O projeto “Mundo invisível: ensino e saúde sob as lentes do microscópio” é um projeto de extensão desenvolvido pelo grupo BioCER – Biologia Celular, Endocrinologia e Reprodução – da UFVJM, e abordará de forma lúdica e prática, com linguagem simples e acessível, questões sobre saúde, higiene, alimentação e meio ambiente para crianças e adolescentes do ensino básico, e para o público atendido em unidades básicas de saúde, utilizando a microscopia como ferramenta nas ações.

microscópio, célula, saúde, educação, corpo humano, micro-organismo

O microscópio é um instrumento com capacidade de ampliar imagens de objetos muito pequenos e visualizar estruturas minúsculas como as células. A invenção do microscópio é atribuída aos holandeses Hans Janssen e Zacharias Janssen, no final do século XVI. Seus experimentos mostraram que duas lentes montadas apropriadamente em um tubo, tinham capacidade de ampliar as imagens, permitindo a observação de corpos minúsculos, invisíveis a olho nu. Hoje em dia, os microscópios são muito úteis, especialmente para os cientistas, que utilizam esta ferramenta para estudar e compreender as células e os micro-organismos. Esse instrumento também é muito importante na área biomédica para o estudo e diagnóstico de doenças. O microscópio passou por diversos avanços tecnológicos, de modo que hoje há uma infinidade de modelos para diversas aplicações em diferentes áreas do conhecimento. Além dos microscópios que utilizam feixe de luz para a visualização das estruturas, temos microscópios fluorescentes e até mesmo os que utilizam feixe de elétrons. Devido ao impacto que a microscopia gera através da visualização de estruturas invisíveis aos olhos humanos, esse instrumento também pode ser uma valiosa ferramenta no ensino, motivando e facilitando do processo de ensino e aprendizagem, principalmente no ensino de ciências e saúde na educação básica.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um projeto iniciado com a promulgação da Constituição Federal de 1988 e tem como objetivo fixar as aprendizagens consideradas essenciais para a formação acadêmica e cidadã dos estudantes da educação básica brasileira. Entre as várias competências gerais que devem ser trabalhadas e desenvolvidas de acordo com o estabelecido pela BNCC destacam-se: conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, argumentação, autoconhecimento, autocuidado, responsabilidade e cidadania. O projeto “Mundo invisível: ensino e saúde sob as lentes do microscópio” vai ao encontro do que é estabelecido pela BNCC, já que as oficinas pedagógicas abordarão temas sobre saúde, higiene, alimentação e meio ambiente, utilizando o microscópio como ferramenta durante as intervenções, proporcionando uma aplicação prática dos assuntos abordados, permitindo o entusiasmo em aprender sobre o mundo microscópico e estimulando o desenvolvimento do olhar crítico e questionador. As oficinas pedagógicas serão desenvolvidas a partir das demandas das escolas e unidades básicas das comunidades envolvidas, levando-se em consideração suas vivências, experiências, motivações e interesses, principalmente na resolução de problemas enfrentadas por essa comunidade.

OBJETIVO GERAL: Abordar de forma lúdica e prática, com linguagem simples e acessível, questões sobre saúde, higiene, alimentação e meio ambiente para crianças e adolescentes do ensino básico, e para o público atendido em unidades básicas de saúde, utilizando a microscopia como ferramenta didática nas ações. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1) Ensinar crianças e adolescentes do ensino básico e o público atendido em unidades básicas de saúde sobre o mundo invisível das células e dos micro-organismos; 2) Oferecer oficinas pedagógicas na área de saúde e educação a partir de demandas levantadas por escolas públicas e unidades básicas de saúde; 3) Contribuir para a inserção dos estudantes de graduação e pós-graduação da UFVJM em ações de extensão na área de saúde e ensino, contribuindo para formação de sujeitos capazes de interagir com a comunidade não acadêmica e contribuir para a transformação social; 4) Proporcionar atividades de extensão para creditação em cursos de graduação e pós-graduação; 5) Fomentar divulgação científica e popularização da ciência.

1) Montar entre 2 a 3 oficinas pedagógicas na área de saúde e/ou educação, utilizando a microscopia como ferramenta de intervenção, a partir de demandas levantadas com a comunidade atendida; 2) Capacitar até 5 estudantes de graduação e/ou pós-graduação para a criação de oficinas pedagógicas na área de saúde e educação; 3) Atender até 100 crianças e adolescentes com as oficinas pedagógicas; 4) Criar material de divulgação (vídeos ou postagens em formato de imagem ou animação, ou cartilhas/livretos).

O projeto desenvolverá oficinas pedagógicas com linguagem simples e acessível, sobre questões de saúde, higiene, alimentação e meio ambiente para crianças e adolescentes do ensino básico, e para o público atendido em unidades básicas de saúde, utilizando a microscopia como ferramenta didática nas ações. Para isso, antes da criação das oficinas pedagógicas, será realizado o levantamento de demanda diretamente nas escolas que serão atendidas, ou unidades básicas de saúde ou com a secretaria de saúde do município. Após o levantamento de demandas, a equipe se reunirá para a escolha do tema e criação de uma oficina pedagógica que atenda as demandas dessa comunidade, com finalidade de promoção de saúde e informação. A oficina será realizada por meio da investigação prática através da microscopia. As oficinas serão realizadas nas Unidades Básicas de Saúde e/ou Escolas que estiverem sendo atendidas por outras ações do Programa Universidade na Comunidade. Serão utilizados microscópios de luz e amostras biológicas diversas. Os participantes da ação terão contato direto com o equipamento. O projeto atenderá comunidades da macrorregião do Jequitinhonha atendidas por este Programa. Ao final da ação será enviado aos anfitriões e parceiros um formulário pelo google forms para avaliação da ação. No final do projeto, será elaborado material para divulgação em evento de extensão ou publicação em revista extensionista, além do relatório final.

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As atividades desenvolvidas serão construídas a partir das demandas da comunidade e direcionadas principalmente a partir de informações das secretarias municipais de saúde e educação. Os estudantes de graduação e pós-graduação terão contato direto com a comunidade atendida durante ação, sendo uma oportunidade ímpar de se conhecer a realidade local e de acontecer a troca de saberes com a comunidade e do conhecimento científico da academia.

O temas das oficinas abordarão duas grandes áreas: educação e saúde. Além disso, o projeto utilizará instrumentos e linguagens da área de artes e comunicação para elaboração e construção dos materiais das oficinas.

O projeto desenvolverá oficinas pedagógicas e materiais a partir do conhecimento científico acadêmico dos estudantes (de graduação e pós-graduação). Por se tratar de uma ação extensionista com caráter educativo (ensino), que abordará sobre temas de saúde para estudantes do ensino básico e/ou público atendido por unidades básicas de saúde, e participação de estudantes de pós-graduação, cujos temas de pesquisa poderão ser explorados durante as ações, a atual proposta tem como característica a interface com ensino-pesquisa-extensão.

A interação com a sociedade permitirá o estudante conhecer melhor as necessidades das comunidades atendidas e compreender seu papel como agente de transformação social. O estudante também desenvolverá habilidades de relação interpessoal e de comunicação oral e escrita, uma vez que realizará atividades para um público diverso, além de aprofundar seu conhecimento nas áreas de educação e saúde. Todas as atividades executadas pelos alunos serão avaliadas, por meio de observação direta dos docentes que acompanharão as atividades e fornecerão os feedbacks.

Há um impacto direto e imediato em relação às mudanças de hábitos da comunidade atendida, principalmente em relação à promoção de saúde e prevenção de doenças. A longo prazo o impacto poderá ser observado através da mudança na trajetória de vida dos estudantes que serão atendidos pelo projeto, estimulando a permanência dos estudantes na escola e incentivando a continuidade dos estudos na Universidade, diminuindo a desigualdade e exclusão e promovendo o desenvolvimento da região do Vale do Jequitinhonha.

O projeto será divulgado nas mídias sociais (Youtube, Instagram e Facebook) e nas páginas da PROEXC, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) e na Faculdade de Medicina (FAMED).

As atividades desenvolvidas pelos estudantes poderão ser utilizadas na creditação da extensão tanto na graduação quanto na pós-graduação.