Detalhes da ação

Segurança de Medicamentos na Hemodiálise

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202206000025

Tipo da Ação

Cursos Online

Situação

RECOMENDADA :
CONCLUÍDA - ARQUIVADA

Data Inicio

01/08/2022

Data Fim

30/12/2022


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

delba fonseca santos

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências da Saúde

Área Temática Principal

Saúde

Área Temática Secundária

Educação

Linha de Extensão

Educação Profissional

Abrangência

Municipal

Gera Propriedade Intelectual

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Dentro e Fora do campus

Período das Atividades

Integral

Atividades nos Fins de Semana

Não


Redes Sociais

Facebook
InstagrAM
Outras Redes Sociais

WhatsApp.

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 400 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 400 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 200 h
Resumo

O curso visa treinar os técnicos de enfermagem sobre a segurança e eficácia dos medicamentos administrados, como as formas corretas de armazenamento, preparo e administração dos medicamentos mais utilizados na hemodiálise, com enfoque nos potencialmente perigosos ou que exigem regimes especiais de administração. Também serão abordados temas como a monitorização de reações adversas e alergias, evitando complicações no tratamento, e a importância do processo de farmacovigilância dos medicamentos.


Palavras-chave

Hemodiálise; Uso de medicamentos; Segurança do paciente; Assistência à saúde; Retirada de Medicamento Baseada em Segurança


Introdução

A educação permanente surgiu diante da demanda de formar profissionais que além do conhecimento técnico também manifestassem conhecimentos e responsabilidades políticas, éticas e sociais com o cuidado (UNESCO, 1998; GUIMARÃES; MARTIN; RABELO, 2010), em que há uma maior necessidade de envolvimento desses trabalhadores com a assistência para promoção de melhorias na qualidade e efetividade desta (FERREIRA et al., 2012; LEMOS, 2016). Foi pensando na importância que a educação permanente possui como medida de transformação social, pautada no processo de aprendizagem em serviço, (CAMPOS; SENA; SILVA, 2017), que em 2004 o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Educação Permanente como uma ferramenta para nortear o processo de qualificação dos profissionais de saúde, provocando um pensamento reflexivo e crítico sobre as práticas adotadas, resultando em mudanças benéficas para as instituições (CARVALHO; TEODORO, 2019; CECCIM; FEUERWERKER, 2004; FREITAS et al., 2016). Assim, seria possível ampliar o acesso da população à saúde, em que o desenvolvimento de recursos humanos se torna indispensável para a garantia da integralidade (MATTOS, 2003; OPAS, 2017). Diferentemente do processo de educação continuada que ocorre por meio de ações pontuais e impositivas em que os profissionais não ganham espaço para compartilhar e refletir sobre os problemas observados no cotidiano profissional, a educação permanente criaria possibilidades de interação com os usuários passíveis de gerar modificações benéficas no contexto da saúde (SANTOS; REIS, 2020). Para que o processo de aprendizagem seja exitoso, alguns autores sugerem colocar o sujeito da ação em posição de protagonismo (GUIMARÃES; LIMA, 2012) dentro do ambiente de trabalho (SILVA; OGATA; MACHADO, 2007) de forma que ao reconhecer o seu papel como transformador dessa realidade e o seu público alvo este escolherá desempenhar um papel ativo, compartilhador de saberes, projetando uma transformação pessoal em coletiva junto à comunidade (SANTOS; REIS, 2020) e da equipe de saúde. Instituições de acreditação hospitalar e de avaliação da qualidade recomendam a adoção de modelos de cultura de segurança em decorrência de preocupações com a segurança do paciente dentro dos estabelecimentos de saúde, tendo em vista que este é um assunto prioritário na área da saúde e muito discutido nos últimos anos na tentativa de minimizar que possíveis erros resultantes da assistência cause graves consequências aos pacientes (CARVALHO et al., 2012). A segurança do paciente é definida como a redução do risco de dano desnecessário resultante da assistência a um mínimo aceitável (RUNCIMAN et al., 2009) e pode ser afetada por falhas na utilização de medicamentos (BATES, 2007) sendo a falta de conhecimento um dos fatores causadores (FARIA; CASSIANI, 2011; SILVA et al., 2007). A instauração e execução de uma cultura de segurança nos estabelecimentos de saúde está vinculada à melhorias na qualidade do serviço uma vez que está associada à redução da morbimortalidade e dos gastos em saúde decorrentes de eventos adversos, podendo ser introduzida com a realização de treinamentos frequentes dos profissionais de saúde, contribuindo de forma positiva para a segurança do paciente (CARVALHO; CASSIANI, 2002). Rigobello et al 2012 ao avaliar a percepção dos profissionais da equipe de enfermagem quanto ao comprometimento do estabelecimento de saúde com a segurança do paciente, 49% dos profissionais disseram que seu ambiente de trabalho não propicia a aprendizagem com os erros cometidos, havendo percepções de um ambiente de punição frente a esses erros, e 57% disseram que as suas sugestões para melhorar a segurança do paciente não seriam colocadas em prática pela instituição. Nem todos os erros ocorridos chegam a atingir o paciente (Near Miss) ou causam danos, entretanto os eventos adversos são os incidentes resultantes de falhas do processo assistencial que provocaram algum malefício ao paciente seja uma lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo ser psicológica, social ou física (RUNCIMAN et al., 2009; WHO, 2009), podendo ser classificados como não preveníveis e preveníveis sendo estes considerados graves (ANACLETO et. al., 2010; PERREN et al., 2008), gerando um impacto econômico negativo para a saúde (VILELA et al., 2018). Os erros de medicação podem ser resultantes de qualquer etapa da cadeia medicamentosa que inclui as etapas de prescrição, dispensação e administração de medicamentos (FILHO et al., 2013). Dos erros ocorridos na cadeia medicamentosa, a relacionada a etapa administração de medicamentos, a qual está a encargo da equipe de enfermagem, foi a que teve maior impacto financeiro na revisão bibliográfica realizada por Vilela et al 2018, gerando um custo evitável de dois bilhões de dólares, apesar dos erros de prescrição serem os mais frequentes,. Entre os eventos adversos passíveis de ocorrer nas instituições de saúde aqueles relacionados ao uso dos medicamentos estão entre os mais frequentes e tem preocupado os serviços e a equipe de saúde assim como tem recebido maior enfoque das instituições de ensino quando o assunto é a segurança do paciente (ROCHA et al., 2021), sendo recomendado que os estabelecimentos de saúde adotem o protocolo de uso e administração de medicamentos publicado no Plano Integrado para Gestão Sanitária da Segurança do Paciente a fim de evitá-los (BRASIL, 2017). O risco de eventos adversos, dentre eles os erros de medicação, é maior à medida que aumenta a complexidade do cuidado, presença de comorbidades e a polifarmácia, ambos fatores de risco presentes no serviço de hemodiálise tendo em vista a maior gravidade do quadro clínico dos pacientes com doença renal terminal assistidos (BRAY et al., 2013). Além disso, a carência de treinamentos dos profissionais de saúde em aspectos relacionados à melhoria da qualidade dificulta o seu engajamento nas ações de melhoria do serviço e na implantação de medidas de segurança (SILVER et al., 2016). Garrick 2012 em seu estudo ao aplicar um questionário no qual se avaliava a percepção dos pacientes e funcionários de uma unidade de hemodiálise acerca da segurança do serviço, mais da metade dos usuários demonstrou ter medo de ser vítima de algum erro médico durante a hemodiálise (GARRICK; KLIGER; STEFANCHIK, 2012). Isso tem um impacto negativo no tratamento da doença renal crônica, pois a própria condição é caracterizada por perda progressiva e irreversível da função renal, sem perspectivas de melhoras rápidas, causando problemas médicos, sociais e econômicos além de modificações no cotidiano do paciente, necessitando de maior dedicação dos familiares (STUMM et al., 2019). Os pacientes com doença renal crônica em estágio terminal necessitam de vários cuidados como restrições dietéticas e horários para alimentação, restrições hídricas, modificações na aparência corporal, mudanças drásticas no contexto familiar, social e ocupacional que afetam a qualidade de vida desses indivíduos (RIBEIRO et al, 2020) exercendo grande influência nas taxas de hospitalização e mortalidade entre esses indivíduos (KALANTAR-ZADEH et al., 2001). Esses pacientes enfrentam quadros anêmicos crônicos e recorrentes, distúrbios hidroeletrolíticos, além de distúrbios minerais e ósseos com grande risco de desenvolvimento de complicações ósseas e cardiovasculares, com alta taxa de morbimortalidade (RIELLA, 2010). Como consequência acabam necessitando com elevados custos para o sistema de saúde da utilização de vários medicamentos, muitos pertencentes ao componente especializado da assistência farmacêutica (BRASIL, 2017). Os medicamentos para os distúrbios minerais e ósseos costumam causar muitas reações adversas as quais estão associadas à descontinuidade do tratamento e maior risco de interações medicamentosas já que fazem uso de polifarmácia devido também a outras comorbidades (BLOCK et al., 2004; SLININ; FOLEY; COLLINS, 2005; RIELLA, 2010; STEVENS et al., 2004). Apesar da evolução dos equipamentos de hemodiálise nos últimos anos, tornando o procedimento seguro, ainda há estimativas de complicações. Cerca de 30% das sessões de hemodiálise podem ter complicações como hipotensão arterial, câimbras, náuseas e vômitos, cefaleia, dor no peito, dor lombar, prurido, febre e calafrios, diarréia, reações alérgicas, arritmia cardíaca, embolia gasosa, hemorragia gastrintestinal, problemas metabólicos, convulsões, espasmos musculares, insônia, inquietação, demência, infecções, pneumotórax ou hemotórax, isquemia ou edema na mão e anemia, (BASTOS; BREGMAN; KIRSZTAJN, 2010; SANTOS; SARAT, 2008) necessitando de medicamentos utilizados para aliviar esses sintomas, dos quais poucos deles não causam algum efeito colateral (RIBEIRO; JORGE; QUEIROZ, 2020).


Justificativa

Os profissionais de saúde têm papel fundamental para a concretização de medidas que visam a segurança do paciente e têm a responsabilidade de contribuir para a sua implementação, uma vez que realizam procedimentos frequentes durante o cuidado, no qual qualquer erro resultante pode estender o tempo de internação dos usuários no serviço de saúde ou até mesmo gerar sequelas (ROCHA, 2021). Entretanto, a segurança do paciente tem sido pouco abordada no processo de formação dos profissionais de saúde (ABREU et al., 2020; GOMES et al., 2020; LEVETT-JONES et al., 2020; SIQUEIRA et al., 2019), sendo apresentada de forma fragmentada e limitada nos currículos (WHO, 2011;GOMES et al., 2020), sobretudo dos técnicos de enfermagem que necessitam desse conhecimento para a realização de práticas assistenciais seguras (COFEN, 2015; ROCHA, 2021). As iniciativas para a implementação da segurança do paciente no Brasil são recentes e tiveram início com a instauração do Programa Nacional de Segurança do Paciente (SIMAN, 2016). Entretanto a incidência de ocorrência de eventos adversos, mesmo havendo muita subnotificação, são elevadas nos hospitais brasileiros, sendo que parte considerável é decorrente do uso de medicamentos (MENDES et al., 2013). Segundo a Organização Mundial de Saúde em torno de 10% dos pacientes admitidos em hospitais ocidentais sofrem com algum dano resultante da assistência (WHO, 2005). Os estudos Harvard Medical Practice Study I e II, classificaram como altos e frequentes os eventos adversos nos hospitais estadunidenses, muitos deles, inclusive, resultaram em óbitos em que os erros de medicação, grande parte evitáveis, correspondem a cerca de 19% deles, gerando danos graves aos pacientes durante a internação em decorrência de falhas na cadeia medicamentosa, o que resulta em gastos exorbitantes para o serviço de saúde (BRENNAN et al., 1991; KOHN; CORRIGAN; DONALDSON, 1999; LEAPE et al., 1991). Segundo o relatório To err is human: building a safer health care system publicado pelo Institute of Medicine, marco importante para os movimentos em prol da segurança do paciente, nos Estados Unidos há uma estimativa de 7.000 mortes por ano em decorrência desses erros, resultantes de falhas da assistência (KOHN; CORRIGAN; DONALDSON, 1999). Em relação aos gastos, a Inglaterra gasta anualmente cerca de 500 milhões em ações judiciais e assistência extra necessários para reparar danos resultantes de erros de medicação evitáveis (ELLIOTT et al., 2021). No Brasil, um estudo realizado em cinco hospitais brasileiros demonstrou que pelo menos 30% das doses de medicamentos que são administrados no serviço expressam algum erro de medicação (MAX et al., 2010). Alguns relatos inclusive já foram divulgados na mídia, em que abordaram erros cometidos por profissionais de enfermagem, os quais foram punidos perdendo o direito de atuarem na área (SERRA D’AMICO; POLACHINI DO VALLE, 2020). Os erros mais frequentes apontados foram aqueles envolvendo medicação ou via de administração trocada, iatrogenia física e técnica de administração do medicamento errada, os quais podem ser resultantes dos seguintes fatores: armazenamento incorreto dos medicamentos; péssimas condições e sobrecarga de trabalho; estresse e fadiga na equipe de enfermagem (ALVES FERREIRA et al., 2014). Falhas no processo de utilização de medicamentos, as quais geram vários erros de medicação, podem ocasionar problemas graves para o paciente assim como seus familiares, como desenvolvimento de incapacidades, prolongamento do tempo de internação e de recuperação, além de maior necessidade de procedimentos e de fármacos (ANGÉLICA; PETERLINI, 2003; REASON, 2004). Isso, associado a uma cultura punitiva em que o erro é atribuído à pessoa que cometeu e não à falha do serviço em preveni-lo, faz com que haja uma subnotificação desses eventos pelos técnicos de enfermagem, o que torna mais difícil estabelecer medidas de prevenção eficazes e assertivas de acordo com a realidade da equipe e do local onde atuam. (CORBELLINI, 2011; SANCHIS, 2019) Os técnicos de enfermagem por compor a maior parte da equipe de saúde (PERSEGONA; OLIVEIRA; PANTOJA, 2016) e estarem em contato direto e prolongado junto aos pacientes possuem um papel fundamental na segurança do paciente e na prevenção desses erros (RODRIGUES et al., 2020). Entretanto, tem se observado uma fragilidade na formação técnica desses profissionais (FARIA; CASSIANI, 2011; ROCHA et al., 2021; SILVA et al., 2007) e isso pode estar contribuindo para que erros envolvendo o processo de administração dos medicamentos tenha resultado em gastos elevados para os serviços de saúde (LETVAK; RUHM; GUPTA, 2012). Para corrigir esse problema é necessário que os estabelecimentos de saúde e instituições de ensino estabeleçam processos de capacitação e treinamentos contínuos voltados para a equipe de enfermagem (MIASSO et al., 2006), os quais geram impactos positivos para formação desses indivíduos e para o serviço de saúde uma vez que contribui para o aprendizado, reduz a incidência de erros e consequentemente de gastos para as instituições ao mesmo tempo que aumenta a segurança da assistência (MELLO, BARBOSA; 2013). Dessa forma, a equipe de enfermagem também atuaria como a última barreira para prevenir que erros gerados na assistência não atinjam os pacientes (FERREIRA, 2014) já que ela possui a capacidade de identificar situações de risco ou complicação antes mesmo dos demais profissionais de saúde em decorrência do vínculo e a proximidade que estabelecem com esses usuários (BAMPI, 1981). Em decorrência do maior emprego de tecnologias e processos complexos no ambiente da hemodiálise, o risco de erros no local é ainda maior o que configura na necessidade de maior cautela no cuidado em saúde. Além disso, os pacientes com doença renal crônica já se encontram muito fragilizados em decorrência da própria condição clínica, da presença de polifarmácia, definida pela Organização Mundial de Saúde como o uso crônico de pelo menos quatro medicamentos pelo paciente, aumentando a sua susceptibilidade frente a ocorrência de evento adverso durante a assistência, principalmente envolvendo o uso de medicamentos (PENARIOL et al., 2021; RIBEIRO; JORGE; QUEIROZ, 2020). Com isso, surge a necessidade de abordar nos treinamentos conteúdos que contribuam para o fortalecimento da cultura de segurança (BAMPI et al., 2017) por meio do processo de atualização do conhecimento e informação como um processo essencial para assegurar que os profissionais de saúde prestem uma assistência de qualidade para os pacientes (PULIESI ESTORCE; KURCGANT, 2011). Dessa forma, espera-se que o serviço de hemodiálise de Diamantina, que conta com a assistência de quatro médicos nefrologistas, cinco enfermeiros (uma coordenadora de enfermagem), uma nutricionista, uma psicóloga e uma assistente social seja beneficiado com o curso de treinamento a ser ofertado aos 32 técnicos de enfermagem que fazem da equipe de saúde. Acredita-se a capacitação desses profissionais, adaptada à realidade local do serviço e seguindo recomendações de protocolos de segurança já padronizados, melhore a qualidade, segurança e efetividade da assistência prestada no setor de hemodiálise aos 147 pacientes, residentes em 25 municípios do Vale do Jequitinhonha, região de grande vulnerabilidade socioeconômica e baixo acesso aos serviços de saúde (BARBOSA; GAZZINELLI; ANDRADE, 2019; NERI NOBRE et al., 2009; OLIVEIRA; COSTA; FILHO, 2017), os quais precisam sair de seus municípios e comparecer em Diamantina para a realização do tratamento de hemodiálise.


Objetivos

Objetivo geral O curso tem como finalidade minimizar a ocorrência de erros relacionados ao uso dos medicamentos, assim como os demais eventos adversos mais comuns da assistência em saúde realizada pela equipe de enfermagem na assistência dos pacientes com doença renal crônica e que fazem tratamento no serviço de hemodiálise de Diamantina. Objetivos específicos ● Proporcionar os conhecimentos fundamentais sobre a administração; vias e cálculos de diluição e gotejamento de medicamentos; ● Fornecer conteúdos mínimos sobre os medicamentos utilizados no serviço de hemodiálise; ● Estimular a reflexão sobre os meios, recursos e estratégias para a promoção do uso racional de medicamentos; ● Fortalecer a implementação de medidas de segurança do paciente, como recomendado por protocolos de segurança do paciente disponibilizados pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde; ● Estimular a notificação de eventos adversos pelos técnicos de enfermagem; ● Auxiliar na instauração de medidas para prevenção de eventos adversos; ● Incentivar a leitura de prontuários e registro das ações assistenciais nesses documentos como administração de medicamentos, alergias e intercorrências.


Metas

- Capacitar os técnicos de enfermagem quanto aos conceitos mínimos necessários para o preparo e administração correta dos medicamentos; - Reduzir a ocorrência de erros relacionados ao uso dos medicamentos; - Realizar o levantamento das principais dificuldades e dúvidas apresentadas pelos técnicos de enfermagem durante a realização dos exercícios e no plantão de dúvidas com intuito de solucioná-las; - Melhorar a assistência prestada no serviço.


Metodologia

O curso será dividido em 6 etapas para facilitar a sua organização e execução: Etapa 1 - Apresentação do curso O plano de ensino e o cronograma do curso serão apresentados aos técnicos de enfermagem de forma remota, no primeiro dia do curso, no qual poderão tirar dúvidas. Irão aprender a utilizar a plataforma eletrônica, desde a realização do login até a visualização das aulas e atividades avaliativas a serem concluídas dentro do prazo estipulado, familiarizando-se com a estrutura da sala de aula virtual e seus recursos. Nesse momento serão informados quanto aos conteúdos que serão divulgados para leitura prévia sobre cada tema abordado em aula. Os técnicos que não tiverem acesso a computador com internet em seu domicílio poderão assistir às aulas e realizar todas as atividades disponibilizadas em horário de serviço, segundo escala de horários elaborada pela coordenação da enfermagem de forma que a adesão do curso seja alcançada por todos. Etapa 2 - Abordagem do conteúdo e atividades referentes ao módulo 1 Os participantes irão aprender aspectos gerais sobre o uso dos medicamentos e que o seu conhecimento torna-se importante para o uso racional dos medicamentos. Serão discutidos pontos importantes sobre a política nacional dos medicamentos genéricos e que tanto geram dúvidas acerca do uso dos medicamentos genéricos no Brasil, colocando o país como um dos menores consumidores desses medicamentos. Aprenderão os requisitos mínimos de rotulagem e embalagem, comparando os medicamentos genéricos e de referência, assim como os medicamentos tarja preta e vermelha, principalmente quanto aos seus riscos para a saúde. Por fim serão abordados os fatores envolvidos em algumas diferenças de efeito observadas na administração dos medicamentos, alertando-os sobre o risco de surgimento de reações adversas ao medicamento e ressaltando a importância da farmacovigilância nesse processo. Tem-se início neste módulo a apresentação de alguns medicamentos muito utilizados na hemodiálise e que geram dúvidas quanto a sua utilização. Etapa 3 - Abordagem do conteúdo e atividades referentes ao módulo 2 Nesta etapa serão retratados os medicamentos mais usados pelos pacientes durante as sessões de hemodiálise, além de aspectos como indicação, segurança, cuidados e interações medicamentosas relacionadas. Devido a grande utilização de medicamentos do componente especializado pelos pacientes, os técnicos de enfermagem também aprenderão sobre eles em relação à sua indicação, cuidados e possíveis eventos adversos que necessitam de monitorização e intervenção.. Etapa 4 - Abordagem do conteúdo e atividades referentes ao módulo 3. A segurança no uso dos medicamentos é o principal foco deste módulo, em que os técnicos de enfermagem serão instruídos quanto às diferenças entre alergias e reações adversas ao medicamento e como identificá-las, assim como medidas a serem adotados para maior segurança na assistência dos pacientes que fazem o tratamento de hemodiálise no setor. Assim, objetiva-se por meio do treinamento reduzir a ocorrência de eventos adversos que é tão elevada nos estabelecimentos de saúde. Etapa 5 - Abordagem do conteúdo e atividades referentes ao módulo 4. Para finalização do curso as formas corretas de preparo dos medicamentos, desde os cálculos necessários para a preparação da dose, de administração e de armazenamento de medicamentos serão apresentadas aos participantes com intuito de minimizar a ocorrência de erros relacionados pela equipe de enfermagem, tendo em vista o papel crucial que exercem nesses procedimentos. Dessa forma, objetiva-se aumentar a segurança do processo de utilização dos medicamentos no que tange a atuação da equipe de enfermagem na assistência à saúde dos pacientes atendidos pelo serviço de hemodiálise. Etapa 6 - Avaliação do curso Após o término dos conteúdos abordados no curso, os técnicos de enfermagem receberão um link do Google Forms pela Plataforma do curso, no qual irão registrar o grau de satisfação com o curso, atribuindo conceitos a cada tópico avaliado como: domínio do conteúdo, clareza das explicações e didática de cada palestrante, aplicabilidade do conteúdo ministrado ao cenário de atuação, auxílio no esclarecimento de dúvidas no fórum, qualidade do material produzido, entre outros. Espera-se, assim, conhecer o impacto que o curso teve na formação destes profissionais. Etapa 7 - Prova final Neste momento será disponibilizada uma avaliação objetiva a ser realizada pelos participantes em duas datas, segundo a escala de plantão dos técnicos de enfermagem no serviço. Eles receberão um link do Google Forms disponibilizado na plataforma do curso, contendo questões sobre o conteúdo ministrado. Após a abertura do formulário terão duas horas para resolver as questões, com prazo de fechamento automático.


Referências Bibliográficas

ABREU, I. M. et al. Análise reflexiva sobre a segurança do paciente no contexto hospitalar e da atenção primária. Revista de Enfermagem da UFPI, v. 9, n. 1, p. 106, 31 maio 2020. ALVES FERREIRA, R. et al. Segurança do paciente e os eventos adversos: erro profissional ou do sistema? Revista Rede de Cuidados em Saúde, 2014. ANACLETO T.A. et al. Erros de medicação. Farmacovigilância hospitalar: como implantar. Pharmacia Brasileira [Internet]; 2010: Disponível em: http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/ pdf/124/encarte_farmaciahospitalar.pdf. Acesso em: 20 jun. 2022. ANGÉLICA, M.; PETERLINI, S. Órfãos de terapia medicamentosa: a administração de medicamentos por via intravenosa em crianças hospitalizadas. Revista Latino-Americana de Enfermagem, p. 88–95, 12 jun. 2003. BAMPI, R. et al. Perspectivas da equipe de enfermagem sobre a segurança do paciente em unidade de emergência. Rev enferm UFPE on line, v. 11, n. 2, p. 584, 1 fev. 2017. BARBOSA, T. A. G. DA S.; GAZZINELLI, A.; ANDRADE, G. N. DE. Avoidable child mortality and social vulnerability in Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Reme Revista Mineira de Enfermagem, v. 23, 21 jul. 2019. BASTOS, M. G.; BREGMAN, R.; KIRSZTAJN, G. M. Doença renal crônica: frequente e grave, mas também prevenível e tratável. Revista da Associação Médica Brasileira , p. 248–253, 8 nov. 2010. BATES D.W. Preventing medication errors: a summary. American Journal of Health System Pharmacy. 2007; 64(14 Suppl 9):S3-9; quiz S24-6. Erratum in: American Journal of Health System Pharmacy. 2007; 64(16):1678. BLOCK, G. A. et al. Mineral Metabolism, Mortality, and Morbidity in Maintenance Hemodialysis Materials and Methods Data Source. Journal of the American Society Nephrology, v. 15, n. 8, p. 2208–2018, 2004. BRASIL. Portaria de Consolidação GM/MS nº 02 de 28 de setembro de 2017. Dispõe sobre a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências. Diário Oficial da União, 2017; 28 ago. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2017. BRASIL. PORTARIA Nº 801, DE 25 DE ABRIL DE 2017. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Distúrbio Mineral Ósseo na Doença Renal Crônica. Diário Oficial da União, 2017 BRAY, B. D. et al. How safe is renal replacement therapy? A national study of mortality and adverse events contributing to the death of renal replacement therapy recipients. Nephrology Dialysis Transplantation , v. 29, n. 3, p. 681–687, 24 set. 2013. BRENNAN, T. A. et al. Incidence of adverse events and negligence in hospitalized patients: Results of the Harvard Medical Practice Study I. The New England Journal of Medicine, v. 324, n. 6, p. 370–376, 7 fev. 1991. CAMPOS, K. F. C.; SENA, R. R. DE; SILVA, K. L. Permanent professional education in healthcare services. Escola Anna Nery, v. 21, n. 4, 7 ago. 2017. CARVALHO, M. et al. Clima de segurança do paciente: percepção dos profissionais de enfermagem. Acta Paulista de Enfermagem, p. 728–735, 8 fev. 2012. CARVALHO V.T.; CASSIANI S.H. [Analysis of nursing professionals’ behaviors in face of errors in medication administration]. Acta Paulista de Enfermagem. 2002;15(2): 45-54. CARVALHO, W. M. D. E. S.; TEODORO, M. D. A. Health professionals’ education: The experience of the school for the improvement of the unified health system in the federal district of brazil. Ciencia e Saude Coletiva, v. 24, n. 6, p. 2193–2201, 1 jun. 2019. CECCIM, R. B.; FEUERWERKER, L. C. M. O Quadrilátero da Formação para a Área da Saúde: Ensino, Gestão, Atenção e Controle Social. PHYSIS: Revista Saúde Coletiva, v. 14, n. 1, p. 41–65, 3 maio 2004. Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Pesquisa inédita traça perfil da enfermagem [Internet]. 2017 [cited 2022 Jun 20]. Available from: http://www.cofen.gov.br/pesquisa-inedita-traca-perfil-da-enfermagem_31258.html DONALDSON L. World alliance for patient safety. Geneva: WHO; 2005. ELLIOTT, R. A. et al. Economic analysis of the prevalence and clinical and economic burden of medication error in England. BMJ Quality and Safety, v. 30, n. 2, p. 96–105, 1 fev. 2021. FADILI, W.; ADNOUNI, A.; LAOUAD, I. Renal Data from the Arab World Hemodialysis Safety: Evaluation of Clinical Practice. Saudi J Kidney Dis Transpl, v. 27, n. 3, p. 553–556, 2016. FARIA, L. M. P. DE; CASSIANI, S. H. DE B. Interação medicamentosa: conhecimento de enfermeiros das unidades de terapia intensiva. Acta Paulista de Enfermagem, v. 24, n. 2, p. 264–270, 2011. FERREIRA, A. et al. PET-Saúde-Medicina e Educação em Saúde no Programa de Saúde da Família: um Relato de Caso. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 36, n. 1, p. 187–190, 19 nov. 2012. FILHO, A. P. et al. Princípios de prescrição médica hos-escrição médica hospitalar para estudantes de medicina. Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, v. 46, n. 2, p. 183–94, 20 maio 2013. FREITAS, D. A. et al. Saberes docentes sobre processo ensino-aprendizagem e sua importância para a formação professional em saúde. Interface: Communication, Health, Education, v. 20, n. 57, p. 437–448, 1 abr. 2016. GARRICK, R.; KLIGER, A.; STEFANCHIK, B. In-Depth Review Patient and Facility Safety in Hemodialysis: Opportunities and Strategies to Develop a Culture of Safety. Clinical Journal of American Society of Nephrology, v. 7, p. 680–688, 2012. GOMES, E. B. et al. Segurança do paciente cardiovascular: análise de documentos norteadores da formação em enfermagem. Research, Society and Development, v. 9, n. 7, 16 jun. 2020. GUIMARÃES, E. M. P.; MARTIN, S. H.; RABELO, F. C. P. Educação permanente em saúde: Reflexões e desafios. Revista Enfermeria, p. 25–33, 12 jul. 2010. GUIMARÃES, J. S.; LIMA, I. M. S. O. Educação para a Saúde - discutindo uma prática. Saúde e Sociedade, v. 21, n. 4, p. 895–908, 13 ago. 2012. KALANTAR-ZADEH, K. et al. Association Among SF36 Quality of Life Measures and Nutrition, Hospitalization, and Mortality in Hemodialysis. Journal of The American Society of Nefrology, v. 12, p. 2797–2806, 28 abr. 2001. KOHN, L. T.; CORRIGAN, J.; DONALDSON, M. S. To err is human : building a safer health system. [s.l: s.n.]. LEAPE, L. L. et al. The nature of adverse events in hospitalized patients: Results of the Harvard Medical Practice Study II. The New England Journal of Medicine, v. 324, n. 6, p. 377–384, 7 fev. 1991. LEMOS, C. L. S. Educação permanente em saúde no Brasil: Educação ou gerenciamento permanente? Ciencia e Saude Coletiva, v. 21, n. 3, p. 913–922, 1 mar. 2016. LETVAK, S. A.; RUHM, C. J.; GUPTA, S. N. Nurses’ Presenteeism and Its Effects on Self-Reported Quality of Care and Costs. American Journal of Nursing, v. 112, n. 2, p. 30–38, 2012. LEVETT-JONES, T. et al. A cross-sectional survey of nursing students’ patient safety knowledge. Nurse Education Today, v. 88, 1 maio 2020. MARIA LOPES, J. et al. Qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes renais crônicos em diálise. Acta Paul Enferm, v. 27, n. 3, p. 230–236, 5 maio 2014. MASSOCO, E. C. P.; MELLEIRO, M. M. Comunication and patient safety: perception of the nursing staff of a teaching hospital. REME: Revista Mineira de Enfermagem, v. 19, n. 2, 2015. MATTOS R.A. Integralidade e a formulação de políticas específicas de saúde. In: Pinheiro R, Mattos RA. (Orgs.). Construção da integralidade: cotidianos, saberes e práticas em saúde [Internet]. Rio de Janeiro: Abrasco; 2003. 45-58 p. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v9n4/a29v9n4.pdf. doi: 10.1590/S1413-81232004000400029 Acesso em: 19 jun 2022. MAX, A. et al. Errors in medicine administration – profile of medicines: knowing and preventing. Acta Paulista de Enfermagem, v. 23, n. 2, p. 181–186, 13 jun. 2010. MENDES, W. et al. The feature of preventable adverse events in hospitals in the State of Rio de Janeiro, Brazil. Revista da Associação Médica Brasileira (English Edition), v. 59, n. 5, p. 421–428, 1 jan. 2013. MIASSO, A. I. et al. O processo de preparo e administração de medicamentos: identificação de problemas para propor melhorias e prevenir erros de medicação. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 14, n. 3, p. 354–63, 2 maio 2006. NERI NOBRE, L. et al. Segurança Alimentar em uma Comunidade Rural no Alto Vale do Jequitinhonha/Mg. Revista Segurança Alimentar e Nutricional, p. 18–31, 2009. OLIVEIRA, L. P.; COSTA, E. P. V. DA S. M.; FILHO, V. R. Uma análise davulnerabilidade social das microrregiões geográficas do estado de Minas Gerais, Brasil. Geo UERJ, v. 0, n. 30, 24 abr. 2017. Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Agenda de Saúde Sustentável para as Américas 2018- 2030: Um chamado à ação para a saúde e o bem-estar na região [relatório na Internet]. Washington, DC: OPAS, OMS; 2017. [acessado 2022 Jun 19]. Disponível em: http://iris.paho.org/xmlui/bitstream/handle/ 123456789/49172/CSP296-por.pdf?sequence=1&isAllowed=y PENARIOL, M. D. C. B. et al. Segurança do paciente no contexto da hemodiálise: uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 1, p. 1620–1639, 19 jan. 2021. PERREN, A. et al. From the ICU to the ward: Cross-checking of the physician’s transfer report by intensive care nurses. Intensive Care Medicine, v. 34, n. 11, p. 2054–2061, nov. 2008. PERSEGONA M.F.M.; OLIVEIRA E.S.; PANTOJA V.J.C.; As características geopolíticas da enfermagem brasileira. Divulgação Saúde Debate [Internet]. 2016 [cited 2022 Jun 20];56:19-35. Available from: http://cebes.org.br/site/wp content/uploads/2016/12/Divulga%C3%A7%C3%A3o_56_Cofen.pdf PULIESI ESTORCE, T.; KURCGANT, P. Licença médica e gerenciamento de pessoal de enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, p. 1199–1205, 18 fev. 2011. REASON, J. Beyond the organisational accident: The need for “error wisdom” on the frontline. Quality and Safety in Health Care, v. 13, n. SUPPL. 2, dez. 2004. RIBEIRO, W. A.; JORGE, B. DE O.; QUEIROZ, R. DE S. Repercussões da hemodiálise no paciente com doença renal crônica: uma revisão da literatura. Revista Pró-univerSUS, p. 88–97, 24 maio 2020. RIELLA, M.C. Princípios de Nefrologia e Distúrbios hidroeletrolíticos. 5ª ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2010. ROCHA, R. C. et al. Patient safety in nursing technician training. Revista brasileira de enfermagem, v. 75, n. 1, 2021. RODRIGUES, C. et al. Segurança do paciente: percepções de docentes e discentes do curso técnico em enfermagem. Revista de Enfermagem da UFSM, p. 116–127, 7 jul. 2020. RUNCIMAN, W. et al. Towards an International Classification for Patient Safety: key concepts and terms. International Journal for Quality in Health Care, v. 21, n. 1, p. 18–26, 10 jun. 2009. SANTOS, I.; SARAT, C. N. F. Modalidades de aplicação da teoria do autocuidado de orem em comunicações científicas de enfermagem brasileira. Revista Enfermagem UERJ, p. 313–318, 16 jun. 2008. SANTOS, J. R. B.; REIS, D. L. A Importância da Educação Permanente aos Trabalhadores da Saúde como Ferramenta para Transformação Social. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 6, p. 18972–18985, 18 dez. 2020. SERRA D’AMICO, G. C.; POLACHINI DO VALLE, A. Segurança do Paciente: uma abordagem específica no Curso Técnico em Enfermagem. Nursing (São Paulo), v. 23, n. 266, p. 4374–4391, 6 ago. 2020. RUNCIMAN, W. et al. Towards an International Classification for Patient Safety: key concepts and terms. International Journal for Quality in Health Care, v. 21, n. 1, p. 18–26, 12 nov. 2009. SILVA, A. E. B. DE C. et al. Problemas na comunicação: uma possível causa de erros de medicação. Acta Paulista de Enfermagem, v. 20, n. 3, p. 272–276, set. 2007. SILVA, J. A. M.; OGATA, M. N.; MACHADO, M. L. T. Capacitação dos trabalhadores de saúde na atenção básica: impactos e perspectivas. Revista Eletrônica de Enfermagem, p. 389–401, 27 ago. 2007. SILVER, S. A. et al. How to Sustain Change and Support Continuous Quality Improvement Clinical Scenario. Clinical Journal of American Society of Nephrology, v. 11, n. 5, p. 916–924, 6 mar. 2016. SIMAN, A.G. Práticas de profissionais de saúde na implantação do programa de segurança do paciente: entre o prescrito e o real [tese]. Belo Horizonte (MG): Universidade Federal de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem; 2016 SIQUEIRA, H. C. H. et al. Inserção do ensino da segurança na formação acadêmica do enfermeiro. Revista de Enfermagem UFPE on line, v. 13, 6 jun. 2019. SLININ, Y.; FOLEY, R. N.; COLLINS, A. J. Calcium, Phosphorus, Parathyroid Hormone, and Cardiovascular Disease in Hemodialysis Patients: The USRDS Waves 1, 3, and 4 Study. Calcium, phosphorus, parathyroid hormone, and cardiovascular disease in hemodialysis patients, v. 16, p. 1788–1793, 28 fev. 2005. STEVENS, L. A. et al. Calcium, Phosphate, and Parathyroid Hormone Levels in Combination and as a Function of Dialysis Duration Predict Mortality: Evidence for the Complexity of the Association between Mineral Metabolism and Outcomes. Journal of the American Society Nephrology, v. 15, n. 3, p. 770–779, 4 dez. 2004. STUMM, E. M. F. et al. Effect od educational intervention on the quality of life of hyperphosphatemic chronic renal patients on hemodialysis. Texto & Contexto - Enfermagem, v. 28, 2019. ST. PETER, W. L. Management of Polypharmacy in Dialysis Patients. Seminars in Dialysis, v. 28, n. 4, p. 427–432, 1 jul. 2015. UNESCO. Educação: Um tesouro a descobrir – Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre educação para o século XXI [internet]. São Paulo: Cortez; 1998 [acesso em 2022 jun 22]. Disponível em: http://dhnet. org.br/dados/relatorios/a_ pdf/r_unesco_educ_tesouro_descobrir.pdf. VILELA, R. et al. Custo do erro de medicação e eventos adversos à medicação na cadeia medicamentosa: uma revisão integrativa. Jornal Brasileiro de Economia da Saúde, v. 10, n. 2, p. 179–189, 3 jul. 2018. ZAZZERONI, L. et al. Comparison of Quality of Life in Patients Undergoing Hemodialysis and Peritoneal Dialysis: A Systematic Review and Meta-Analysis. Kidney and Blood Pressure Research, v. 42, n. 4, p. 717–727, 1 dez. 2017. World Health Organization (WHO). Conceptual Framework for the International Classification for Patient Safety. Taxonomy. World Alliance for Patient Safety, 2009. World Health Organization (WHO). The WHO patient safety curriculum guide: multi-professional edition. Vol. 20. Geneva: World Health Organization; 2011.


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

O curso será ministrado por uma estudante bolsista do curso de Medicina e uma estudante voluntária do curso de Farmácia, ambas da UFVJM, beneficiando 147 pacientes assistidos no Serviço de Hemodiálise de Diamantina, os quais são provenientes de 25 municípios do Vale do Jequitinhonha, uma região carente, de alta vulnerabilidade socioeconômica e menor acesso aos serviços de saúde. Com isso, terão uma assistência em saúde de qualidade, com maior segurança e resolubilidade.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

O curso conta com a participação de estudantes do curso de Farmácia e Medicina da UFVJM e fomenta a interação com os profissionais atuantes no serviço de hemodiálise: enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionista, psicólogo, farmacêutica, assistente social e médicos nefrologistas. Dessa forma, há a troca de conhecimentos de diversas áreas da saúde em que os envolvidos têm a oportunidade de dividir experiências profissionais contribuindo para um olhar mais amplo da assistência em saúde e beneficiando os pacientes de forma mais completa.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

O curso contribui para a indissociabilidade ensino-pesquisa e extensão pois possibilita que discentes apliquem os conhecimentos adquiridos na graduação ao mesmo tempo que têm uma oportunidade de trocar experiências com profissionais já atuantes na área da saúde, o que resultará em melhorias da assistência em saúde prestada aos 147 pacientes residentes nos municípios do Vale do Jequitinhonha, gerando um impacto positivo para a sociedade.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

As estudantes, bolsista e voluntária, serão avaliadas durante todo o processo em relação à frequência e qualidade dos conteúdos produzidos, quanto à disponibilização de plantões para esclarecimento de dúvidas, elaboração de exercícios e prova final para obtenção de certificado pelos participantes do curso. No final, a coordenadora do projeto avaliará os estudantes com base no empenho, compromisso e responsabilidade com o curso, atribuindo nota com base no relatório final produzido e no atendimento dos pré-requisitos listados acima.


Impacto e Transformação Social

O impacto do curso será avaliado por meio das notas alcançadas pelos participantes no final do módulo, na assiduidade e entrega dos exercícios, sendo pré-requisito o cumprimento de pelo menos 75% das listas disponibilizadas e rendimento mínimo de 60% para obtenção do certificado. Espera-se melhora nos indicadores de saúde e na qualidade da assistência prestada após a conclusão do curso, com redução dos eventos adversos e feedback positivo dos técnicos de enfermagem quanto ao conteúdo aprendido e à qualidade do curso.


Divulgação

O curso será divulgado na forma de um folder na plataforma eletrônica do Hospital e no grupo de Whatsapp, composto pelos técnicos de enfermagem e enfermeiros do serviço de hemodiálise do Hospital, pela enfermeira coordenadora da equipe de enfermagem.


Informações Complementares

É parte integrante do Grupo de Pesquisa "Núcleo de educação em saúde coletiva: interface entre ensino, pesquisa e extensão". Endereço para acessar este espelho: dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/5643500896410395 O Núcleo de Saúde Coletiva trata de uma estratégia primordial para realizar atividades que contemple ações conjuntas e inter-relacionadas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão com vista para fortalecer estratégias para superar as desigualdades sociais, econômicas e de saúde na Região do Vale do Jequitinhonha.


Público-alvo

Descrição

O curso será destinado diretamente aos 32 técnicos de enfermagem que atuam no serviço de hemodiálise do Hospital Santa Casa de Caridade de Diamantina, localizado na cidade de Diamantina, Minas Gerais. E também de forma indireta 148 pacientes e para cada um destes, dois membro da família e um cuidador.

Municípios Atendidos

Município

Alvorada de Minas - MG

Município

Aricanduva - MG

Município

Capelinha - MG

Município

Carbonita - MG

Município

Chapada do Norte - MG

Município

Coluna - MG

Município

Conceição do Mato Dentro - MG

Município

Congonhas do Norte - MG

Município

Couto de Magalhães de Minas - MG

Município

Datas - MG

Município

Diamantina - MG

Município

Felício dos Santos - MG

Município

Gouveia - MG

Município

Itamarandiba - MG

Município

José Gonçalves de Minas - MG

Município

Materlândia - MG

Município

Minas Novas - MG

Município

Presidente Kubitschek - MG

Município

Rio Vermelho - MG

Município

São Gonçalo do Rio Preto - MG

Município

Senador Modestino Gonçalves - MG

Município

Serra Azul de Minas - MG

Município

Serro - MG

Município

Turmalina - MG

Município

Veredinha - MG

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

Santa Casa de Caridade de Diamantina por meio do Serviço de Hemodiálise irá ser co-participe para viabilizar as ações extensionistas junto aos pacientes, familiares e cuidadores. A população de 23 municípios pode ser atendida por meio do serviço de hemodiálise da Santa Casa de Caridade de Diamantina. Além disso, possui quatro profissionais especializados em nefrologia e equipe multiprofissional que atendem atualmente 148 pacientes da Macrorregião de Saúde Jequitinhonha e outro macro. O serviço possibilita aos pacientes renais crônicos o atendimento por meio de Terapia Renal Substitutiva como hemodiálise e diálise peritoneal, e também contribui para o acesso ao transplante renal. Neste sentido, o serviço de hemodiálise prima pela necessidade de reiterar a prevenção da doença renal, e promover projetos que visem o bem-estar do paciente renal no âmbito secundário e terciário.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 64 h

Carga Horária 18 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

O plano de ensino e o cronograma do curso serão apresentados aos técnicos de enfermagem de forma remota, no primeiro dia do curso, no qual poderão tirar dúvidas. Irão aprender a utilizar a plataforma eletrônica, desde a realização do login até a visualização das aulas e atividades avaliativas a serem concluídas dentro do prazo estipulado, familiarizando-se com a estrutura da sala de aula virtual e seus recursos. Nesse momento serão informados quanto aos conteúdos que serão divulgados para leitura prévia sobre cada tema abordado em aula. Os técnicos que não tiverem acesso a computador com internet em seu domicílio poderão assistir às aulas e realizar todas as atividades disponibilizadas em horário de serviço, segundo escala de horários elaborada pela coordenação da enfermagem de forma que a adesão do curso seja alcançada por todos. Etapa 2 - Abordagem do conteúdo e atividades referentes ao módulo 1 Os participantes irão aprender aspectos gerais sobre o uso dos medicamentos e que o seu conhecimento torna-se importante para o uso racional dos medicamentos. Serão discutidos pontos importantes sobre a política nacional dos medicamentos genéricos e que tanto geram dúvidas acerca do uso dos medicamentos genéricos no Brasil, colocando o país como um dos menores consumidores desses medicamentos. Aprenderão os requisitos mínimos de rotulagem e embalagem, comparando os medicamentos genéricos e de referência, assim como os medicamentos tarja preta e vermelha, principalmente quanto aos seus riscos para a saúde. Por fim serão abordados os fatores envolvidos em algumas diferenças de efeito observadas na administração dos medicamentos, alertando-os sobre o risco de surgimento de reações adversas ao medicamento e ressaltando a importância da farmacovigilância nesse processo. Tem-se início neste módulo a apresentação de alguns medicamentos muito utilizados na hemodiálise e que geram dúvidas quanto a sua utilização.

Carga Horária 15 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Abordagem do conteúdo e atividades referentes ao módulo 2 Nesta etapa serão retratados os medicamentos mais usados pelos pacientes durante as sessões de hemodiálise, além de aspectos como indicação, segurança, cuidados e interações medicamentosas relacionadas. Devido a grande utilização de medicamentos do componente especializado pelos pacientes, os técnicos de enfermagem também aprenderão sobre eles em relação à sua indicação, cuidados e possíveis eventos adversos que necessitam de monitorização e intervenção..

Carga Horária 15 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Etapa 4 - Abordagem do conteúdo e atividades referentes ao módulo 3.. A segurança no uso dos medicamentos é o principal foco deste módulo, em que os técnicos de enfermagem serão instruídos quanto às diferenças entre alergias e reações adversas ao medicamento e como identificá-las, assim como medidas a serem adotados para maior segurança na assistência dos pacientes que fazem o tratamento de hemodiálise no setor. Assim, objetiva-se por meio do treinamento reduzir a ocorrência de eventos adversos que é tão elevada nos estabelecimentos de saúde.

Carga Horária 16 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Para finalização do curso as formas corretas de preparo dos medicamentos, desde os cálculos necessários para a preparação da dose, de administração e de armazenamento de medicamentos serão apresentadas aos participantes com intuito de minimizar a ocorrência de erros relacionados pela equipe de enfermagem, tendo em vista o papel crucial que exercem nesses procedimentos. Dessa forma, objetiva-se aumentar a segurança do processo de utilização dos medicamentos no que tange a atuação da equipe de enfermagem na assistência à saúde dos pacientes atendidos pelo serviço de hemodiálise. Neste momento será disponibilizada uma avaliação objetiva a ser realizada pelos participantes em duas datas, segundo a escala de plantão dos técnicos de enfermagem no serviço. Eles receberão um link do Google Forms disponibilizado na plataforma do curso, contendo questões sobre o conteúdo ministrado. Após a abertura do formulário terão duas horas para resolver as questões, com prazo de fechamento automático. Após o término dos conteúdos abordados no curso, os técnicos de enfermagem receberão um link do Google Forms pela Plataforma do curso, no qual irão registrar o grau de satisfação com o curso, atribuindo conceitos a cada tópico avaliado como: domínio do conteúdo, clareza das explicações e didática de cada palestrante, aplicabilidade do conteúdo ministrado ao cenário de atuação, auxílio no esclarecimento de dúvidas no fórum, qualidade do material produzido, entre outros. Espera-se, assim, conhecer o impacto que o curso teve na formação destes profissionais.