Detalhes da ação

COLORINDO IDENTIDADES E TERRITÓRIOS

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203001363

Tipo da Ação

Projeto

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

01/01/2025

Data Fim

12/12/2025


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

ofélia ortega fraile

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Linguística, Letras e Artes

Área Temática Principal

Cultura

Área Temática Secundária

Educação

Linha de Extensão

Artes visuais

Abrangência

Nacional

Gera Propriedade Intelectual

Sim

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Dentro e Fora do campus

Período das Atividades

Integral

Atividades nos Fins de Semana

Sim


Redes Sociais

@colorindoidentidades
Outras Redes Sociais

Está para ser criado um canal do Youtube

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 100 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Externo
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 100 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Externo
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Resumo

O projeto Colorindo Identidades de Territórios é um projeto de extensão e cultura da UFVJM (editais PROCARTE 2022, 2023 e 2024 ) A partir de um processo de diálogo coletivo, em formato de oficinas de arte urbana nas comunidades, pretende-se criar de forma participativa murais com representações simbólicas de elementos identitários do território, do patrimônio material e do patrimônio imaterial das comunidades do campo, quilombolas, indígenas e periféricas.


Palavras-chave

Muralismo coletivo, formação estética, educação do campo, das águas e das florestas


Introdução

O projeto Colorindo identidades e Territórios é um projeto de Extensão e Cultura de muralismo coletivo vinculado desde 2022 à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí (UFVJM) e conta com a participação de estudantes voluntários da Licenciatura em Educação do Campo, de outros cursos e colaboradores da comunidade. O projeto tem como base a participação de educadores, gestores e moradores durante as etapas de produção, criação e pintura dos murais, ganhando assim o caráter de muralismo coletivo, o que provoca vínculos de pertencimento com os murais (CASTELLANOS, 2017). A proposta consiste na construção coletiva de pinturas de murais que apresentem narrativas visuais sobre as identidades culturais dos territórios em paredes e muros de espaços públicos. A metodologia visa a articulação com entidades e agentes culturais, sociais e educativos de comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas e periféricas em municípios do Vale do Jequitinhonha, Vale de Mucuri, Norte de Minas e em bairros e distritos da cidade de Diamantina para a pintura do murais coletivos em escolas, associações comunitárias e culturais e outras instituições públicas, como secretarias de cultura, educação ou desenvolvimento social, universidades ou entidades privadas interessadas em fazer parte do projeto. A partir de um processo de diálogo coletivo, em formato de oficinas de arte urbana nas comunidades, que chamamos de oficinas-murais, pretende-se criar de forma participativa murais com representações simbólicas de elementos identitários, do patrimônio material e do patrimônio imaterial das comunidades rurais e urbanas. O projeto com muralismo coletivo e também “muralismo identitário”, que toma como referencia a identidade cultural, a cultura e as tradições (MORALES, 2023). O projeto busca utilizar a linguagem artística contemporânea da arte urbana e pública para reforçar as identidades e a memória ambiental, histórica e cultural das comunidades. Partindo da premissa que a arte é transformadora de espaços e sujeitos esperamos promover com o projeto uma intersecção entre a cultura tradicional e a contemporânea numa construção coletiva e comunitária, pois os moradores crianças, jovens e adultos das comunidades contribuirão com as memórias socioambientais e culturais do lugar, com narrativas visuais sobre o patrimônio cultural imaterial, com as vivências do território e com personagens emblemáticas como, por exemplo, mestres e mestras da cultura tradicional, trazendo dessa maneira os saberes de matrizes indígenas, afrodescendentes e populares. A metodologia participativa e o envolvimento da comunidade desde a articulação até a pintura do mural geram sentimentos de pertencimento com os territórios assim como a valorização da cultura tradicional e contemporânea.


Justificativa

Colorindo Identidades e Territórios pretende gerar uma interação entre saberes e linguagens trazendo os conhecimentos tradicionais e ancestrais dos moradores das comunidades em interação com a equipe do projeto. A interação entre o tradicional e o contemporâneo se dão com a linguagem dos murais. O projeto foi aprovado no edital PROCARTE em 2021 com a meta de realizar 4 murais em articulação com outros projetos e instituições em comunidades do Vale do Jequitinhonha, meta que foi comprida e superada com apenas 7 meses de execução do projeto. Durante os quatro anos do projeto foram realizados 30 murais e tem mais 3 murais já agendados até o final do ano. Atingindo e superando nossas metas. No projeto de 2023 foi organizada uma publicação com fotografias dos murais e textos coletivos de participantes dos processos de construção dos murais que será publicada ainda este ano. Também temos material para a edição e publicação de três vídeos. O processo de criação dos murais coletivos tem envolvido discussões muito relevantes sobre elementos da cultura local, patrimônio imaterial e patrimônio material, profissões, modos de vida local e memória dos lugares. Alguns exemplos são a representação de patrimônio tombado com a Igreja do Rosário em Milho Verde e em Araçuaí, elementos da cultura popular como a folia de reis, os caboclinhos, a guarda do rosário; profissões como o bordadeiras, garimpeiros, canoeiros, tamborzeiros, lavadeiras e benzedeiras; modos de vida como o transporte de mercadoria com cavalos e apanha de lenha; e por último elementos da natureza como o Rio Jequitinhonha, as sempre-vivas, os mandacarus, siriemas, palmas e espadas de São Jorge. A riqueza e diversidade da região tem sido representada e a reação do público que contempla os murais é de pertencimento e reconhecimento da riqueza e diversidade cultural. Temos observado e analisado o potencial dos murais coletivos para abordar os princípios da Educação do Campo, especialmente a cultura como matriz formativa e a abordagem de questões sobre identidades Quilombolas e Indígenas, que contemplam ações educativas sobre relações étnico raciais, atendendo assim a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. A repercussão do público infantil e juvenil que participa dor murais coletivos tem sido muito positiva favorecendo interações sociais, interesse em conhecer a UFVJM, a melhora da autoestima e que inclusive tem motivado, no caso de um jovem de Araçuaí, o reingresso na escola. O projeto tem sido objeto de pesquisa de pós-doutorado da coordenadora do projeto desde junho de 2024 até primeiro de junho de 2025, aprimorando a metodologia desenvolvida e analisando as possibilidades do projeto no âmbito da extensão cultural, da formação estética e da formação omnilaterial do ser humano.


Objetivos

GERAIS 1. Formar estudantes da UFVJM, discentes de escolas, educadores, professores e público de comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas e periféricas para a produção e fruição das artes plásticas e visuais associadas a arte pública do muralismo. 2. Provocar a reflexão e a valorização do patrimônio cultural, material e imaterial, e das memórias sócio-ambientais de comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas e periféricas da área de abrangência da UFVJM. 3. Organizar, publicar e divulgar produtos audiovisuais, editoriais e trabalhos acadêmicos que mostrem e reflitam sobre os processos de construção coletiva de murais identitários nos territórios. ESPECÍFICOS 1. Realizar oficinas-murais nos territórios de comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas e periféricas envolvendo aos sujeitos das comunidades, gestores, agentes culturais e educadores. 2. Registrar, editar e divulgar áudio-visuais com os processos de construção coletiva. 3. Organizar e publicar um novo livro com fotografias dos murais e textos escritos por participantes do projeto. 4. Sistematizar os processos e resultados das oficinas-murais. 5. Divulgar os processos e produtos do projeto em redes sociais: Instagram e youtube. 6. Construir articulações com os campi da UFVJM para realizar oficinas-murais com discentes, docentes e comunidade externa nos campi de Teófilo Otoni, Janaúba e Unaí. 7. Construir e fortalecer parcerias com artistas visuais locais, agentes culturais, e instituições de arte e cultura no território de abrangência da UFVJM. 8. Gerar condições de acessibilidade para as atividades nas oficinas e atividades de divulgação do projeto.


Metas

Impacto direto: O projeto visa realizar 3 oficinas-murais em comunidades tradicionais e quilombolas em Diamantina (MG), São Francisco (MG) e na Bahia em articulação com a Universidade Estadual da Bahía. Também temos o objetivo de publicar um livro com o registro fotográfico dos murais e com as memórias do processo de construção. Dessa maneira o projeto conseguiria impactar diretamente com o público alvo das oficinas-murais com um total de 80 pessoas (uma média de 20 participantes por oficina). Por outro lado, o projeto impactaria com o público que interage com a arte pública e com os leitores da publicação, uma vez que está exposta para todos os que circulam pelas ruas, podendo atingir aproximadamente a mais de 86.000 pessoas, contando entre esses os moradores das cidades que transitam pelas ruas, das comunidades rurais e dos turistas da região. Impacto indireto: A través de redes sócias como Instagram, Youtube, espaços digitais alternativos e apresentação de trabalhos em eventos académicos pretendemos chegar a um número elevado de público difícil de calcular. Nossa meta é atingir 1000 visualizações das ações em seu conjunto.


Metodologia

A metodologia do projeto é de caráter participativo desde a etapa de produção cultural até a divulgação dos resultados envolvendo diversos públicos. Durante a produção o envolvimento do público se faz com os parceiros que participam da definição da proposta, duração das oficinas, público alvo, escolha do muro e busca de recursos complementares para a realização dos murais. Posteriormente, durante a realização dos murais são realizadas oficinas com a participação dos educadores, professores ou responsáveis do público alvo que pinta os murais. Cada oficina é adaptada ao público alvo, à faixa etária e ao contexto sociocultural. O coletivo que pinta os murais participa do processo de concepção, pintura e proteção num diálogo contínuo que busca sempre trazer as identidades do coletivo e da comunidade. Os diálogos buscam trazer as referências do patrimônio imaterial, a arquitetura patrimonial, mestres e mestras da cultura popular e saberes e fazeres da região, e a diversidade de paisagens e personagens. Finalmente, o registro visual acontece também de forma participativa de maneira que a equipe local e a do projeto vão realizando diversos registros audiovisuais que depois são compartilhados e editados para a divulgação do projeto no site institucional da UFVJM e nas redes sociais dos membros da equipe. Está previsto abrir um canal do Youtube e no Instagram para poder divulgar as ações e resultados do projeto. As etapas da execução do projeto são organizadas em subprojetos pois cada conjunto de oficinas-mural exige um processo específico adaptado à realidade local. As etapas de produção podem ser simultâneas, porém a execução da oficina-mural acontece de forma organizada em uma agenda anual. As oficinas-murais se organizam em seis momentos: a) apresentação do projeto, da equipe do projeto e dos participantes; b) introdução ao muralismo e a arte urbana no contexto local, regional, nacional e global; c) levantamento dialógico e gráfico de questões identitárias, culturais e memórias do ambiente local; d) síntese imagética e lay-out; e) realização do mural em diálogo com o coletivo e a realidade. 1. PARCERIAS: Construir parcerias com organizações comunitárias e instituições de comunidades tradicionais, quilombolas e urbanas. Para realizar esta etapa entraremos em contato com estudantes da Licenciatura em Educação do Campo que moram em comunidades e realizaram essa articulação fazendo parte do projeto de forma voluntária. 2. ARTICULAÇÃO: O estudante bolsista ou voluntário estabelece uma rotina de reuniões com as instituições parceiras para a definição do muro (local, medidas, estado), do grupo alvo para as oficinas, elaboração do orçamento de material para a pintura, orçamento ou opções solidárias de hospedagem e alimentação e outros recursos para apoiar a ação e a definição do cronograma de ações. 3. OFICINAS-MURAIS: Elas são iminentemente práticas e se organizam em três momentos: a) apresentação do projeto, da equipe do projeto e dos participantes; b) introdução ao muralismo e a arte urbana no contexto local, regional, nacional e global; c) levantamento de questões identitárias, memórias do ambiente local, mestres e mestras da cultura tradicional, personagens emblemáticas das comunidades e festas e tradições que configurem patrimônio cultural imaterial; d) composição do lay-out do muro e organização do material de pintura; e) realização do mural; f) proteção final do mural. Dependendo do contexto e do público alvo as oficinas são adaptadas à faixa etária, espaço, características comportamentais, etc., de maneira que algumas das etapas das oficinas podem acontecer de forma simultânea, especialmente o diálogo que envolve a escolha dos temas e criação artística é realizado de forma fluida. De forma continua, desde o começo ao fim, é realizado o registro fotográfico e audiovisual com a participação dos responsáveis das instituições e do público alvo e durante a ação são publicadas nas redes sociais (Instagram) da equipe do projeto e dos parceiros fotografias do processo e alguns vídeos. 4. DIVULGAÇÃO: São recolhidos os registros fotográficos e audiovisuais, editados e divulgados nas redes sociais e no site oficial da UFVJM, sempre com o consentimento e autorização dos envolvidos. O estudante bolsista e a equipe do projeto criam conteúdos para redes sociais e textos para a divulgação do projeto na UFVJM, no curso da LEC e nas comunidades locais. Também é elaborado um portfólio do projeto com esses registros. A partir desses materiais de registro e com leituras de aprofundamento teórico se elaboram trabalhos acadêmicos como relato de experiência e artigo acadêmico. 5. AVALIAÇÃO: O acompanhamento e avaliação do projeto se realizam a partir dos resultados que são registrados em imagens, listas de presença e com os depoimentos dos responsáveis das instituições parceiras. 6. PUBLICAÇÃO: Buscamos realizar uma publicação a partir dos registros fotográficos e memórias de cada mural. A viabilidade do projeto parte da construção de parcerias universidade-comunidade nas quais a UFVJM apoia as ações com a experiência e capacitação da equipe interna do projeto (coordenadora, bolsista e voluntários), com o transporte para as comunidades, com material impresso e com a certificação e reconhecimento social institucional. A parceria e participação de um membro externo da comunidade, artista plástico muralista que coordena as oficinas e o trabalho artístico, é fundamental para o desenvolvimento do projeto. As parcerias com as instituições são fundamentais para a realização dos murais por serem murais coletivos e participativos, proporcionando o contato com o público alvo. Por tudo isso, o projeto é viável nessa perspectiva extensionista do diálogo e construção coletiva.


Referências Bibliográficas

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Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

A interação dialógica no projeto colorindo identidades acontece ao longo de todo o processo que envolveu os seguintes passos: 1. PARCERIAS: Construir parcerias com organizações comunitárias e instituições de comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas e urbanas. 2. ARTICULAÇÃO: O estudante bolsista ou voluntário estabelece uma rotina de reuniões com as instituições parceiras para a definição do muro (local, medidas, estado), do grupo alvo para as oficinas, elaboração do orçamento de material para a pintura, orçamento ou opções solidárias de hospedagem e alimentação e outros recursos para apoiar a ação e a definição do cronograma de ações. 3. OFICINAS-MURAIS: Elas são iminentemente práticas e se organizam em três momentos: a) apresentação do projeto, da equipe do projeto e dos participantes; b) introdução ao muralismo e a arte urbana no contexto local, regional, nacional e global; c) levantamento de questões identitárias, memórias do ambiente local, mestres e mestras da cultura tradicional, personagens emblemáticas das comunidades e festas e tradições que configurem patrimônio cultural imaterial; d) composição do lay-out do muro e organização do material de pintura; e) realização do mural; f) proteção final do mural. Dependendo do contexto e do público alvo as oficinas são adaptadas à faixa etária, espaço, características comportamentais, etc., de maneira que algumas das etapas das oficinas podem acontecer de forma simultânea, especialmente o diálogo que envolve a escolha dos temas e criação artística é realizado de forma fluida. De forma continua, desde o começo ao fim, é realizado o registro fotográfico e audiovisual com a participação dos responsáveis das instituições e do público alvo e durante a ação são publicadas nas redes sociais (Instagram) da equipe do projeto e dos parceiros fotografias do processo e alguns vídeos. 4. AVALIAÇÃO: O acompanhamento e avaliação do projeto se realizam a partir dos resultados que são registrados em imagens, listas de presença e com os depoimentos dos responsáveis das instituições parceiras. 5. PLANEJAMENTO: A partir das experiências elaboramos a proposta de continuação do projeto para 2024 focando na produção de uma publicação


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

No projeto Colorindo Identidades trabalhamos a dimensão estética a partir do muralismo trazendo elementos ambientais, culturais e políticos que colocam em diálogo as dicotomias local/global, cultura/ambiente, urbano/campo, ciências naturais/ciências humanas, tradição/contemporaneidade, patrimônio cultural material/imaterial e conhecimento científico/conhecimento popular. Esses elementos apenas são possíveis de serem abordados de maneira interdisciplinar e interprofissional uma vez que precisamos de elementos em diálogo de áreas de conhecimentos e profissionais diversos, entre eles, professores de diferentes áreas, artistas, estudantes e membros da comunidade.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

O projeto Colorindo Identidades envolve atividades de ensino, uma vez que se concretiza em oficinas-murais, inclusive foi realizada um oficina-mural no contexto da Mostra Terra em Cena e na Tela com estudantes da Educação do Campo da UnB e fomos convidados para em 2024 realizar outra oficina-mural dentro das unidades curriculares Direitos Humanos e Educação do Campo, História da Educação e História da Educação do Campo. Também temos identificado um potencial do projeto para a formação continuada de professores e educadores do campo, quilombolas e indígenas. Por último, os processos de arte-educação do projeto tem nos provocado diversas questões de pesquisa que tem levado à coordenadora a definir o projeto Colorindo Identidades como contexto de pesquisa de pós-doutorado. O e-book que será lançado como resultado do projeto que envolve todos os murais realizados poderá ser um bom material para o ensino e a pesquisa. Por tanto, entendemos que o projeto envolve a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

O impacto na formação do estudante tem sido muito positivo pois foca no planejamento, articulação, comunicação e desenvolvimento de atividades. Ele tem sido de especial relevância em estudantes da Licenciatura em Educação do Campo, uma vez que o projeto trabalha com comunidades tradicionais, camponesas, quilombolas e indígenas. Também identificamos a formação estética nos participantes das ações de muralismo.


Impacto e Transformação Social

A arte sem dúvida é transformadora e os murais do projeto Colorindo Identidades, por ser arte pública tem a potencia da transformação do espaço público, deixando ele mais alegre, mas também tem a potencia das narrativas visuais construídas de forma coletiva. O impacto da transformação passa por duas dimensões, a dimensão participativa do projeto que cria relação de pertencimento no espaço público e a dimensão simbólica que cria vínculos com os territórios com a valorização e construção de identidades locais que atendem as diversidades. Por último, a valorização da cultura local em uma linguagem contemporânea urbana favorece a transformação a partir da conectividade entre campo e cidade.


Divulgação

As ações são divulgadas nas redes sociais dos colaboradores e no site da UFVJM


Informações Complementares

Estamos projetando criar um canal de youtube do projeto


Propriedade(s) Intelectual

Artes murais coletivas, vídeos e livros

Público-alvo

Descrição

Sujeitos das comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas e periféricas de todas as idades

Descrição

Estudantes da LEC e de outros cursos da universidade

Municípios Atendidos

Município

Diamantina - MG

Município

Araçuaí - MG

Município

São Francisco - MG

Município

Tocantinópolis - TO

Município

Brasília - DF

Município

Cavalcante - GO

Município

Chapecó - SC

Município

Conceição do Coité - BA

Município

Serro - MG

Município

Itaobim - MG

Município

Mucuri - MG

Parcerias

Nenhuma parceria inserida.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 260 h

Carga Horária 60 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

As oficinas de muralismo coletivo envolvem uma articulação com escolas, associações de moradores, movimentos sociais e outros coletivos e instituições. Concretizando a ação colaboradores do projeto e a coordenação organizam a oficina in-loco. As parcerias permitem também viabilizar a compra de materiais e alguns deslocamentos.

Carga Horária 200 h
Periodicidade Anualmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Edição e publicação de e-book/livro cartoneiro Colorindo Identidades a partir dos textos e imagens já coletados.