos e cidadania. Atividades: Realização da Oficina Pedagógica - Profa. Jussara Loyola de Araújo (UFMG) o Construção da proposta da oficina para os estudantes; o Coleta e análise de dados sobre problemas socioambientais (estudos teóricos); o Atividades práticas: desenvolvimento da oficina pedagógica. o Discussão em grupo sobre propostas de intervenção. Etapa 3 – Avaliação e Sistematização Atividades: o Aplicação de questionário de avaliação com estudantes e professores; o Roda de conversa avaliativa com a comissão organizadora; o Elaboração de relatório final com análise dos resultados e sugestões para continuidade do projeto. • Formas de Avaliação o Autoavaliação dos estudantes: via formulário Google Forms. o Observação direta: da participação e engajamento durante as atividades. o Feedback dos professores e parceiros: via rodas de conversa. o Relatório final: com análise qualitativa e quantitativa dos resultados.

BRASIL. Lei n. 9.795/1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.html. Acesso em: 01 set. 2024. BRASIL. Lei nº 13.146/ 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 01 mai. 2025. BENEVIDES, Maria Vitória. Educação em direitos humanos: de que se trata? Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Etica/9_benevides.pdf. Acesso: 12 mar. 2025. FERNANDES; Angela Viana Machado; PALUDETO, Melina Casari. Educação e direitos humanos: desafios para a escola contemporânea. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ccedes/a/KYK3qM4zNL6zvZdHb54pzft/ Acesso: 12.mar.2025. PEREIRA, J. M.; ANDRADE, A. L. de A.; BALARINI, B. A relação homem - natureza no Vale do Mucuri: por uma ética ambiental. Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v. 3, n. 1, 2023. Disponível em: https://revista.unipacto.com.br/index.php/multidisciplinar/article/view/633. Acesso em: 1 set. 2024. UNICEF. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos. Acesso: 12 mar.2025.

A presença de convidados externos – docentes da educação básica, representantes de movimentos sociais, ONGs e lideranças comunitárias – amplia ainda mais esse diálogo, trazendo para dentro da universidade outras vozes, outras vivências e outras formas de interpretar a realidade. Essa troca promove um enriquecimento mútuo: enquanto a comunidade acadêmica oferece ferramentas teóricas e metodológicas, a sociedade civil compartilha suas demandas, saberes e experiências concretas de resistência e transformação. Dessa forma, o evento reafirma a educação como prática social e política, que deve estar a serviço da construção de uma sociedade mais justa, solidária e sustentável. A interação dialógica entre a academia e a sociedade não é apenas um meio de aprendizagem, mas um caminho para o fortalecimento da democracia, da cidadania e da responsabilidade coletiva com o presente e o futuro do planeta.

A interdisciplinaridade será trabalhada não apenas como um recurso pedagógico, mas como uma estratégia formativa que possibilita romper as barreiras entre as disciplinas tradicionais. Matemática, História, Língua Portuguesa e outros componentes curriculares dialogam entre si para construir uma compreensão mais rica e contextualizada da realidade. Assim, ao analisar dados sobre poluição, inclusão social, consumo de energia ou desigualdade social, por exemplo, os estudantes podem desenvolver simultaneamente habilidades matemáticas, pensamento crítico e consciência cidadã. Além disso, a interprofissionalidade se expressa na articulação entre diferentes profissionais da educação e de outras áreas, como gestores escolares, educadores ambientais, ativistas, pesquisadores e representantes de organizações da sociedade civil. Essa diversidade de perspectivas e saberes contribui para o enriquecimento das práticas pedagógicas e amplia o alcance do evento, ao considerar as múltiplas dimensões que envolvem os temas abordados.

No âmbito do ensino, o evento propõe para os estudantes uma abordagem pedagógica inovadora que ultrapassa os limites do conteúdo disciplinar tradicional, articulando os conhecimentos matemáticos a temas transversais como sustentabilidade, justiça social e direitos humanos. As atividades desenvolvidas - palestra e oficina - colocam os estudantes como protagonistas do processo de aprendizagem, estimulando a autonomia, a reflexão crítica e a aplicação prática do conhecimento. A dimensão da pesquisa emerge no processo investigativo que permeia todas as fases do evento: desde o levantamento de dados e sua análise matemática. Os participantes serão instigados a observar, problematizar e buscar soluções para questões reais, incluindo a promoção da inclusão de pessoas com deficiência, a sustentabilidade e o respeito aos direitos humanos universais. Dessa forma, podem desenvolver habilidades de investigação, sistematização e produção de conhecimento crítico e socialmente engajado. Já a extensão se concretiza na interação ativa com a comunidade e com outros setores da sociedade. Ao envolver organizações sociais, especialistas e moradores da região, o evento amplia as fronteiras da Universidade e favorece o intercâmbio de saberes acadêmicos e populares. Essa troca fortalece a função social da educação, ao mesmo tempo em que enriquece os processos formativos participantes com experiências concretas de cidadania, solidariedade e compromisso social.

A participação dos estudantes no projeto Seminário de Educação: Por uma Sociedade Justa e Sustentável será uma experiência formativa rica que poderá contribuir significativamente para sua trajetória acadêmica e pessoal. Ao se envolverem ativamente nas diversas etapas do projeto - desde o planejamento e organização do seminário até a participação na oficina pedagógica e a interação com a comunidade escolar e externa - os estudantes irão vivenciar o processo educativo de forma ampliada, integrando teoria e prática. Os licenciandos terão a oportunidade de ampliar sua compreensão sobre o papel social da educação e da Matemática, percebendo-a não apenas como um conteúdo abstrato, mas como uma ferramenta para a compreensão e transformação da realidade. Além disso, o engajamento nas atividades do projeto estimula habilidades de comunicação, trabalho em equipe, organização e liderança, fundamentais para a atuação profissional futura. Ao interagirem com professores, especialistas, membros da comunidade e pares, os graduandos experimentam o diálogo dialógico e a construção coletiva do conhecimento, ampliando sua visão sobre a importância da educação inclusiva, dos direitos humanos e da sustentabilidade.

Ao integrar a Educação Matemática com temáticas como sustentabilidade, cidadania, direitos humanos e inclusão de pessoas com deficiência, a iniciativa amplia os horizontes da ação pedagógica e ressignifica o papel da escola como agente de transformação social. A transformação poderá ocorrer inicialmente na forma como os conteúdos são tratados em sala de aula: ao serem contextualizados com problemas reais e socialmente relevantes, os conhecimentos matemáticos deixam de ser abordados de forma puramente técnica para se tornarem instrumentos de leitura e intervenção no mundo. Outra possibilidade de impacto relevante consiste no fortalecimento do vínculo entre a universidade e a comunidade. A participação de representantes de organizações sociais e lideranças locais cria um ambiente de diálogo intersetorial que potencializa o impacto das ações educativas, promovendo o respeito à diversidade e o reconhecimento de outros saberes. Essa aproximação pode gerar resultados concretos, como o incentivo a práticas sustentáveis no cotidiano, o fortalecimento da cultura de direitos e a valorização da equidade e da inclusão.

A divulgação do evento será realizada por meio de canais digitais, com o objetivo de garantir ampla visibilidade, promover o engajamento da comunidade acadêmica e local, e alcançar diferentes setores da sociedade. Serão priorizados meios acessíveis, inclusivos e alinhados ao perfil do público-alvo. • Redes sociais (Instagram, Facebook e WhatsApp): Serão criadas postagens periódicas com identidade visual padronizada, contendo chamadas para o evento, informações sobre a programação, convidados, datas e demais atualizações relevantes. • Página do FACSAE/UFVJM: Servirá como repositório oficial de informações do evento, incluindo programação completa, inscrições, notícias, registros audiovisuais e conteúdos pós-evento. • Carta-convite via e-mail para instituições educacionais e ONGs locais: Serão enviados convites formais e informativos a escolas de educação básica, ONGs, secretarias de educação e demais parceiros institucionais, incentivando a participação e a divulgação em suas respectivas redes.