Detalhes da ação

Cultivando o uso racional de plantas medicinais

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203001386

Tipo da Ação

Projeto

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

15/07/2025

Data Fim

26/06/2026


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

kelly cristina kato

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências da Saúde

Área Temática Principal

Saúde

Área Temática Secundária

Educação

Linha de Extensão

Saúde Humana

Abrangência

Regional

Gera Propriedade Intelectual

Não

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Dentro e Fora do campus

Período das Atividades

Integral

Atividades nos Fins de Semana

Não

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 50 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 30 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 30 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 30 h
Resumo

Desde os tempos mais remotos o homem procura alternativas que melhorem sua condição de vida e sua saúde. Dessa forma, o uso de plantas medicinais e fitoterápicos é comum entre a população para tratar problemas de saúde, mas esse conhecimento na maioria dos casos, não tem orientação dos profissionais de saúde, nem sempre sendo uma prática isenta de efeitos tóxicos. Nesse sentido, o projeto pretende desenvolver atividades educacionais sobre o uso racional e consciente de plantas medicinais .


Palavras-chave

Plantas Medicinais, Uso popular, Educação; Práticas Integrativas e Complementares.


Introdução

A utilização de plantas com fins medicinais, para tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. O conhecimento sobre elas é passados de pais para filhos, de geração em geração, tornando-se ao longo do tempo um conhecimento empírico e cultural na sociedade (Lopes et al., 2010). Porém, o uso de certas plantas, consideradas medicinais, pode levar um indivíduo a se expor a sérios riscos de saúde no momento em que passa a manipular e consumir, inadequadamente, determinadas espécies potencialmente tóxicas ou que possua algum contaminante. Dada a grande quantidade de substâncias diferentes presentes ao se consumir esses recursos naturais sem orientação correta, pode pode levar um indivíduo a se expor a sérios riscos de saúde, ressaltando que o desconhecimento do usuário quanto à utilização de plantas medicinais, poderá ser tanto promotora de ações benéficas como reações tóxicas. (Silva et al., 2009). Diante disso, torna-se necessário sistematizar o conhecimento acerca do tema de forma que a população tenha acesso a informações confiáveis levando em consideração indicações e contraindicações, assim como dosagem ideal, modo de preparo e a importância do acompanhamento profissional (Laranjeira et al., 2016; Melo et al., 2017), buscando vislumbrar com a riqueza de informação deste tema e tornar esse conhecimento acessível a comunidade, promovendo saúde e educação ao público externo da Universidade. Assim a presente proposta se baseia na premissa de contribuir com a promoção da saúde com ênfase de atuação na Atenção Básica através do encontro com a população de Snato Antônio do Itambé e Serro, onde a Residência Multiprofissional de Saude do Idoso ocorre. Na ação não haverá prescrição ou indicação de uso fitoterápico. A consulta por profissional especializado de acordo com anamnese do paciente é preconizada.


Justificativa

A Organização Mundial da Saúde define planta medicinal como sendo “todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semi-sintéticos” (OMS, 1990). As plantas medicinais, quando usadas de acordo com as recomendações de uso e dosagem adequada, possuem propriedades fitoquímicas cicatrizantes, digestivas, respiratórias, antissépticas, entre outras, porém, muitas vezes há o uso sem conhecer suas propriedades biológicas e/ou melhor forma de administração, espécie utilizada e procedência (Laranjeira et al., 2016; Melo et al., 2017). O Brasil, tem alto potencial, considerando a diversidade da flora com abundância de espécies medicinais e várias legislações incentivam o uso de plantas medicinais e incentivam o estudo sobre plantas medicinais e seus derivados quanto à identificação, preparação, uso popular, propriedades terapêuticas e fitoquímicas (BRASIL, 1998; 2006, 2009). Corroborando com essa portaria, a Política Nacional de Medicamentos, como parte essencial da Política Nacional de Saúde, no âmbito de suas diretrizes para o desenvolvimento tecnológico, “preconiza apoio às pesquisas que visem ao aproveitamento do potencial terapêutico da flora e fauna nacionais, enfatizando a certificação de suas propriedades medicamentosas” (BRASIL, 1998). Para além, a Resolução CIPLAN 58n. 08/88, normatiza a implantação da Fitoterapia nos serviços de Saúde nas Unidades Federais bem como a disciplina Fitoterapia nos currículos de cursos da área de saúde (BRASIL, 2012). Apesar desse apoio, ainda há relatos na literatura da má utilização de plantas medicinais pela população (Machado et al, 2014; Laranjeira et al., 2016; Melo et al., 2017; .Araújo et al,2019), o que justificaria a importância de tornar esse conhecimento acessível pelo público alvo de forma clara, objetiva, didática, levando o saber científico para além do meio acadêmico., contribuindo não somente com a popularização da ciências, mas paralelamente com a promoção da saude desta população. Este trabalho tem como premissa atividades que incentivem a sustentabilidade, de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) publicado pela ONU na Agenda 2030, contribuindo principalmente com ODS Saúde de qualidade; Educação de qualidade e Cidades e comunidades sustentáveis e propiciando o crescimento social, sustentável, e econômico por meio da intervenção a comunidade (Mundo, 2016). A presente proposta se baseia também na premissa de promover a saúde com enfase de atuação na Atenção Básica e incentivar o uso racional de plantas medicinais através da articulação do tripé pesquisa, ensino e extensão. Haverá a necessidade de pesquisa e revisões sobre a temática para maior embasamento teórico na explanação do tema à comunidade externa e o ensino se permeará com a criação de conteúdos explicativos, que contribuirão no conhecimento sobre uso de plantas medicinais.


Objetivos

Geral:Ampliar e discutir junto à população participante sobre o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, buscando informar sobre segurança, eficácia e qualidade desses produtos, na perspectiva da integralidade da atenção à saúde, além de divulgação da ciência a respeito do uso de plantas medicinais. Objetivos específicos: • Incentivar o uso racional de plantas medicinais com qualidade e eficácia, conforme legislação ou literature científica. • Ampliação da participação popular sobre este tema. • Contribuir com utilização de plantas medicinais através do ensinamento de técnicas preparo. Trocar conhecimento a respeito sobre essa prática no cotidiano dessa população a fim de melhorar o projeto/emcontros Na ação não haverá prescrição ou indicação de uso fitoterápico e/ou planta medicinal. A consulta por profissional especializado de acordo com anamnese do paciente é preconizada.


Metas

- Contribuir com divulgação do conhecimento a respeito de plantas medicinais e/ou fitoterápicos e contribuir com o seu uso racional. - Contribuir com a autonomia do paciente em relação a esse tema.


Metodologia

O projeto será desenvolvido em etapas. Na fase inicial, haverá capacitação dos extensionistas associada a pesquisa bibliográfica para confecção do material da ação, sempre com respaldo científico. Haverá reunião com a secretaria de saúde do município para agendamento de melhor data para ação. Posteriormente ocorrerá divulgação da data do encontro via residentes e convite aos idosos culminando nos encontros propriamente ditos. Na ação serão discutidos o perigo do uso de plantas medicinais desconhecidas, discussão sobre preparo , coleta, armazenamento, partes utilizadas. Importância de comunicar ao profissional de saúde sobre o uso de plantas, etc Durante toda execução da ação, haverá pesquisa ativa para referência bibliográfica para subsidiar o conhecimento divulgado, além de reuniões periódicas com a equipe interna do projeto.


Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Saúde . Portaria nº 3.916, de 30 de outubro de 1998. Dispõe sobre a aprovação da Política Nacional de Medicamentos. BRASIL. Ministério da Saúde .Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, Brasília, DF, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. RENISUS – Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS. DAF/SCTIE/MS, fev/2009. BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na atenção básica. Série A. Normas e Manuais Técnicos Cadernos de Atenção Básica, n. 31, Brasília, DF, 2012. LARANJEIRA, D. B. S. et al. Plantas medicinais em quintais produtivos no semiárido baiano. Cadernos Macambira,v. 1, n. 2, p. 123-127, 2016. MELO, C. R. et al. O uso de plantas medicinais para doenças parasitárias. Revista Acta Brasiliensis, v. 1, n. 1, p. 28-32, 2017 ARAÚJO, M. S., & Lima, M. M. O. (2019). O uso de plantas medicinais para fins terapêuticos: os conhecimentos etnobotânicos de alunos de escolas pública e privada em Floriano, Piauí, Brasil. Revista de Educação em Ciências e Matemática, 15(33), 235-250. LOPES, G.A.D; Feliciano, L.M; Diniz, R.E.D.S; Alves, M.J.Q.D.F. (2010). Plantas medicinais: indicação popular de uso no tratamento de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Revista Ciência em Extensão, 6(2): 143-155. MACHADO, H.L; Moura, V.L; Gouveia, N.M; Costa, G.A; Espindola, F.S; Botelho, F.V. (2014). Pesquisa e atividades de extensão em fitoterapia desenvolvidas pela Rede FitoCerrado: uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos por idosos em Uberlândia-MG. Rev. Bras. PI. Med., 16(3): 527-533. MUNDO, Transformando Nosso. a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Acesso em, v. 15, 2016. SILVA, R. P.; Almeida, A. K. P.; Rocha, F. A. G. (2009). Os riscos em potencial do uso indiscriminado de plantas medicinais. UNP, FIP, IFRN. Congresso IFAL. Disponível em: < http://congressos.ifal.edu.br/index.php/connepi/CONNEPI2010/paper/viewFile/676/407


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

Pretende-se minimizar os problemas, entre os extensionista e o público alvo, principalmente, no entendimento das diferenças existentes entre a aplicação de uma intervenção e a realidade local. Durante este processo de trabalho o público alvo poderá apresentar demandas não planejadas para a intervenção. E ainda, a possibilidade de adotar novos métodos de trabalho para os extensionistas uma vez que a prática de uso de plantas medicinais por essa população pode exigir foco em determinadas espécies vegetais inicialmente não contempladas.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

O projeto tem como temática uso de plantas medicinais, com foco em educação e saúde, e para sua concretização envolverá estudantes, docentes e profissionais de diferentes unidades acadêmicas. Os encontros ocorrerão com equipe multidisiciplinar da saúde do idoso, já existentes nos municipios. O estudante terá a oportunidade de criar uma relação entre a comunidade e a universidade, além de aprimorar relações interpessoais com seus pares, docents e colegas profissionais (hoje a residencia da UFVJM possui nutricionista, fisioterapeuta, enfermeiro, odontólogo, educador físico e farmacêutico).


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

Este trabalho se caracteriza por acreditar que a aproximação entre a Universidade com os cidadãos poderá contribuir para promover a inserção de saúde e educação sobre uso racional de plantas medicinais com troca mutua de conhecimento produzidos na Universidade que chegará ao público alvo e a vivência no campo de prática como retorno de aprendizado para estudante. Assim este projeto associará o ensino (através de conhecimentos adquiridos pela academia e possível melhoria de condutas para sua aprendizagem professional ), a pesquisa (via diagnóstico participativo para levantamento de demandas que afligem o público alvo e busca literária para solução ou minimização destes e pesquisa ativa para respaldar as publicações com dados científicos) e a extensão (via diálogo com comunidade acadêmica e possibilidade de expansão para público externo aos muros da UFVJM na ação).


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

Este projeto irá proporcionar ao estudante o contato com os problemas contemporâneos, preparando-o tanto para o mercado do trabalho, quanto abrindo novas possibilidades ao desenvolvimento de pesquisas além de promover a aproximação das comunidades interna e externa da universidade sem gerar demandas acadêmicas que impactassem na vida acadêmica dos estudantes, além de oportunizar a contribuição na promoção em saúde por meio das temáticas abordadas. A proximidade com os pacientes e discussão sobre as práticas em relação ao uso de plantas medicinais e/ou fitoterápicos irá contribuir com novos conhecimentos em relação ao uso de plantas e comorbidades da população participante.


Impacto e Transformação Social

Este projeto buscará sensibilizar o indivíduo à melhor manejo no uso de plantas medicinais e difundir conhecimento a respeito da maneira segura do uso dessas plantas bem como auxiliar no uso adequado dessas espécies. Informações relevantes como forma de armazenamento e preparo poderão ser discutidas junto com a equipe, além de haver oportunidade de socialização entre os idosos participantes no encontro.


Divulgação

residentes irão convidar no município em reuniões que já ocorrem semanalmente com os pacientes.


Público-alvo

Descrição

O público alvo são grupos de idosos que atualmente já participam de grupos na secretaria de saúde de Santo Antônio do Itambé e Serro. Toda comunidade será convidada a participar da ação independente da idade.( em vários encontros os idosos levam filhos, netos, noras que poderão participar da ação).

Municípios Atendidos

Município

Santo Antônio do Itambé - MG

Município

Serro - MG

Parcerias

Nenhuma parceria inserida.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 11 h

Carga Horária 3 h
Periodicidade Quinzenalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Reuniões com a equipe interna do projeto para discussão das ações e ajustes quando necessário

Carga Horária 1 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Revisão bibliográfica para capacitação e preparo das atividades a serem realizadas durante ação. Busca ativa em fontes científicas para subsidiar as informações divulgadas.

Carga Horária 4 h
Periodicidade Anualmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Encontro com pacientes. Haverá conversa com secretaria de saúde para agendar melhor data, logo coloquei meses do intervalo onde poderão ocorrer os encontros

Carga Horária 3 h
Periodicidade Anualmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Relatório da ação