O presente projeto tem como foco promover a conscientização da população infantil sobre a importância da higiene das mãos como medida preventiva contra infecções transmissíveis. A proposta visa desenvolver ações educativas voltadas à crianças em idade escolar da faixa etária de 6 á 11 anos, com o intuito de incentivar a prática correta e regular da higienização das mãos, especialmente em escolas.

Higiene; Mãos; Crianças

A higiene das mãos é uma das formas mais simples e eficazes de prevenir infecções e proteger a saúde, tanto em hospitais quanto na vida cotidiana das pessoas. No dia a dia da comunidade, manter as mãos limpas evita o contato e a transmissão de microrganismos que causam doenças, especialmente infecções respiratórias e intestinais (WHO, 2009). Diversos estudos mostram que lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel reduz significativamente o risco de contrair doenças. Segundo Jefferson et al. (2011), essa prática pode diminuir em até 31% os casos de infecções gastrointestinais e também ajudar a reduzir infecções respiratórias. Ou seja, é uma medida simples, mas com grande impacto. No caso das crianças, esse cuidado torna-se ainda mais essencial, pois elas estão em constante contato com diferentes objetos, levam frequentemente as mãos à boca, compartilham alimentos e brinquedos, o que aumenta o risco de contaminação por microrganismos. Além disso, a infância é uma fase privilegiada para a construção de hábitos de vida saudáveis: ao inserir a prática da higiene das mãos de forma lúdica e educativa, cria-se a oportunidade de consolidar comportamentos que tendem a se manter ao longo da vida. O incentivo à prática correta da lavagem das mãos deve ser contínuo e integrado às ações de saúde pública, contribuindo para a promoção da saúde e a prevenção de doenças (Brasil, 2021). Diante desse cenário, torna-se necessário implementar ações educativas que reforcem a importância desse gesto no cotidiano da população.

Apesar de ser uma prática simples e de baixo custo, a higiene das mãos ainda é negligenciada por grande parte da população, o que contribui para a propagação de doenças evitáveis (Curtis & Cairncross, 2003). A pandemia de COVID-19 evidenciou a importância desse cuidado, mas também mostrou que a mudança de comportamento nem sempre é duradoura (WHO, 2020). Muitos indivíduos retomaram hábitos anteriores após o período crítico da pandemia. Diante disso, este projeto se justifica pela necessidade de fortalecer o conhecimento e a prática da higiene das mãos no âmbito escolar implementando ações educativas que reforcem a importância desse gesto no cotidiano da população infantil.

Objetivo Geral: Promover a educação da população infantil sobre a importância da higiene das mãos. Objetivos Específicos: Identificar o nível de conhecimento da população infantil sobre a importância da higiene das mãos Informar sobre as principais doenças que podem ser evitadas com a correta higienização das mãos Desenvolver e aplicar ações educativas sobre higiene das mãos em ambientes escolares e/ou comunitários. Desenvolver ações educativas que promovam a higienização das mãos Avaliar o impacto das ações educativas na mudança de comportamento dos participantes em relação à higienização das mãos.

Alcançar 100 crianças em idade escolar da faixa etária de 6 á 11 anos, promovendo o aumento do conhecimento sobre a importância da higiene das mãos e estimulando a adoção dessa prática no cotidiano por meio de ações educativas e materiais informativos.

As atividades de extensão consistirão na realização de ações educativas e interativas junto a população infantil da faixa etária de 6 á 11 anos, em locais como escolas e centros comunitários. Serão utilizadas metodologias ativas, exemplos: Oficinas práticas de lavagem das mãos com uso de tinta (simulando germes), demonstrações de técnicas de higienização com álcool 70% e água e sabão, jogos educativos e teatros. Distribuição de materiais informativos acessíveis; Roda de conversa sobre prevenção de infecções; Instalação de cartazes informativos em locais estratégicos.

BRASIL. Ministério da Saúde. Segurança do paciente: higienização das mãos. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/seguranca-do-paciente. Acesso em: 12 ago. 2025. CURTIS, V.; CAIRNCROSS, S. Effect of washing hands with soap on diarrhoea risk in the community: a systematic review. The Lancet Infectious Diseases, v. 3, n. 5, p. 275-281, 2003. JEFFERSON, T. et al. Physical interventions to interrupt or reduce the spread of respiratory viruses. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 7, 2011. DOI: 10.1002/14651858.CD006207.pub4. RAMOS, J. B. et al. Adesão à higiene das mãos: fatores associados na população brasileira. Revista de Enfermagem e Saúde Coletiva, v. 5, n. 2, p. 32-38, 2020. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines on hand hygiene in health care: first global patient safety challenge clean care is safer care. Geneva: WHO, 2009. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789241597906. Acesso em: 15 ago. 2025. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Recommendations to prevent COVID-19 transmission. Geneva: WHO, 2020. Disponível em: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019. Acesso em: 20 ago. 2025.

O projeto propõe um diálogo horizontal entre a comunidade acadêmica e a sociedade, respeitando saberes populares e culturais. As atividades são construídas a partir das necessidades reais do público alvo, promovendo a escuta ativa e troca de conhecimentos , de forma que a universidade atue como parceira no processo de construção da saúde comunitária.

A promoção da higiene das mãos pode ser realizada por qualquer pessoa capacitada, o que permite que a equipe seja composta por integrantes de diversos cursos que tenham interesse e conhecimento sobre o tema. Essa interprofissionalidade é fundamental, pois possibilita que cada participante contribua com seus saberes prévios e específicos, favorecendo uma vivência mais ampla, uma compreensão abrangente, a colaboração e o trabalho em equipe. Nesse sentido, para viabilizar o projeto, são necessários conhecimentos interdisciplinares, envolvendo temas como microbiologia, anatomia da pele, epidemiologia, saúde pública, educação em saúde e comunicação. A articulação entre essas áreas é essencial para compreender os mecanismos de transmissão de microrganismos, os impactos da higienização correta das mãos e as estratégias mais eficazes para sensibilizar e educar a população.

Este projeto permite articular o tripé ensino, pesquisa e extensão. Nesse sentido, ao produzir materiais informativos sobre a importância da higiene das mãos e disponibilizá-los de forma facilitada, amplia-se o acesso da comunidade a informações relevantes sobre práticas preventivas de saúde, fortalecendo a integração entre ensino e extensão. Além disso, a execução do projeto possibilita a identificação de comportamentos, mitos e lacunas de conhecimento sobre o tema na população, o que pode gerar questionamentos e demandas que servirão de base para investigações científicas, promovendo também a articulação com a pesquisa. Dessa forma, o projeto consolida-se como uma ação integrada e formativa, alinhada aos princípios da universidade pública.

Os participantes atuantes no projeto terão a oportunidade de aprimorarem seus conhecimentos e habilidades de comunicação e liderança. Além disso, ao se aprofundarem no tema da higiene das mãos, os estudantes terão a oportunidade de adquirir conhecimento científico atualizado, fortalecendo sua formação crítica e reflexiva. Essa vivência contribuirá para a formação de profissionais mais qualificados, conscientes da importância da promoção da saúde e preparados para atuar de forma ética e comprometida com a sociedade.

A realização deste projeto terá um impacto significativo e promoverá transformação social. Nesse sentido, ao capacitar o público alvo sobre a importância da higiene das mãos e incentivar a adoção dessa prática no cotidiano, contribui-se diretamente para a redução da incidência de doenças infecciosas, como diarréias e infecções respiratórias. Além disso, o projeto promove o empoderamento da população em relação ao autocuidado, fortalece a solidariedade coletiva, alivia a sobrecarga dos serviços de saúde, cria ambientes mais seguros e saudáveis, e contribui de forma efetiva para a educação em saúde pública.

Redes sociais do Curso de Enfermagem da UFVJM, salas de aula e laboratórios, ligas acadêmicas.