A Semana Acadêmica do Curso de Engenharia Hídrica da UFVJM (SAEHD), visa fortalecer as atividades de ensino, pesquisa e extensão do Instituto de Ciência, Engenharia e Tecnologia (ICET). O evento conta com a participação de discentes, docentes, servidores técnico administrativos da Instituição e palestrantes externos, além das comunidades do Vale do Mucuri e do Jequitinhonha. O evento ocorrerá de forma presencial, com palestra, minicursos, visita técnica e ação em uma escola de Teófilo Otoni/MG.

Extensão, Ensino, Pesquisa, Educação, Engenharia, recursos hídricos e sustentabilidade

A Semana Acadêmica do Curso de Engenharia Hídrica da UFVJM (SAEHD) é um evento sem fins lucrativos que busca contribuir para a formação profissional dos estudantes de Engenharia Hídrica do ICET, bem como de demais participantes interessados nas temáticas relacionadas aos recursos hídricos. O evento é voltado a discentes de outras engenharias, estudantes do ensino médio, membros de instituições de ensino superior e à comunidade em geral do Vale do Mucuri e região, que vivenciam continuamente desafios relacionados à água.

Nesta edição, o evento terá como tema “Água em tempos de crise: desafios e inovações para a sustentabilidade”, buscando integrar às discussões acadêmicas os debates atuais sobre a gestão da água. A proposta é contribuir para a formação profissional dos estudantes do curso e das demais instituições participantes, além de oferecer à comunidade externa a oportunidade de se informar e dialogar com a academia sobre questões relacionadas à sustentabilidade. Ressalta-se que o evento está alinhado ao Plano de Energia e Mudanças Climáticas de Minas Gerais (FEAM, 2015), que aponta a Bacia Hidrográfica do Rio Mucuri como uma das regiões prioritárias do estado — junto ao Vale do Jequitinhonha, também contemplado pelo evento — para a implementação de ações locais de adaptação integrada e planejada, em razão de sua elevada vulnerabilidade hídrica. O plano destaca ainda como principais desafios para a região: o setor agrícola e silvícola; a saúde humana e a educação; os recursos hídricos (especialmente a disponibilidade de água para os setores econômicos e o abastecimento de água potável); os fluxos migratórios negativos; a desertificação; e a necessidade de fortalecimento da capacitação institucional (FEAM, 2015).

A Semana Acadêmica do Curso de Engenharia Hídrica da UFVJM (SAEHD) tem como objetivo enriquecer a formação profissional dos estudantes por meio de temas relevantes para a Engenharia Hídrica, promovendo a construção e o compartilhamento de conhecimento não apenas entre os discentes do curso, mas também com alunos dos demais cursos do ICET e de outras instituições de ensino da região. O evento também busca ampliar a visibilidade da UFVJM e de seus cursos, em todos os níveis, atraindo novos estudantes para a experiência formativa oferecida pela Instituição. Além disso, pretende reconhecer e valorizar as atividades presenciais, aprimorar métodos educacionais para torná-los mais flexíveis e contemporâneos — com foco na aprendizagem centrada no estudante e na acessibilidade — e favorecer o desenvolvimento pessoal e profissional dos discentes, preparando-os para trajetórias sólidas no mercado de trabalho. Para além do ambiente acadêmico, a SAEHD busca envolver a comunidade em geral, ampliando o diálogo e o acesso às informações produzidas na universidade para as populações diretamente afetadas pelas crises hídricas que atingem a região, ou seja, para a sociedade como um todo.

Ter inscrito a totalidade ou a maioria dos discentes do curso de Engenharia Hídrica; Realizar 1 (uma) palestra; Ofertar 8 (oito) minicursos; Promover 1 (uma) visita técnica; Realizar 1 (uma) ação em uma escola de Teófilo Otoni; e Envolver no evento pelo menos 100 pessoas externas à universidade.

A equipe de organização é formada por membros internos — docentes, discentes e técnicos — e por entidades parceiras, envolvendo participantes tanto da universidade quanto da comunidade externa. O evento se estrutura em quatro fases: planejamento, implementação, execução e elaboração do relatório gerencial final. Na fase de planejamento, são desenvolvidas a programação, o envio de convites e a divulgação do evento. Para os minicursos, serão enviados convites a discentes e docentes, que deverão encaminhar previamente seus roteiros e programações. A fase de implementação compreende a definição do sistema de inscrições e credenciamento, bem como a seleção dos locais das atividades e a oferta de vagas, considerando a capacidade de cada espaço. As inscrições do público-alvo, interno e externo, serão realizadas por meio de uma plataforma online. Na fase de execução, serão realizadas todas as atividades previstas. O acompanhamento da participação dos inscritos ocorrerá por meio das listas de presença de cada atividade. Ao final, será elaborada a fase de relatório gerencial, na qual serão consolidados os dados de participação, incluindo número total de inscritos, quantitativo presencial e assinaturas nas listas, com apresentação percentual por atividade, de modo a oferecer um panorama avaliativo do evento. A emissão dos certificados estará condicionada à inscrição e à confirmação de presença na atividade. Ressalta-se que, em nenhuma circunstância, os dados pessoais dos inscritos — internos ou externos — serão divulgados. Durante a Semana da Engenharia Hídrica, serão adotadas estratégias fundamentadas na interação dialógica, priorizando a troca de saberes entre a universidade e a comunidade escolar do município de Teófilo Otoni. A ação extensionista será pautada em metodologias ativas, linguagem acessível e contextualização com a realidade local, reconhecendo os estudantes da educação básica como sujeitos ativos do processo de aprendizagem. As principais estratégias incluem: • Rodas de conversa mediadas, nas quais os estudantes poderão relatar suas vivências com a água (abastecimento, desperdício, enchentes, escassez e qualidade da água); • Atividades práticas e demonstrativas, com experimentos simples sobre ciclo hidrológico, infiltração, escoamento superficial e qualidade da água; • Dinâmicas participativas e jogos educativos, estimulando o diálogo, a curiosidade científica e o pensamento crítico; • Uso de exemplos locais, como eventos de alagamentos, mananciais urbanos e rurais e o uso da água no cotidiano da cidade. Descrição da atividade na escola (ação extensionista) A ação será realizada em uma escola do município de Teófilo Otoni, envolvendo estudantes do ensino fundamental II e/ou ensino médio. A atividade, intitulada provisoriamente “Água, Cidade e Vida: o papel da Engenharia Hídrica no cotidiano”, será organizada em três momentos: 1. Acolhimento e sensibilização Apresentação dialogada sobre a importância da água e da Engenharia Hídrica, com perguntas norteadoras que provoquem a participação dos estudantes. 2. Vivência prática e interativa Desenvolvimento de oficinas práticas, como: • Demonstração de contaminação de corpos d’água; • Demonstração de balizamento de portos e hidrovias • Atividade lúdica sobre consumo consciente e preservação de mananciais. 3. Socialização e reflexão coletiva Espaço aberto para que os estudantes expressem opiniões, façam perguntas e proponham soluções para problemas hídricos identificados em sua comunidade. Participação efetiva do público-alvo externo A participação do público externo ocorrerá de forma ativa e colaborativa, não apenas como ouvintes, mas como protagonistas da ação. Os estudantes: • Serão estimulados a compartilhar experiências pessoais relacionadas à água; • Participarão diretamente das atividades práticas e experimentais; • Contribuirão com ideias e propostas para melhoria da gestão da água no contexto local; • Avaliarão a atividade por meio de instrumentos simples de feedback. Professores da escola também serão convidados a interagir, fortalecendo o vínculo entre universidade e educação básica. Sistemática de acompanhamento da ação O acompanhamento da ação será realizado por meio de: • Registro fotográfico e em vídeo das atividades (respeitando as normas éticas); • Relatos reflexivos dos discentes extensionistas e docentes envolvidos; • Aplicação de questionários curtos antes e após a atividade para avaliar percepções e aprendizagem; • Reunião de avaliação da equipe organizadora após a realização da ação. Indicadores de avaliação Os principais indicadores de avaliação da ação extensionista incluem: • Número de estudantes e professores participantes; • Nível de engajamento e participação durante as atividades; • Compreensão dos conceitos abordados, avaliada por perguntas e atividades práticas; • Avaliação qualitativa do público-alvo, por meio de feedbacks orais e escritos; • Impacto formativo nos discentes universitários, observado nos relatos e reflexões pós-atividade. Como a ação foi idealizada na escola A ação foi idealizada a partir da compreensão de que a escola é um espaço estratégico para a popularização do conhecimento científico, especialmente em temas diretamente relacionados à realidade local, como água, meio ambiente e sustentabilidade. A proposta surge da necessidade de aproximar a Engenharia Hídrica da comunidade, promovendo uma relação horizontal de troca de saberes, fortalecendo a função social da universidade e contribuindo para a formação cidadã dos estudantes da educação básica.

FEAM. Plano de energia e mudanças climáticas de Minas Gerais: resumo executivo. 2015. Disponível em: http://sistemas.meioambiente.mg.gov.br/reunioes/uploads/T8a10n47WuWW9IlFuxojZRFpfgjarTQ4.pdf>Acesso em: 04 de dezembro de 2025.

Durante a realização das atividades, será reservado um momento para que os participantes — estudantes, profissionais e membros da comunidade — possam interagir com os palestrantes e facilitadores dos minicursos. Além disso, na ação a ser desenvolvida em uma escola de Teófilo Otoni/MG, haverá uma interação direta entre os envolvidos no evento e a comunidade escolar, com o objetivo de promover a conscientização sobre a preservação e a importância dos recursos hídricos, em alinhamento com a semana do Dia Mundial da Água.

A interdisciplinaridade e a interprofissionalidade se materializarão pela construção conjunta do conhecimento em torno do tema dos recursos hídricos, que permeia diversas áreas do saber. Trata-se de um assunto que não se restringe ao campo da engenharia, mas que dialoga diretamente com as dimensões social, econômica, ambiental e até política. Assim, quando esse recurso essencial é impactado pelas crises hídricas, o debate torna-se de interesse coletivo, exigindo a contribuição de diferentes profissionais, perspectivas e práticas. Dessa forma, o evento busca integrar saberes, promover diálogos entre múltiplas áreas e incentivar a cooperação entre estudantes, pesquisadores, profissionais e comunidade, fortalecendo a compreensão ampla e colaborativa dos desafios e soluções relacionados à água.

O evento prevê a disseminação das atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas no Instituto de Ciência, Engenharia e Tecnologia (ICET) da UFVJM, fortalecendo a integração entre a universidade e a sociedade. No âmbito do ensino, serão ofertados minicursos conduzidos principalmente por discentes, que atuarão como multiplicadores do conhecimento, além de uma visita técnica que permitirá aos participantes vivenciar, na prática, a aplicação dos conteúdos discutidos. Em relação à pesquisa, a palestra têm como propósito estimular os participantes a desenvolver projetos que contribuam para preencher as lacunas de conhecimento identificadas ao longo do evento, especialmente aquelas relacionadas aos desafios dos vales do Jequitinhonha e do Mucuri. A reflexão crítica e o contato com especialistas deverão incentivar a formulação de novas perguntas, abordagens e soluções. A extensão se concretizará por meio do envolvimento da comunidade nas atividades propostas e pela realização de uma ação em uma escola de Teófilo Otoni/MG. Nessa ação, ocorrerá uma troca direta de conhecimentos entre os discentes e a comunidade escolar, promovendo sensibilização, diálogo e o fortalecimento da relação universidade–sociedade, além de contribuir para a conscientização sobre a importância dos recursos hídricos e da gestão sustentável da água.

Os discentes terão a oportunidade de trocar experiências com profissionais atuantes na área, o que contribuirá para esclarecer dúvidas sobre o mercado de trabalho e sobre os caminhos necessários para se tornarem profissionais preparados para atender às demandas da sociedade. Os estudantes que participarem da organização do evento também desenvolverão habilidades essenciais, como trabalho em equipe, senso de responsabilidade, comprometimento e postura ética, qualificações fundamentais para sua formação acadêmica e profissional. Além disso, a interação direta com a sociedade permitirá aos discentes compreender, de forma mais concreta, a relevância do conhecimento adquirido ao longo do curso e o papel da Engenharia Hídrica na promoção da qualidade de vida e na preservação ambiental. Esse contato contribui para ampliar a percepção dos estudantes sobre o impacto social de sua futura atuação, incentivando um compromisso mais sólido com soluções sustentáveis e com o bem-estar das comunidades que serão beneficiadas por seu trabalho.

O evento constitui um importante instrumento para que a sociedade perceba que suas demandas relacionadas aos recursos hídricos estão sendo consideradas e incorporadas às ações de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pela instituição. Dessa forma, nos momentos de interação, a comunidade terá a oportunidade de expressar seus anseios, preocupações e sugestões, fortalecendo o diálogo com a universidade e contribuindo para a construção conjunta de soluções. Esse processo de aproximação favorece a participação social, amplia a confiança na atuação acadêmica e reforça o compromisso institucional com a melhoria das condições ambientais e da qualidade de vida na região.

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