Visitante
Cuidado, segurança do paciente e prevenção de infecções
Sobre a Ação
202104000266
042021 - Programa
Programa
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
25/09/2025
30/12/2028
Dados do Coordenador
maristela oliveira lara
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Saúde
Trabalho
Saúde Humana
Municipal
Sim
Não
Fora do campus
Integral
Não
Membros
Este programa busca a integração de ensino, serviço e comunidade, promovendo ações educativas e assistenciais voltadas para a melhoria da qualidade do cuidado em saúde. As atividades serão direcionadas às áreas de práticas de enfermagem, segurança do paciente e prevenção e controle de infecções, buscando capacitar profissionais, estudantes e cuidadores, bem como apoiar instituições de saúde na implementação de práticas seguras e baseadas em evidências.
Cuidado de enfermagem em feridas; práticas de enfermagem; prevenção e controle de infecção; segurança do paciente; práticas interdisciplinares seguras
A qualidade da assistência em saúde depende de fatores interligados, entre os quais se destacam a execução segura de procedimentos técnicos de enfermagem, a prevenção de infecções e a promoção da cultura de segurança do paciente. A complexidade crescente dos serviços de saúde, aliada à maior vulnerabilidade dos pacientes, torna indispensável o aperfeiçoamento contínuo das práticas assistenciais, com foco na padronização, no uso de evidências científicas e na redução de riscos. A segurança do paciente envolve reduzir ao mínimo aceitável os danos desnecessários associados à atenção à saúde, frente à complexidade de procedimentos e tratamentos. A segurança no cuidado resulta tanto de ações corretas dos profissionais de saúde quanto de processos, sistemas e políticas institucionais regulatórias, exigindo esforço coordenado e permanente (REBRAENSP, 2013). Eventos adversos, infecções relacionadas à assistência e manejo inadequado de procedimentos de enfermagem representam desafios para os serviços, impactando recuperação, prolongando internações, aumentando custos e gerando sofrimento humano evitável. Por exemplo, o manejo de feridas e a avaliação clínica para curativos continuam desafiadores, mesmo com o avanço de estratégias de tratamento (Kolimi et al., 2022). A vigilância multiprofissional também é essencial na prevenção e controle de infecções associadas à assistência, o que representa o evento adverso mais frequente na prática hospitalar (WHO, 2017). Estima-se que cerca de 1,5 milhão de pessoas são afetadas anualmente mundialmente por infecções relacionadas aos cuidados, e 10 entre 100 pacientes internados desenvolverão tais infecções (GIROTI et al., 2018; WHO, 2017). Nesse contexto, o desenvolvimento de protocolos, estratégias educativas e assistenciais é essencial para promover práticas seguras, padronizadas e baseadas em evidências. Este é o principal propósito do programa. O programa de extensão universitária “Cuidado, Segurança do Paciente e Controle de Infecções” propõe articular o conhecimento acadêmico às demandas reais dos serviços de saúde, por meio de atividades voltadas à capacitação de profissionais e estudantes, apoio técnico às equipes assistenciais e orientação à comunidade. A extensão universitária viabiliza a aproximação entre universidade e comunidade, integrando ciência e saberes populares, promovendo a interação entre universidade e sociedade. Por meio da extensão, a universidade atua na função essencial de desenvolvimento social, de forma prática e participativa, promovendo a circularidade do conhecimento entre a academia e as necessidades dos serviços. O programa compreende projetos, cursos, eventos e prestações de serviços, desenvolvidos sob a orientação da extensão da UFVJM em diálogo com os serviços de saúde, com ênfase na interdisciplinaridade, visando impacto social e formação de profissionais preparados para o contexto real de trabalho e para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Espera-se, com isso, contribuir para a redução de eventos adversos e infecções relacionadas à assistência, elevando a qualidade dos procedimentos técnicos de enfermagem e fortalecendo a cultura de segurança. Atualmente já são desenvolvidos 3 projetos que contemplam todo este estas condições apresentadas na proposta do Programa, são eles: “Prevenção e controle de IRAS: a inserção do estudante no cenário de prática”, “Segurança do paciente e gestão de riscos: integrando ensino e serviço” e “Práticas assistenciais e educacionais relacionadas ao paciente portador de ferida: Atuação em uma Comissão de Feridas”. Os dois primeiros vem sendo desenvolvidos desde 2019, e por vários anos com bolsistas pelo edital PIBEX.
Demanda local: potencial de fortalecimento da cultura de segurança do paciente, melhor gerenciamento das infecções relacionadas à assistência à saúde e padronização de práticas em hospitais de Diamantina, alinhando-se às necessidades reais de capacitação contínua dos profissionais e de melhoria dos serviços de saúde da região. Alinhamento com a ODS Saúde e Bem-Estar: o programa contribui para a meta de reduzir riscos à saúde e gerenciar riscos nacionais e globais, além de ampliar o acesso a serviços de qualidade, com foco na prevenção de eventos adversos e na melhoria dos resultados de saúde da população. Papel da enfermagem: profissionais de enfermagem respondem por grande parte das ações assistenciais e, por estarem na linha de frente e trabalharem com todas as demais categorias de profissionais da saúde, têm posição privilegiada para reduzir a ocorrência de incidentes, detectar precocemente complicações e realizar condutas que minimizem danos, promovendo segurança e qualidade da assistência. Sustentação já existente: existem projetos de extensão independentes, relacionados ao propósito do programa, já executados desde 2018 na Santa Casa de Caridade de Diamantina, e no Hospital Nossa senhora da Saúde desde 2022, o que evidencia viabilidade, continuidade e impacto potencial, bem como potencial de disseminação nas redes de saúde locais. Os projetos são: “Prevenção e controle de IRAS: a inserção do estudante no cenário de prática”, “Segurança do paciente e gestão de riscos: integrando ensino e serviço” e “Práticas assistenciais e educacionais relacionadas ao paciente portador de ferida: Atuação em uma Comissão de Feridas”. Amparo formativo e pesquisa: o programa de pós-graduação em construção no curso de enfermagem contempla uma linha de pesquisa intitulada “Qualidade do cuidado e segurança do paciente” e já conta com docentes que vêm desenvolvendo estudos nessa temática, fortalecendo a base teórica e a produção de evidências para fundamentar práticas seguras e eficientes.
OBJETIVO GERAL: Fortalecer as boas práticas na assistência direta aos pacientes com foco na Segurança do Paciente e na prevenção às infecções OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Reduzir eventos adversos, infecções e variações indevidas de prática, por meio de padrões, protocolos e capacitação contínua. Melhorar a segurança do paciente e a qualidade dos cuidados em hospitais de Diamantina. Integrar o programa a projetos de extensão existentes e ampliar a formação de ponta na região. Fortalecer a enfermagem como protagonista da gestão da segurança do cuidado. Desenvolver e disseminar evidências em qualidade do cuidado e segurança do paciente por meio de pesquisa a partir das ações extensionistas.
- Colaborar em todas as ações de educação permanente em saúde nos hospitais de Diamantina na área temática do programa. - Implementar, até o 1º ano, 3 protocolos de segurança do cuidado alinhados a evidências internacionais e locais. - Reduzir incidentes de danos e eventos adversos ligados à assistência direta em 5% até o 2º ano, conforme baseline institucional. - Publicar pelo menos 2 artigos ou relatos de caso/estudo de prevenção de infecções e segurança do paciente no período de 3 anos. - Contribuir para a geração de indicadores mensais e anuais de qualidade dos hospitais.
O percurso metodológico será Fase 1: Matriciamento das demandas e reunião com os serviços parceiros participantes. Os alunos irão fazer revisão de literatura e diretrizes internacionais/locales relevantes e junto com o serviços coletar a baseline: eventos adversos, infecções relacionadas à assistência, práticas atuais, indicadores de qualidade. Fase 2: desenho de evidências e padronização, necessitará desenvolver/ adaptar 3 protocolos de segurança do cuidado alinhados a evidências, validação de protocolos existentes e identificação de gaps. Definir indicadores de processo e desfecho (ex.: taxas de infecção, incidentes, adesão a protocolos, tempo de curva de feridas). Fase 3: inserir o aluno no acompanhamento dos cuidados, monitoramento e vigilância dos riscos de danos e infecções, investigações de casos e notificações nos sistemas de informação de saúde nacionais. Fase 4: criar materiais educativos (manuais, checklists, fluxos de trabalho). Fase 5: realização de capacitação contínua: oficinas, e-learning, simulações, mentoria in loco. Fase 6: monitoramento, ajuste e escalonamento (continuidade) por maio do acompanhamento de indicadores mensais (processo e resultado) e ajuste dos protocolos com base em dados e feedback. Fase 7: avaliação e disseminação: avaliação de alcance e impacto (redução de eventos, melhoria de segurança, adesão a protocolos), análise qualitativa com profissionais e pacientes para entender barreiras e facilitadores. Produção de resultados: artigos, relatos de caso, apresentações em eventos; inclusão de evidências na prática institucional. A proposta tem previsão de 3 anos. Se os resultados forem positivos e produtivos, apresentaremos pedido de prorrogação do programa. Cronograma sugerido: • Ano 1: Fase 1–4 (diagnóstico, desenho, piloto). • Ano 2: Fase 5–7 (monitoramento, avaliação, escalonamento). • Ano 3: consolidação, publicação de resultados, expansão para outros serviços. Apresentar relatório anual de atividades que comprove o alcance das metas previstas no Plano de Trabalho. Indicadores principais (exemplos) • processo: adesão a protocolos (%), uso de checklists em procedimentos, tempo de resposta a incidentes. • resultado: taxa de infecções relacionadas à assistência (IRAS), eventos adversos evitáveis, duração média de internação. • educação: número de profissionais treinados, número de cursos realizados, realização de vigilância multiprofissional. • impacto: variação percentual de eventos adversos (meta de -5% a -n%), satisfação dos pacientes/profissionais. Instrumentos e métodos • métodos mistos: quantitativos (indicadores, baseline, follow-up) e qualitativos (grupos focais, entrevistas, feedback). • ferramentas: planilhas de vigilância, databases institucionais, software de gestão de qualidade. • avaliação de risco: matriz de risco Riscos e mitigação • resistência a mudanças: envolver protagonistas desde o planejamento. • falta de recursos: planejar com recursos existentes e fontes externas; ajustar cronograma. • variação entre serviços: padronizar, com adaptações locais documentadas.
ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Medidas de prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília, 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente / Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. –Brasília : Ministério da Saúde, 2014.40 p. GIROTI, A. L. B. et al. Hospital infection control programs: Assessment of process and struc¬ture indicators. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2018. KOLIMI P, et al.. Innovative Treatment Strategies to Accelerate Wound Healing: Trajectory and Recent Advancements. Cells. 2022 Aug 6;11(15):2439. REBRAENSP. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente Estratégias para a segurança do paciente : manual para profissionais da saúde / Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. – Porto Alegre : EDIPUCRS, 2013. 132 p. UFVJM. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Politica de Extensão. Anexo da Resolução nº06 Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE, 17 de abril de 2009. WHO. World Health Organization. The burden of health care-associated infection worldwide, 2017.
O programa propõe a troca contínua de saberes entre universidade e serviços de saúde, com escuta ativa das necessidades locais e adaptação das atividades à realidade dos cenários de prática. O diálogo se estabelece de forma horizontal, em que profissionais de saúde, usuários, gestores e comunidade acadêmica (docentes, técnicos e estudantes) participam ativamente da construção, execução e avaliação das ações, garantindo que o conhecimento acadêmico seja aplicado de modo contextualizado e que as experiências do campo retroalimentem o ensino e a pesquisa.
Embora centrado na enfermagem, o programa é desenhado para dialogar com outras áreas da saúde — medicina, fisioterapia, farmácia, nutrição, psicologia, odontologia — promovendo integração entre diferentes saberes e habilidades profissionais. Ao trabalhar com temas transversais como segurança do paciente e controle de infecções, as ações estimulam práticas colaborativas multiprofissionais, refletindo a realidade do trabalho em saúde, que exige articulação entre áreas para garantir cuidado integral e seguro.
As atividades de extensão estarão articuladas aos conteúdos curriculares e a projetos de pesquisa institucionais, permitindo que resultados obtidos em campo alimentem investigações científicas e revisões de protocolos, enquanto as evidências produzidas pela pesquisa subsidiam a prática educativa e assistencial. Assim, o programa fortalece a formação acadêmica ao integrar a teoria, a prática e a produção de conhecimento aplicado, beneficiando simultaneamente estudantes, serviços e usuários.
Os graduandos participarão ativamente da execução das ações — ministrando oficinas, realizando treinamentos supervisionados, elaborando materiais educativos, realizando consultoria e avaliação em procedimentos técnicos e contribuindo para o monitoramento de indicadores de segurança e de controle de infecção. Essa vivência proporciona desenvolvimento de competências técnicas, comunicacionais, éticas e gerenciais, além de favorecer a visão crítica sobre os processos de cuidado, fortalecendo a formação de um profissional mais preparado para atuar de forma segura, baseada em evidências e comprometida com a qualidade da assistência.
O programa busca promover melhorias concretas na qualidade da assistência prestada nos serviços de saúde parceiros, contribuindo para a redução de eventos adversos, infecções e complicações associadas a procedimentos de enfermagem. Ao qualificar profissionais e conscientizar a comunidade sobre segurança no cuidado, o projeto gera benefícios diretos para a população atendida e fortalece o sistema de saúde local, promovendo uma cultura de cuidado seguro e humanizado, com reflexos positivos na qualidade de vida, na confiança dos usuários e na eficiência dos serviços.
Site da UFVJM, Instagram de projetos, cursos da saúde e ligas acadêmicas
O Programa tem potencial para gerar um ou mais dos seguintes produtos: Protocolo, Manual, Livro, artigo, vídeo.
Público-alvo
O Projeto em setores dos hospitais de Diamantina. Contribuirão no levantamento das atividades a serem executadas, delegação e orientação dos estudantes na implementação e acompanhamento.
Pacientes nos ambientes hospitalares ou da Atenção Primária em Saúde serão beneficiados diretamente como os pacientes com feridas que necessitem de uma avaliação clínica ou consultoria sobre o tratamento, pacientes com uso de sondas ou cateteres de uso prolongado. Indiretamente, todos os profissionais da assistência direta ou indireta ao paciente, pois há um grande benefício da melhoria do processo de trabalho e consequentemente da qualidade e segurança da assistência à saúde, impactando no cliente/paciente que será cuidado por um estabelecimento de saúde com prevenção boas práticas preconizadas. O impacto para os profissionais será alcançado por meio das estratégias de estímulo a práticas seguras e capacitações oferecidas.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
O Projeto será na Santa Casa de Caridade de Diamantina em setores que tiverem ações de vigilância, vistoria e investigação de eventos adversos, controle de infecções e cuidados específicos de enfermagem. O serviço em questão apontou a demanda de atividades que incorporam os objetivos do projeto de extensão e em conjunto com a Universidade elaborou o mesmo. A participação da Santa Casa de Caridade de Diamantina constituirá no levantamento das atividades a serem executadas, delegação e orientação dos estudantes na implementação e acompanhamento.
O Projeto será desenvolvido junto ao Hospital Nossa Senhora da Saúde. O serviço em questão apontou a demanda de atividades que incorporam os objetivos do projeto de extensão e em conjunto com a Universidade elaborou o mesmo. A participação HNSS constituirá no levantamento das atividades a serem executadas, delegação e orientação dos estudantes na implementação e acompanhamento. Juntamente com tais demandas dará suporte prestará consultoria, apoio e confecção de protocolos de cuidados de enfermagem, vigilância e investigação de eventos adversos e controle de infecções.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 990 h
- Tarde;
Reunião de planejamento com docentes, hospitais e estudantes. Elaboração de projetos de extensão, submissão a edital PIBEX.
- Tarde;
: Matriciamento das demandas e reunião com os serviços parceiros; definição de protocolos e indicadores; acompanhamento dos estudantes nos cuidados, monitoramento e vigilância dos riscos de danos e infecções, investigações de casos e notificações nos sistemas de informação de saúde nacionais; criação de materiais educativos (manuais, checklists, fluxos de trabalho).
- Manhã;
: Realização de capacitação contínua: oficinas, e-learning, simulações, mentoria in loco. Monitoramento, ajuste e escalonamento (continuidade) por meio do acompanhamento de indicadores mensais (processo e resultado) e ajuste dos protocolos com base em dados e feedback. Avaliação e disseminação: avaliação de alcance e impacto (redução de eventos, melhoria de segurança, adesão a protocolos), análise qualitativa com profissionais e pacientes para entender barreiras e facilitadores. Produção de resultados: artigos, relatos de caso, apresentações em eventos; inclusão de evidências na prática institucional.
- Tarde;
Seguimento das atividades, melhorias em ajustes necessários. Divulgação e oportunidades de rodízio de estudantes. Expansão com possíveis novos projetos.
- Noite;
Escrita coletiva do relatório final (docentes, estudantes e parcerias). Se os resultados forem positivos e produtivos, apresentaremos pedido de prorrogação do programa.