Visitante
Conectando Saberes e Cuidados: A Transformação Digital da Saúde no Jequitinhonha
Sobre a Ação
202104000258
042021 - Programa
Programa
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
01/09/2025
01/09/2027
Dados do Coordenador
débora fernandes de melo vitorino
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Saúde
Saúde
Saúde da família
Regional
Sim
Sim
Dentro e Fora do campus
Integral
Não
Membros
A macrorregião de saúde Jequitinhonha, com 31 municípios e forte vulnerabilidade social, enfrenta barreiras de acesso à atenção especializada. A telessaúde surge como estratégia essencial, mas sua adesão ainda é baixa, comprometendo resultados. O PET-Saúde Digital propõe qualificar profissionais, fortalecer serviços e ampliar o acesso, integrando ensino, pesquisa e extensão, em parceria com UFVJM, CITec e SAS Brasil, promovendo equidade e inovação em saúde.
Telessaude, PET-saude, equipe multiprofissional
Até meados do século XX, a comunicação não presencial entre profissionais de saúde e pacientes era mediada por cartas ou telefone. O avanço das tecnologias de informação e comunicação trouxe sua incorporação progressiva na atenção à saúde, incluindo mensagens e chamadas de vídeo. A saúde digital, como prevista pela Organização Mundial de Saúde (OMS), reúne funcionalidades e aplicações como análise de grande quantidade de dados, inteligência artificial, prontuários eletrônicos e sistema de suporte à decisão clínica. A telessaúde, um dos componentes da saúde digital, é o cuidado a distância envolvendo profissionais de saúde. Vem se estabelecendo internacionalmente há pelo menos um século, mas seu desenvolvimento como política e estratégia de cuidado no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro destacou-se a partir dos anos 2000, com f inalidades educacionais, formativas, diagnósticas e de monitoramento6. Exemplos de ações de apoio à assistência que compõem a telessaúde são o telediagnóstico, a teleconsultoria e a tele-educação. De acordo com dados da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina, apresentados em 2024 e obtidos por meio da aplicação do Índice Nacional de Maturidade em Saúde Digital (INMSD), nenhum município da macrorregião Jequitinhonha atingiu a média desejada nos indicadores do índice. Os domínios mais críticos foram "Desenvolvimento e Formação Profissional" e "Telessaúde e Serviços Digitais", sinalizando, entre outros fatores, a baixa utilização da teleconsultoria, que deveria ser um dos principais instrumentos para qualificar a atenção primária e evitar encaminhamentos desnecessários. O subuso da teleconsultoria sobrecarrega os fluxos de telerregulação, que, por sua vez, também não têm apresentado os resultados esperados quanto à resolutividade e ao tempo de resposta. Soma-se a isso a ausência de uma cultura de teleeducação estruturada, que possa capacitar continuamente os profissionais da saúde local, especialmente aqueles que atuam em regiões remotas e com alta rotatividade de equipes. Não adianta a telessaúde estar disponível se os profissionais não estiverem preparados para utilizá-la. A falta de capacitação adequada gera insegurança, desconfiança e baixa adesão ao uso das tecnologias, além de comprometer a qualidade da assistência prestada. É nesse contexto que o projeto PET-Saúde / Informação e Saúde Digital – Saúde Digital no Vale do Jequitinhonha se insere. O programa amplia a vivência dos discentes em relação à Política Nacional de Atenção Especializada em Saúde (PNAES), por meio do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), que também será contemplado na proposta do PET-Saúde Digital no Vale do Jequitinhonha, promovendo um maior acesso da população a serviços especializados e fortalecendo a integração entre ensino, serviço e comunidade.
A criação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) representa um marco na interiorização do ensino superior público em Minas Gerais, sendo um vetor essencial de transformação social, econômica e cultural em regiões historicamente vulnerabilizadas. A instituição, cuja origem remonta à fundação da Faculdade de Odontologia de Diamantina por Juscelino Kubitschek em 1953, expandiu-se ao longo das décadas para se tornar referência em ensino, pesquisa e extensão, hoje abrangendo quatro campi e mais de 10 mil estudantes. No entanto, apesar do avanço educacional promovido pela UFVJM, a região onde está inserida — o Vale do Jequitinhonha — ainda enfrenta grandes desafios na garantia de acesso equitativo e resolutivo aos serviços de saúde. A macrorregião de saúde Jequitinhonha é composta por 31 municípios assistidos pela Superintendência Regional de Saúde de Diamantina, com uma população aproximada de 408 mil habitantes. A maioria desses municípios (70,9%) possui menos de 15 mil habitantes, evidenciando a predominância de pequenas localidades rurais e com acesso dificultado aos serviços de saúde de média e alta complexidade. A distância geográfica entre os municípios e os polos regionais compromete o acesso à atenção especializada, tornando a telessaúde uma estratégia imprescindível. O Vale do Jequitinhonha, apesar de sua riqueza cultural e beleza natural, é historicamente reconhecido por sua elevada vulnerabilidade social e econômica. A região apresenta indicadores de pobreza que se comparam aos do semiárido nordestino, com altos índices de desemprego, baixa escolaridade e precárias condições de saneamento e infraestrutura. Isso se reflete diretamente na precariedade dos serviços públicos, incluindo os da área da saúde. Muitas comunidades encontram-se em áreas rurais de difícil acesso, onde faltam médicos especialistas, equipamentos de diagnóstico e até mesmo condições básicas para atendimentos presenciais. É nesse cenário que a telessaúde se apresenta como uma solução promissora, não apenas para ampliar o acesso, mas também para qualificar o cuidado ofertado. Em 2021, a UFVJM aprovou o projeto “Saúde Digital Móvel”, com início das ações em 2023, ofertando teleconsultorias dermatológicas, telediagnóstico (eletrocardiograma e retinografia) e capacitações híbridas e online, como forma de mitigar as barreiras territoriais e ampliar o acesso a serviços especializados. No entanto, apesar desses esforços, os dados mais recentes demonstram que a adesão dos profissionais às ferramentas de telessaúde ainda é extremamente baixa, o que compromete sua efetividade. De acordo com dados da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina, apresentados em 2024 e obtidos por meio da aplicação do Índice Nacional de Maturidade em Saúde Digital (INMSD), nenhum município da macrorregião Jequitinhonha atingiu a média desejada nos indicadores do índice. Os domínios mais críticos foram "Desenvolvimento e Formação Profissional" e "Telessaúde e Serviços Digitais", sinalizando, entre outros fatores, a baixa utilização da teleconsultoria, que deveria ser um dos principais instrumentos para qualificar a atenção primária e evitar encaminhamentos desnecessários. O subuso da teleconsultoria sobrecarrega os fluxos de telerregulação, que, por sua vez, também não têm apresentado os resultados esperados quanto à resolutividade e ao tempo de resposta. Soma-se a isso a ausência de uma cultura de teleeducação estruturada, que possa capacitar continuamente os profissionais da saúde local, especialmente aqueles que atuam em regiões remotas e com alta rotatividade de equipes. Não adianta a telessaúde estar disponível se os profissionais não estiverem preparados para utilizá-la. A falta de capacitação adequada gera insegurança, desconfiança e baixa adesão ao uso das tecnologias, além de comprometer a qualidade da assistência prestada. Muitos profissionais sequer compreendem o potencial da teleconsultoria para a resolutividade dos casos na atenção primária. Em consequência, perdem-se oportunidades de aprendizado, de apoio à decisão clínica e de resolutividade local. Para que a telessaúde cumpra seu papel de democratizar o acesso ao cuidado e promover equidade, é imprescindível investir na formação técnica e pedagógica dos trabalhadores do SUS, promovendo uma cultura digital sólida, inclusiva e adaptada às realidades locais. A baixa maturidade digital da macrorregião evidencia a necessidade urgente de ações estruturantes e integradas que articulem formação profissional, inovação tecnológica, extensão universitária e reorganização dos serviços digitais de saúde. É nesse contexto que o projeto PET-Saúde / Informação e Saúde Digital – Saúde Digital no Vale do Jequitinhonha se insere. A iniciativa propõe-se a fortalecer o trabalho já realizado pelo Núcleo de Telessaúde da UFVJM e pelo projeto Saúde Digital Móvel, expandindo sua atuação em parceria com o Centro de Inovação Tecnológica da UFVJM (CITec), responsável por fomentar a interface entre a universidade e os setores público e privado, com a Residência em Fisioterapia na Saúde Coletiva, que já atua nos territórios da macrorregião e pode agregar à formação em serviço e à produção científica local e por fim, a parceria com o SAS Brasil por meio do Living Lab SAS Brasil & Unicamp, primeiro polo de disseminação em telessaúde do país, unindo Saúde Digital e Inovação Social. Também serão fundamentais os municípios envolvidos, que contarão com suporte institucional da UFVJM para qualificação de profissionais aptos ao uso de tecnologias digitais em saúde e melhoria dos indicadores do INMSD. O PET-Saúde Digital desempenha um papel essencial no fortalecimento do tripé universitário — Ensino, Pesquisa e Extensão — ao proporcionar aos discentes uma imersão prática na realidade do SUS Digital, permitindo-lhes contribuir ativamente para a transformação social e sanitária do território. A aproximação da comunidade acadêmica com os cenários de prática do SUS, por meio de metodologias ativas e trabalho colaborativo, reforça a importância da educação pelo trabalho, um dos princípios fundamentais das políticas de educação permanente em saúde. Além disso, o programa amplia a vivência dos discentes em relação à Política Nacional de Atenção Especializada em Saúde (PNAES), por meio do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), que também será contemplado na proposta do PET-Saúde Digital no Vale do Jequitinhonha, promovendo um maior acesso da população a serviços especializados e fortalecendo a integração entre ensino, serviço e comunidade. A implementação do PET-Saúde Digital no Vale do Jequitinhonha responde ainda aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 e 10, promovendo saúde de qualidade e reduzindo desigualdades. A expectativa é que a proposta contribua diretamente para a qualificação da força de trabalho em saúde, a expansão e o fortalecimento dos serviços de telessaúde e educação permanente, a melhoria dos indicadores de maturidade digital nos municípios, por meio de planos de ação regionalizados e sustentáveis, e o empoderamento digital de gestores e profissionais de saúde, com impacto direto sobre a resolutividade e a eficiência do SUS na macrorregião Jequitinhonha. Portanto, este projeto não só é necessário, como é urgente. Ele se baseia em evidências locais, reconhece as fragilidades e potencialidades do território e propõe estratégias articuladas, sustentáveis e integradas à missão da UFVJM. A Saúde Digital deve ser pensada não apenas como um meio de suprir carências, mas como um direito da população e dever do Estado, concretizado pela ação conjunta da universidade, dos serviços e da sociedade.
Fortalecer os indicadores de Desenvolvimento e Formação Profissional e Telessaúde e Serviços Digitais na Macrorregião Jequitinhonha, utilizando das modalidades dos serviços assistências teleducação, telediagnóstico, teleconsultoria, telerregulação, para ampliação do acesso ao serviço de saúde digital, contribuindo para a o fortalecimento da equidade no SUS por meio dos seguintes objetivos específicos: 1- Capacitar a equipe de saúde da atenção primária, dos municípios da macrorregião sobre o uso de tecnologias digitais em saúde; 2- Mobilizar e capacitar os (as) Agentes Comunitários de Saúde, para engajamento dos usuários do SUS em saúde digital; 3- Promover o uso eficaz da plataforma digital Telessaúde Brasil Redes, já disponível nos municípios da Macrorregião, com foco na valorização da teleconsultoria como estratégia para ampliar o acesso, qualificar a assistência e melhorar os fluxos de atendimento. 4- Fortalecer as ações do Projeto Saúde Digital Móvel/UFVJM, visando ampliar o acesso a serviços especializados nos municípios da Macrorregião Jequitinhonha; 5- Sensibilizar os gestores de saúde e profissionais das equipes de saúde para implantação do sistema de regulação e-SUS- Regulação; 6- Monitorar e avaliar os impactos das ações no fortalecimento da saúde digital, utilizando indicadores do INMSD para ajustar estratégias conforme necessário.
1- Capacitar as equipes de saúde da atenção primária, dos municípios da macrorregião sobre o uso de digitais em saúde; 1º ano: Capacitar 40% dos profissionais da Atenção Primária. Desenvolver cursos de capacitação para o uso das plataformas digitais do SUS já disponíveis, com o objetivo de disponibilizá-los na plataforma de cursos digitais do portal da UFVJM. Realizar 4 oficinas de sensibilização e cursos de capacitação, mediados por tecnologias digitais de informação e comunicação, afim de aumentar o acesso às plataformas digitais do SUS. 2º ano: Expandir para 60%. Expandir para 8 oficinas de sensibilização e cursos de capacitação. 2- Mobilizar e capacitar os (as) Agentes Comunitários de Saúde, para engajamento dos usuários do SUS em saúde digital; 1º ano: Capacitar 30% da equipe de saúde para orientar e auxiliar a população no acesso às plataformas digitais. 4 oficinas de teleorientação sobre o Meu SUS Digital. 2º ano: Capacitar 60% da equipe de saúde para orientar e auxiliar a população no acesso às plataformas digitais. Expandir para 8 oficinas. 3- Sensibilizar a equipe de saúde e promover o uso eficaz da plataforma digital Telessaúde Brasil Redes, já disponível nos municípios da Macrorregião, com foco na valorização da teleconsultoria como estratégia para ampliar o acesso, qualificar a assistência e melhorar os fluxos de atendimento. 1º ano: Com o apoio da Secretaria Regional de Saúde- Diamantina, sensibilizar os gestores por meio de reuniões frequentes para apresentar dados do INMSD. 4 reuniões presenciais e/ou mediadas por tecnologia digital. 4 capacitações com equipe de saúde para utilização da Telecosultoria como estratégias para otimizar fluxos e reduzir filas por meio de tecnologias de informações e comunicação (TDIC). 2º ano: Expandir para 8 reuniões. 4.. Fortalecer ações do Projeto Saúde Digital Móvel (PSDM): 1º ano: Expandir em 30% a oferta de teleconsultorias e telediagnósticos. 2º ano: Garantir acesso a pelo menos um serviço de telessaúde em todos os municípios da macrorregião. 5. Sensibilizar gestores e profissionais para o sistema e-SUS-Regulação 1º ano: Capacitação da equipe PET-Saúde Digital e sensibilização de gestores. Capacitação da equipe PET, pela parceira Living Lab SAS Brasil/Unicamp, por meio de três encontros. 4 reuniões, presenciais ou mediadas por tecnologia digital, com gestores municipais, com o objetivo de sensibilizá-los sobre os dados relacionados à teleregulação nos municípios. Mapeamento do fluxo de telerregulação em 30% dos municípios participantes será realizado por visitas técnicas, entrevistas com as equipes municipais e análise documental. 2º ano: Sensibilizar discentes da UFVJM para atuarem como multiplicadores. 6. Monitorar e avaliar impactos da saúde digital: 1º ano: Desenvolver um instrumento para monitoramento dos acessos e da usabilidade dos sistemas de telessaúde, incluindo indicadores de adesão e resolubilidade. 2º ano: Implementar um painel interativo de monitoramento, integrando dados dos sistemas de telessaúde e permitindo a visualização dos principais indicadores de saúde digital. Avaliação: Ao final de cada ano, utilizar o INMDS para comparar dados iniciais, avaliando a evolução e o impacto do projeto na digitalização dos serviços de saúde. O projeto busca impulsionar a maturidade digital dos serviços de saúde na macrorregião Jequitinhonha, promovendo o uso de telessaúde e educação digital. A qualificação das equipes aumentará a resolutividade local e aliviará os fluxos de regulação. A inclusão da população nas plataformas digitais fortalecerá o vínculo com os serviços e sua autonomia. A expansão dos serviços digitais facilitará o acesso a especialidades em áreas remotas. Os estudantes vivenciarão uma formação crítica e transformadora no SUS, fortalecendo a integração com o território.
Mapeamento situacional e diagnóstico inicial: Será realizado um levantamento nos municípios da Macrorregião Jequitinhonha para identificar o nível atual de maturidade digital dos serviços de saúde, infraestrutura disponível, utilização das ferramentas do Telessaúde Brasil Redes, além da identificação das principais demandas e desafios enfrentados pelas equipes locais. Capacitação de profissionais da Atenção Primária: Serão ofertadas oficinas presenciais e cursos on-line para profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS), com foco na utilização de tecnologias digitais em saúde, com ênfase nos serviços de teleconsultoria, telediagnóstico, teleducação e telerregulação. Os conteúdos incluirão temas como prontuário eletrônico, segurança da informação, comunicação em saúde digital e uso estratégico das plataformas do SUS. Capacitação e mobilização dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS): ACS serão formados como facilitadores locais da saúde digital, recebendo capacitação sobre as ferramentas disponíveis, estratégias de letramento digital em saúde e abordagem comunitária para o engajamento da população nas plataformas digitais. Serão desenvolvidos materiais didáticos específicos e campanhas educativas para apoio às ações. Promoção do uso qualificado da plataforma Telessaúde Brasil Redes: Serão realizadas ações de divulgação, treinamentos e suporte técnico para fortalecer o uso da plataforma Telessaúde Brasil Redes, especialmente da funcionalidade de teleconsultoria. Serão criados tutoriais, vídeos curtos e webinários com especialistas para auxiliar na incorporação da plataforma no cotidiano das equipes. Ações itinerantes com o Projeto Saúde Digital Móvel/UFVJM: As carretas de saúde digital da UFVJM atuarão como polos itinerantes para oferta de serviços especializados, capacitações e ações de apoio técnico nos municípios, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde. As ações priorizarão áreas remotas e de difícil acesso, promovendo equidade territorial no acesso à saúde. Sensibilização de gestores e equipes sobre o e-SUS-Regulação: Serão realizados encontros com gestores municipais, coordenadores da APS e equipes de saúde para apresentar o sistema e-SUS-Regulação, discutir estratégias de implantação e integrar os fluxos de regulação já existentes. Serão oferecidos treinamentos para uso da ferramenta e integração com outros sistemas digitais. Monitoramento e avaliação das ações: A equipe do projeto acompanhará continuamente os indicadores de maturidade digital dos municípios, utilizando como referência o Índice Nacional de Maturidade em Saúde Digital (INMSD). Os dados coletados subsidiarão ajustes nas estratégias e permitirão mensurar o impacto das ações ao longo do tempo. Também serão produzidos relatórios periódicos, estudos de caso e publicações científicas. Integração ensino-serviço-comunidade: Os estudantes participantes do projeto atuarão em atividades práticas nos territórios, promovendo a vivência interdisciplinar e fortalecendo a integração entre universidade e SUS. Serão incentivadas iniciativas de extensão, pesquisa e inovação voltadas ao fortalecimento da saúde digital.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde. Resolução SES/MG nº 10.392, de 20 de agosto de 2025. Belo Horizonte, 2025. CATAPAN, Soraia de Camargo et al. Teleassistência no Sistema Único de Saúde brasileiro: onde estamos e para onde vamos? Ciência & Saúde Coletiva, v. 29, n. 7, 2024. Disponível em: https://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/ . ISSN 1413-8123. MINAS GERAIS. Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde. Deliberação CIB-SUS/MG nº 4.690, de 15 de maio de 2024. Belo Horizonte, 2024. FRANCO, F. et al. Implementation of Telehealth Resources in Primary Care in Brazil and Its Association with Quality of Care. BMC Health Services Research, v. 24, n. 1141, 2024. DOI: https://doi.org/10.1186/s12913-024-11608-6 O impacto da telessaúde na Macro Jequitinhonha. Ciências da Saúde, v. 29, n. 143, fev. 2025. DOI: 10.69849/revistaft/ra10202502061805.
Dessa forma, a interação dialógica se concretiza em diferentes dimensões: Na formação dos estudantes, que aprendem a atuar em realidades complexas, dialogando com usuários, trabalhadores e gestores; Na produção de conhecimento, que se dá de forma compartilhada, a partir da problematização de situações reais de saúde vividas nos territórios; Na transformação social, uma vez que os projetos e ações de telessaúde respondem a necessidades concretas, promovendo acesso, equidade e integralidade no cuidado. Assim, o PET-Saúde/Telessaúde reafirma o compromisso da universidade com a sociedade, fortalecendo o princípio da indissociabilidade entre ensino, serviço e comunidade, e contribuindo para o fortalecimento do SUS na macrorregião de Diamantina.
A equipe multiprofissional, composta por estudantes e tutores das áreas de Medicina, Fisioterapia, Odontologia, Farmácia, Enfermagem e Sistemas de Informação, representa a riqueza e a complementaridade necessária para enfrentar os desafios complexos que marcam a saúde pública no território. Interdisciplinaridade: o projeto promove a articulação entre diferentes campos do saber, permitindo a construção de soluções inovadoras em telessaúde. A integração de conhecimentos biomédicos, tecnológicos e das ciências sociais da saúde possibilita a produção de estratégias que contemplam a integralidade do cuidado, desde a prevenção até o acompanhamento de condições crônicas e materno-infantis. Interprofissionalidade: a prática colaborativa é estimulada em todas as etapas do projeto, seja no desenvolvimento de protocolos de teleconsultoria, no desenho de fluxos assistenciais digitais, ou nas ações educativas junto às equipes de saúde e comunidades. Essa abordagem favorece o trabalho em equipe, a valorização da singularidade de cada profissão e a construção de um plano de cuidado centrado nas necessidades do usuário. Nesse cenário, os profissionais de Sistemas de Informação desempenham papel estratégico ao viabilizar a infraestrutura digital e a análise de dados; a Enfermagem, Medicina e Fisioterapia contribuem com a avaliação clínica, acompanhamento e cuidado integral; a Odontologia amplia o olhar sobre saúde bucal no contexto das redes de atenção; e a Farmácia qualifica o uso racional de medicamentos e a segurança do paciente. Ao reunir diferentes áreas em um mesmo processo formativo e de intervenção, o PET-Saúde/Telessaúde fortalece a integração ensino-serviço-comunidade e amplia a capacidade do SUS em responder às demandas locais. Trata-se de uma experiência que materializa a formação crítica, colaborativa e transformadora, ao mesmo tempo em que promove inovação e equidade em saúde na macrorregião de Diamantina.
O Projeto PET-Saúde/Telessaúde se fundamenta no princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, consolidando o papel da universidade como instituição formadora, produtora de conhecimento e promotora de transformação social. Ensino: os estudantes de Medicina, Fisioterapia, Odontologia, Enfermagem, Farmácia e Sistemas de Informação vivenciam a prática interprofissional em cenários reais do SUS, desenvolvendo competências técnicas, éticas e humanas para atuação em saúde digital e telessaúde. O processo formativo é enriquecido pelo contato direto com equipes de saúde e comunidades, permitindo uma aprendizagem significativa e contextualizada. Pesquisa: a partir das experiências vivenciadas, são gerados dados e evidências sobre a utilização de tecnologias digitais na macrorregião de Diamantina. Estudos sobre teleconsultorias, capacitações, impacto nos indicadores de saúde e adesão das equipes subsidiam a formulação de estratégias de melhoria contínua, além de contribuir para a produção científica em saúde coletiva e inovação tecnológica. Extensão: o diálogo com as comunidades e os serviços de saúde garante que as ações respondam a necessidades concretas do território. Oficinas, teleducação e atividades de apoio às equipes fortalecem a resolutividade da Atenção Primária e aproximam a universidade da sociedade, reafirmando o compromisso social com o fortalecimento do SUS. Assim, a indissociabilidade ensino–pesquisa–extensão no PET-Saúde/Telessaúde se traduz em um ciclo virtuoso: a formação acadêmica se enriquece a partir da realidade dos territórios; a pesquisa gera conhecimento aplicado; e a extensão devolve à sociedade soluções inovadoras, construídas em parceria, para promoção da equidade e da integralidade em saúde na macrorregião de Diamantina.
A participação dos graduandos no Projeto PET-Saúde/Telessaúde representa uma oportunidade singular de formação acadêmica integral, ao integrar vivências práticas, teóricas e extensionistas em um mesmo processo formativo. Os estudantes dos cursos de Medicina, Enfermagem, Odontologia, Fisioterapia, Farmácia e Sistemas de Informação serão inseridos em cenários reais do SUS, enfrentando os desafios da macrorregião de Diamantina, caracterizada por municípios de pequeno porte, dispersão territorial e dificuldades de acesso a serviços de média e alta complexidade. Essa vivência proporcionará: Desenvolvimento de competências técnicas no uso de tecnologias digitais em saúde, teleconsultorias e apoio remoto às equipes; Formação interprofissional e interdisciplinar, com atuação colaborativa e aprendizado sobre o papel de cada profissão no cuidado integral; Capacitação em educação permanente em saúde, ao participarem de oficinas, rodas de conversa e teleducação junto às equipes locais; Fortalecimento da responsabilidade social, pelo contato direto com as necessidades da população e o compromisso com a redução das iniquidades em saúde; Iniciação científica e produção acadêmica, a partir da sistematização de experiências e análise de indicadores de impacto da telessaúde. Dessa forma, o projeto contribui para a formação de profissionais críticos, reflexivos e comprometidos com o SUS, aptos a atuar em contextos de vulnerabilidade e a utilizar a saúde digital como instrumento de equidade, inovação e transformação social.
O Projeto PET-Saúde/Telessaúde tem potencial de gerar impacto direto e transformador na sociedade, ao aproximar universidade, serviços de saúde e comunidades em torno da promoção da equidade, do acesso e da integralidade do cuidado no SUS. Na macrorregião de Diamantina, marcada por municípios de pequeno porte, grande dispersão geográfica e predominância de áreas rurais, a telessaúde se apresenta como instrumento estratégico para superar barreiras territoriais e reduzir desigualdades no acesso a serviços especializados. Entre os principais impactos sociais destacam-se: Ampliação do acesso a orientações, teleconsultorias e educação em saúde, beneficiando populações historicamente mais vulneráveis; Fortalecimento da resolutividade da Atenção Primária, ao oferecer suporte técnico e científico às equipes locais; Redução de deslocamentos desnecessários, diminuindo custos e desgastes para usuários e municípios; Qualificação da força de trabalho em saúde, por meio de processos de teleducação e apoio matricial; Promoção da cidadania e do empoderamento comunitário, pela escuta ativa e pela valorização dos saberes populares no diálogo com o conhecimento acadêmico. A transformação social se concretiza quando os resultados do projeto revertem em melhorias reais para a população: prevenção de agravos, maior acompanhamento de doenças crônicas, redução de mortalidade materno-infantil e fortalecimento das redes de atenção. Assim, o PET-Saúde/Telessaúde não apenas inova em práticas formativas e tecnológicas, mas também transforma a realidade local, reafirmando o papel social da universidade e contribuindo para o fortalecimento de um SUS mais acessível, equitativo e inclusivo na macrorregião de Diamantina.
o projeto será divulgado pelas redes sociais
Artigos cientifico resumos videos cartilhas
Público-alvo
O projeto se propõem capacitar profissionais das equipes de saude de 19 municios da macroregião de Diamantina, além disso, fazer sensibilização com os gestores de saude e envolver os usuários do SUS.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Gouveia - MG
Santo Antônio do Itambé - MG
Couto de Magalhães de Minas - MG
Presidente Kubitschek - MG
Araçuaí - MG
Berilo - MG
Virgem da Lapa - MG
Aricanduva - MG
Capelinha - MG
Itamarandiba - MG
Felício dos Santos - MG
São Gonçalo do Rio Preto - MG
Francisco Badaró - MG
Leme do Prado - MG
Alvorada de Minas - MG
Chapada do Norte - MG
Veredinha - MG
Parcerias
Disponibilizar as unidades básicas de saude para atuação dos petianos
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 260 h
- Tarde;
reunioes semanais com toda equipe para avaliação periodica e elaboração de estratégias de trabalho
- Tarde;
Capacitações periodicas para aperfeiçoamento da equipe
- Tarde;
Execução do projeto