Detalhes da ação

Encontro de Políticas Públicas - O Apagão das Canetas: o que as Políticas Públicas, o Direito e as Ciências Humanas têm a dizer?

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203001501

Tipo da Ação

Evento

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

09/10/2025

Data Fim

30/11/2025


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

davidson afonso de ramos

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências Humanas

Área Temática Principal

Trabalho

Área Temática Secundária

Educação

Linha de Extensão

Gestão pública

Abrangência

Regional

Gera Propriedade Intelectual

Não

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Fora do campus

Período das Atividades

Integral

Atividades nos Fins de Semana

Não

Membros

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Resumo

O Encontro de Políticas Públicas – O Apagão das Canetas propõe um debate interdisciplinar sobre o fenômeno da paralisia decisória e seus impactos na gestão pública. Reunindo especialistas em Políticas Públicas, Direito e Ciências Humanas, o evento busca compreender as causas do medo de decidir na administração, discutir responsabilidades, riscos jurídicos e propor caminhos para fortalecer a ação pública e a confiança institucional.


Palavras-chave

Políticas Públicas; Direito; Ciências Humanas; Apagão das Canetas


Introdução

Nas últimas décadas, o Estado brasileiro tem enfrentado um paradoxo que desafia suas estruturas políticas, jurídicas e administrativas: a expansão das exigências sociais por políticas públicas efetivas e a simultânea retração da capacidade decisória dos agentes públicos diante de um cenário de crescente judicialização, insegurança normativa e medo de responsabilização. Esse fenômeno, que passou a ser conhecido como “apagão das canetas”, representa mais do que uma simples hesitação burocrática — é um sintoma de uma crise mais profunda, que atravessa o campo das instituições, das racionalidades de governo e das próprias formas de agir em nome do interesse público. O termo “apagão das canetas” tem sido utilizado para designar a resistência, o receio ou a inércia de gestores públicos em tomar decisões administrativas, especialmente aquelas que envolvem riscos políticos, jurídicos ou financeiros. No centro dessa paralisia está um emaranhado de normas, controles e interpretações divergentes, que muitas vezes colocam o servidor em uma encruzilhada entre agir e ser punido, ou não agir e ser criticado. O resultado é um Estado que, em diversas áreas, se torna incapaz de responder com agilidade e sensibilidade às demandas sociais mais urgentes. É nesse contexto que surge o Encontro de Políticas Públicas – “O Apagão das Canetas: o que as Políticas Públicas, o Direito e as Ciências Humanas têm a dizer?”. A proposta do evento é reunir pesquisadores, gestores, juristas, servidores e estudantes para refletir, de modo interdisciplinar, sobre as causas, implicações e possíveis caminhos para superar esse bloqueio decisório que afeta a governança pública. Mais do que um problema técnico ou jurídico, o apagão das canetas é também um fenômeno político, ético e cultural — e, por isso, demanda uma abordagem plural e dialógica. As Políticas Públicas, enquanto campo de conhecimento e prática, oferecem importantes ferramentas para compreender esse impasse. A análise de políticas, ao enfatizar os processos de formulação, implementação e avaliação, revela que a ação pública é um produto coletivo, marcado por interações entre múltiplos atores e arenas decisórias. O medo de decidir, nesse sentido, não é apenas individual, mas institucional: deriva de uma cultura de desconfiança, de um modelo de controle punitivo e de uma burocracia que, muitas vezes, privilegia a obediência formal em detrimento da responsabilidade substantiva. Por outro lado, o Direito ocupa posição central nesse debate. A expansão dos mecanismos de controle – como tribunais de contas, corregedorias, controladorias e ministérios públicos – teve o mérito de fortalecer a transparência e o combate à corrupção. Entretanto, a ausência de parâmetros claros entre erro administrativo, má gestão e dolo tem levado à criminalização de condutas legítimas de gestão. A cultura do medo jurídico, reforçada por interpretações maximalistas do princípio da legalidade e por uma visão moralizante do controle, acaba por inibir a inovação e a coragem decisória. Muitos gestores, temendo a responsabilização pessoal, preferem não agir, mesmo quando o interesse público exige soluções urgentes e criativas. As Ciências Humanas, por sua vez, contribuem com uma leitura mais ampla e sensível desse fenômeno. A sociologia e a ciência política ajudam a compreender como as relações de poder, os discursos e os valores sociais moldam as práticas institucionais. A filosofia e a ética pública iluminam os dilemas morais que permeiam a ação estatal em tempos de incerteza. A antropologia e a psicologia organizacional mostram como o medo, a culpa e o conformismo se enraízam nas rotinas de trabalho e nas estruturas de comando. Compreender o apagão das canetas, portanto, é também compreender a alma das instituições e os afetos que nelas circulam. O evento busca articular essas três dimensões – técnica, jurídica e humana – para promover um diálogo crítico sobre os limites e as possibilidades da ação pública no Brasil contemporâneo. Pretende-se discutir como o excesso de controle pode, paradoxalmente, comprometer o próprio ideal republicano que pretende proteger; como o formalismo jurídico, quando desvinculado da realidade concreta, pode se tornar um obstáculo à justiça material; e como o medo, ao se institucionalizar, corrói o sentido de missão e de responsabilidade que deveria orientar o serviço público. Mais do que identificar culpados, o Encontro de Políticas Públicas propõe repensar o próprio modelo de governança que tem prevalecido no país. Isso implica refletir sobre os fundamentos da legalidade, sobre o papel da confiança e da discricionariedade técnica, e sobre a necessidade de uma cultura institucional baseada em aprendizado, diálogo e corresponsabilidade. As reformas administrativas recentes, a disseminação de instrumentos de compliance e a expansão do controle social exigem que se busque um novo equilíbrio entre segurança jurídica e eficiência administrativa, entre prudência e ousadia, entre legalidade e justiça. Outro objetivo do evento é dar voz aos gestores e servidores que vivenciam cotidianamente os dilemas do apagão. São esses profissionais que enfrentam, na ponta, as contradições entre a urgência das políticas públicas e o peso das normas. São eles que precisam decidir se assinam ou não um contrato, se autorizam ou não um gasto, se interpretam ou não uma norma em favor do cidadão. O encontro pretende ser, assim, um espaço de escuta e valorização dessas experiências, abrindo caminho para a construção de soluções institucionais mais realistas e humanizadas. Também se propõe a pensar o apagão das canetas em perspectiva histórica e internacional. Em diferentes países, sobretudo naqueles que reformaram suas administrações públicas nas últimas décadas, o tema da “accountability” e da responsabilização de agentes públicos tem sido debatido com intensidade. A experiência comparada mostra que é possível conciliar controle e confiança, criando sistemas que punem a corrupção sem paralisar o Estado. No Brasil, o desafio é construir um modelo que reconheça a complexidade da gestão pública e a inevitável presença de riscos nas decisões administrativas. Nesse sentido, o encontro reforça a importância do diálogo entre universidade, Estado e sociedade. As universidades públicas têm papel estratégico na produção de conhecimento crítico e na formação de gestores capazes de lidar com a complexidade do mundo contemporâneo. Os órgãos de controle, por sua vez, precisam aproximar-se das práticas concretas de gestão e compreender que o erro, quando não doloso, é parte inerente ao processo de aprendizagem institucional. E a sociedade civil deve ser chamada a participar desse debate, compreendendo que a ação pública exige não apenas vigilância, mas também confiança e cooperação. Ao longo do evento, serão discutidos temas como: a tensão entre legalidade e discricionariedade; a cultura do medo e suas implicações psicológicas; o papel dos órgãos de controle e da mídia na conformação da moralidade administrativa; os efeitos da judicialização e da hiperregulação; as alternativas de governança colaborativa; e as propostas de reforma institucional que possam restaurar a capacidade decisória do Estado. Cada uma dessas discussões busca iluminar aspectos distintos de um mesmo problema: como reconstruir a confiança necessária para que o Estado volte a agir com coragem, justiça e responsabilidade. Mais do que um espaço acadêmico, o Encontro de Políticas Públicas – O Apagão das Canetas é um convite à ação reflexiva. Ao reconhecer que o medo de decidir é, em parte, produto de nossas próprias estruturas culturais e institucionais, o evento nos convoca a repensar o papel do servidor público, do jurista, do pesquisador e do cidadão. É um chamado a substituir o medo pela ética da responsabilidade, a rigidez pela prudência inteligente, e a desconfiança pela construção coletiva de um novo pacto institucional. Em tempos de polarização, crises de legitimidade e descrédito nas instituições, discutir o apagão das canetas é discutir o próprio futuro da democracia. Um Estado paralisado é um Estado que falha em proteger direitos, reduzir desigualdades e promover justiça social. Reacender as canetas é reacender o compromisso com o bem comum — um gesto simbólico, mas essencial, de que a esperança democrática ainda pode ser escrita. Assim, o Encontro de Políticas Públicas – O Apagão das Canetas: o que as Políticas Públicas, o Direito e as Ciências Humanas têm a dizer? nasce com o propósito de iluminar caminhos. Caminhos que passem pela reflexão crítica, pelo diálogo interdisciplinar e pela coragem de pensar o Estado para além de seus medos e silêncios. Que cada mesa, oficina e conversa aqui realizada contribua para restaurar a confiança na capacidade do poder público de agir com justiça, eficiência e humanidade. Que este evento, mais do que um debate, seja um marco na reconstrução de uma cultura de decisão comprometida com o interesse público, guiada não pela inércia do medo, mas pela responsabilidade de transformar.


Justificativa

O fenômeno conhecido como “apagão das canetas” tem se tornado um dos temas mais sensíveis e urgentes do debate público contemporâneo no Brasil. Trata-se de um quadro em que gestores, servidores e agentes públicos, diante de um ambiente de extrema insegurança jurídica, excesso de controles e ameaças de responsabilização pessoal, passam a adotar uma postura de retraimento decisório. Esse medo de agir, ainda que muitas vezes motivado por intenções de prudência e zelo, gera sérios impactos sobre a efetividade das políticas públicas, a governança democrática e a capacidade de resposta do Estado às demandas sociais. A hesitação em decidir, especialmente nas esferas administrativa e orçamentária, acarreta atrasos na execução de programas essenciais, paralisa investimentos e compromete a implementação de políticas voltadas à garantia de direitos fundamentais. O que se observa é um Estado paralisado, que, temendo errar, deixa de agir — e, ao fazê-lo, compromete a sua própria razão de existir: servir ao interesse público. O “apagão” não é, portanto, um problema de indivíduos isolados, mas um sintoma de um modelo de gestão pública que carece de segurança, equilíbrio e confiança institucional. Diante desse cenário, o Encontro de Políticas Públicas – O Apagão das Canetas propõe-se como um espaço de reflexão interdisciplinar e de diálogo entre três campos do conhecimento que, juntos, podem lançar luz sobre as causas e soluções desse impasse: as Políticas Públicas, o Direito e as Ciências Humanas. O evento busca articular as dimensões técnica, jurídica e humana do problema, oferecendo uma visão abrangente que reconheça sua complexidade. Do ponto de vista das Políticas Públicas, o encontro pretende discutir como o desenho institucional, os fluxos decisórios e os mecanismos de controle influenciam a implementação das ações governamentais. Do ponto de vista jurídico, visa-se problematizar os limites entre a responsabilização legítima e a criminalização da decisão administrativa, debatendo o papel dos órgãos de controle e a necessidade de segurança normativa. Já sob o olhar das Ciências Humanas, busca-se compreender os aspectos simbólicos, culturais e psicológicos do medo de decidir — como a cultura de punição, a desconfiança institucional e a erosão do sentido ético do serviço público. Ao promover o diálogo entre gestores, acadêmicos, juristas e estudantes, o evento pretende construir pontes entre teoria e prática, estimulando uma reflexão coletiva sobre como restaurar a autonomia, a confiança e a capacidade de ação do Estado brasileiro. Acredita-se que apenas um debate aberto e interdisciplinar poderá apontar caminhos para um novo equilíbrio entre controle e liberdade, entre segurança e inovação, entre responsabilidade e coragem administrativa. Assim, este encontro justifica-se pela urgência de reacender as canetas — isto é, de reconstruir as bases de uma cultura pública que valorize o compromisso ético, a prudência crítica e a ação responsável em favor do bem comum.


Objetivos

Objetivo Geral Promover um espaço interdisciplinar de reflexão, diálogo e produção de conhecimento sobre o fenômeno do “apagão das canetas” na administração pública, analisando suas causas, consequências e possíveis soluções a partir das perspectivas das Políticas Públicas, do Direito e das Ciências Humanas, com o intuito de fortalecer a capacidade decisória do Estado e a efetividade das políticas públicas no Brasil. Objetivos Específicos Compreender as causas institucionais, jurídicas, culturais e psicológicas que contribuem para a paralisia decisória no setor público. Analisar o impacto do medo de responsabilização na formulação, execução e avaliação de políticas públicas. Debater o papel dos órgãos de controle e do sistema jurídico na consolidação de um ambiente de confiança, transparência e segurança normativa. Refletir sobre a relação entre legalidade, discricionariedade e responsabilidade, propondo um novo equilíbrio entre controle e autonomia administrativa. Integrar diferentes áreas do conhecimento — Políticas Públicas, Direito, Administração, Sociologia, Filosofia e Psicologia — na discussão sobre a ação estatal e seus limites. Valorizar a escuta dos gestores e servidores públicos, reunindo experiências práticas que ilustrem os desafios e dilemas do cotidiano da administração pública. Fomentar o diálogo entre universidade, Estado e sociedade civil, promovendo a troca de saberes e experiências sobre governança e ética pública. Propor caminhos e recomendações institucionais que contribuam para reduzir a insegurança decisória e fortalecer a cultura da responsabilidade e da ação ética. Estimular a formação crítica e cidadã de estudantes e profissionais envolvidos com a gestão pública, o direito administrativo e a análise de políticas públicas. Divulgar e socializar os resultados dos debates por meio de relatórios, publicações e registros audiovisuais, de modo a ampliar o alcance das discussões e fortalecer redes de pesquisa e extensão sobre o tema.


Metas

Realizar o evento com duração de 3 dias, reunindo participantes de diferentes áreas do conhecimento. Convidar e garantir a participação de especialistas reconhecidos, incluindo gestores públicos, juristas, professores e pesquisadores. Promover a participação de estudantes de graduação e pós-graduação, incentivando o engajamento em debates sobre ética e decisão administrativa. Fortalecer a integração entre universidade, Estado e sociedade civil, estimulando a criação de redes de pesquisa e extensão. Consolidar o Encontro de Políticas Públicas como um espaço permanente de diálogo interdisciplinar sobre os desafios da ação pública no Brasil.


Metodologia

A metodologia proposta para o Encontro de Políticas Públicas – O Apagão das Canetas baseia-se na integração entre teoria, prática e diálogo interdisciplinar, articulando momentos de exposição conceitual, debate coletivo e produção colaborativa de resultados. O evento será estruturado em etapas complementares — planejamento, execução e sistematização —, visando garantir ampla participação, diversidade de perspectivas e efetividade dos resultados.


Referências Bibliográficas

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2014. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018. Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira. Brasília, DF: MEC/CNE, 2018. Disponível em: https://normativasconselhos.mec.gov.br/normativa/view/CNE_RES_CES_N7_2018.pdf FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRAS. Política Nacional de Extensão Universitária. Brasília, DF: FORPROEX, 2012. Disponível em: https://proex.ufabc.edu.br/images/documentos/Politica-Nacional-de-Extensao-Universitaria.pdf BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira. Brasília, DF: MEC/SESu, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br FORPROEX. Plano Nacional de Extensão Universitária. Brasília, DF: MEC/SESu/FORPROEX, 2001. Disponível em: https://proex.ufmg.br/novo/wp-content/uploads/2020/09/plano_nacional_de_extensao.pdf ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DIRIGENTES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR (ANDIFES). Documento de Referência para a Extensão Universitária nas IFES. Brasília, DF: ANDIFES, 2019. Disponível em: https://www.andifes.org.br FORPROEX. Indicadores de Extensão Universitária. Belo Horizonte: FORPROEX, 2019. Disponível em: https://proex.ufmg.br


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

A essência da extensão universitária reside no diálogo transformador entre a universidade e a sociedade. Esse princípio, consagrado nas políticas nacionais de extensão e reafirmado pela Resolução CNE/CES nº 7/2018, orienta o Encontro de Políticas Públicas – O Apagão das Canetas: o que as Políticas Públicas, o Direito e as Ciências Humanas têm a dizer? como um espaço de interação dialógica e colaborativa entre o saber acadêmico e as experiências concretas de gestão, cidadania e ação pública. O evento parte do reconhecimento de que a universidade não é uma ilha isolada, mas um espaço vivo de produção e circulação de conhecimentos que precisam dialogar com os desafios reais do país. A crise decisória que caracteriza o chamado “apagão das canetas” não pode ser compreendida nem enfrentada apenas no interior das instituições de ensino: ela está enraizada nas relações entre Estado, sociedade civil, cultura política e práticas institucionais. Por isso, o encontro busca romper as fronteiras entre o discurso acadêmico e a experiência cotidiana dos gestores, servidores públicos e cidadãos, promovendo um diálogo horizontal e mutuamente formativo. A interação dialógica aqui proposta não se limita à transmissão de conteúdos, mas configura um processo de escuta, troca e coaprendizagem. Professores, pesquisadores, estudantes e profissionais da administração pública se encontram como sujeitos ativos na construção de soluções compartilhadas para os dilemas da ação estatal. Essa perspectiva reconhece que cada ator social possui saberes, vivências e interpretações legítimas que enriquecem a compreensão coletiva do problema. Durante o evento, essa interação será concretizada por meio de mesas-redondas, painéis de experiências e grupos de trabalho, nos quais a escuta mútua substituirá a lógica expositiva tradicional. Gestores e servidores públicos terão voz para relatar os obstáculos vividos na prática administrativa; pesquisadores e docentes oferecerão leituras teóricas e críticas sobre os mesmos fenômenos; estudantes poderão contribuir com novas abordagens e perspectivas. O objetivo é gerar uma conversa pública qualificada, em que o conhecimento científico se humaniza e o conhecimento prático se valoriza como fonte legítima de aprendizado. Essa postura dialógica expressa uma concepção emancipatória e cidadã da universidade pública, conforme defendida por Paulo Freire: uma instituição que não “leva” saberes prontos à sociedade, mas constrói sentidos coletivamente, em um movimento de mão dupla. Assim, o evento não busca apenas analisar o apagão das canetas como problema técnico ou jurídico, mas compreendê-lo como questão social, cultural e ética, que exige a participação crítica de todos os sujeitos implicados. Ao adotar essa metodologia, o Encontro de Políticas Públicas cumpre uma de suas funções extensionistas centrais: aproximar a universidade das dinâmicas sociais, políticas e institucionais do país, reafirmando seu compromisso com a transformação da realidade. O diálogo entre academia e sociedade não é apenas meio de comunicação, mas um processo de construção democrática do conhecimento, capaz de fortalecer tanto a universidade quanto o serviço público. Acredita-se que, por meio dessa interação, o evento possa produzir impactos concretos: ampliar a compreensão social sobre o papel do Estado, fortalecer a confiança entre os agentes públicos e a população, e inspirar novas práticas de decisão baseadas na ética da responsabilidade e na cooperação. Assim, a universidade se posiciona como parceira ativa na reconstrução da capacidade de ação pública, contribuindo para reacender as canetas — não apenas como símbolo da decisão administrativa, mas como gesto de compromisso coletivo com o bem comum.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

O Encontro de Políticas Públicas – O Apagão das Canetas: o que as Políticas Públicas, o Direito e as Ciências Humanas têm a dizer? nasce da convicção de que os problemas complexos da administração pública contemporânea não podem ser compreendidos, nem enfrentados, a partir de uma única área do saber. O fenômeno do chamado “apagão das canetas” — que envolve medo decisório, insegurança jurídica, cultura institucional e paralisia administrativa — exige uma abordagem interdisciplinar e interprofissional, capaz de articular diferentes campos do conhecimento e práticas profissionais em torno de um objetivo comum: compreender e fortalecer a ação pública. Interdisciplinaridade A interdisciplinaridade, neste contexto, é entendida como diálogo epistemológico e metodológico entre saberes diversos, que se encontram para produzir novas interpretações sobre a realidade. O evento reúne campos como as Políticas Públicas, o Direito, a Administração Pública, a Sociologia, a Filosofia, a Psicologia e outras Ciências Humanas, reconhecendo que cada um deles contribui com um olhar específico sobre a questão da decisão estatal e da responsabilidade pública. Do ponto de vista teórico, a interdisciplinaridade permite romper com a fragmentação do conhecimento, superando fronteiras tradicionais entre o normativo, o técnico e o humano. O Direito oferece as bases legais e institucionais para a análise dos limites da ação administrativa; as Políticas Públicas fornecem instrumentos de planejamento, gestão e avaliação; e as Ciências Humanas ajudam a compreender as dimensões simbólicas, culturais e éticas que atravessam o comportamento das instituições e dos indivíduos. Ao interligar essas perspectivas, o encontro busca aprofundar a compreensão integral do fenômeno do apagão das canetas, indo além das causas aparentes e alcançando suas raízes estruturais. Interprofissionalidade A interprofissionalidade, por sua vez, representa o encontro entre diferentes práticas e trajetórias de atuação no campo público. O evento valoriza a presença e o diálogo entre gestores públicos, servidores, pesquisadores, juristas, professores e estudantes, reconhecendo que o enfrentamento do medo decisório e da paralisia administrativa depende da colaboração entre múltiplos agentes e níveis de atuação. Essa interação interprofissional é essencial para transformar o conhecimento acadêmico em prática social concreta. A experiência dos gestores e servidores revela os desafios reais da administração; a contribuição dos pesquisadores oferece análises críticas e metodologias de diagnóstico; e a atuação dos educadores e discentes amplia o potencial de inovação, reflexão e formação cidadã. O resultado é uma rede colaborativa de aprendizagem, em que teoria e prática se retroalimentam, fortalecendo tanto o ensino e a pesquisa quanto a qualidade das decisões públicas. O evento propõe, portanto, atividades que estimulem a cooperação entre áreas e profissionais, como mesas-redondas interdisciplinares, grupos de trabalho mistos e painéis de experiências práticas. Cada espaço será planejado para favorecer o diálogo horizontal e a produção coletiva de conhecimento, permitindo que as diferentes expertises se articulem em torno de um mesmo problema público. Mais do que somar visões, trata-se de integrar saberes para gerar soluções inovadoras, sustentáveis e eticamente comprometidas. Síntese Ao promover a interdisciplinaridade e a interprofissionalidade, o Encontro de Políticas Públicas reafirma o papel social da universidade como espaço de convergência de saberes e práticas, comprometido com a democratização do conhecimento e a transformação da realidade. O evento expressa, assim, o ideal de uma formação superior que ultrapassa os limites da especialização técnica para abraçar a complexidade humana e institucional da vida pública. Essa abordagem integrada é, ao mesmo tempo, um método e um compromisso ético: reconhecer que nenhuma ciência ou profissão, isoladamente, é capaz de dar conta dos desafios que atravessam o Estado contemporâneo. O enfrentamento do apagão das canetas exige, portanto, um trabalho coletivo e interdisciplinar, que una teoria e prática, reflexão e ação, universidade e sociedade — numa construção conjunta de caminhos para restaurar a confiança, a decisão e a responsabilidade no serviço público brasileiro.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

O princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, consagrado no artigo 207 da Constituição Federal de 1988, orienta a missão formativa e social das universidades públicas brasileiras. Tal diretriz reconhece que a produção e a difusão do conhecimento só alcançam seu sentido pleno quando articulam a formação acadêmica (ensino), a produção científica (pesquisa) e a transformação social (extensão) em um movimento contínuo e integrado. O Encontro de Políticas Públicas – O Apagão das Canetas: o que as Políticas Públicas, o Direito e as Ciências Humanas têm a dizer? é concebido sob essa lógica. Ele se propõe não apenas como um espaço de debate, mas como uma experiência viva de integração entre saberes, práticas e atores sociais. Ao unir docentes, discentes, pesquisadores, gestores públicos e representantes da sociedade civil, o evento materializa a indissociabilidade universitária como princípio epistemológico, ético e político. Ensino: formação crítica e cidadã O ensino manifesta-se no evento por meio do envolvimento direto de estudantes de graduação e pós-graduação, que terão a oportunidade de aplicar conhecimentos teóricos sobre políticas públicas, administração e direito em uma experiência de aprendizagem ativa e dialógica. Ao participar da organização, mediação e análise dos debates, os estudantes se tornam agentes do processo educativo, desenvolvendo competências críticas, éticas e reflexivas. Assim, o encontro contribui para uma formação que ultrapassa a sala de aula e promove a aprendizagem social, característica fundamental da universidade pública. Pesquisa: produção de conhecimento e reflexão aplicada A dimensão da pesquisa está presente na sistematização e análise das discussões realizadas durante o evento. As mesas, grupos de trabalho e painéis propiciarão a produção de dados, relatos e interpretações que alimentam investigações sobre o funcionamento da administração pública, a cultura institucional do medo e os limites da ação estatal. Essa dimensão científica não se reduz à coleta de informações, mas envolve um esforço de interpretação crítica e teorização interdisciplinar, que poderá subsidiar artigos, relatórios técnicos e publicações acadêmicas posteriores. A pesquisa, portanto, encontra na prática extensionista um campo fértil para a validação empírica e para o desenvolvimento de novos referenciais teóricos. Extensão: diálogo e transformação social A extensão se realiza na abertura da universidade ao diálogo com a sociedade e o Estado. O evento propõe uma interação dialógica com gestores, servidores públicos, conselhos, órgãos de controle e movimentos sociais, valorizando o conhecimento prático acumulado nesses espaços. Essa troca de saberes torna a universidade mais permeável às demandas sociais e, simultaneamente, fortalece a capacidade da administração pública de agir com base em evidências, ética e responsabilidade. A extensão, assim entendida, não é mera difusão de conhecimento, mas construção coletiva de soluções, em que universidade e sociedade se reconhecem como parceiras na produção do bem comum. A integração como princípio e prática O Encontro de Políticas Públicas é, portanto, uma iniciativa que concretiza a indissociabilidade não apenas como diretriz normativa, mas como metodologia de ação universitária. O ensino se enriquece ao dialogar com a realidade; a pesquisa ganha sentido social ao responder a problemas concretos; e a extensão se fortalece ao se apoiar na produção científica e na formação crítica. Essa integração cria um ciclo virtuoso em que formação, investigação e compromisso social se tornam dimensões inseparáveis do mesmo processo educativo. A proposta do evento reforça que a universidade deve ser simultaneamente espaço de reflexão e de transformação, comprometida com o aperfeiçoamento das instituições democráticas e com a construção de uma cultura pública baseada na confiança, na ética e na coragem de agir. Ao articular ensino, pesquisa e extensão em torno do debate sobre o “apagão das canetas”, o encontro se insere na missão histórica da universidade pública: produzir conhecimento relevante, formar cidadãos críticos e contribuir para a transformação da sociedade brasileira. Assim, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão deixa de ser um ideal abstrato para se tornar prática efetiva de diálogo e corresponsabilidade social, reafirmando que o conhecimento universitário só é completo quando está a serviço da vida pública, da democracia e do fortalecimento das políticas que buscam o bem comum.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

O Encontro de Políticas Públicas – O Apagão das Canetas: o que as Políticas Públicas, o Direito e as Ciências Humanas têm a dizer? constitui uma oportunidade singular de formação integral dos estudantes de graduação, ao promover a articulação entre o aprendizado teórico, a prática cidadã e o compromisso ético com o serviço público e a democracia. O evento se estrutura de forma a envolver os discentes em todas as suas etapas — da organização à execução e à sistematização dos resultados —, configurando-se como um espaço formativo que ultrapassa o ensino tradicional e concretiza os princípios da extensão universitária crítica e transformadora. 1. Participação ativa e protagonismo discente A participação dos graduandos no evento ocorrerá de maneira ativa, colaborativa e interdisciplinar. Desde o processo de planejamento, os estudantes integrarão a comissão organizadora, contribuindo para a definição dos eixos temáticos, elaboração das mesas, logística do evento e estratégias de comunicação. Essa inserção lhes permitirá desenvolver competências práticas de gestão acadêmica, trabalho em equipe, liderança e organização de eventos científicos, além de consolidar a vivência da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Durante o evento, os discentes atuarão como mediadores de debates, relatores dos grupos de trabalho e produtores de sínteses reflexivas, exercitando a escuta qualificada e a capacidade de articulação entre diferentes saberes. Também poderão apresentar resultados de pesquisas, relatórios de estágio ou experiências extensionistas que dialoguem com o tema do apagão das canetas, fortalecendo sua expressão acadêmica e seu senso crítico. 2. Aprendizagem interdisciplinar e reflexão crítica Ao participarem de mesas-redondas e painéis que reúnem juristas, gestores públicos, pesquisadores e profissionais das Ciências Humanas, os estudantes serão expostos a um ambiente de interdisciplinaridade e interprofissionalidade. Essa convivência ampliará sua compreensão dos fenômenos sociais e institucionais, permitindo-lhes articular o conhecimento técnico-jurídico com a análise ética, política e cultural da ação pública. Essa vivência formativa estimula o desenvolvimento de competências essenciais ao profissional contemporâneo: pensamento crítico, empatia social, autonomia intelectual, argumentação fundamentada e sensibilidade para a complexidade dos problemas públicos. Ao refletir sobre o medo de decidir e os dilemas éticos da administração pública, os graduandos serão levados a repensar o papel do Estado e de suas próprias responsabilidades como futuros profissionais e cidadãos. 3. Formação para o compromisso público e a ética da responsabilidade O envolvimento dos estudantes nesse evento também representa uma formação ética e cidadã. Ao debaterem questões como legalidade, discricionariedade e responsabilidade administrativa, os discentes vivenciam o desafio de compreender o equilíbrio entre controle e ação, entre prudência e compromisso público. Trata-se de uma aprendizagem que vai além do domínio técnico, orientando-se pela ética da responsabilidade social, pela valorização do serviço público e pela compreensão do papel da universidade na defesa do interesse coletivo. Além disso, a interação com gestores e servidores públicos permitirá que os graduandos reconheçam a importância da cooperação entre universidade e Estado, percebendo a extensão como prática de diálogo e transformação social. Essa experiência contribui para a construção de uma postura profissional comprometida com a transparência, a justiça e a inovação na gestão pública. 4. Impactos formativos concretos O impacto esperado na formação discente manifesta-se em três dimensões principais: Acadêmica: ampliação do repertório teórico e metodológico, aprimoramento da capacidade de análise crítica e fortalecimento das habilidades de comunicação científica e escrita. Profissional: desenvolvimento de competências de gestão, liderança e mediação, associadas à vivência prática da interdisciplinaridade e da resolução de problemas complexos. Cidadã: consolidação de valores de ética, responsabilidade social e compromisso com o bem comum, fundamentais para a atuação em qualquer campo profissional.


Impacto e Transformação Social

O Encontro de Políticas Públicas – O Apagão das Canetas: o que as Políticas Públicas, o Direito e as Ciências Humanas têm a dizer? é concebido como uma ação de extensão universitária com alto potencial de impacto e transformação social, voltada à construção de um diálogo qualificado entre a universidade, o Estado e a sociedade civil sobre os desafios da gestão pública contemporânea. O tema central — o chamado “apagão das canetas” — remete a uma crise de confiança e paralisia decisória no setor público, em que o medo de agir, a insegurança jurídica e a fragmentação institucional comprometem a efetividade das políticas públicas. Ao promover uma reflexão coletiva sobre esse fenômeno, o evento busca não apenas compreendê-lo, mas mobilizar atores sociais, acadêmicos e institucionais para a construção de alternativas concretas que fortaleçam a ação do Estado e a participação cidadã. 1. A extensão universitária como vetor de transformação A universidade pública, ao se abrir ao diálogo com a sociedade, assume um papel transformador que transcende os limites da formação acadêmica. Nesse sentido, o Encontro de Políticas Públicas materializa o princípio da extensão como prática dialógica e emancipadora, conforme a Resolução CNE/CES nº 7/2018, ao promover o encontro entre diferentes saberes — técnico, científico, político e popular — em torno de um problema público de grande relevância nacional. O impacto social do evento decorre justamente dessa interação entre universidade e sociedade, em que o conhecimento acadêmico é confrontado e enriquecido pelas experiências vividas de gestores públicos, servidores, conselheiros, organizações civis e cidadãos. O diálogo entre essas vozes contribui para o fortalecimento da cultura democrática, da ética pública e da confiança nas instituições. 2. Fortalecimento da gestão pública e da cidadania A principal contribuição social esperada é o fortalecimento da capacidade de decisão e inovação no serviço público. Ao discutir limites e possibilidades da ação estatal, o evento oferece subsídios práticos e reflexivos que podem orientar gestores e servidores na adoção de posturas mais seguras, éticas e responsáveis. Além disso, o encontro estimula a criação de redes interinstitucionais de cooperação entre universidades, órgãos públicos e entidades da sociedade civil, contribuindo para o aprimoramento de políticas públicas baseadas em evidências, diálogo e participação social. Para a comunidade externa, o evento funciona como espaço de empoderamento e formação cidadã, permitindo que representantes sociais compreendam melhor o funcionamento das instituições e reconheçam o valor da responsabilidade compartilhada na construção de políticas públicas mais transparentes, eficazes e inclusivas. 3. Produção de conhecimento e legado coletivo Os debates, grupos de trabalho e painéis do evento serão sistematizados em produtos de extensão e comunicação científica, como relatórios, e-books e vídeos temáticos, que serão disponibilizados publicamente. Esses materiais servirão de referência para gestores, estudantes e pesquisadores interessados no tema da governança pública e dos mecanismos de responsabilização. O legado do encontro se traduz, portanto, na produção de conhecimento aplicado e socialmente relevante, capaz de subsidiar futuras ações de formação, capacitação e inovação institucional. Espera-se que o evento contribua para reformular práticas administrativas, estimular a confiança entre os agentes públicos e a sociedade e inspirar novas políticas baseadas em ética, eficiência e diálogo. 4. Transformação social e cultural A transformação social almejada vai além da dimensão técnica. O evento propõe uma mudança cultural nas relações entre Estado e sociedade: substituir a lógica do medo pela lógica da responsabilidade; a desconfiança pela cooperação; e a paralisia pela ação consciente e comprometida. Essa mudança depende de uma formação ética e cidadã, promovida pelo intercâmbio entre academia e instituições públicas, que permite repensar o papel do servidor, do pesquisador e do cidadão na consolidação da democracia. A médio e longo prazo, o impacto social do Encontro de Políticas Públicas será percebido na formação de uma nova geração de profissionais e cidadãos comprometidos com o interesse público, sensíveis à complexidade dos dilemas institucionais e preparados para atuar de forma crítica, inovadora e solidária.


Divulgação

A divulgação será feita pelos canais oficiais da UFVJM e da UEMG.


Programação do Evento

Local

Auditório UEMG

Data

10/11/2025

Horário de Início

19:00

Horário de Término

23:00


Descrição

Palestra de abertura

Local

Auditório UEMG

Data

11/11/2025

Horário de Início

10:00

Horário de Término

23:00


Descrição

Manhã - minicurso / Tarde - comunicações de trabalhos / Noite - Mesa redonda

Local

Auditório UEMG

Data

12/11/2025

Horário de Início

10:00

Horário de Término

23:00


Descrição

Manhã - Minicurso / Tarde - comunicações de Trabalhos / Noite - Palestra de encerramento e evento cultural

Público-alvo

Descrição

Estudantes, gestores públicos, juristas

Municípios Atendidos

Município

Diamantina - MG

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

Organização conjunta

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 50 h

Carga Horária 20 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Organização do evento

Carga Horária 20 h
Periodicidade Diariamente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Realização do evento

Carga Horária 10 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Relatório final do evento