Visitante
Estudantes em Ação: EADADP078 - Gestão Social e Participação Popular - 2025/2
Sobre a Ação
202203001419
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
22/09/2025
31/12/2025
202104000135 - InterAÇÃO PÚBLICA nos Vales
Dados do Coordenador
grazielle isabele cristina silva sucupira
Caracterização da Ação
Ciências Sociais Aplicadas
Trabalho
Educação
Gestão pública
Municipal
Não
Sim
Não
Fora do campus
Integral
Sim
Membros
O projeto busca realizar diagnóstico participativo das demandas da administração pública especialmente em municípios do Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e Norte de Minas. Desenvolvido na disciplina EADADP078 - Gestão Social e Participação Popular, aproxima estudantes da realidade local por meio de escuta a diferentes atores sociais e institucionais, visando subsidiar futuras ações de extensão e fortalecer a cidadania e a gestão social.
Participação Social, gestão municipal, diagnóstico
A curricularização da extensão universitária, conforme as Diretrizes Nacionais instituídas pela Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, do Conselho Nacional de Educação, representa um avanço fundamental na consolidação de práticas acadêmicas que articulem ensino, pesquisa e extensão, em diálogo direto com a sociedade. No âmbito do curso de Administração Pública, tal exigência configura-se como oportunidade estratégica para a formação de gestores comprometidos com a realidade social, capazes de compreender e intervir nas demandas coletivas que atravessam os territórios em que estão inseridos. O presente projeto, desenvolvido no contexto da disciplina EADADP78 - Gestão Social e Participação Popular, em oferta no semestre 2025/2 no curso de Administração Pública a distância, propõe a realização de um diagnóstico participativo de demandas públicas especialmente nos municípios do Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e Norte de Minas Gerais. A curricularização da extensão oferece uma oportunidade concreta de envolver os estudantes de graduação em ações que favoreçam a aproximação entre a universidade e a sociedade, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e atuantes (BRASIL, 2019). A proposta busca fomentar a aproximação entre estudantes, poder público local, organizações da sociedade civil e grupos comunitários, valorizando a escuta qualificada e a construção compartilhada de informações relevantes sobre os desafios da administração pública em nível municipal. Ao privilegiar práticas de diagnóstico participativo, pretende-se estimular o desenvolvimento de competências ligadas à gestão social, entendida como processo interativo e democrático de articulação entre Estado e sociedade, com vistas à ampliação da cidadania e da qualidade das políticas públicas (TENÓRIO, 2008). Além disso, a inserção dos discentes nesses espaços de diálogo contribuirá para a formação crítica e cidadã, alinhada à concepção freireana de educação como prática de liberdade, na qual o conhecimento se constrói em relação dialógica com a realidade (FREIRE, 1996). Essa participação social é um elemento fundamental para o fortalecimento da democracia e para a efetivação de políticas públicas voltadas ao atendimento das demandas da população. No contexto dos municípios do Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e Norte de Minas, a escuta ativa e o mapeamento das necessidades locais representam passos essenciais para promover uma gestão pública mais participativa, transparente e alinhada às particularidades de cada comunidade. Essa estratégia fortalece o princípio do controle social, previsto na Constituição Federal de 1988, ao valorizar a escuta das vozes locais e promover ações articuladas de resposta às necessidades identificadas (LIMA; PEREIRA, 2018). Assim, o projeto não apenas contribuirá para a formação acadêmica dos discentes, mas poderá contribuir para o desenvolvimento de uma gestão pública mais democrática, colaborativa e efetiva nos territórios contemplados.
A proposta deste projeto justifica-se pela necessidade de articular o conhecimento produzido na universidade com as demandas sociais concretas, fortalecendo a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, conforme estabelecido nas diretrizes nacionais de extensão (BRASIL, 2018). No caso específico do curso de Administração Pública, essa articulação revela-se estratégica para a formação de profissionais capazes de compreender os desafios da gestão municipal e de promover práticas democráticas de planejamento, monitoramento e avaliação de políticas públicas. A escolha do diagnóstico participativo responde à necessidade de aproximar os estudantes das realidades locais, incentivando a escuta das populações e de seus representantes institucionais e comunitários. Essa abordagem favorece o reconhecimento da pluralidade de atores sociais e políticos que atuam nos municípios e permite identificar demandas prioritárias que poderão orientar ações futuras de extensão ao longo da graduação. A realização de um diagnóstico participativo das demandas relacionadas à administração pública nos municípios do Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e Norte de Minas é fundamental para promover uma gestão mais democrática, transparente e alinhada às necessidades locais. Este procedimento fortalece o princípio do controle social, incitando a participação ativa da comunidade na elaboração e implementação de políticas públicas que reflitam suas reais prioridades (CAVALCANTE, 2016). Além disso, ao envolver os estudantes do curso de Bacharelado em Administração Pública nesta atividade, o projeto contribui para a formação de profissionais críticos, éticos e socialmente responsáveis, capazes de atuar de maneira efetiva na gestão pública e na promoção de uma cidadania participativa (PEREIRA; SOUZA, 2017). Além de seu potencial formativo, a iniciativa contribui para a consolidação de práticas de gestão social, entendida como processo voltado à coprodução de bens e serviços públicos, por meio da interação horizontal entre Estado e sociedade (CANÇADO; TENÓRIO; PEREIRA, 2011). Ao mesmo tempo, reforça o papel da universidade pública como instituição comprometida com a transformação social, em consonância com a perspectiva freireana de que o diálogo crítico e emancipatório é condição essencial para a construção de uma sociedade mais justa (FREIRE, 2000). Portanto, o projeto justifica-se tanto pelo cumprimento da exigência legal de curricularização da extensão quanto pelo seu potencial pedagógico, social e político de contribuir para o fortalecimento da participação popular, da cidadania ativa e da qualidade da gestão pública nos territórios dos Vales e Norte de Minas Gerais.
Objetivo Geral Realizar um diagnóstico participativo das demandas relacionadas à Administração Pública nos municípios do Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e Norte de Minas Gerais, de modo a aproximar os estudantes da realidade local e subsidiar a construção de futuras ações de extensão universitária voltadas à gestão social e à participação popular. Objetivos Específicos 1. Aproximar os estudantes das diferentes instâncias do poder público municipal, organizações sociais e comunitárias, incentivando o diálogo e a escuta. 2. Mapear demandas prioritárias e desafios relacionados à gestão pública municipal a partir da perspectiva de diferentes atores sociais e institucionais. 3. Promover a reflexão crítica dos discentes sobre a importância da participação popular e da gestão social como instrumentos de fortalecimento da cidadania. 4. Sistematizar as informações coletadas em relatórios que possam orientar futuras práticas de extensão ao longo da graduação.
• Realizar o diagnóstico em pelo menos 5 municípios • Identificar e listar, pelo menos 5 grupos/instâncias em cada município (como executivo, legislativo, conselhos, associações, sindicatos, movimentos sociais). • Promover pelo menos 3 reuniões presenciais ou virtuais com representantes de diferentes segmentos sociais em cada município. • Envolver pelo menos 100 pessoas dos municípios nos diagnósticos.
1. Etapa Preparatória – Formação e Planejamento • Realização de encontros virtuais de discussão com os estudantes sobre conceitos de gestão social, participação popular e diagnóstico participativo (já ocorridos no mês de agosto/2025 e que levou à definição do projeto de extensão a ser executado) • Apresentação de metodologias participativas de coleta de dados, como entrevistas semiestruturadas, rodas de conversa e reuniões comunitárias. • Organização de grupos de trabalho por município. • Levantamento inicial de atores sociais e institucionais locais (prefeituras, câmaras municipais, conselhos, associações, sindicatos, movimentos sociais, etc.). 2. Etapa de Levantamento de Atores e Contatos • Identificação e priorização dos grupos e instituições a serem ouvidos. • Estabelecimento de contato formal (por e-mail, presencialmente ou telefone) para apresentação do projeto e agendamento dos encontros. • Elaboração de um roteiro de escuta participativa, que oriente a coleta de informações sobre demandas públicas locais. 3. Etapa de Escuta Participativa • Realização de reuniões/encontros com diferentes segmentos sociais em cada município. • Utilização de metodologias ativas, como Roda de conversa para levantamento coletivo de problemas e potencialidades; Entrevistas abertas ou semiestruturadas com representantes institucionais. • Registro das informações por meio de relatórios breves elaborados pelos estudantes após cada atividade. 4. Etapa de Sistematização • Organização das informações coletadas em relatórios parciais produzidos por cada grupo de estudantes. • Consolidação dos dados em um relatório final da disciplina, estruturado por eixos temáticos (educação, saúde, infraestrutura, participação cidadã, transparência, etc.). • Realização de seminário interno de apresentação dos resultados, permitindo a troca de experiências entre os grupos.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Superior. Lei nº 13.655/2018: Diretrizes para a implementação da curricularização da extensão. Brasília, 2019. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018. Define as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira. Brasília, 2018. CAVALCANTE, F. P. A importância da participação social na gestão pública. Revista Gestão Pública e Cidadania, v. 10, n. 2, p. 45-60, 2016. CANÇADO, A. C.; TENÓRIO, F. G.; PEREIRA, J. R. Gestão social: reflexões teóricas e conceituais. Cadernos EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 681-703, 2011. FREIRE, P. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP, 2000. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. LIMA, M. A. A.; PEREIRA, R. E. Participação social e gestão pública: desafios e potencialidades na formação cidadã. Revista Gestão & Organização, v. 17, n. 2, p. 159-176, 2018. PEREIRA, L. R.; SOUZA, M. C. A educação superior e a promoção da cidadania: uma análise da extensão universitária. Revista Administração & Educação, v. 11, n. 1, p. 63-78, 2017. TENÓRIO, F. G. Gestão social: uma perspectiva conceitual. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 42, n. 3, p. 529-552, 2008.
O projeto favorece a interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade ao promover espaços de escuta e troca de saberes entre estudantes, gestores públicos e organizações comunitárias. Por meio do diagnóstico participativo, os discentes não apenas coletam informações, mas compartilham sua identidade acadêmica e se reconhecem como parte do território, estabelecendo relações de aprendizado. Essa dinâmica possibilita que a universidade contribua com a sistematização das demandas locais, ao mesmo tempo em que incorpora os saberes populares ao processo formativo, fortalecendo vínculos de confiança e legitimidade social.
O projeto possibilita a interdisciplinaridade e a interprofissionalidade ao articular saberes de diferentes áreas necessárias à compreensão das demandas municipais, como administração pública, ciências sociais, direito, economia e saúde coletiva. A escuta participativa junto a diversos atores locais pode evidenciar problemas complexos que não podem ser tratados de forma isolada, exigindo diálogo entre diferentes campos do conhecimento e profissionais da gestão pública, das políticas sociais e da sociedade civil. Nesse processo, os estudantes aprendem a valorizar a complementaridade de perspectivas e a importância da cooperação entre setores, construindo uma visão integrada e crítica da realidade, essencial para o fortalecimento da cidadania e da gestão social.
O projeto contribui para a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão ao integrar os conteúdos teóricos trabalhados na disciplina com a vivência prática dos estudantes nos municípios, estimulando a reflexão crítica sobre a gestão social e a participação popular. A partir da experiência de campo, surgem dados e informações que podem ser analisados no ambiente acadêmico, alimentando processos investigativos e fortalecendo a produção de conhecimento sobre a realidade local. Ao mesmo tempo, a extensão estimula a devolutiva social desse conhecimento, valorizando o diálogo com a comunidade e transformando a prática em objeto de aprendizagem e pesquisa aplicada. Dessa forma, a formação discente deixa de ser apenas teórica e se torna um processo vivo de interação entre universidade e sociedade.
O projeto impacta a formação do estudante ao proporcionar uma experiência prática de aproximação com a realidade social e institucional dos municípios, estimulando a capacidade de escuta, análise crítica e diálogo com diferentes atores. Essa vivência contribui para desenvolver competências ligadas à gestão social, à cidadania ativa e à compreensão da complexidade dos processos de participação popular. Ao articular teoria e prática, o estudante fortalece sua postura ética e política diante dos desafios da administração pública, tornando-se mais preparado para atuar de forma responsável e transformadora em sua trajetória profissional.
O projeto tem potencial para gerar impacto social ao fortalecer o diálogo entre universidade e comunidade, criando canais de comunicação mais horizontais entre gestores públicos, organizações sociais e cidadãos. A aproximação promovida pelo diagnóstico participativo amplia a visibilidade das demandas locais e valoriza a participação popular como instrumento legítimo de construção coletiva de soluções para os problemas municipais.
As ações serão divulgadas nas redes sociais do curso de Bacharelado em Administração Pública bem como dos integrantes do projeto e parceiros.
Este projeto integra o Programa InterAÇÃO PÚBLICA nos Vales – número de inscrição 202104000135. Destaca-se que este projeto faz parte da curricularização da extensão desenvolvido pelo curso de bacharelado em Administração Pública, modalidade a distância. Está sendo realizado dentro da Unidade Curricular “EADADP078 - Gestão Social e Participação Popular” no semestre 2025/2. A proposta foi construída coletivamente pelos discentes, que definiram a temática, as ações e os municípios onde estas se realizarão, o que envolve polo(s) de apoio presencial e locais onde residem.
Público-alvo
Membros de Conselhos Municipais
Gestores e servidores municipais
Participantes de movimentos sociais, ongs, entidades
Pessoas residentes nos municípios onde o diagnóstico será realizado
Municípios Atendidos
Bocaiúva - MG
Corinto - MG
Águas Formosas - MG
Brasília de Minas - MG
Várzea da Palma - MG
Pompéu - MG
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 30 h
- Noite;
• Realização de encontros virtuais de discussão com os estudantes sobre conceitos de gestão social, participação popular e diagnóstico participativo (já ocorridos no mês de agosto/2025 e que levou à definição do projeto de extensão a ser executado) • Apresentação de metodologias participativas de coleta de dados, como entrevistas semiestruturadas, rodas de conversa e reuniões comunitárias. • Organização de grupos de trabalho por município. • Levantamento inicial de atores sociais e institucionais locais (prefeituras, câmaras municipais, conselhos, associações, sindicatos, movimentos sociais, etc.).
- Tarde;
- Noite;
• Identificação e priorização dos grupos e instituições a serem ouvidos. • Estabelecimento de contato formal (por e-mail, presencialmente ou telefone) para apresentação do projeto e agendamento dos encontros. • Elaboração de um roteiro de escuta participativa, que oriente a coleta de informações sobre demandas públicas locais.
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
• Realização de reuniões/encontros com diferentes segmentos sociais em cada município. • Utilização de metodologias ativas, como Roda de conversa para levantamento coletivo de problemas e potencialidades; Entrevistas abertas ou semiestruturadas com representantes institucionais. • Registro das informações por meio de relatórios breves elaborados pelos estudantes após cada atividade.
- Noite;
• Organização das informações coletadas em relatórios parciais produzidos por cada grupo de estudantes. • Consolidação dos dados em um relatório final da disciplina, estruturado por eixos temáticos (educação, saúde, infraestrutura, participação cidadã, transparência, etc.). • Realização de seminário interno de apresentação dos resultados, permitindo a troca de experiências entre os grupos. • Elaboração do relatório final de prestação de contas do SIEXC.