Visitante
JURA dos Vales: defender a vida, combater o agronegócio
Sobre a Ação
202203001394
032022 - Ações
Evento
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
28/07/2025
31/10/2025
Dados do Coordenador
janderson silva santos
Caracterização da Ação
Ciências Agrárias
Direitos Humanos e Justiça
Educação
Desenvolvimento rural e questão agrária
Regional
Não
Não
Não
Dentro e Fora do campus
Integral
Sim
Membros
Durante os anos de 2014, 2018, 2019, 2021, 2022 e 2023 a UFVJM foi uma parceria efetiva do MST, realizando a JURA e promovendo, via ações de extensão, tanto em seus campis, quanto nas comunidades que abrangem os seus espaços. Em 2025, propomos a continuidade dessa parceria, abordando a temática “Defender a Vida, combater o agronegócio! “. Nesse sentido, a ação pretende reforçar na universidade o tema sobre a luta pela terra, e impulsionar a troca de conhecimentos entre universidade e sociedade.
Reforma Agrária Popular, Educação do Campo, Jornada universitária.
Segundo o Censo Agropecuário de 2017, 77% dos alimentos consumidos no país vêm da agricultura familiar, mas a ocupação dessa prática, em termos de hectares, é muito menor comparado aos estabelecimentos produtores de commodities agrícolas de exportação (IBGE, 2017). Isso reafirma que o agronegócio não produz alimentos, mas lucros, precariedade, exclusão de postos de trabalho e insegurança alimentar. Nesse sentido, a urgência inerente à Reforma Agrária Popular (RAP) e a proposta de um debate lato sobre a “questão agrária”, já que seus pilares dimensionam a luta pela terra, a soberania alimentar, a agroecologia, a participação política e organização coletiva do trabalho e a educação (CALDART, 2020). No documento “Proposta de reforma agrária popular do MST” (2025), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra - MST, mostra como a RAP estabelecer uma mudança estrutural na relação do acesso à terra, aos bens da natureza, aos modos de produção e a organização comunitária camponesa, fazendo com que se cumpra a função social estabelecida Constituição Federal de 1988, art. 186, sendo uma alternativa viável contra a exploração predatória do agronegócio. A RAP busca estabelecer um processo social e de desenvolvimento da produção do campo, valorizando e garantindo a emancipação humana e a dignidade pela construção igualitária dos diferentes sujeitos em relação aos estabelecimentos que trabalham a terra, priorizando a relação harmônica e sustentável com a natureza.. Para Roseli Salete Caldart, isso seria possível com a RAP, pois ela privilegia os interesses populares na lida com a terra, visando a sua democratização, alargando não só o debate contra a propriedade privada, mas por ser uma luta pela reapropriação dos bens naturais que envolve, além da não privatização da terra, a “das sementes, das águas, dos minerais, das zonas de pescas, das florestas, dos rios, das áreas de reserva natural, da biodiversidade…” (CALDART, 2020, p. 3). Diante do exposto acima, a universidade, enquanto espaço privilegiado para a produção de pensamento e práticas que reverberam um posicionamento crítico tanto científico, quanto no âmbito social, tem papel importante no desenvolvimento da temática da “questão agrária”. Nesse sentido, uma das ações conjuntas à sociedade direcionadas ao debate público sobre o tema vem a ser a Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária - JURA. A JURA surgiu em 2013, durante o 2º Encontro Nacional de Professores Universitários com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST. Na ocasião, surgiu a proposta de que a partir de 2014, fossem construídas jornadas de lutas pautadas pela reforma agrária popular, preferencialmente no mês de abril, com ações simultâneas com o máximo de articulação possível entre elas. O objetivo desta ação conjunta é fazer repercutir nos mais diversos espaços acadêmicos e da sociedade a urgência da Reforma Agrária Popular no Brasil. Neste ano de 2025, o MST sugeriu como proposta para trabalhar na JURA o Tema: Defender a Vida, combater o agronegócio! e realização da jornada da última semana de junho a primeira semana de setembro de 2022. A JURA tem se firmado como importante espaço de promoção do debate acadêmico-científico acerca da questão agrária e da questão educacional no Brasil. Nesse contexto, esta ação de extensão está consolidada e no ano de 2025 chega a sua 7ª edição na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, sendo construída a partir de uma rede de articulação entre a professoras, professores, grupos de estudos e o movimento estudantil da UFVJM e os Movimentos Sociais Populares do Campo e das cidades que potencializam o aprofundamento do conhecimento produzido pelos povos trabalhadores do campo, da cidade, das águas e das florestas em suas experiências de luta e de afirmação da vida.
Com o avanço dos modelos Neoliberais e do Agronegócio especulatório e predatório e com a constante retirada de direitos básicos fundamentais para a promoção da vida no Campo e na Cidade, construir espaços de diálogo entre universidade e sociedade civil organizada é de extrema importância para a construção de propostas de enfrentamento e a elaboração de alternativas viáveis a partir da realidade daqueles que mais sofrem com o avanço desses modelos predatórios da vida e da natureza, por tanto a Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri se coloca como esse espaço de interação e construção de um projeto popular para o Brasil. A Jornada já foi realizada na UFVJM em 2014, 2018, 2019, 2022 e 2023 presenciais e em 2021 de forma remota, constituindo-se como um momento muito importante em que as organizações da sociedade civil estiveram no espaço universitário para debater temas que envolvem a realidade dos sujeitos, comunidades e organizações sociais na região de atuação da UFVJM. Em sua primeira edição, em 2018, foram discutidos assuntos referentes à educação, à questão agrária, agroecologia, relações sociais de gênero e pedagogia da alternância na pós-graduação. Em sua segunda edição, em 2019, os temas da JURA foram contemplados no Seminário Regional “Com quantos quilos de medo se faz uma tradição”, em que foram discutidos temas como a mineração, as comunidades tradicionais, relações sociais de gênero e agroecologia, e o paradigma do desenvolvimento - todos com ênfase para o olhar dos processos regionais. Portanto, nestas duas experiências, a JURA consolida-se como um espaço de debate interinstitucional, entre Universidade e organizações da sociedade civil - principalmente os movimentos sociais, a fim de analisar, debater e pensar ações visando o enfrentamento à projetos que ameaçam as comunidades, e ou corroem as condições de existência de sujeitos, comunidades e de projetos alternativos à lógica hegemônica - que atribuí a essa região a função de produtora de matéria-prima (mineração, monocultura eucalipto, hidrelétricas etc.) e de fornecedora de mão-de-obra por meio da migração sazonal de trabalhadores.
Esta ação de extensão tem por objetivo promover o debate sobre a importância da promoção da agroecologia, da Reforma Agrária Popular, educação e do avanço do agronegócio no Brasil e nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri tanto no meio interno acadêmico, quanto externo, para a sociedade através dos meios de comunicação de massa e debates públicos. Objetivos específicos: Estimular o diálogo entre os movimentos sociais dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri sobre suas realidades e desafios em torno da temática da luta pela terra; Abordar os pensamentos de Paulo Freire na perspectiva da pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia para a promoção da educação popular e libertadora; Impulsionar a troca de saberes entre a universidade e sociedade para a construção de uma sociedade mais justa e de direitos.
Realizar um evento com cerca de 6 atividades (rodas de conversa, intercâmbio, mesas, oficinas, mostras, cine debates, plantio de arvores etc.) que permitam envolvimento e interação entre a comunidade universitária e as comunidades dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Promover ação de extensão com participação de 550 pessoas; Contribuir para a articulação e diálogo entre diferentes organizações da sociedade civil que atuam na região.
A JURA dos Vales faz parte da organização da JURA estadual de Minas Gerais. Assim, nós nos organizamos em duas equipes: A equipe estadual e a equipe regional. A equipe estadual possui representantes da equipe regional. A equipe regional, esta que, no âmbito da UFVJM, organizará as atividades da JURA dos Vales, utilizaremos como metodologia de organização do evento, os pressupostos de Paulo Freire, em trabalho coletivo baseado na divisão de tarefas a partir de equipes como a coordenação geral, a relatoria, a comunicação, a infraestrutura e a mística, e a articulação dessas equipes com a escala estadual a fim de garantir uma fluidez entre os debates regionais e aqueles que serão realizados em outros locais e no estado. Portanto, a premissa básica da metodologia adotada por esse ‘braço’ mineiro do JURA é o diálogo, a ‘troca de experiências’, de conhecimentos, de saberes entre diferentes atores sociais e institucionais, comprometidos com e elevação da qualidade de vida da população brasileira, sobretudo, das populações camponesas: sejam ribeiros, quilombolas, extrativistas, agricultores familiares. Para entender o sentido atribuído por esse projeto à expressão ‘troca de saberes’ basta considerar a seguinte definição: “o conhecimento não se estende do que se julga sabedor até aqueles que se julga não saberem; o conhecimento se constitui nas relações homem-mundo, relações de transformação, e se aperfeiçoa na problematização crítica destas relações.”( FREIRE,1983, p. 36). Portanto, trocar, permutar, diálogo, aqui não é outra coisa senão produzir relações diversas entre humanos-humanos-e-outros seres culturais nas quais, as partes envolvidas, de forma recíproca, se complementam, ambas ‘ganham’, crescem, aprendem, se fortalecem… se libertam. Mas para isso, claro, é necessário considerar que nessas relações de troca entre os humanos e o mundo, os encontros devem ser mobilizados pela humildade e certa horizontalidade de poder entre as partes, de forma a criticar, questionar e, no limite, negar as hierarquias de conhecimento, por exemplo, entre o saber escolar, o acadêmico e saber popular. Logo, "rejeitar, em qualquer nível, a problematização dialógica é insistir num injustificável pessimismo em relação aos homens e à vida. é cair a prática depositante de saber que, anestesiando o espírito crítico, serve de ‘domesticação’ dos homens e instrumentaliza a invasão da cultural” ( FREIRE, p. 37, 1983: 37). Dito isso, o conjunto das atividades propostas estruturar-se-ão a partir da premissa do encontro e do diálogo, de forma presencial, distribuídas nos meses de julho à outubro de 2025: Promover ‘rodas de conversa’ como estrutura tanto das próprias rodas que serão organizadas, bem como considerá-las estruturas consequentes nas outras atividades, quais sejam, oficinas, cine debates, intercâmbios, mesas e mostras. Numa palavra, mirar na intensificação do diálogo como produtor de conhecimento e caminhamos para proposições de transformação social, decidida de forma horizontal e cooperada é, de alguma forma, elogiar a democracia como organização do mundo humano com diversidade. Promover mesas de debates envolvendo diferentes Instituições de Ensino Superior (UFVJM e UEMG-Diamantina) e Instituto Federal (IFNMG) e Movimentos Sociais, a fim de aprofundar, por meio do acúmulo de pesquisas e do acúmulo da luta pelos Movimentos Sociais, sobre a temática da JURA. Promover Cine Debates em pontos estratégicos das cidades visando a participação da população em geral. Será realizado também plantio de árvores Orientado pelo Plano Nacional "Plantar árvores, produzir alimentos saudáveis" do MST, no campus do IFNMG com os estudantes do ensino médio do Instituto. O processo avaliativo será concomitante com as atividades, observando a participação em pequenas conversas com os participantes durante e após as atividades.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República,. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm. acessado em 01/07/2025. CALDART, Roseli Salete (org.) Dicionário da Educação do Campo. / Organizado por Roseli Salete Caldart, Isabel Brasil Pereira, Paulo Alentejano e Gaudêncio Frigotto. – Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular, 2012. _________. Roseli Salete. Reforma Agrária Popular e Educação. Revista Trabalho, Educação e Saúde. volume 7, número 1, entre março e junho de 2009. FREIRE, P. Comunicação ou Extensão. São Paulo: Paz e Terra, 8o Edição, 1983, 93p. ____________. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 42ª edição. 2005. ____________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 25ª edição,1996. MARTINS. Adalberto Floriano Greco. A questão Agrária no Brasil: da Colônia ao Governo Bolsonaro – Vol. 10, São Paulo, Expressão Popular, 2024.
A programação do evento pretende reforçar na universidade o tema sobre a luta pela terra; debater, a partir da perspectiva freiriana, sobre educação popular e libertadora; e impulsionar a troca de conhecimentos entre universidade e sociedade. Assim, esta proposta traz uma série de atividades voltadas para a reflexão pública dos pontos elencados anteriormente.
O tema "Defender a Vida, combater o agronegócio", que a JURA desse ano tem, integra ainda mais os conhecimentos de ciências agrárias, ciências humanas, ciências da natureza, ciências econômicas, ciências sociais e linguística, letras e artes.
A indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão se dará, por exemplo em atividades como a mesa redonda, onde os convidados que irão compor a mesa divulgarão e debaterão pesquisas sobre a luta pela terra e projeto de país, ao mesmo tempo que dialoga com as experiências dos agricultores e militantes do movimento social. Além disso, professores da universidade e do instituto federal e estudantes da universidade irão também se formar em cine debates, intercâmbios em assentamentos entre outras atividades, que poderão refletir em pesquisas futuras.
Os estudantes das instituições de ensino superior envolvidas (UFVJM, IFNMG, UEMG) estarão envolvidos a partir tanto das possibilidades de participação nas atividades do evento, quanto na atuação junto às equipes de construção do evento (coordenação geral, mística, comunicação e relatoria). A participação na JURA gera grande potencial formativo, pois além da metodologia que dialoga com os princípios da educação popular (construção dialógica dos conhecimentos e dos processos com envolvimento ativo dos diferentes sujeitos), permite uma vivência e aproximação com as diferentes organizações sociais e populares que atuam nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Estas, por sua vez, têm acúmulos reflexivos com análise da realidade local e regional, inclusive com indicativos de pautas políticas, científicas e econômicas que buscam superar as mazelas produzidas socialmente a partir da atuação do Estado, de grandes projetos de desenvolvimento etc.
A realização da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária é uma atividade que tem aderência com a missão institucional da UFVJM, voltada para atuação regional, em parceria com organizações sociais e com capacidade de construir percursos formativos e debates que provocam a reflexão sobre o papel da Universidade pública quanto à produção de conhecimentos contextualizados e de extensão universitária amparada nos princípios da educação popular - de base dialógica, engajada e permanente com os sujeitos em suas diferentes realidades. É de fundamental relevância ocupar o espaço da Universidade trazendo debates fundamentais para construir outros percursos possíveis de desenvolvimento regional, que perpassam pela garantia do acesso à terra, pelo direito ao território dos povos e comunidades tradicionais, pelo reconhecimento e devida reparação das famílias e comunidades atingidas pelos grandes projetos de desenvolvimento implementados na região nos últimos 50 anos e que geraram um significativo impacto social (migração, empobrecimento, expropriação dos bens comuns etc.) e ambiental (degradação dos biomas). Ademais, constitui-se como um dos poucos espaços-tempos em que o ambiente acadêmico é efetivamente ocupado por sujeitos, trabalhadores e trabalhadoras, do campo e da cidade, e que trazem sua leitura de mundo, sua análise da realidade e os produtos do seu trabalho, como exemplo de resistência aos vários processos vividos. Em 2025, as atividades da JURA envolverá as IES em Diamantina (UMEG, IFNMG além da UFVJM) e as de Teofilo Otoni (IFNMG além também da UFVJM), presencial nas cidades e o intercâmbio no mesmo assentamento, integrando as regiões.
Será utilizado para divulgação das atividades panfletos, e redes sociais.
Programação do Evento
Praça do Pão de Santo Antônio
03/09/2025
18:11
21:31
Cine Debate sobre Tema da Reforma agrária.
Assentamento Aruega
12/09/2025
06:00
18:00
Intercâmbio em área de assentamento do MST em Novo Cruzeiro. A atividade será nos dias 12 e 13
IFNMG
22/09/2025
14:00
18:00
Roda de conversa e plantio de árvores
IFNMG
27/10/2025
14:00
18:00
Debate sobre Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida
Público-alvo
Serão envolvidos, diretamente, estudantes da Licenciatura em Educação do Campo, Letras, Ciências Biológicas, História, Agronomia, Geografia, Serviço social e Economia.
Estudantes do Ensino Médio do IFNMG Diamantina.
Participação militantes das organizações parceiras: MST, MAM, Federação Quilombola
Participarão da Jura Agricultores e Agricultoras das regiões do Vale do Jequitinhonha e Mucuri
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Novo Cruzeiro - MG
Teófilo Otoni - MG
Parcerias
Construção da programação e participação nas atividades.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 111 h
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Rodas de conversa, intercâmbio, paletras, plantio de árvores, cine debate, mostras fotográficas.
- Tarde;
Primeira reunião para levantamento das propostas de ações que serão executas no JURA dos Vales 2025.
- Tarde;
Reunião para definição das ações que serão execultadas no JURA 2025.
- Tarde;
Reunião para divisão de tarefas na organização das ações que serão realizadas no JURA do Vales 2025.
- Tarde;
Reunião para planejamento e mobilização acerca das atividades que serão desenvolvidas no JURA dos Vales 2025.
- Manhã;
- Tarde;
Elaboração do projeto de extensão para ser submetido ao SIEXC.
- Tarde;
Reunião para organização das atividades a seerem execultadas no JURA dos Vales 2025.
- Tarde;
Reunião para avaliar as ações desenvolvidas durante o período do JURA dos Vales 2025.
- Manhã;
- Tarde;
Elaboração do relatório final do JURA dos Vales para entrega no SIEXC.