O projeto “Forrozear UFVJM” visa promover a cultura do forró pé de serra por meio da dança e de ações extensionistas com foco na valorização da cultura popular brasileira. Com atividades abertas à comunidade universitária e externa, como oficinas, rodas de conversa, eventos culturais e produção de conteúdo digital, a proposta busca integrar saberes acadêmicos e populares, fortalecer os vínculos entre universidade e sociedade, promovendo saúde física, mental, e bem-estar por meio da arte.

Forró pé de serra; cultura popular; dança; extensão universitária; integração cultural.

O forró pé de serra é uma manifestação cultural brasileira profundamente ligada à identidade do povo nordestino. Mais do que música, o forró é dança, memória e expressão social coletiva. Seu crescimento em todo o país o transformou em símbolo de resistência cultural de um povo, que hoje se apresenta entrelaçado a movimentos culturais de diversos grupos, que não o de sua origem. Tal contexto reverbera a força desta cultura e seu poder de socialização. O projeto “Forrozear UFVJM” surge com a proposta de ocupar a universidade com práticas artísticas e formativas que valorizem o forró, oferecendo à comunidade um espaço para dançar, aprender e compartilhar vivências. A iniciativa busca articular a tradição popular com a formação cidadã, promovendo pertencimento, acolhimento e inclusão.

A universidade é um espaço privilegiado de articulação entre saberes diversos, e a cultura popular ocupa um papel central nesse diálogo. O projeto “Forrozear UFVJM” nasce no âmbito das Ciências Sociais Aplicadas, por iniciativa de servidoras da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Exatas (FACSAE) da UFVJM – Campus do Mucuri, em Teófilo Otoni - MG. Essa origem justifica o interesse em promover práticas que articulem a dimensão cultural, social e comunitária do ensino superior público. As ações propostas reconhecem o valor do forró pé de serra não apenas como expressão artística, mas também como campo de estudo, identidade regional e instrumento de integração social. O município de Teófilo Otoni e seu entorno compõem um território historicamente marcado por manifestações culturais populares, sendo o forró um dos elementos vivos da sociabilidade local. Nesse sentido, o projeto contribui para a valorização dessas práticas como parte da formação cidadã e do fortalecimento do vínculo entre universidade e comunidade. Além de oferecer oficinas, vivências e eventos, o grupo Forrozear UFVJM pretende interagir com outras iniciativas já existentes na região que valorizem o forró pé de serra, como grupos de dança, músicos locais, festivais populares e demais agentes e agendas culturais. Essa articulação busca gerar redes colaborativas, somando esforços e ampliando o impacto cultural e social da proposta. Assim, o projeto se insere na missão extensionista da universidade, promovendo o diálogo entre conhecimento acadêmico e saberes tradicionais.

Objetivo Geral: Fomentar a cultura do forró pé de serra, com foco na dança, por meio de ações extensionistas que promovam a integração cultural entre a comunidade acadêmica e externa. Objetivos Específicos: Criar e manter um grupo aberto de dança na UFVJM – campus Teófilo Otoni. Realizar oficinas formativas e eventos culturais sobre o forró pé de serra. Produzir e divulgar conteúdos digitais informativos sobre a história e os estilos do forró. Estimular o respeito à diversidade cultural por meio de vivências artísticas. Fortalecer a relação entre universidade e comunidade externa a partir da valorização desta cultura popular.

- Realizar encontros semanais de vivência e prática do grupo no ambiente universitário. - Realizar ao menos 1 encontro semestral do grupo fora do campus, em colaboração com associações da cidade de Teófilo Otoni. - Promover ao menos 4 oficinas teórico-práticas, em parcerias com outros grupos da cidade e região, durante o ano, no ambiente universitário. - Promover os “Arraiá” do grupo Forrozear anualmente. - Publicar conteúdos digitais semanais nas redes sociais do projeto. - Realizar reuniões mensais de planejamento e alinhamento de ações. - Envolver comunidade interna e externa ao campus nas atividades semanais propostas. - Ampliar o alcance do projeto para municípios vizinhos, caso haja recursos físicos e financeiros.

As atividades do projeto se organizam em três frentes: (1) formativa, com oficinas sobre a dança do forró, suas técnicas e sua história; (2) cultural, com eventos de integração como bailes, vivências e rodas de conversa; e (3) digital, com a criação e gestão de conteúdos sobre forró em redes sociais. O grupo promoverá encontros regulares, integrando membros da comunidade acadêmica e externa. A metodologia é participativa, horizontal e inclusiva, estimulando o protagonismo dos envolvidos e a valorização das manifestações populares como ferramentas pedagógicas e sociais.

ABREU, Martha. Forró: música, dança e identidade cultural. Rio de Janeiro: FGV, 2014. LIMA, Paulo César. A cultura do forró: das raízes à indústria cultural. Fortaleza: UFC, 2017. BRASIL. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Registro do forró como Patrimônio Cultural do Brasil, 2021. FERREIRA, Silvio. Corpos que dançam forró: uma abordagem antropológica. São Paulo: Cortez, 2012. GONZAGA, Luiz. Discografia comentada. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2001.

A ação de extensão do Grupo Forrozear promove uma interação dialógica contínua entre a comunidade acadêmica e a sociedade por meio da valorização da cultura popular nordestina, especificamente o forró pé de serra. Por meio de oficinas, eventos, publicações e rodas de conversa, o projeto cria espaços de troca de saberes, onde o conhecimento acadêmico se aproxima das práticas culturais vividas pela população local. A ação permite que estudantes, servidores e moradores de Teófilo Otoni e região se reconheçam como produtores e multiplicadores de cultura, fortalecendo vínculos comunitários e o compromisso social da universidade pública.

Embora originado no âmbito das Ciências Sociais Aplicadas, o Grupo Forrozear favorece o diálogo entre diferentes áreas do conhecimento e práticas profissionais. A natureza cultural, educativa e performativa do forró abre possibilidades para parcerias com cursos como Educação Física, História, Pedagogia, Letras, Psicologia e Comunicação, além de profissionais da música, do audiovisual e da organização de eventos. Essa diversidade estimula ações integradas, que valorizam múltiplas competências e ampliam a compreensão do forró enquanto fenômeno cultural, social e educativo.

O projeto Forrozear integra os pilares do ensino, da pesquisa e da extensão ao proporcionar espaços de formação prática e teórica que incentivam o aprendizado e a produção de conhecimento. As atividades planejadas – como oficinas, eventos e produção de conteúdo – são oportunidades de aplicação e reflexão sobre temas como identidade cultural, políticas públicas para a cultura, economia criativa e inclusão social. Tais experiências podem gerar dados e materiais relevantes para trabalhos acadêmicos e pesquisas, promovendo a retroalimentação entre a prática extensionista e a produção de saber científico e pedagógico.

A participação de estudantes no Grupo Forrozear contribui significativamente para sua formação cidadã, acadêmica e profissional. Ao se envolverem com planejamento, organização e execução das atividades, os discentes desenvolvem habilidades como trabalho em equipe, liderança, comunicação, produção cultural e sensibilidade social. A vivência extensionista também estimula o protagonismo estudantil, o respeito à diversidade e o compromisso com a valorização da cultura popular. Tais competências enriquecem a trajetória acadêmica e favorecem a formação de profissionais mais críticos, criativos e comprometidos com a realidade social em que atuam.

O projeto Forrozear atua como instrumento de valorização e resgate das manifestações culturais do povo nordestino, promovendo autoestima, pertencimento e reconhecimento identitário nas comunidades envolvidas. A partir da dança, da música e da troca de saberes, fomenta-se a participação social, o acesso à cultura e o fortalecimento de redes comunitárias. A ação contribui para democratizar o espaço universitário, transformando-o em ambiente de expressão cultural acessível e acolhedor, e estabelece pontes com a sociedade, reafirmando o papel da universidade como agente de transformação social.

A divulgação das ações do Grupo Forrozear será realizada prioritariamente por meio do perfil no Instagram (@grupoforrozear.ufvjm), já ativo e voltado à publicação de conteúdos culturais, informativos e de engajamento relacionados ao forró pé de serra. Estão previstas postagens regulares com frases motivacionais, indicações musicais, registros audiovisuais dos eventos e oficinas, além de chamadas públicas para participação nas atividades. Serão publicados também materiais informativos sobre a história do forró, seus estilos musicais (como xote, baião e arrasta-pé), instrumentos típicos, artistas de referência e o contexto cultural e social desse gênero musical. Esses conteúdos serão veiculados nos canais digitais do projeto, com destaque para as redes sociais, favorecendo o acesso à informação e o fortalecimento da identidade cultural local. Complementarmente, a equipe utilizará os canais institucionais da UFVJM, como o site oficial e os e-mails acadêmicos, para ampliar a divulgação junto à comunidade universitária. Estão previstas ainda parcerias com projetos de extensão e grupos culturais da região, bem como o diálogo com rádios comunitárias e veículos de comunicação locais, como forma de fortalecer a presença do projeto na cidade de Teófilo Otoni e municípios vizinhos. A divulgação busca, além de promover as atividades do grupo, valorizar a cultura nordestina e fortalecer o vínculo da universidade com a sociedade por meio da arte e da tradição popular.