Visitante
A violência e suas sombras - Reconhecer, compreender e agir
Sobre a Ação
202203000052
032022 - Ações
Evento
RECOMENDADA
:
CONCLUÍDA - ARQUIVADA
23/03/2022
11/04/2022
Dados do Coordenador
ana paula de figueiredo conte vanzéla
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Saúde
Direitos Humanos e Justiça
Grupos sociais vulneráveis
Nacional
Não
Não
Não
Dentro e Fora do campus
Noite
Não
Redes Sociais
Videoconferência agendada no Google Meet: A violência e suas sombras. Poderá ser alterada para transmissão no Youtube, dependendo do quantitativo de participantes. Quinta-feira, 10 de março · 6:30 até 8:30pm Informações de participação do Google Meet Link da videochamada: https://meet.google.com/bmu-mdnk-zvr
Membros
A ação destina-se a execução de comunicação com a comunidade externa, abrangida e dirigida principalmente para o público de mulheres do bairro da Palha, a fim de refletir com as questões de violência doméstica e seus efeitos emocionais, morais e comportamentais. Está vinculada ao projeto Fermentação - biotecnologia para inclusão e emancipação feminina.
Emancipação feminina, violência doméstica, enfrentamento
A violência doméstica é um lado escuro da sociedade. Se esconde e ao mesmo tempo se efetiva nas sombras do machismo estrutural, fundamentado no patriarcalismo, no preconceito e na desvalorização do ser feminino, muitas vezes visto como propriedade do homem. A violência contra a mulher, crianças e adolescentes é justificada no cultural coletivo que decorre deste contexto em que o homem foi colocado como centro, detentor do papel de mantenedor e autoridade familiar, de quem os demais dependem e a quem pertencem. Esta violência foi agravada pelas questões sanitárias e econômicas que atingiram o mundo durante a pandemia Covid-19, prejudicando a geração de renda, as oportunidades de trabalho e criando situações mais conflituosas no ambiente familiar (IPEA, 2020). Neste ciclo vicioso, as mulheres em vulnerabilidade social são mais atingidas, tendo dificuldade de encontrar trabalho e de conciliar a educação e a proteção de seus filhos. Uma situação que requer intervenção ativa da sociedade, por meio da criação de oportunidades de trabalho e também da criação de espaços de diálogo, reflexão, educação e revisão de hábitos (DAHLBERG; KRUG, 2002). Neste sentido, a principal ação transformadora é a tomada de consciência, a reflexão que impulsiona o agir. Sem esta compreensão, a vítima de violência não pode sair da situação de vítima, nem tornar-se agente de suas próprias escolhas. Nas palavras da coordenação do Procaj, em todo lugar onde existe um problema, existe latente a solução e, se existe carência, existe também a potencialidade, que precisa ser construída a partir das reflexões conjuntas e da atuação de todos. A comunicação reflexiva objeto desta proposta situa-se nesta condição, de fomentar o reconhecimento das sombras da violência que se instalaram na sociedade, seus efeitos e a maneira de superação mais produtiva e adequada a partir do ponto de vista do próprio público alvo, porém, estruturada em bases científicas e sob a colaboração de profissionais da área de saúde mental e assistência. A violência projeta sombras interiores e exteriores. Sombras que atingem o emocional, gerando, com frequência, sentimentos de culpa que colocam a vítima como responsável pela violência que sofreu, com justificativas extraídas da cultura machista e amplamente divulgadas no cotidiano: "mas, olha a roupa que ela usou...", "se ela não provocasse, ele seria mais calmo...", "ela mereceu...", "... ele trabalha o dia todo e quando chega a casa está suja...". E tantas outras concepções que se solidificaram no imaginário como responsabilidade da mulher pelos atos do seu companheiro. A violência, vivida uma única ou repetidas vezes, além da sombra da culpa em que a vítima se pergunta o que fez de errado para merecer a agressão, gera sombras comportamentais de introspecção, isolamento, desconfiança, complexo de inferioridade e medo, prejudicando a convivência social e a livre expressão do potencial humano de criar, produzir e se realizar como indivíduo livre e capaz. Por isto, é necessário lançar luzes sobre as situações de violência, identificando as sombras nas quais se esconde e também as que causa, para que, ao lidar e reconhecer situações de violência, a sociedade possa combatê-las, mas também acolher a vítima como indivíduo, não na ótica do assistencialismo e do desconhecimento de suas potencialidades, mas sim, ao compreender seus efeitos, intervir de forma construtiva, aberta e dialética, abrindo perspectivas de mudança real e de emancipação. "A violência e suas sombras - reconhecer, compreender e agir" foi pensada como este espaço reflexivo para mulheres em situação de violência e vulnerabilidade. Esta ação pretende intervir na desigualdade social imposta a estas mulheres, por meio de ações educativas que lhes permitam reconhecer seu próprio potencial, tornar-se protagonistas de suas próprias escolhas, repensar suas vivências e fortalecer sua instrumentalização para o mundo do trabalho.
Superar as situações de violência não é tarefa fácil. Mas, não é possível supor que a extensão se esconda dentro de atividades comuns e sobreviva na segurança do corriqueiro. Paulo Freire (1972) diria que a extensão não é apenas estender, mas comunicar, buscar o outro para um diálogo e deste, que é o processo da conversa, construir coletivamente, trocar saberes, sem os quais, nenhuma ação é efetiva ou verdadeiramente transformadora - que é o objetivo da extensão real. Ora, não há diálogo possível se não se coloca na experiência do outro, com quem se pretende a comunicação. Público alvo, por si, já é uma palavra gasta, pois ninguém é alvo se é protagonista: todos devem estar envolvidos e quando se busca treinamento para a partida, para sair em diálogo, isto é extensão pura. É como fazer as malas para uma longa viagem, sem um roteiro traçado, desbravando um caminho onde poucos se aventuraram, onde poucas pistas orientam a trilha, mas, que em grupo, é possível. Tão possível quanto necessário quando se observa o quadro da violência na cidade de Diamantina (Dória, 2020). Mas, para construir uma relação saudável de confiança, compromisso e qualidade, a fim de gerar resultados verdadeiros e duradouros, que permitam superar situações de opressão da mulher em seu próprio lar e de lhe possibilitar criar perspectivas, é preciso estar preparado emocionalmente e possuir instrumentos a fim de identificar os efeitos da violência, as formas de reagir profissionalmente e de forma construtiva. Entretanto, uma reflexão, pode ser intimista ou pode ser aberta. O que se propõe nesta ação é a abertura de caminhos de diálogos: entrar em um espaço de fala, onde muitos membros da comunidade acadêmica não têm lugar, ou têm, pois por experiência própria, sabem o que é a sombra da violência, da fome, da opressão do potencial criativo a partir do próprio ambiente familiar que deveria servir de estrutura. Não haja ingenuidade nesta reflexão, nem discursos politicamente corretos: falar de violência já é lançar luz, pois nunca se sabe quais experiências o "público alvo"- as mulheres envolvidas no Procaj, as moradoras da periferia de Diamantina, da Palha, as universitárias agredidas pelos companheiros, pelos colegas, pelos professores, pelo assédio moral e sexual institucionalizado, hierarquizado, fundado e escondido nas sombras da sociedade - trarão à tona. A palestra, roda de conversa, reflexão, seja o nome que quisermos dar, É necessária à equipe do projeto "Fermentação - biotecnologia para inclusão e emancipação feminina", e está prevista na proposta Pibex que foi aprovada em edital da Proexc. Mas, não é apenas isto, nem é esconder-se nos muros da extensão convencional: É sair em busca e conversar com e sobre a violência e suas vítimas. Sem reflexão, toda a ação é sem rumo e toda trilha pode levar a qualquer lugar. Não é objetivo desta proposta andar sem rumo nem chegar a qualquer lugar, mas sim, sair do lugar comum e abrir-se à comunidade, pois além dos membros do projeto Fermentação, todos são partícipes de uma sociedade e, como tais, precisam ser alcançados pela reflexão para se tornarem pontes de mudança e de novos caminhos. Principalmente da mudança da própria condição de vida.
Realizar reflexões online abordando a violência como tema principal, bem como seus efeitos e consequências morais e comportamentais, a fim de possibilitar sua compreensão como fenômeno complexo, seu reconhecimento no cotidiano e para intervir ética e respeitosamente na proposição de mudança de atitude, conforme os seguintes objetivos específicos: 1 - Construir o diálogo com a comunidade envolvida: mulheres da Palha em situação de vulnerabilidade 2 - Organizar o espaço de reflexão envolvendo todos os colaboradores envolvidos 3 - Instrumentalizar a reflexão em bases cientificas e pela troca de saberes com agentes sociais, profissionais e com a vivência das mulheres que aceitarem participar desta proposta 4 - Compilar as contribuições resultantes das reflexões e as proposições de ação para a superação da vulnerabilidade à violência que podem se desdobrar em ações futuras
1 - Discutir a violência como fenômeno complexo e construir diretrizes coletivas para a sua superação, a partir do diálogo entre o mundo acadêmico e a experiência das mulheres partícipes da ação 2 - Criar grupo de trabalho com ao menos 10 mulheres em vulnerabilidade, estudantes de graduação, professores e técnicos da UFVJM e profissionais externos 2 - Envolver estudantes de graduação da área de Saúde e Educação, do grupo PET - Biologia/UFVJM e do curso de Farmácia, como meio de oportunizar formação integrada e a partir da realidade - ao menos 10 estudantes ouvintes da palestra 3 - Envolver a comunidade externa para promover a reflexão e a superação do negacionismo e da omissão quanto às situações de violência - ao menos 30 participantes externos à UFVJM
1 - Planejamento de ações reflexivas com profissionais experientes e formados na área de saúde mental e antropologia: realização de convite e ajuste de detalhes das reflexões via WhatsApp, e-mail e reuniões. Será feito por meio de reunião entre a coordenação, a discente Daniele e um profissional da área de saúde mental e outro de antropologia que será buscado na comunidade. 2 - Acesso às comunidades envolvidas a partir das associações que têm capilaridade nos espaços de vivência do público alvo: convites e conversas com associações, agentes sociais e organizações que atuam nestes espaços. A coordenadora da ação, os professores, técnicos e discentes envolvidos agendarão reuniões com organizações sociais e entidades públicas para apresentar o projeto e solicitar a divulgação entre as mulheres assistidas por estas entidades. Nas reuniões, será solicitado que sejam indicados os nomes de mulheres que possam ser contactadas via WhatsApp, e-mail, presencialmente por meio de visitas ou telefonemas para entrega e realização do convite para participação, bem como explicar a ação. 3 - Elaboração de material e divulgação dos eventos de palestra/reflexão: montagem de cartaz digital informativo e solicitação de divulgação à Proexc e à Dicom via portal da UFVJM e e-mail geral. O material será elaborado pelos discentes, com auxílio da coordenadora da ação, na forma de folders digitados no Power Point ou equivalente e salvos em pdf, png, etc para envio por e-mail, WhatsApp, solicitação de divulgação no portal da UFVJM. Divulgação em grupos da comunidade externa, associações, organizações não governamentais e outras universidades também será feito por meio do envio do material via e-mail e grupos de WhatsApp ou redes sociais como FaceBook dos membros da ação. 4 - Elaboração de formulário de inscrição online via Google Forms será feito pela coordenadora da ação. 5 - Realização das palestras e reflexões online, com mediação e diálogo a partir da experiência das mulheres e agentes sociais participantes: será conduzida por profissional de saúde mental e mediado pela coordenadora, pela discente Daniele Sabrina de Fátima. O chat será acompanhado pelos demais discentes, docentes e técnicos membros da ação que deverão fazer um compilado das perguntas e encaminhar para os mediadores, a fim de propiciar a discussão em tempo real. 6 - Construção de um relato de experiências a partir dos eventos realizados: a partir do compilado de perguntas, debates e contribuições dos participantes das palestras, será feita uma reunião da equipe do projeto para elaborar material escrito sobre os impactos da violência a partir das experiências vivenciadas. Com este material serão também discutidos pela equipe novas ações que podem ser propostas para o enfrentamento da violência. 7 - Envio do relatório de ação à Proexc e da lista de participantes e palestrantes para emissão de certificados: será feito pela coordenadora da ação.
DAHLBERG, L. L.; KRUG, E. G. Violence: a global public health problem. In: KRUG, E. G. et al. (Eds.) World report on violence and health. Geneva: World Health Organization, 2002. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/42495/9241545615_eng.pdf. Acesso em 17 set. 2021. DORIA, G.A. Um olhar além dos números: análise do perfil epidemiológico da violência interpessoal e autoprovocada notificada do município de Diamantina, Minas Gerais. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino em Saúde) – Programa de Pós-graduação em Ensino em Saude, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, Minas Gerais. 135p. 2020. Disponível em: http://acervo.ufvjm.edu.br/jspui/handle/1/2536?mode=full. Acesso em: 17 set. 2021. FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Violência doméstica durante a pandemia de Covid-19. Nota técnica. São Paulo, 16 abr. 2020. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wpcontent/ uploads/2018/05/violencia-domestica-covid-19-v3.pdf. Acesso em: 17 set. 2021. IPEA. FREIRE, P. Extensão ou Comunicação. 8ª Edição, Rio de Janeiro, 1983. 93 p.
A ação está sendo construída com profissional de saúde mental, médico com consultório próprio e atuação independente de outras entidade. A ação não está sendo realizada em parceria com os hospitais e clínica de Diamantina-MG, porém este vivencia em sua prática o contato com diferentes pacientes da comunidade local e poderá retribuir para construir a relação de diálogo e de acesso aos grupos de mulheres que desejaram contribuir para a reflexão sobre a violência, seus mecanismos e formas de superação. Não se trata de uma parceria com organizações neste momento, e sim da participação de um membro da equipe, o que não pode ser feito via Siex, devido à falha na inclusão de membros externos, já relatado à diretoria de extensão. O profissional experimenta diariamente a vulnerabilidade social e construirá conjuntamente o acesso e a forma de diálogo com as mulheres em vulnerabilidade a partir de sua formação e atuação, para que a violência, comumente vista como parte da cultura e amplamente aceita, negada ou justificada, possa ser descontruída a partir das próprias bases onde se alicerça. Este profissional se dispôs a estabelecer em formato de diálogo a sua contribuição e sua experiência para que a ação seja bem sucedida, tanto na sensibilização dos grupos acessados para participar, quanto pela formação da equipe que se prepara para dialogar e se aventurar em um espaço escondido nas sombras. Envolve também equipe extensionista formada por estudantes, técnicos e docentes da UFVJM das áreas da Saúde e Educação, que experienciam a violência como parte do processo que afeta a saúde, entendida esta como processo amplo de bem-estar e que precisa ser promovida e protegida, não apenas recuperada. Neste contexto, conversar com as mulheres em situação de violência é abrir-se à realidade social e agir para sua transformação, por meio de um diálogo, do qual podem resultar um ciclo de ações e mudança.
Na ação serão integrados profissionais da área da Saúde e da área de Educação - Medicina, Farmácia, Nutrição, Ciências Biológicas - com experiência em pesquisa, no atendimento clínico, nas Estratégias de Saúde da Família, membros internos e externos à UFVJM. A vivência acadêmica aliada à vivência do exercício profissional contribuirá para construção de um debate amplo e de qualidade, capaz de levantar diferentes aspectos relacionados à saúde mental enquanto afetada pela violência, bem como a melhor forma de compreender seus efeitos e de interagir para sua superação. Uma abordagem que supera os conteúdos curriculares de disciplinas de graduação e oportuniza aos estudantes de saúde e educação, vivenciar, de forma transversal, a questão dos direitos humanos e sua relação com componentes políticos e culturais que permeiam o complexo fenômeno da violência doméstica.
A palestra "A violência e suas sombras - reconhecer, compreender e agir" está sendo alicerçada em resultados científicos, publicados em trabalhos e conferências da OMS e de outras instituições sobre a questão da violência contra a mulher, a vulnerabilidade dos ambientes domésticos à situações de violência, recrudescidas durante a pandemia Covid-19 e, portanto, é uma resposta extensionista aos dados de diversos pesquisadores, sociólogos, ativistas e jornalistas que, em seu exercício profissional, têm denunciado a violência como aspecto central a ser enfrentado. É uma resposta aos dados e trabalho de diversos profissionais e, portanto, está intrinsicamente ligada à pesquisa científica, como resposta de ação e transformação, inerentemente um ato de extensão, mais comunicação que extensão propriamente dita, na ótica de Paulo Freire. Além disso, trazer estudantes de graduação em Saúde e Educação para este debate, amplia sua formação em bases técnicas, porém não conteudistas, possibilitando uma formação extra-muros e construída a partir da realidade social na qual futuramente estará inserido o seu fazer profissional.
Os estudantes de graduação, enquanto agentes de construção do diálogo sobre violência com um profissional médico da área de saúde mental, serão fortalecidos para o próprio exercício profissional, enquanto futuros profissionais capazes de dialogar com a sociedade e de construir respostas coletivas para identificar e reagir à situações de violência, na sala de aula, para os estudantes dos cursos de licenciatura e nos espaços de promoção, proteção e recuperação da saúde, para estudantes do curso de Farmácia. Os estudantes terão a incumbência de levantar os principais indicadores de violência doméstica e seus efeitos sobre o comportamento, um trabalho que envolve a pesquisa prévia de dados científicos sob perspectiva construtivista para sua própria formação transversal, a fim de qualificar o debate com o palestrante e de orientar o treinamento da equipe no sentido de construir competências para agir com vítimas de violência a fim de superar e promover sua emancipação.
O primeiro impacto é o do reconhecimento sobre uma questão que permeia nossas estruturas sociais: a violência doméstica, presente em todos as camadas da sociedade e escondida em suas estruturas. À medida em que se fala sobre violência e seus efeitos, traz-se à luz uma situação vivida nas sombras, oculta na omissão de vizinhos, familiares, amigos e profissionais que têm contato com as vítimas. Quando se traz esse público, que na verdade somos todos, para ouvir e falar sobre violência contra a mulher, o impacto é abrir diálogo, enfrentar o negacionismo e a aceitação tácita de um papel submisso que foi imposto historicamente à mulher no contexto familiar e social. Portanto, a mudança está em trabalhar as mentalidades e superar paradigmas construídos ao longo de muito tempo, arraigados na cultura patriarcal, que a tanto custo se tenta vencer e transformar. A palestra "A violência e suas sombras" é um espaço de reflexão e diálogo para propiciar mais um avanço nesta transformação, sem a ingenuidade de crer que, por si só, resolverá o problema, mas pretende ser uma contribuição: avançar pelo menos um passo, ao invés de se omitir confortavelmente. Obviamente, não se encerra um problema ao falar sobre, mas também, não se resolve um problema sem falar sobre, sem reconhecer que existe. A forma de ver a violência é muito diferente para quem assiste aos telejornais e para quem o experimenta no cotidiano. Por isto é necessário trazer toda a sociedade para contribuir: os profissionais de saúde que tratam seus efeitos no consultório, os agentes das organizações e projetos sociais que atuam junto à sociedade mais afeta pela violência, para quem esta é um obstáculo à realização de uma vida humana e plena de sentido, de realização pessoal e de superação de desigualdades; os futuros profissionais de Saúde e da Educação, que terão que lidar com a violência no seu espaço de trabalho e que precisam estar preparados para compreender seu fenômeno e as ações que podem ser direcionadas para a romper este ciclo. Mas, sobretudo, será dado lugar de fala às mulheres participantes e "alvo" desta ação, para quem geralmente, há pouco ou nenhum espaço e oportunidade de expressão. É um meio de sair da invisibilidade das sombras: fazer com que a violência seja reconhecida como um mal que atinge o espaço doméstico e a mulher cotidianamente.
Preparo da arte de divulgação em formato de cartaz digital, a ser encaminhado com solicitação de divulgação via e-mail para os órgãos de gestão e comunicação da UFVJM (Dicom e Proexc). Solicitação de divulgação via portal da UFVJM como ação extensionistas. Divulgação para outras universidades do país por meio de grupos de WhatsApp e e-mails institucionais, com envio do material e link para inscrição de participantes. Divulgação para a comunidade de Diamantina-MG por meio de mídias sociais (FaceBook da coordenação do evento).
Será solicitado no momento da ação a autorização para gravação e disponibilização da palestra por meio de mídias sociais, a ser mantida para visualização no canal YouTube da coordenadora da ação, de modo a ampliar o alcance.
Programação do Evento
Conferência via Meet ou YouTube
24/03/2022
19:00
20:00
Palestra reflexiva online - A violência e suas sombras: reconhecer, compreender e agir. Com duração de aproximadamente uma hora serão abordadas as formas de violência e seus efeitos emocionais e comportamentais, com espaço para contribuição de experiências vividas e caminhos de superação.
Conferência via Meet ou Youtube
11/04/2022
19:00
20:00
Palestra reflexiva online - A violência e suas sombras: partilhando experiências e construindo soluções Com duração de aproximadamente uma hora serão discutidos projetos e ações de intervenção para emancipação feminina a partir da realidade do público envolvido, especialmente das mulheres participantes da ação.
Público-alvo
Integrantes de associações de bairro, centros de assistência social, profissionais da educação, profissionais de saúde e ativistas de organizações não governamentais que atuam com pessoas em vulnerabilidade social.
Moradoras do bairro da Palha assistidas pelo Procaj ou pela Associação da Palha, ou ainda as que sejam indicadas pelo CRAS ou que desejem por iniciativa própria aderir ao diálogo e à construção de soluções. Não será limitado o número de participantes, desde que seja possível viabilizar a reflexão via YouTube. Espera-se atingir um número mínimo de 10 mulheres, visto que pretende-se também construir um espaço de reflexão para proposição de soluções e ações futuras.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Belo Horizonte - MG
Viçosa - MG
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 10 h
- Noite;
Palestra via conferência online, aberta à comunidade interna e externa da UFVJM, sob inscrição prévia. Destina-se primordialmente ao treinamento da equipe extensionista do Projeto FermentAção e demais envolvidos.
- Noite;
Reunião para ajustes finais antes do evento.
- Noite;
Elaboração de formulário, coleta de inscrições e elaboração de lista de presença
- Noite;
Palestra reflexiva e troca de experiências sobre situações de violência e possibilidades de ações para superação.
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Elaboração de folders, entrega no bairro da Palha e envio por e-mails, grupos e redes sociais para ampla divulgação do evento.