O projeto “Espinhaço Parkour – Iniciação ao Parkour Básico” é uma ação de extensão, para adultos maiores de 18 anos de idade, membros da comunidade interna e externa a UFVJM. O projeto tem o objetivo de disseminar a cultura do parkour, oferecendo encontros para o ensino-aprendizado da filosofia e técnicas da modalidade, no Laboratório de Ginástica do Departamento de Educação Física da UFVJM, com encontros semanais às segundas-feiras, das 14:30 às 16:30, durante o ano de 2022.

Parkour; Iniciação; Freerunning; Ginástica.

O parkour fundamenta-se na utilização apenas do próprio corpo para o deslocamento, superando de maneira fluida e harmoniosa os obstáculos encontrados no caminho, sendo eles naturais de um determinado espaço ou inseridos especificamente para os treinos e/ou competições. Em fevereiro de 2017, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) deu início ao processo de inclusão do Parkour como disciplina esportiva gímnica. Essa ação, em conjunto ao aparecimento da modalidade, cada vez mais frequente, em filmes de ação, documentários, reportagens e o como tema de abertura das Olimpíadas Rio-2016, favoreceram o seu reconhecimento mundial. Sendo assim, a proposta desse projeto busca disseminar a cultura do Parkour em Diamantina a partir de encontros presenciais, visto que é uma prática corporal recente, muito promissora e desenvolve integralmente as habilidades de forma significativa. Segundo Lucas Ribeiro (2014), “O objetivo da funcionalidade completa em qualquer situação é fundamental, e no fim, conseguir este estado mental e físico é necessário para enfrentar e superar os desafios que são parte integrante da formação parkour.”

A cultura do Parkour na região de abrangência da UFVJM é pouco conhecida, sendo uma possibilidade a ser integrada para maior (re)conhecimento das riquezas de espaços urbanos e naturais propícios para a prática. Além de promover uma atividade radical, prazerosa e que está em crescente estruturação em todo o mundo. “O corpo torna-se instrumento de liberdade e um meio de redefinir a paisagem urbana. O que antes eram barreiras ou obstáculos tornam-se continuações naturais de ruas ou passeios. Este desporto cria, assim, um mundo paralelo de liberdade de movimento (e expressão) dentro da amálgama de obstáculos e inibições das cidades actuais”. (CARVALHO; PEREIRA, 2008).

Objetivo Geral: Disseminar a cultura do Parkour na região, estimulando o desenvolvimento integral dos participantes. Objetivos específicos: ● Promover encontros para o ensino-aprendizagem de elementos específicos do Parkour; ● Promover o reconhecimento do Parkour como uma prática pertencente à cultura corporal de movimento possível de ser praticada na região em que a UFVJM está localizada; ● Promover uma atividade radical de forma segura com o ambiente e riscos controlados.

• Realizar um encontro semanal de duas horas de duração; • Atender 20 participantes durante a realização do projeto; • Promover e participar de oficinas, vivências e visitas técnicas em locais que desenvolvem Parkour e/ou que se interessem por esta prática corporal; • Realizar parcerias com outros projetos de ensino-pesquisa-extensão da UFVJM e de outras universidades brasileiras; • Aprimorar o conhecimento pedagógico e filosófico dos envolvidos no projeto (coordenador, monitores, participantes) em relação ao Parkour; • Realizar um encontro de Parkour na cidade para demonstração da modalidade.

Os encontros serão realizados no Laboratório de Ginástica do Departamento de Educação Física da UFVJM. Os encontros presenciais serão subdivididos em seis momentos: 1. Abertura: roda de conversa inicial, na qual será feita a troca de informações sobre assuntos gerais, coleta de dados sobre os participantes, explicações dos objetivos e propostas para a aula; 2. Preparatório: se inicia as atividades que visam condicionar o corpo do aluno para a aula, com alongamentos, rotações articulares, aquecimento, fortalecimento; 3. Técnico: é estimulado a execução das técnicas da modalidade. Esse momento é baseado no reducionismo, onde há uma subdivisão da técnica em etapas de desenvolvimento, sendo necessário concluir com satisfação as bases do movimento para depois alcançar uma execução bem feita do mesmo; 4. Fluidez: é aplicado as técnicas aprendidas anteriormente em uma sequência de obstáculos, com o objetivo de aprimorar a leveza, sutileza e domínio das técnicas; 5. Liberdade: é estimulada a criatividade em resolução de problemas, criação de novas sequências de movimentos pelos alunos, em um momento centrado nos alunos, o objetivo principal é criar uma independência de forma segura na prática, bem como colocar em prática conteúdos aprendidos em aulas anteriores. Também um momento de superação de limites, aumento da confiança e descontração entre os alunos e instrutores 6. Encerramento: roda de conversa final sobre o desenvolvimento do encontro. Os conteúdos a serem trabalhados nos encontros serão: ● Limites, história, boa conduta, ética, cultura, filosofia; ● Equilíbrios e apoios; ● Cat Balance; ● Saltos, aterrissagens e balanceamentos; ● Corridas e Passadas; ● Stride; ● Tic Tac; ● Precision; ● Running Precision; ● Crane; ● Underbar e Lâche; ● Rolamentos: Frontal, Diagonal e Latera; ● Giros Laterais; ● Estrela; ● Quadrupedismo; ● Cat Leap / Pulo do Gato; ● Wall Run; ● Dismount; ● Vault Safety; ● Vault Speed; ● Vault Turn; ● Vault 360°; ● Vault Lazy; ● Vault Thief; ● Vault Kash; ● Monkey Up; ● Vault Safety Reverso; ● Vault Monkey; ● Vault Dash; ● Vault Kong; ● Palm Spin; ● Back Flip; ● Front Flip; ● Side Flip; As atividades sempre são supervisionadas pelo monitor sob a supervisão da coordenadora, mas os participantes também serão instruídos a fazerem segurança e acompanhar a execução dos movimentos. Uma planilha de treino contabiliza as técnicas aprendidas a fim de elaborar um gráfico de desenvolvimento técnico com o passar do tempo, sendo registrada a data em que foi dominada cada técnica. O tempo destinado para o aprendizado de cada técnica varia de acordo com o desenvolvimento do aluno. Todas as medidas de segurança cabíveis serão tomadas, porém a existência de riscos é inegável. O feedback dos participantes é de grande importância para identificar as necessidades especiais do mesmo. A prática fica vedada em estabelecimentos privados sem a autorização do mesmo, e ainda deve respeitar normas, leis e ordens das entidades públicas que administram os locais públicos de treinos.

CARVALHO, Rui; PEREIRA, Ana Luiza. Percursos alternativos – o parkour enquanto fenómeno (sub)cultural. VI CONGRESSO PORTUGUÊS DE SOCIOLOGIA. NÚMERO DE SÉRIE: 77. 2008. GAMA, José. Raymond Belle. Parkour Portugal. Maio de 2008. Disponível em: http://parkour.pt/site/artigos/parkour/pt_raymond_belle.html . Acesso em: 01/06/2021. NUNOMURA, M. (org.) Fundamentos das ginásticas. 2a ed. Várzea Paulista: Fontoura, 2016. RIBEIRO, Lucas. A história do parkour. Ponto B Parkour. 2014. Disponível em: https://pontob.com/a-historia-do-parkour Acesso em: 15/02/2022.

O projeto almeja o desenvolvimento de relações entre Universidade e Sociedade, estimulando a troca de saberes e a aliança com setores e organizações sociais distintos, na intenção de produzir, em interação com a sociedade, uma prática corporal plural, diversa e sensível que (re)conhece e valoriza os espaços urbanos e naturais regionais.

A interdisciplinaridade e interprofissionalidade são relevantes para o projeto, uma vez que diferentes saberes serão solicitados aos participantes durante a prática corporal. Por ser aberto à comunidade em geral, membros internos e externos à UFVJM, espera-se a presença de pessoas de diversas de áreas de conhecimento, inclusive aqueles com saberes populares.

O estudante da UFVJM estará inserido no desenvolvimento do projeto atuando como (co)responsável pela organização da proposta e pelas atividades que serão desenvolvidas. As ações serão orientadas da seguinte forma: – No âmbito da extensão, o monitor participará obrigatoriamente no planejamento de todas as ações do projeto, atuando como mediador de ideias, discussões e proposições para o bom andamento do projeto. – Na pesquisa, será obrigatório a participação no Grupo de Estudos e Práticas das Ginásticas – GEPG (UFVJM/CNPq), para que o monitor tenha condições de se aprofundar em estudos sobre a ginástica e o Parkour, ampliando sua formação para atuação no projeto, assim como possibilitando-o a produzir e apresentar trabalhos científicos sobre o projeto; – No ensino, devido a sua experiência com o Parkour, o monitor será solicitado a contribuir nas unidades curriculares que abordam o conteúdo gímnico.

- Pesquisar, planejar e executar atividades relacionadas à ginástica e ao Parkour nos encontros semanais de construção do projeto; - Participar na organização das apresentações artísticas; - Aprofundar nos estudos em ginástica e Parkour, visando elaborar e apresentar trabalhos em eventos acadêmicos, compartilhando as experiências construídas no contexto do projeto.

A proposta visa ampliar o conhecimento sobre a ginástica e o Parkour a partir da compreensão sobre as possibilidades de prática no meio urbano e natural da região, com o intuito de promover o (re)conhecimento desses espaços, assim como sua preservação e valorização. Espera-se que os participantes assumam atitudes coerentes com a importância dos patrimônios materiais presentes em nossa região.

Será feita através das mídias sociais, como Instagram, Facebook e WhatsApp, além das páginas oficiais do Departamento de Educação Física, da PROEXC e da UFVJM com disseminação para o maior número de pessoas de Diamantina e região.

Estudos acadêmicos (resumos para congressos científicos, artigos científicos, trabalho de conclusão de curso)