A OBBiotec será desenvolvida não apenas como ferramenta de mensurar o conhecimento trazido pelo estudante, sua capacidade de empregar os saberes em situações cotidianas, estimulando a competição saudável, mas também como mecanismo de fomento ao aprendizado na área, por meio de cursos de formação ao longo do processo e, ainda pela realização de provas baseadas em atividades práticas, multidisciplinares, instigantes, motivadoras.

Olimpíada, Brasileira, Biotecnologia, Extensão

A Educação é um direito fundamental do ser humano, conforme traz a Constituição Federal de 1988. É por meio do processo educativo que o ser humano pode atingir sua potencialidade e desenvolver seus talentos, habilidades, atitudes, como agente integrado à sociedade e ao país. Portanto, é imperativo que o processo educacional esteja em constante processo de mudança, de atualização, para que seja realmente efetivo e construa cidadãos engajados com a transformação da realidade. A proposta aqui apresentada mostra-se relevante, tendo em vista que tem potencial de contribuir com a melhoria da qualidade da educação básica, além de possibilitar a identificação de potencialidades dentre os jovens em curso do ensino fundamental e médio. Tem potencial ainda de promover uma maior aproximação das escolas, bem como de seu corpo docente das instituições públicas de educação superior, o que pode levar ao estabelecimento de parcerias, ao desenvolvimento de novos projetos e à melhoria da formação dos profissionais em termos de pós-graduação. Além disso, configura-se como uma ação de extensão que possibilitará o aumento dos níveis de conhecimento dos participantes nas áreas de ciências e biotecnologia, promovendo uma maior aproximação destes em relação aos cursos técnicos e superiores ofertados por Institutos e Universidades. Segundo a Resolução 07/2018 CNE/CES do Ministério da Educação do Brasil: A Extensão na Educação Superior Brasileira é a atividade que se integra à matriz curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico, tecnológico, que promove a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa (BRASIL, 2018). A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) traz como papel da Educação Superior "atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares". No contexto dialógico da extensão universitária, tal atuação não se pauta apenas em ofertar ações, mas em criar comunicação capaz de valorizar a experiência e diversidade de saberes, num ciclo virtuoso por meio do qual, estudantes e profissionais da educação superior também são beneficiados e enriquecem suas vivências e a própria formação a partir da realidade social vivida no contexto da educação básica. A comunicação dos profissionais da educação básica e de seus estudantes com a universidade abre horizontes mais amplos, amplia perspectivas de acesso e favorece a apropriação da educação superior como um objetivo mais próximo e factível. Além disso, em paralelo com o desenvolvimento da OBBiotec, sendo esta uma ação extensionista, tem-se a possibilidade de se trabalhar a pesquisa científica, realizando o acompanhamento sistemático e contínuo da ação de extensão, a análise dos dados, o cálculo de indicadores, o estabelecimento de metas e de medidas corretivas para problemas enfrentados, podendo gerar, inclusive, trabalhos de conclusão de curso, publicações, dissertações a partir do acompanhamento do processo de sua execução. Assim, identifica-se claramente a integração entre ensino, pesquisa e extensão, cumprindo o previsto no art. 207 da Constituição Federal de 1988. Outra questão que também demonstra o mérito e relevância desta proposta é que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) reconhece as necessidades educacionais especiais de crianças com altas habilidades/superdotação, apontando para o atendimento educacional especializado. Esse problema já foi enfrentado por diversos países: Na Ásia em geral (Coréia, Taiwan, Singapura), a partir dos anos 1970, o investimento no potencial humano vem crescendo a cada dia, fortalecendo a educação dos talentos. E em Israel também enfatiza-se muito a educação das altas habilidades. Já nos Estados Unidos, o processo foi mais tardio que no continente europeu, e a atenção às altas habilidades era ainda exceção no século XIX. A primeira medida pedagógica foi adotada em 1862, permitindo aos alunos superdotados a aceleração da aprendizagem por meio de promoções a cada seis meses. [...] No Brasil sentimos alguns reflexos desse dilema, uma vez que, por motivos diferentes, também carregamos conosco, por muito tempo, o preconceito de que a Educação Especial dos talentosos é uma forma elitista de discriminação. (CUPERTINO, 2008). Nesse sentido, apesar dos esforços que vêm sendo feitos no país há algumas décadas para que estes estudantes recebam atendimento educacional especializado nas escolas de ensino regular da Educação Básica, ainda estamos muito longe de prover a estas crianças e jovens as oportunidades de desafio e aprendizado que elas almejam e necessitam. Assim, estas crianças e jovens com alto potencial não têm as suas necessidades de aprendizado supridas e acabam sendo calados por serem vistos como aqueles que tumultuam a sala de aula, por questionarem demais, e por colocarem o professor, algumas vezes, em situação constrangedora em virtude de não terem as respostas solicitadas. Ou seja, o país tem perdido parte de seu capital intelectual por não conseguir prover recursos, desafios, oportunidades suficientes e em tempo adequado para que suas potencialidades não se percam ao longo do seu percurso formativo. Desta forma, a OBBiotec constitui-se como uma oportunidade para todos, inclusive para estes estudantes com altas habilidades/superdotação, que poderão participar do curso de Biotecnologia e ainda serem desafiados nas edições anuais das Olimpíadas. 2. Breve histórico Com experiência i) na realização de eventos científicos e ações de extensão, ii) na formação continuada e educação permanente de professores da educação básica e de profissionais da saúde, iii) na realização de ações de extensão com foco em estudantes da educação básica, além do fato de iv) estarem desenvolvendo um curso de Biotecnologia que será ofertado virtualmente e gratuitamente para estudantes dos anos finais do ensino fundamental e também do ensino médio, a equipe deste projeto decidiu propor a realização da Olimpíada Brasileira de Biotecnologia – OBBiotec. O que está sendo proposto é a primeira edição da OBBiotec, de modo que não há como apresentar um histórico de ações anteriores. Entretanto, apontamos alguns aspectos que julgamos serem importantes: • Uma definição bem simplificada, de acordo com a maior associação mundial nesse setor, a BIO – Biotechnology Innovation Organization, é que a biotecnologia explora processos celulares e biomoleculares para desenvolver tecnologias e produtos que ajudam a melhorar a vida e saúde das pessoas (BIO, 2021). Então, conhecer sobre biotecnologia e despertar interesses por essa área é contribuir com a formação de uma geração mais atenta às demandas da humanidade, bem como mais proativa para pensar de forma inovadora e comprometida com a transformação; • Apesar de ser um tema extremamente atual e com grande poder de crescimento no futuro, usamos processos biológicos de microrganismos há mais de 6000 anos; • A biotecnologia tem permitido o uso de biocatalisadores, contribuindo para o enfrentamento ao problema de abastecimento energético, uma vez que contribui para a redução da dependência por combustíveis fósseis, da emissão de gases de efeito estufa, redução do uso de água, da geração de resíduos, do consumo energético, etc; • Graças à biotecnologia, estamos conseguindo enfrentar diversas doenças, desde sua prevenção, detecção até o tratamento, inclusive em relação à Covid-19; • A biotecnologia tem permitido a melhoria do processo de produção de alimentos, aumentando a resistência das plantações às pragas agrícolas; facilitando o uso de práticas agrícolas mais sustentáveis, aumentando o volume das safras; permitindo a geração de safras com perfis nutricionais mais adequados para solucionar problemas de deficiências de vitaminas e nutrientes, realizar ações de biorremediação; dentre outros; • O país tem visto a queda, ano após ano, da taxa de matrículas de estudantes nos anos finais do ensino fundamental II e do ensino médio; • Além da queda no número de matrículas, temos observado alta taxa de infrequência escolar e altas taxas de evasão neste mesmo público, apontando para a necessidade de se implementarem ações que tornem estes anos escolares mais estimulantes, desafiadores e atrativos para tais jovens. Ou seja, apesar de não termos um histórico de realização da OBBiotec, temos um histórico de vida, saúde e economia que mostra a importância de se trabalhar o tema biotecnologia com as crianças e jovens, de modo a envolvê-los nesta promissora, instigante e motivadora área do conhecimento, contribuindo para a melhoria dos indicadores e dos resultados da educação básica nacional.

De acordo com o art. 208 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), é dever do Estado garantir educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria. Entretanto, ainda temos um longo caminho a percorrer até conseguir cumprir essa determinação da Constituição Cidadã. Podemos visualizar isso melhor ao analisar o que é apresentado nas próximas figuras. Figura 4. Frequência à escola por estudantes da educação básica, de acordo com a idade. A) Taxa de frequência à escola no Brasil, por idade, no período de 1997 a 2019. B) População de 4 a 17 anos que não frequentava a escola em 2019 no Brasil. Fonte: BRASIL, 2021. Percebe-se que as menores taxas de frequência escolar (ou maiores taxas de infrequência) ocorrem justamente na faixa etária-alvo desta proposta, ou seja, entre estudantes em idade de cursar os anos finais do Ensino Fundamental II e Ensino Médio (13 aos 17 anos). Outra questão importante a ser considerada no processo de caracterização do público-alvo, é o número de matrículas totais nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. A figura 5 mostra os resultados obtidos no último Censo Escolar, realizado em 2020 (BRASIL, 2021). Figura 5. Número total de matrículas A) nos anos finais do Ensino Fundamental e B) no Ensino Médio no país. Brasil, 2016 a 2020. Fonte: BRASIL, 2021. Observa-se, por meio da análise da figura 5, que o número de matrículas totais, tanto nos anos finais do Ensino Fundamental, quanto no Ensino Médio, está apresentando uma tendência de declínio, embora observe-se uma pequena recuperação no último ano analisado. Porém, acreditamos que o impacto da Pandemia da Covid-19 tenha agravado ainda mais esse quadro. Já em relação à evasão escolar, a figura 6 apresenta resultados também obtidos no Censo da Educação Escolar de 2020 (BRASIL, 2021). Figura 6. Taxa de evasão na rede pública, por série/ano, no Ensino Fundamental (anos iniciais e finais) e Ensino Médio. Brasil, 2017/2018. Fonte: BRASIL , 2021. A análise da figura 6 permite-nos perceber que as maiores taxas de evasão escolar na rede pública de ensino ocorrem nos anos finais do Ensino Fundamental II (8º e 9º ano), bem como no Ensino Médio (1º, 2º e 3º anos). Portanto, percebe-se que é preciso contribuir para a mudança do cenário atual, em que o número de jovens que se matriculam nos anos finais do ensino fundamental II e ensino médio está declinando ao longo dos últimos anos; muitos daqueles estudantes que se matriculam acabam não frequentando as aulas, culminando com grande número de evadidos. Portanto, é necessário que se desenvolvam estratégias para o alcance de uma educação mais motivadora e, portanto, mais transformadora, de modo a envolver os estudantes para evitar a evasão e melhorar o aprendizado. Sendo assim, tem-se como público-alvo desta proposta, crianças e adolescentes em curso dos anos finais do ensino fundamental II (oitavo e nono ano), bem como do ensino médio (primeiro, segundo e terceiro anos). O gráfico abaixo dá uma noção desse quantitativo. Os microdados do Censo da Educação Superior, utilizados para elaboração desta figura, foram publicados sob a forma de Sinopse Estatística (INEP, 2021), entretanto de modo agrupado. Neste caso, os dados encontrados estão agrupados no formato 11 a 14 e 15 a 17 anos, motivo pelo qual não conseguimos os dados específicos de estudantes de 8º e 9º ano, além de 1º, 2º e 3º anos (o que seria em torno de 13 a 17), mas permitem uma visão geral sobre a situação. Figura 7. Número de matrículas na educação básica, de estudantes de 11 a 17 anos, por região geográfica. Brasil, 2020. Fonte: INEP, 2021. Observando-se a figura 7, pode-se ter noção do quão grande é o público-alvo desta proposta. Ao todo, são cerca de 19.623.736 jovens. A figura 8 mostra a distribuição destes estudantes por Unidade Federativa. Figura 8. Número de matrículas na educação básica, de estudantes de 11 a 17 anos, por Unidade Federativa. Brasil, 2020. Fonte: INEP, 2021. Quanto aos professores, em 2020 foram contabilizados pelo IBGE, por meio do Censo Escolar de 2020, 2,2 milhões de professores atuando nas 179,5 mil escolas de educação básica brasileiras (BRASIL, 2020). (como não é possível inserir as figuras aqui, sendo as mesmas importantes nesta justificativa, o arquivo complexo será anexado ao final do cadastramento deste projeto).

1. Objetivos i. Objetivo geral Contribuir para a melhoria da educação básica nacional, por meio do estímulo à aprendizagem de biotecnologia e da competição saudável que leve à busca por novas oportunidades, crescimento individual e desenvolvimento regional. ii. Objetivos específicos • Realizar a Olimpíada Brasileira de Biotecnologia – OBBiotec por meio da aplicação de provas online e, quando for o caso, física em municípios em que não haja essa possibilidade; • Promover o ensino de Biotecnologia, por meio de um curso ofertado gratuitamente, online, para gerar bases aos participantes da OBBiotec ; • Despertar nos jovens matriculados nos anos finais do ensino fundamental, bem como do ensino médio, o interesse pelas disciplinas das áreas de ciências, mais especificamente pela biotecnologia; • Estimular o desenvolvimento regional, a partir do fomento à participação e ampliação dos conhecimentos dos estudantes, bem como da concorrência intraestadual e interestadual (nacional); • Identificar, dentre os participantes, aqueles com maior potencial para atuação nas áreas de ciências e biotecnologia, estimulando-os a seguirem seus estudos em prol da futura geração de cientistas do país; • Contribuir para a ampliação do número de jovens que buscam por vagas no ensino tecnológico e também nos cursos de graduação nas áreas das ciências e biotecnologia; • Disponibilizar aos participantes da OBBiotec um catálogo de cursos e universidades públicas que ofereçam oportunidades de educação superior nas áreas de ciências e biotecnologia, informando, inclusive, sobre as possibilidades de assistência estudantil; • Promover uma maior aproximação entre escolas de educação básica e instituições públicas de ensino superior; • Estimular a procura dos participantes por oportunidades de iniciação científica júnior ; • Implementar um modelo de avaliação que foque na biotecnologia aplicada, relacionando com a vida cotidiana.

Realizar a OBBiotec nacionalmente, com a participação do maior número possível de estudantes e instituições de ensino (Como será a primeira edição desta OBBiotec, não temos como fixar metas mais claras, pois não temos conhecimento de como se dará a aceitação da proposta). Realizar o curso de formação docente e o curso de biotecnologia para os jovens do oitavo e nono ano do ensino fundamental, bem como para aqueles matriculado no ensino médio.

1. Metodologia e estratégias de funcionamento da Olimpíada, com descrição das principais atividades a serem desenvolvidas • PARCERIAS: Enquanto aguardamos a análise da proposta pelo CNPq, daremos continuidade ao processo de estabelecimento de parceiras junto a outras Universidades, Institutos Federais e outras instituições de ensino, pesquisa, biotecnologia, museus, associações, dentre outras. Isso porque entendemos a necessidade de ampliar a capilaridade da OBBiotec, então quanto maior o número de instituições envolvidas, maiores as chances de atingirmos estudantes em todos os municípios do país. • CURSOS DE FORMAÇÃO: A OBBiotec será precedida por dois cursos: a. curso de Biotecnologia. Será possibilitado e também estimulado que os professores da educação básica participem do curso. Neste caso, será disponibilizado um canal de comunicação direta para que dúvidas possam ser sanadas. Os professores terão acesso permanente aos materiais (videoaulas, atividades, textos, podcasts, aulas práticas virtuais, protocolos, dentre outros) no repositório de objetos educacionais a ser alocado na página eletrônica do curso e da OBBiotec. b. “Inclusão digital e aplicações pedagógicas”: curso específico para professores. Assim, o docente poderá incrementar suas aulas, utilizando-se de metodologias ativas, recursos de TDICs, e também da metodologia de aprendizagem mão-na-massa. Os cursos serão divulgados e iniciados logo após a aprovação desta proposta pelo CNPq. Durante a realização dos cursos, já terá início o processo de divulgação do cronograma da OBBiotec. • COORDENAÇÕES: Serão constituídos coordenadores regionais para facilitar a comunicação e efetivação das ações propostas. Figura 10. Estruturação da equipe organizadora e executora da OBBiotec. • INSCRIÇÕES: Estamos trabalhando com duas possibilidades para realização das inscrições. 1) A primeira possibilidade é a realização das inscrições (para participação nos cursos e na OBBiotec) pelos próprios interessados, por meio da página eletrônica da OBBiotec associada a ferramentas do Google Workspace®/Google Forms® (já disponível para a comunidade acadêmica da UFVJM), de modo que estes receberão um comprovante de inscrição e terão acesso às informações e orientações necessárias para as demais etapas do processo. 2) A segunda possibilidade será por meio de parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI para que a OBBiotec integre o sistema nacional de gerenciamento de inscrições em olimpíadas que está em desenvolvimento, de modo que, neste caso, utilizaremos desta ferramenta para as inscrições dos participantes. Assim, tais inscrições seriam feitas pela escola onde o estudante estiver matriculado. Se for possível o uso desta ferramenta de gerenciamento de inscrições do MCTI, isso será uma grande vantagem ao processo, pois facilitará as inscrições dos candidatos, aumentando a adesão nas diversas Olimpíadas realizadas no país. • DIVULGAÇÃO: Todo o processo (etapas, cronogramas, execução) será divulgado: nas mídias (Instagram®, Facebook®, Whatsapp®, YouTube® e páginas eletrônicas das instituições participantes; serão feitas comunicações direcionadas às Secretarias Estaduais e Municipais de Educação; rádios universitárias das instituições parceiras que as possuam; serão feitas comunicações diretas com as escolas; serão publicados materiais de divulgação na página eletrônica do curso de Biotecnologia, na página eletrônica da OBBiotec, correio eletrônico, dentre outros). Serão publicados vídeos com orientações para a realização do certame. • ETAPAS DO PROCESSO SELETIVO: O processo seletivo relativo à OBBiotec será realizado em uma única etapa, sendo a prova composta por questões de nível fácil, mediano e questões que exijam raciocínios mais elaborados. As questões abordarão as diversas áreas da biotecnologia, sempre fazendo questionamentos que levem o estudante a aplicar o conhecimento em situações cotidianas/práticas, saindo da memorização e passando para a aplicação de conhecimentos de forma mais significativa. • A aplicação das provas se dará de forma virtual (sempre que possível) ou física (apenas quando não houver outra possibilidade). • As provas serão aplicadas utilizando-se sistema eletrônico, conforme detalhamento apresentado abaixo. • SISTEMA ELETRÔNICO PARA APLICAÇÃO DAS PROVAS E GESTÃO DA OBBIOTEC: A Olimpíada Brasileira de Biotecnologia utilizará um sistema e infraestrutura para a gestão e aplicação de provas on-line. A especificação contempla um sistema para cadastro de professores, participantes, questões e provas com funcionalidades de relatórios e correção automatizada. Fazem parte do escopo o corpo técnico necessário para a operação e suporte da plataforma no período das provas. Funcionalidades do Sistema de Provas: Gestão de Usuários: i. Importação de participantes através de um arquivo XLSX e CSV ou por sistema de inscrição; ii. Cadastro de professores conteudistas e gestores; Gestão do conteúdo e Banco de Questões: i. Controle e organização das questões em diversas categorias: cursos, disciplinas, temas; ii. Armazenamento de todas as provas desenvolvidas e aplicadas. Gestão do conteúdo e Banco de Questões: i. Controle e organização das questões em diversas categorias: cursos, disciplinas, temas ii. Armazenamento de todas as provas desenvolvidas e aplicadas Geração de Provas: i. Geração automática de provas em diversos modelos (estático ou dinâmico) e de acordo com regras pré-definidas; ii. Diagramação automática de provas. Correção automática e divulgação dos resultados online i. Ambiente on-line de correção de questões objetivas. Apuração e classificação: i. Classificação dos candidatos de acordo com as regras de seleção. Ambiente de Servidor e Tecnologias: i. Linguagem de programação: ASPNET ii. Banco de dados: SQL Server iii. Servidor: Microsoft IIS rodando em AZURE Detalhamento sobre aquisição de licença de uso e serviços: O Sistema de Provas será licenciado para a Olimpíada Brasileira de Biotecnologia por meio de contrato que estabelece licença vitalícia de uso do sistema vinculado à contratação de serviços anuais da empresa proprietária da plataforma para operação técnica e manutenção dos servidores. • ELABORAÇÃO DAS PROVAS: As provas serão elaboradas por equipe de profissionais da área de biotecnologia, sempre buscando a construção de questões que envolvam aplicações biotecnológicas. Sempre que possível, serão inseridos vídeos ou figuras que apresentem questões práticas, de modo que a avaliação seja realizada com base na aplicação do conhecimento e não tenha foco na memorização. A intenção é que a prova sirva não só como mecanismo de avaliação do conhecimento, mas também gerador de aprendizado. Nas avaliações serão trabalhados, em nível adequado ao público-alvo desta proposta, temas como: a. DNA e genomas: o genoma em nós e nos demais seres vivos; b. DNA e informações por ele determinadas; c. Produzindo proteínas; d. Antibióticos: da penicilina à última geração; e. Engenharia genética; f. Marcadores moleculares e o teste de paternidade; g. Sequenciamento de DNA e melhoramento genético; h. Clonagem: da Dolly aos dias atuais; i. Ética envolvendo estudos genéticos; j. Transplante de células tronco; k. Medicamentos biotecnológicos; l. Terapia celular; m. Desenvolvimento e produção de soros e vacinas; n. Biotecnologia para o diagnóstico de doenças; o. Terapias gênicas; p. Órteses e próteses; q. Reprodução artificial; r. Biotecnologia para a produção de alimentos; s. Biocombustíveis; t. Biotecnologia para o desenvolvimento de cosméticos; u. Biotecnologia para preservação ambiental; v. Biorremediação; w. Bioterrorismo. • CARACTERÍSTICAS DE SEGURANÇA DO SISTEMA DE PROVAS: Aleatoriedade de Questões: as questões são apresentadas ao usuário de maneira aleatória e uma vez que este finaliza a resposta de uma questão e faz submissão, não é mais possível retornar à questão finalizada. Isso dificulta que grupos de WhatsApp/Discord/Telegram fiquem resolvendo a prova simultaneamente, porque a prova tem um tempo limite para ser executada. • Aleatoriedade de Respostas: os itens de resposta de uma questão são ordenados de forma aleatória para dificultar o processo de fraude. • Protocolo HTTPS: fornece a criptografia entre o navegador do usuário e o servidor, garantindo assim a segurança de todas as informações trafegadas na rede; • Senhas Criptografadas: tecnologia que impossibilita descobrir a senha de um usuário, mesmo se alguém tiver acesso ao banco de dados. Todas as senhas dos usuários são gravadas com criptografia PBKDF2 com SHA256, o que impede de serem descriptografadas; • Captcha: caso o usuário erre a senha mais de uma vez, é exigido que ele confirme a sua entrada utilizando o ReCaptcha do Google®. Dessa forma, é possível evitar ataques como força bruta para o login do usuário; • Para aumentar a segurança do processo, buscaremos parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, para usarmos o módulo de desenvolvimento e aplicação de provas (do Banco Nacional de Itens). Com este módulo, o participante não conseguirá transitar entre telas ou fazer consultas em sites por meio do equipamento em uso, de modo a aumentar as chances de que seu conhecimento e capacidade de empregar os saberes em situações cotidianas sejam realmente mensurados. Além do uso dessa estratégia, pretende-se realizar a aplicação da prova sob monitoramento de fiscais, em estrutura física disponibilizada pelos municípios ou instituições parceiras. • VENCEDORES – RANQUEAMENTO, DIVULGAÇÃO E AÇÕES POSTERIORES: Após a aplicação das provas, será feito o ranqueamento dos candidatos, de acordo com as notas obtidas, para definição dos vencedores (primeiro, segundo e terceiro lugares) nas categorias nacional e regionais (Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul). Os nomes dos vencedores serão divulgados nas mídias, bem como serão encaminhados para as respectivas Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, para as Escolas onde os estudantes estão matriculados e para as Universidades Federais mais próximas. Na oportunidade, os troféus serão encaminhados para as escolas dos vencedores. Assim, será solicitada avaliação de possibilidade de realização de uma solenidade de entrega da premiação, por conta da Secretaria Municipal de Educação e da Escola, sem custos para o projeto. • À Universidade mais próxima da localidade de residência dos vencedores, será encaminhada uma correspondência apresentando os dados dos vencedores e solicitando apreciar possibilidade de concessão de bolsa de Iniciação Científica Júnior, por conta da Universidade, sem custos para o projeto neste momento. • Será solicitada às Secretarias de Educação e Escolas o encaminhamento de fotos dos eventos de entrega das premiações para que possam integrar o repositório da OBBiotec. Sempre que possível, as Universidades parceiras participarão das solenidades de entrega das premiações. • RELATÓRIOS E PUBLICAÇÕES: Ao final do processo, serão elaborados relatórios e textos para publicação com os resultados obtidos na edição da OBBiotec. • OUTRAS INFORMAÇÕES: Importante esclarecer que o processo de contratação de pessoa jurídica para desenvolvimento da página eletrônica e dos sistemas necessários à realização da OBBiotec se dará tão logo a proposta seja aprovada pelo CNPq. Todos os procedimentos prévios já foram adotados para agilizar o processo de construção destas ferramentas tecnológicas.

BIO. Biotechnology Innovation Organization, 2021. Disponível em: https://bio.org/. Acesso em: 05 set. 2021. BRASIL. Censo Escolar 2020 – Divulgação dos resultados, 2021. Disponível em: https://download.inep.gov.br/censo_escolar/resultados/2020/apresentacao_coletiva.pdf. Acesso em 05 set. 2021. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. Acesso em 04 set. 2021. BRASIL. Lei n.º 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf. Acesso em 04 set. 2021. BRASIL. Resolução n. 7, de 18 de dezembro de 2018. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014-2024 e dá outras providências. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=104251-rces007-18&category_slug=dezembro-2018-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 04 set. 2021. CUPERTINO, C. M. B. (org.). Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos/Secretaria da Educação. São Paulo: FDE, 2008. Disponível em: http://cape.edunet.sp.gov.br/cape_arquivos/Um_Olhar_Para_As_Altas_habilidades_2%C2%B0_Edi%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em 04 set. 2021. GERMANO, Marcelo Gomes; KULESZA, Wojciech Andrzej. Popularização da ciência: uma revisão conceitual. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 7-25, ago. 2008. ISSN 2175-7941. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/1546/5617%3E. Acesso em: Acesso em 05 set. 2021. INEP. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Sinopse Estatística da Educação Básica 2020. Brasília: Inep, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/sinopses-estatisticas/educacao-basica. Acesso em: 05 set. 2021. ONC. Olimpíada Nacional de Ciências – MCTI. Disponível em: https://onciencias.org/noticias/olimpiada-nacional-de-ciencias-de-82-mil-para-mais-de-1-milhao-de-alunos-inscritos e https://onciencias.org/noticias/recorde-de-inscricoes-na-onc-2020. Acesso em: 05 set. 2021.

No contexto dialógico da extensão universitária, este projeto não se pauta apenas em ofertar ações que promovam a competitividade entre os estudantes, mas em criar uma ferramenta que possibilite o aprendizado na área das biotecnologias, estimulando os estudantes a buscarem carreiras profissionais nas áreas das ciências, além de também cuidar da formação discente e docente. Pretende promover uma ampla e produtiva relação entre a sociedade, as escolas, os profissionais e as diversas instituições de ensino superior envolvidas nesse processo. Somos cerca de 50 instituições, a maioria universidades federais, envolvidas neste projeto, coordenado pela UFVJM.

A interdisciplinaridade e interprofissionalidade estão fortemente trabalhadas neste projeto. Serão diversas áreas envolvidas, desde o básico até o aplicado, com profissionais das mais diversas áreas e instituições, todos focados na realização de cursos de formação para estudantes e docentes e, consecutivamente, na realização da Olimpíada Brasileira de Biotecnologia - OBBiotec.

Trata-se de uma ação integrada com o ensino e a pesquisa, tendo o envolvimento de discentes da graduação e da pós-graduação. Assim, garante-se a integração ensino, pesquisa e extensão, bem como a soma de esforços para que a via de mão-dupla necessária às ações de extensão realmente seja efetivada. O respectivo projeto de pesquisa já foi cadastrado na PRPPG/UFVJM com foco na realização de ações de acompanhamento e monitoramento das ações, busca pelo estabelecimento de indicadores, análise de fragilidades e potencialidades, com foco na melhoria das ações de extensão a serem executadas nas próximas edições da OBBiotec.

Estudantes de diversos cursos de graduação poderão participar deste projeto. A formação na área da licenciatura, Sistemas de Informação, Ciências Biológicas e Saúde serão priorizadas. Assim, a formação do estudante da UFVJM estará em consonância com os tópicos trabalhados no projeto, de modo que este possa contribuir com o processo de formação dos docentes e dos estudantes participantes. Além disso, os discentes da UFVJM serão sempre vinculados para a realização do trabalho sob tutoria de um docente (integrante da equipe e que atue na mesma área de sua formação ou em área afim), de modo que o estudante possa aprender sobre a análise de problemas enfrentados, bem como possa contribuir com a proposição de possíveis soluções, tornando-se mais engajado com a realidade da comunidade externa, bem como tornando-se mais proativo. Desta forma, antes da realização das atividades no projeto, os discentes serão capacitados e acompanhados pelos docentes-tutores, bem como pela coordenação do projeto. Os discentes acompanharão e participação de todas as etapas do projeto, quais sejam sua organização, desenvolvimento e análise de dados, bem como redação de artigo/relatórios. A participação e envolvimento dos discentes serão avaliadas pelos docentes tutores, bem como pela coordenação do projeto.

Espera-se, com a realização da OBBiotec, impactar a qualidade da educação básica nacional, melhorando indicadores nos diversos níveis de ensino (fundamental 2 e ensino médio), nas cinco regiões do país. A exemplo do que ocorreu com a Olimpíada Nacional de Ciências, espera-se que a OBBiotec já tenha um bom impacto desde a sua primeira edição e que estes números de participantes cresçam gradativamente, alcançando não só as áreas urbanas, mas também municípios localizados em áreas mais remotas. A escolha por fazer premiações regionais e também nacional tem como objetivo garantir estímulo suficiente para que todos os estudantes, independentemente de em que região do país residam, sejam desafiados a participarem e tenham expectativa de uma boa colocação, buscando o contínuo desenvolvimento de suas potencialidades e ampliação do conhecimento.

A OBBiotec será divulgada por meio de: • redes sociais (Instagram®, Facebook®, Whatsapp®, YouTube®); • páginas eletrônicas das instituições participantes; • comunicações direcionadas às Secretarias Estaduais e Municipais de Educação; • rádios universitárias das instituições parceiras que as possuam; • comunicações diretas com as escolas; • página eletrônica do curso de Biotecnologia; • página eletrônica da OBBiotec. Serão publicadas, rotineiramente, pílulas sobre biotecnologia, por meio de redes sociais como Instagram®. Busca-se com estas pílulas atingir os estudantes, os professores, bem como a sociedade em geral, contribuindo para a popularização da ciência, mas também para a divulgação da OBBiotec. Como se trata da primeira edição da OBBiotec, não teremos relatos e depoimentos de participantes (docentes e estudantes) neste momento. Mas planejamos já construir a aba específica para tal na página eletrônica da OBBiotec, para que este recurso seja utilizado nas próximas edições. Além de relatos e depoimentos, planejamos também, para as próximas edições, uma aba com fotos das premiações e também de outras atividades que possam estimular a participação docente e discente. Planejamos ainda, fazer o lançamento de um ebook com relatos de experiência dos professores participantes dos cursos, mostrando os resultados da implementação de ações de metodologias ativas, aprendizagem mão-na-massa, uso de TDICs, bem como do impacto da participação dos seus estudantes na OBBiotec. Este ebook ficará também disponível no repositório de objetos educacionais na página eletrônica da OBBiotec.