O projeto de extensão “Verde Futuro” visa promover uma cultura de sustentabilidade ambiental no ambiente corporativo por meio de práticas educativas e operacionais. A iniciativa contempla a redução de impactos ambientais através de economia de recursos, limitação do uso de descartáveis, plantio de mudas e uso de um aplicativo para gestão de metas sustentáveis. O projeto também amplia o diálogo entre universidade, cooperativa e sociedade, fortalecendo a responsabilidade socioambiental.

Sustentabilidade; Educação Ambiental; Gestão Ambiental; Consumo Consciente; Extensão Universitária;

O agravamento dos problemas socioambientais e climáticos exige respostas educativas que transcendam o ambiente acadêmico e alcancem a sociedade em geral. A educação ambiental crítica propõe uma abordagem formativa, dialógica e emancipadora, que contribui para o fortalecimento da cidadania ecológica (LOUREIRO, 2006; JACOBI, 2003). Nesse contexto, o projeto “Verde Futuro” visa aproximar a universidade da sociedade civil, por meio de ações formativas com foco em práticas sustentáveis, desenvolvidas em escolas e comunidades da região, contribuindo com a transformação social e ambiental dos territórios envolvidos.

Apesar do avanço das discussões ambientais em diversos setores, a realidade cotidiana de muitas comunidades ainda é marcada por práticas insustentáveis, como desperdício de água e energia, descarte inadequado de resíduos e desconhecimento sobre temas ecológicos. A literatura destaca que intervenções educativas de base territorial, que respeitem os saberes locais e sejam conduzidas de forma participativa, são mais eficazes para promover mudanças duradouras (DIAS, 2004; LEFF, 2001). Portanto, ações extensionistas com foco na educação ambiental nas escolas e comunidades se fazem necessárias e urgentes.

1. Sensibilizar a comunidade sobre a importância da sustentabilidade e da conservação dos recursos naturais; 2. Desenvolver ações educativas com foco em consumo consciente, reaproveitamento, economia de água e energia; 3. Fortalecer a consciência ecológica de estudantes, famílias e lideranças locais; 4. Promover o diálogo entre saberes científicos e populares em torno da temática ambiental; 5. Estimular a formação de multiplicadores ambientais nas comunidades atendidas.

1. Realizar, no mínimo, 2 oficinas temáticas em escolas da rede pública; 2. Promover 1 plantio de mudas; 3. Desenvolver 2 cartilhas e materiais educativos digitais e impressos; 4. Alcançar diretamente ao menos 300 pessoas entre crianças, adolescentes e adultos; 5. Avaliar o impacto das ações por meio de pesquisa de satisfação e observação participativa.

A proposta metodológica baseia-se na pesquisa-ação (THIOLLENT, 2011), com forte caráter participativo e dialógico. Serão organizadas oficinas temáticas nas escolas e espaços comunitários, com temas como: uso racional da água, economia de energia, separação de resíduos, compostagem, consumo consciente e agroecologia. As atividades contarão com dinâmicas interativas, jogos educativos, quiz, rodas de conversa e ações práticas, como plantio de mudas nativas. A equipe do projeto será composta por professores, estudantes universitários e voluntários capacitados. O acompanhamento será realizado por meio de registros, entrevistas breves, feedback dos participantes e relatórios avaliativos.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA. Brasília: MMA, 2005. DIAS, Genebaldo. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 2004. JACOBI, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n.118, p.189-205, 2003. LEFF, Enrique. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis: Vozes, 2001. LOUREIRO, Carlos Frederico B. Educação Ambiental e Movimentos Sociais: a construção coletiva de uma nova racionalidade. São Paulo: Cortez, 2006. THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 18. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

O projeto “Verde Futuro” estabelece uma relação horizontal entre a universidade e a sociedade, fundamentada no diálogo e na escuta ativa. A proposta promove o encontro entre saberes acadêmicos e os conhecimentos populares e escolares, respeitando a diversidade cultural, social e ambiental dos territórios envolvidos. A ação extensionista se concretiza em oficinas participativas, onde estudantes e docentes atuam como facilitadores e aprendizes, estimulando o protagonismo comunitário e a corresponsabilidade pela sustentabilidade. Essa interação dialógica rompe com a lógica unidirecional de transmissão de conhecimento, promovendo a co-construção de soluções ecológicas no contexto local (FREIRE, 1987; JACOBI, 2003).

O projeto articula múltiplas áreas do conhecimento, como Engenharia Ambiental, Ciências Agrárias, Pedagogia, Ciências Biológicas, Educação, Comunicação e Tecnologia. A construção das oficinas e materiais envolve diferentes perspectivas científicas e profissionais, permitindo abordagens integradas sobre consumo, resíduos, água, energia, solo e biodiversidade. A atuação conjunta de docentes, discentes e profissionais de diversas formações proporciona um ambiente interprofissional de aprendizado, onde o problema ambiental é compreendido em sua complexidade. Essa abordagem amplia a capacidade do projeto em oferecer soluções criativas, contextualizadas e eficazes.

A ação “Verde Futuro” concretiza a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão ao envolver estudantes em processos formativos que transcendem a sala de aula. As oficinas ambientais são planejadas com base em estudos e diagnósticos locais (pesquisa), são implementadas de forma ativa e experiencial (extensão), e são refletidas criticamente em momentos de orientação e sistematização acadêmica (ensino). A vivência extensionista permite que o estudante compreenda o conteúdo curricular em situações reais, aplique a teoria na prática e contribua para a transformação social, reafirmando o papel da universidade pública como agente do bem comum.

Os graduandos envolvidos no projeto participam ativamente do planejamento, execução, avaliação e documentação das atividades, desenvolvendo competências socioambientais, comunicativas, didáticas e investigativas. A experiência fortalece a formação integral do estudante, promovendo o pensamento crítico, o trabalho em equipe, a responsabilidade social e a capacidade de intervenção territorial. Ao vivenciar a realidade das escolas e comunidades, os discentes ampliam sua sensibilidade ética, compreendem as múltiplas dimensões da sustentabilidade e adquirem habilidades para atuar em contextos diversos, o que contribui para sua autonomia profissional e cidadã.

A ação “Verde Futuro” tem como foco principal a transformação de hábitos e atitudes da população em relação ao meio ambiente. As oficinas realizadas em escolas públicas e comunidades visam não apenas transmitir conhecimento, mas mobilizar mudanças comportamentais sustentáveis, fortalecer redes locais de cooperação e valorizar a natureza como bem comum. Ao promover práticas como o uso racional de recursos, a separação de resíduos, o plantio de mudas e a reflexão crítica sobre o consumo, o projeto contribui para a formação de sujeitos ecológicos conscientes e engajados. O impacto social é ampliado pelo caráter multiplicador das ações e pela valorização dos saberes e das potencialidades locais.

A divulgação do projeto “Verde Futuro” será realizada de forma ampla e estratégica, utilizando canais institucionais e comunitários, com o objetivo de alcançar estudantes, educadores, famílias e demais membros das comunidades envolvidas. As ações incluem: 1. Postagens em redes sociais (Instagram, Facebook e WhatsApp) com peças gráficas educativas e informativas; 2. Convites por meio das escolas públicas participantes, com apoio da gestão escolar; 3. Participação em eventos científicos e educacionais, como feiras escolares e semanas do meio ambiente. Essa divulgação tem caráter educativo e formativo, visando não apenas à mobilização, mas também à sensibilização das pessoas para o engajamento nas práticas sustentáveis propostas pelo projeto.