O projeto tem por objetivo divulgar o curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UFVJM, Campus Unaí, por meio das mídias sociais. Como resultado, espera-se alcançar novos olhares, interesses e espaços na região Noroeste de Minas Gerais, promovendo aumento da demanda de vagas pelos estudantes, além de permitir trocas de conhecimentos entre discentes e profissionais da área, contribuindo na formação acadêmica dos estudantes e, consequentemente, reduzindo as taxas de evasão e retenção do curso.

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A cidade de Unaí está localizada em uma região de elevada produção agrícola, o Noroeste de Minas Gerais, ao qual responde atualmente por 22,1% da produção mineira de grãos. Segundo dados do IBGE, o município produz 724,5 mil toneladas de grãos por safra, sendo o maior produtor do estado de Minas Gerais. Em 2020 o município produziu R$ 1.511.484,00, em média, e contribui com o PIB de 2019 com R$ 3.036.445,00, sendo o 35º mais rico do agronegócio brasileiro. Diante disso, o Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), tem uma grande importância na capacitação de profissionais para área agrícola, investindo progressivamente no desenvolvimento social e econômico, através dos programas de ensino, pesquisa e extensão. A presença de uma instituição de ensino superior na sociedade contribui para o desenvolvimento de diversos empreendimentos, gerando empregos e avanços tecnológicos que refletem em maior necessidade de profissionais altamente qualificados. A UFVJM tem como papel social a promoção do desenvolvimento científico, econômico e sociocultural da região a qual está inserida, assegurando o ensino de qualidade em diferentes áreas do conhecimento, respeitando a natureza, inspirado nos ideais da democracia, da liberdade e da solidariedade (PDI 2017-2021, pág. 13). Deste modo, o profissional formado na instituição estará apto para atuar em sua área de formação, desenvolvendo o pensamento crítico, responsável e multidisciplinar, de forma consciente e cidadã. O curso de Engenharia Agrícola e Ambiental tem a formação voltada para uma produção agropecuária sustentável, buscando associar o desenvolvimento econômico à conservação e preservação do meio ambiente. As grandes áreas de formação do curso são: engenharia de água e solo, construções rurais e ambiência, meio ambiente, saneamento e poluição ambiental, máquinas e mecanização agrícola, energia na agricultura, geotecnologias aplicadas e agricultura de precisão, e armazenamento e processamento de produtos agrícolas. De acordo com as atribuições do Engenheiro Agrícola e Ambiental, torna-se evidente a importância desse profissional no agronegócio brasileiro que está em plena expansão e apresenta demanda cada vez maior por alimentos e biomassa de qualidade, com alta eficiência e tecnologia.

O curso de Engenharia Agrícola foi criado no Brasil em 27 de outubro de 1972 na Universidade Federal de Pelotas - UFPEL, recebendo o reconhecimento pelo Ministério da Educação e Cultura no ano de 1978. Em 2007 na Universidade Federal de Viçosa - UFV, o nome foi alterado para Engenharia Agrícola e Ambiental, que confere ao curso a importância e relevância do meio ambiente na formação acadêmica do estudante. Atualmente, diversas instituições de ensino superior oferecem o curso de Engenharia Agrícola, Engenharia Agrícola e Ambiental ou Engenharia de Biossistemas (nomes diferentes, mas com formação profissional semelhante) com entrada anual ou semestral. A profissão é regulamentada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), além disso, o profissional pode fazer parte de associações, sendo as principais: Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola (SBEA) e Associação Brasileira dos Engenheiros Agrícolas (ABEAG). Anualmente, é promovido o Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola (CONBEA), evento promovido pela SBEA com objetivo de estimular o conhecimento e a promoção do desenvolvimento científico e tecnológico da Engenharia Agrícola. Vale ressaltar que no ano de 2021 foi comemorado os 50 anos da realização deste evento. Enquanto, estudantes, tem-se a opção de acompanhar a Federação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Agrícola, Engenharia Agrícola e Ambiental e Engenharia de Biossistemas (FEEAGRI Brasil), que promove todos os anos o Congresso Nacional dos Estudantes de Engenharia Agrícola e Engenharia Agrícola e Ambiental (CONEEAGRI). Apesar de não ter sido criado recentemente, o curso de Engenharia Agrícola e Ambiental (EAA) ainda é pouco conhecido no Brasil, sendo muitas vezes confundido com o curso de agronomia, embora façam parte das Ciências Agrárias, apresentam pouca semelhança. A divulgação realizada pelas universidades, e até mesmo pelos conselhos e associações, são insuficientes para o amplo conhecimento do curso em todas as regiões do país. Assim, a utilização de ferramentas tecnológicas que auxiliam nesse processo pode contribuir para a ampliação do conhecimento da sociedade no que se refere às áreas de atuação da EAA. O curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UFVJM, campus Unaí, foi criado no ano de 2014, sendo ofertadas 25 vagas por semestre, totalizando 50 vagas por ano. Para obter o título de Bacharel em Engenharia Agrícola e Ambiental, o acadêmico terá que cursar 10 períodos, integralizando 5 anos de vivência no âmbito acadêmico. O curso é reconhecido por ter disciplinas de alta complexidade em sua grade curricular, contendo uma extensa carga horária na área de exatas, o que é comum a todo o curso de Engenharia. Dentre os cursos ofertados no Instituto de Ciências Agrárias, a EAA é o curso em que os estudantes apresentam as maiores dificuldades, seja pela deficiência nos conhecimentos de física e matemática no ensino médio, ou por ingressarem no curso sem conhecê-lo, não tendo consciência do seu nível de dificuldade. Essa falta de conhecimento atrelada às dificuldades enfrentadas, resulta em uma alta taxa de retenção e evasão, nos primeiros semestres do curso. Conforme citado anteriormente, o baixo conhecimento da EAA também se faz presente na região de abrangência da UFVJM, Campus Unaí, apesar de ser uma região de extrema relevância para a agricultura do país. Como resultado pode-se observar uma baixa demanda de vagas nos processos seletivos da EAA, que com certa frequência não alcançam o preenchimento total das vagas ofertadas, criando, assim, uma subutilização da estrutura do sistema educacional público. A divulgação do curso se faz extremamente necessária, pois evidencia a sua importância, potencialidades e competências na área agrícola e ambiental, além de proporcionar uma interação com os atuais discentes, promovendo trocas de experiências e sanando as dúvidas com relação ao curso/profissão. Outra finalidade do projeto é levar aos estudantes das escolas do Noroeste Mineiro e do entorno, as atribuições e relevância do curso, aumentando a demanda por vagas na EAA, além de promover a divulgação de uma universidade pública, gratuita e de qualidade.

Objetivo Geral Empregar as mídias sociais para comunicação e difusão do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental para estudantes concluintes do ensino médio, calouros, alunos egressos e comunidade em geral. Objetivos Específicos ❖ Divulgar o curso em escolas públicas e privadas que possuem o ensino médio, assim como, para a sociedade em geral; ❖ Proporcionar aumento na demanda de vagas nos processos seletivos, de modo a preencher todas as vagas ofertadas; ❖ Reduzir os índices de retenção e evasão nos primeiros semestres do curso; ❖ Ampliar a rede de comunicação e relacionamento, promovendo parcerias com escolas, instituições de ensino superior, empresas públicas e privadas; ❖ Promover a interação entre calouros e egressos do curso, expondo as oportunidades do mercado de trabalho e suas expectativas para o futuro.

As metas deste projeto serão estabelecidas a partir dos objetivos traçados, sendo também utilizadas para acompanhamento e avaliação das ações implementadas. Abaixo estão apresentadas as principais metas: 1. Aumentar o conhecimento relativo às áreas da Engenharia Agrícola e Ambiental entre os estudantes do ensino médio, calouros e sociedade em geral; 2. Elevar o número de candidatos inscritos nos processos seletivos da EAA; 3. Preenchimento total das vagas ofertadas; 4. Participação total dos estudantes junto às plataformas digitais do curso, promovendo a interação entre calouros, veteranos e egressos; 5. Tornar o curso de Engenharia Agrícola e Ambiental referência no Noroeste Mineiro para produtores rurais e empresários; 6. Estabelecimento de parcerias com empresas públicas e privadas, ampliando o leque de atuação para estágios e empregos; 7. Aumentar o incentivo aos discentes a participar de eventos importantes para o seu desenvolvimento acadêmico.

O projeto será implementado por discentes da Engenharia Agrícola e Ambiental sob orientação de um docente do referido curso. Inicialmente, a área de abrangência do projeto será a região Noroeste de Minas Gerais, que abrange 18 municípios, dentre eles Unaí, Paracatu, João Pinheiro, Buritis e Vazante. Posteriormente, o projeto poderá se estender para as outras regiões de Minas, assim como para o estado de Goiás e o Distrito Federal, os quais estão situados no entorno da região de abrangência do Instituto de Ciências Agrárias da UFVJM. As mídias sociais empregadas no projeto serão o Instagram e o Facebook, por serem as plataformas mais utilizadas pela sociedade atualmente, além da compatibilidade entre as suas interfaces. Para isso, será criado um endereço de e-mail específico do projeto, de modo a evitar a vinculação das contas pessoais dos administradores das redes sociais. Antes de iniciar a divulgação do curso nas mídias sociais, será realizado um levantamento de informações para otimizar o processo de difusão, além de subsidiar tomadas de decisões futuras. Dentre as informações a serem levantadas, pode-se citar:  Escolas na região de abrangência do projeto que possuem ensino médio, e dentre essas, as que fazem uso das mídias sociais;  Empresas com atuação nas áreas da Engenharia Agrícola e ambiental no Noroeste de Minas;  Lista de páginas nas redes sociais que apresentam elevada repercussão na comunidade local;  Relação das mídias sociais que atualmente promovem a divulgação da Engenharia Agrícola no Brasil;  Composição de um banco de professores da EAA que tenham interesse em auxiliar nos assuntos da sua área de atuação;  Histórico recente do número de candidatos por vaga nos processos seletivos, matrículas de calouros por semestre, índices de retenção e evasão. O processo de divulgação será realizado por meio da elaboração ou republicação de conteúdo informativo previamente avaliado. A produção de conteúdo terá como base as grandes áreas do curso, as quais podemos citar: engenharia de água e solo, construções rurais e ambiência, meio ambiente, saneamento e poluição ambiental, máquinas e mecanização agrícola, energia na agricultura, geotecnologias aplicadas e agricultura de precisão, e armazenamento e processamento de produtos agrícolas. Para evitar a maior divulgação de uma área em detrimento da outra, será elaborada uma escala de postagens a ser seguida. O desenvolvimento das artes, assim como o design gráfico das mídias sociais deverá ser interativo e atrativo para o público alvo, de modo a chamar a atenção dos seguidores por meio de posts rápidos e diretos, mantendo-os informados e envolvidos no universo da Engenharia Agrícola e Ambiental. A divulgação de informações não autorais do projeto, ou seja republicação, deverá passar por uma avaliação prévia para certificação da veracidade das informações repassadas. No primeiro momento os próprios discentes poderão avaliar as fontes da informação, e dependendo da complexidade, deverão enviar a demanda para o professor orientador que adotará as devidas providências para validação da informação. Conteúdos políticos, de cunho ideológico, entre outros que não façam parte da EAA serão totalmente evitados e bloqueados. As mídias sociais também serão empregadas para divulgar projetos, oportunidades internas e externas, além de conteúdos relacionados ao curso, como congressos, simpósios, lives, palestras de professores, pesquisadores e ex-alunos. A avaliação e acompanhamento da ação será realizado por meio de relatórios mensais, os quais deverão conter: - Principais pontos de atenção no período para melhoria contínua do projeto; - Exemplos de posts que mais se destacaram; - Segmentação das menções por tema, assim como, os temas de maior repercussão; - Evolução dos seguidores e das interações nos meios de comunicação. Em relação a efetividade da ação para com o curso, será avaliada concorrência nos processos seletivos após a implantação do projeto, preenchimento de vagas ociosas, além dos índices de retenção e evasão nos primeiros semestres. Obviamente essa avaliação somente surtirá efeitos tangíveis após a consolidação das mídias sociais na comunidade abrangida pela ação.

Plano de Desenvolvimento Institucional da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí - UFVJM (PDI 2017-2021). Disponível em: http://novo.ufvjm.edu.br/pdi/documentos-produzidos-pela-comissao/. Acesso: 13 de Janeiro de 2022. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2022. Minas Gerais: Unaí: Produção Agrícola Municipal (PAM) - 2020. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/unai/pesquisa/14/0?tipo=ranking> Acesso em: 13 de janeiro de 2022.

O objetivo do projeto é justamente aumentar a interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade, por meio das mídias sociais. A divulgação de ações de ensino, pesquisa e extensão para a comunidade externa, é um dos meios de divulgação do curso. A sociedade também terá a oportunidade de se comunicar, uma vez que mídias sociais são um caminho de mão dupla, deste modo, dúvidas referentes ao curso poderão ser respondidas por meio de postagens de conteúdos provenientes de trabalhos e projetos dos discentes e docentes da EAA. A interação da comunidade acadêmica com os estudantes e sociedade em geral, se dará em um primeiro momento a paritr das plataformas do Facebook e do Instagram. Ao fazer parte de uma mesma comunidade digital, os participantes poderão compartilhar experiências e se interagirem entre si, e com os conteúdos postados frequentemente. Em um segundo momento, a interação poderá ocorrer por meio de visitas às escolas da região, principalmente as mais próximas, devido a falta de financiamento do projeto para viagens.

A interdisciplinaridade deste projeto se faz presente na divulgação das várias áreas da engenharia agrícola e ambiental, assim, os discentes envolvidos na ação deverão possuir uma visão multidisciplinar e, principalmente, associar os vários campos do conhecimento na atuação deste profissional. A partir da melhoria do conhecimento do curso, suas áreas de atuação, oportunidades na área acadêmica e profissional, os estudantes terão a oportunidade de reconhecer a interprofissionalidade na prática. Deste modo, poderão exercer esse papel durante a graduação, seja entre as diferentes disciplinas ou até mesmo nas diferentes áreas da engenharia agrícola e ambiental. A experiência proporcionada pelo projeto vai além da interdisciplinaridade da engenharia agrícola e ambiental, a interação entre aluno, professor e sociedade contribuirá para o desenvolvimento pessoal dos discentes, uma vez que poderão aplicar na prática conhecimentos de empreendedorismo, relações humanas, técnicas de comunicação e marketing aprendidas durante a graduação. A partir da interação com a sociedade, problemas ou demandas regionais também podem ser descobertos e levados à sala de aula na busca de possíveis alternativas, seja por meio de projetos de pesquisas ou de extensão, individuais ou em parceiria com outros cursos do instituto de ciências agrárias.

A indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão é um dos pontos chave deste projeto, pois para um eficiente processo de divulgação deve-se, inicialmente, conhecer o produto, neste caso, o curso de engenharia agrícola e ambiental. A partir de estudos para levantamento das informações pertinentes ao projeto, juntamente com a pesquisa junto a essas fontes, será possível obter um panorama geral para subsidiar a comunicação com a sociedade. Os discentes poderão aplicar na prática os ensinamentos das diversas disciplinas do curso, associar esse conhecimento com o desenvolvimento e as pesquisas desenvolvidas na área e, finalmente, repassar essa informação para a sociedade de forma simples, objetiva e direta.

Os estudantes participantes do projeto não serão os únicos beneficiários, mas também todos os graduandos do curso que terão acesso às mídias sociais criadas. Em relação a equipe organizadora, além de conhecerem as áreas do curso com maior profundidade, o processo de comunicação com a comunidade acadêmica e com a sociedade, poderá promover o amadurecimento desses estudantes no que se refere ao seu desenvolvimento pessoal. Outro aspecto importante da ação é o estímulo das habilidades de marketing dos estudantes, contribuindo para o empreendedorismo em suas vidas profissionais.

Os impactos decorrentes da implementação desse projeto serão observados na vida acadêmica dos discentes do curso, assim como da sociedade em geral. No âmbito acadêmico, espera-se maior engajamento dos estudantes nas disciplinas do curso, reduzindo os índices de retenção e evasão. Em relação à comunidade externa, além do aumento na demanda por vagas nos processos seletivos de entrada no curso, com a maior divulgação das áreas de atuação do engenheiro agrícola e ambiental, tem-se a expectativa da abertura de novas oportunidades de emprego na região para o referido profissional.

O projeto tem como objetivo a criação das mídias sociais, portanto, ainda não há nenhum meio de divulgação do mesmo. As mídias criadas serão Facebook e Instagram, sendo amplamente divulgadas para a comunidade acadêmica e sociedade em geral.