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OBESIDADE DA EVIDÊNCIA À PRÁTICA
Sobre a Ação
202206000029
062022 - Cursos Online
Cursos Online
RECOMENDADA
:
CONCLUÍDA - ARQUIVADA
01/08/2022
30/12/2022
Dados do Coordenador
vinicius de oliveira ottone
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Saúde
Educação
Saúde Humana
Regional
Não
Não
Dentro do campus
Manhã
Não
Membros
Nos últimos 30 anos a prevalência da obesidade quase triplicou em todo o mundo. Com metade dos brasileiros com excesso de peso e aumento de doenças crônicas não transmissíveis, é imprescindível o conhecimento das evidências, causas, consequências e da abordagem clínica na obesidade. Para isso, profissionais e discentes da área da saúde devem estar capacitados para atuar na prevenção e controle da obesidade em todas as faixas etárias, sobretudo naquelas com maior prevalência, adultos e idosos.
Obesidade, manejo da obesidade, doenças crônicas, obesidade e exercício físico .
O modelo de transição nutricional que se configurou nos últimos 60 anos foi o de mudanças nos padrões nutricionais da população, alteração no perfil da dieta e na composição corporal dos indivíduos, que resultou numa modificação da saúde e nutrição da população. Nesse sentido, houve mudanças no padrão de morbimortalidade com diminuição das prevalências de doenças infectocontagiosas e desnutrição e aumento nas prevalências de excesso de peso e doenças crônicas não transmissíveis (Batista Filho et al., 2008; Carmo, Barreto e Silva Jr, 2003; Frederiksen, 1969; Popkin, 1993). A obesidade é considerada um grave problema de saúde pública devido ao aumento da sua prevalência em todo mundo. No Brasil mais da metade dos adultos têm sobrepeso e um quarto já apresenta obesidade. Ela é uma doença de origem multifatorial que está associada ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (WHO, 2018a, 2018b, WHO, 2018c), condições que no geral estão mais presentes entre adultos e idosos (Batista Filho et al., 2008; Carmo, Barreto e Silva Jr, 2003) . Várias ações governamentais têm sido realizadas nas últimas duas décadas com intuito de frear os crescentes números de obesidade e doenças associadas a ela. Uma delas foi a publicação da Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade, que é parte integrante do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (2011-2022), cujo objetivo é o controle e a prevenção da obesidade na população brasileira, por meio de diversas ações intersetoriais (BRASIL, 2014). O conhecimento acerca de todas as evidências científicas atuais sobre a obesidade é fundamental para sua prevenção e controle. A dinâmica da fisiopatologia da obesidade e das doenças associadas são alvo de diversos estudos, existindo uma literatura muito grande sobre esse tema, o que exige atualização constante dos profissionais e discentes da área da saúde . O manejo da obesidade, seja no consultório até todos os níveis de atenção do Sistema Único de Saúde precisa ser bem embasado. Existe um estigma muito grande em torno da obesidade, inclusive entre os profissionais de saúde, que deve ser superado a fim de tornar as condutas mais efetivas, prevenindo e tratando a obesidade de forma coerente com o que é preconizado na literatura científica. Dessa forma, é imprescindível o conhecimento das evidências, causas, consequências e da abordagem clínica adequada na obesidade e doenças associadas à ela. Para isso, profissionais e discentes da área da saúde devem estar capacitados para lidar com o cenário de saúde atual, atuando na prevenção e controle da obesidade em todas as faixas etárias, sobretudo naquelas com maior prevalência desse agravo, adultos e idosos.
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo ou anormal de gordura no organismo (WHO, 1998). Estima-se que nos últimos 30 anos a prevalência da obesidade quase triplicou em todo o mundo (WHO, 2021). No Brasil, segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), em 2019, mais da metade dos adultos (≥ 18 anos) das capitais brasileiras apresentavam sobrepeso (57,5%) e 21,5% já tinham obesidade. É interessante observar que a frequência de obesidade aumentou com a idade até os 64 anos, para homens, e até os 54 anos para mulheres, sendo que a prevalência entre as faixas etárias de 55 a 64 anos foi de 26,2%. No entanto, para os idosos acima de 65 anos ela foi menor (20,2%). A prevalência de sobrepeso e obesidade se apresenta maior em adultos e idosos, os quais, a carga de doenças crônicas não-transmissíveis também é maior. Um aspecto importante do envelhecimento é a mudança da composição corporal, com aumento de tecido adiposo e diminuição de massa muscular. A obesidade sarcopênica tem sido observada com maior frequência em indivíduos maiores de 60 anos, no qual é observado ao mesmo tempo a sarcopenia, que é a perda de massa muscular com a perda de funcionalidade, e a obesidade. Porém, o sobrepeso e obesidade não são restritos aos adultos e idosos. Segundo dados mais recentes do SISVAN (dezembro/2021), entre as crianças de 0 a 5 anos a prevalência de elevado peso por idade foi de 9,3%, e para crianças de 5 a 10 anos de 14,3%. Entre os adolescentes, 20,0% apresentavam sobrepeso e 10,5% obesidade. Essa prevalência de sobrepeso e obesidade em adolescentes nos anos de 1974-1975 era 5,6% e 0,4%, respectivamente, demonstrando assim o grande aumento nos últimos 40 anos. A obesidade iniciada na infância ou adolescência pode acarretar graves problemas metabólicos que vão impactar a saúde do adulto. Jovens obesos terão 5 vezes mais chance de se tornar adultos obesos. A substituição do consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, ricos em nutrientes, por alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras e calorias contribui para as altas taxas de sobrepeso e obesidade, aumento da prevalência de carências nutricionais e de doenças crônicas não transmissíveis (Brasil, 2014; Ng et al., 2014). Um estudo realizado a partir de dados de consumo alimentar de dezenove países europeus associou a prevalência de obesidade com a alta ingestão de alimentos ultraprocessados (Monteiro et al., 2018). No Brasil, segundo dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), em 2002-2003, os ultraprocessados representavam 12,6% e os processados 8,3% dos alimentos consumidos, enquanto que alimentos in natura e minimamente processados contribuíram com 53,3% da alimentação do brasileiro. Em 2017-2018 os alimentos ultraprocessados passaram a representar 18,4% e os processados 9,8% dos alimentos consumidos, enquanto que o consumo de alimentos in natura e minimamente processados caiu para 49,5% (IBGE, 2020). A etiologia da obesidade é multifatorial e vai além do desequilíbrio entre gasto energético e ingestão calórica que leva a uma deposição de gordura (SELLAYAH et al, 2014). Fatores ambientais e sociais, além de suscetibilidade individual e biológica, como fatores genéticos, neuroendócrinos, ganho de peso devido ao uso de medicamentos, aspectos emocionais e socioeconômicos, estilo de vida sedentário e padrão alimentar qualitativamente e quantitativamente inadequado, são alguns exemplos (Bhupathiraju et al, 2016). Diferenças genéticas, por exemplo, podem explicar até 70% das variações de massa corporal entre indivíduos (ELKS et al, 2012). A heterogeneidade dos fenótipos de obesidade interferem na maneira como as consequências da obesidade se manifestam (Vague et al, 1956). A deposição de gordura ectópica ou visceral (ao redor de tecidos como coração, fígado, rim) têm sido relacionada com maior risco de desenvolvimento de doenças, como as cardiovasculares, enquanto que a deposição de gordura subcutânea, principalmente na área dos quadris e coxas parece estar menos relacionada com as complicações metabólicas da obesidade. O indivíduo com obesidade apresenta maior risco de desenvolver diversas complicações de saúde e até morrer prematuramente devido a essa condição (WHO, 2000; CORNIER et al, 2011). Geralmente, na obesidade se manifesta o quadro de síndrome metabólica que é caracterizada pela presença de pelo menos três dos cinco critérios a seguir: obesidade central (determinada pela circunferência da cintura maior que 92 cm para mulheres e 102 cm para os homens), hipertrigliceridemia (triglicerídeos maiores ou iguais a 150 mg/dl), lipoproteína de alta densidade diminuída (HDL- colesterol menor ou igual a 45 mg/dl), pressão arterial elevada (maior ou igual a 130 por 90) e glicemia elevada (maior ou igual a 100 mg/dl) (ABESO, 2010). Doenças crônicas não-transmissíveis como o diabetes, doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e alguns tipos de câncer estão associadas à obesidade (Williams et al., 2015). Estima-se que as doenças crônicas foram responsáveis por 71% das mortes ocorridas no mundo em 2016 e 74% dos óbitos no Brasil, no mesmo ano (WHO, 2018a, 2018b, WHO, 2018c). Além disso, doenças crônicas têm um grande impacto socioeconômico. O tratamento destas doenças é de curso prolongado, e oneram os indivíduos, as famílias e os sistemas de saúde. Os gastos familiares reduzem a disponibilidade de recursos para necessidades como alimentos mais saudáveis, moradia, educação, entre outros (WHO, 2011). A obesidade também gera impacto negativo nas funções cognitivas, psicológicas e de humor (Jauch-Chara, 2014). A pandemia da obesidade também contribui para o agravamento de outros problemas de saúde pública, como no caso da pandemia do SARS-CoV-2. O que foi observado nos últimos dois anos foi a união de duas pandemias, a da CoViD-19 (Coronavírus disease) e da obesidade e outras doenças crônicas, caracterizando uma Sindemia (Horton, 2020). Obesidade e doenças crônicas não transmissíveis são fatores de risco independentes para piores prognósticos da CoViD-19. A obesidade está relacionada ao aumento do risco de ocorrência, principalmente, de doenças infecciosas, com impacto na replicação e patogenicidade viral (Silverio et al., 2021). Dessa forma, a prevenção e tratamento desse agravo se torna urgente. Diante do cenário atual, com mais da metade dos brasileiros com excesso de peso, aumento de doenças crônicas não transmissíveis, recente impacto da pandemia da obesidade em infecções virais e necessidade constante de atualização dos profissionais de saúde e discentes dessa área acerca do tema, essa proposta de curso se justifica.
Possibilitar aos discentes e profissionais da saúde o desenvolvimento e a ampliação da capacidade crítica necessárias para atuar na prevenção e tratamento multidisciplinar da obesidade e doenças associadas, com ênfase na saúde do adulto e idoso.
- Capacitar os discentes e profissionais da saúde, dentro de sua área de atuação, a identificar pacientes com fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade. - Aprimorar conhecimentos dos discentes e profissionais da saúde sobre o tema obesidade sob uma visão multiprofissional e interdisciplinar. - Disseminar as pesquisas mais recentes sobre causas, consequências, tratamentos e prevenção da obesidade. - Capacitar os discentes e profissionais da saúde, a conhecer, avaliar e propor a estruturação de linhas de cuidado à pessoa com obesidade. - Conhecer e discutir instrumentos para desenvolver ações educativas em saúde, utilizando-se de métodos didáticos que favoreçam a relação da teoria e da prática, com vistas a resolver problemas e modificar situações, com ênfase na obesidade e doenças crônicas não transmissíveis. - Possibilitar a discussão sobre o saber científico e o saber popular na construção de estratégias de promoção, prevenção e controle da obesidade e suas comorbidades.
O desenvolvimento do Curso online ‘‘OBESIDADE DA EVIDÊNCIA À PRÁTICA’’ está embasado em evidências científicas e oferece ferramentas teóricas e práticas, criativas e em linguagem acessível, para capacitação do público alvo: discentes e profissionais da saúde. Para o desenvolvimento do curso, contamos com uma equipe multiprofissional do Laboratório de Biologia do Exercício e Imunometabolismo (Bioex) da UFVJM, que estuda o tema obesidade a mais de 12 anos, composto por discentes da graduação, pós-graduação e por profissionais com mestrado e doutorado das áreas da Biologia, Nutrição, Fisioterapia, Enfermagem, Farmácia e Medicina. A partir da pesquisa bibliográfica, este curso pretende atualizar os profissionais e discentes da área de saúde sobre as evidências recentes acerca da obesidade, além de promover segurança e autonomia do público alvo no que se refere ao manejo do paciente com obesidade. Para isso, foi realizada uma revisão narrativa da literatura por meio dos seguintes descritores em saúde: 1. Obesidade. 2. Manejo da obesidade. 3. Doenças crônicas. 4. Obesidade e exercício físico. Foram selecionados artigos, cadernos, livros, cartilhas, guias e manuais e protocolos publicados entre os anos de 2010 a 2022, pesquisados nas bases de dados Google acadêmico, LILACS, publicações do Ministério da Saúde, Pubmed e SciELO. Os temas abordados serão: 1. Introdução ao tema Obesidade (Definição, epidemiologia e diagnóstico) 2. Fisiopatologia da obesidade 2.1 Metabolismo energético - deposição de gordura; 2.2 Inflamação crônica de baixo grau; 2.3 Papel da microbiota intestinal na obesidade. 3. Obesidade e doenças crônicas não transmissíveis 3.1 Obesidade, resistência à insulina e diabetes 3.2 Obesidade, dislipidemias e doenças cardiovasculares 3.3 Obesidade e doenças infecciosas. 4. Manejo da obesidade 4.1 Manejo nutricional na obesidade; 4.2 Manejo clínico na obesidade (tratamentos, medicação, cirurgia bariátrica); 4.3 Manejo da obesidade na atenção primária. 5. Obesidade e Exercício Físico 6. Estratégias de abordagem (abordagem coletiva para manejo da obesidade) 7.Obesidade: tópicos atuais e controversos (Mitos e tabus, influência das mídias sociais). O curso terá carga horária de 30 horas e será ofertado ao longo de 5 meses. A oferta será realizada em duas oportunidades: a primeira para os discentes dos cursos da saúde da UFVJM, e a segunda para profissionais de saúde de todas as áreas. A divulgação será realizada pelas mídias digitais (Instagram, Facebook), na UFVJM e junto a Secretaria Municipal de Saúde de Diamantina, para divulgação nas Estratégias de Saúde da Família do município. Além das aulas assíncronas, serão realizadas aulas síncronas por meio do Google Meet, para discussão e dúvidas. Além disso, toda semana serão disponibilizadas caixinhas de perguntas no Instagram do curso, para dúvidas e questões. A avaliação dos cursistas se dará por meio da conclusão da carga horária total do curso, participação nas aulas síncronas e caixinhas de perguntas, e entrega de resenha crítica sobre o curso ao final.
ABESO. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA. Diretrizes brasileiras de obesidade 2009-2010. Disponível em: <http://www.abeso.org.br/pdf/diretrizes_brasileiras_obesidade_2009_2010_1.pdf>. Bhupathiraju, S. N. & Hu, F. B. Epidemiology of obesity and diabetes and their cardiovascular complications. Circ. Res. 118, 1723–1735 (2016). BRASIL. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas nãotransmissíveis, 2011. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf> CARMO, E. H.; BARRETO, M. L.; SILVA JR, J. B. DA. Changes in the pattern of morbidity and mortality of the brazilian population: challenges for a new century. Epidemiologia e Serviços de Saúde 2003;, v. 12, n. 2, p. 63–75, 2003. Cornier, M. A., Marshall, J. A., Hill, J. O., Maahs, D. M. & Eckel, R. H. Prevention of overweight/obesity as a strategy to optimize cardiovascular health. Circulation 124, 840–850 (2011). Elks, C. E. et al. Variability in the heritability of body mass index: a systematic review and meta-regression. Front. Endocrinol. (Lausanne) 3, 29 (2012). FREDERIKSEN, H. Feedbacks in economic and demographic transition. Science, v. 166, n. 3907, p. 837–847, 1969. HORTON, R. Offline: COVID-19 is not a pandemic. The Lancet, v. 396, n. 10255, p. 874, 2020. IBGE. Pesquisa de orçamentos familiares 2017-2018: avaliação nutricional da disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil. [s.l: s.n.]. Jauch-Chara, K. & Oltmanns, K. M. Obesity — a neuropsychological disease? Systematic review and neuropsychological model. Prog. Neurobiol. 114, 84–101 (2014). MONTEIRO, C. A. et al. Household availability of ultra-processed foods and obesity in nineteen European countries. Public Health Nutrition, v. 21, n. 1, p. 18–26, 2018. NG, M. et al. Global, regional and national prevalence of overweight and obesity in children and adults 1980-2013: A systematic analysis. The Lancet, 2014. POPKIN, B. M. Nutritional Patterns. Development Review, v. 19, n. 1, p. 138–157, 1993. Sellayah, D., Cagampang, F. R. & Cox, R. D. On the evolutionary origins of obesity: a new hypothesis. Endocrinology 155, 1573–1588 (2014). SILVERIO, R. et al. Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) and Nutritional Status: The Missing Link? Advances in Nutrition, v. 12, n. 3, p. 682–692, 2021. Vague, J. The degree of masculine differentiation of obesities: a factor determining predisposition to diabetes, atherosclerosis, gout, and uric calculous disease. Am. J. Clin. Nutr. 4, 20–34 (1956). VIGILÂNCIA DE FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR INQUÉRITO TELEFÔNICO (VIGITEL). Vigitel Brasil 2019. [s.l: s.n.]. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Obesity: Preventing and managing the global epidemic. Geneva: WHO; 1998. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Obesity: Preventing and managing the global epidemic. Geneva: WHO; 2000. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global Health Estimates 2016: deaths by Cause, Age, Sex, by Country and by Region, 2000–2016. Geneva: WHO, 2018a. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Noncommunicable Diseases (NCD) Country Profiles. Geneva: WHO, 2018c. WORLD HEALTH ORGANIZATION. World Health Statistics 2018: monitoring health for the SDGs, Sustainable Development Goals. Geneva: WHO, 2018b.
O curso, bem como sua condução, foi pensado de forma relacional, considerando todos os condicionantes histórico, social, cultural e científico da obesidade. Nesse eixo, a pedagogia dialógica de Paulo Freire entra em cena com a ideia que a finalidade da educação é formar indivíduos conscientes e com autonomia para promover mudanças e, dessa forma, a comunicação horizontal entre educador e educandos emerge como princípio fundamental para bons resultados. Acreditamos que esse curso possibilitará uma comunicação direta entre a comunidade acadêmica, e tudo que produzimos na Universidade, com a sociedade, impactando diretamente na capacitação e atuação de muitos profissionais e discentes da área da saúde.
O curso será voltado à todos os discentes e profissionais da saúde. Para o desenvolvimento do curso, contamos com uma equipe multiprofissional do Laboratório de Biologia do Exercício e Imunometabolismo (Bioex) da UFVJM, que estuda o tema obesidade a mais de 12 anos, composto por discentes da graduação, pós-graduação e por profissionais com mestrado e doutorado das áreas da Biologia, Nutrição, Fisioterapia, Enfermagem, Farmácia e Medicina.
Do ponto de vista da articulação entre a pesquisa, o ensino e a extensão a execução desta proposta permitirá aos alunos envolvidos a oportunidade de aplicar e praticar conhecimentos adquiridos em sala de aula, bem como a vivência do método científico. Desta forma esta proposta permitirá atuar sobre um problema de saúde da população, capacitando discentes e profissionais por meio da construção do saber, unindo o conhecimento científico e prático, estabelecendo assim uma aproximação entre pesquisadores, alunos e sociedade.
Por ser um agravo de natureza multifatorial, o manejo da obesidade é extremamente complexo, e o cuidado da pessoa com obesidade é um grande desafio. A participação dos alunos é impactada significativamente na formação acadêmica e aperfeiçoamento, oferecendo ferramentas teóricas e práticas, criativas e em linguagem acessível, para a condução de grupos de usuários com obesidade; ofertando ações contínuas, colaborativas, efetivas e que contemplem a complexidade do agravo da obesidade. Além de torná-los mais críticos e os transformando em multiplicadores e criadores de estratégias para a promoção da saúde no cuidado da pessoa com obesidade, compreendendo sua função social como cidadãos.
Tendo em vista o cenário atual, com mais da metade dos brasileiros com excesso de peso, aumento de doenças crônicas não transmissíveis, recente impacto da pandemia da obesidade em infecções virais e necessidade constante de atualização dos profissionais de saúde e discentes dessa área acerca da obesidade, essa proposta de curso se torna muito relevante.
A divulgação será realizada pelas mídias digitais (Instagram, Facebook), na UFVJM e junto a Secretaria Municipal de Saúde de Diamantina, para divulgação nas Estratégias de Saúde da Família do município.
Público-alvo
Discentes e profissionais da área da saúde, dentre eles; médicos, nutricionistas, enfermeiros, biomédicos, fisioterapeutas, educadores físicos, e demais profissionais da área da saúde interessados pela temática da obesidade.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 60 h
- Manhã;
OBESIDADE DA EVIDÊNCIA À PRÁTICA TURMA I: Discentes dos cursos da saúde da UFVJM. MODULO I OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA INTRODUÇÃO AO TEMA OBESIDADE Tópicos: Definição; Epidemiologia e diagnóstico. MODULO I OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA FISIOPATOLOGIA DA OBESIDADE Tópicos: Metabolismo energético - deposição de gordura; Inflamação crônica de baixo grau; Papel da microbiota intestinal na obesidade. MODULO I OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA OBESIDADE E DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS Tópicos: Obesidade, resistência à insulina e diabetes; Obesidade, dislipidemias e doenças cardiovasculares; Obesidade e doenças infecciosas. MODULO II OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA MANEJO DA OBESIDADE Tópicos: Manejo nutricional na obesidade; Manejo clínico na obesidade (tratamentos, medicação, cirurgia bariátrica); Manejo da obesidade na atenção primária. MODULO II OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA OBESIDADE E EXERCÍCIO FÍSICO Tópicos: Promoção da atividade física; Nível de atividade física. MODULO II OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA ESTRATÉGIAS DE ABORDAGEM Tópico: Abordagem coletiva para manejo da obesidade MODULO II OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA OBESIDADE: TÓPICOS ATUAIS E CONTROVERSOS Tópicos: Mitos e tabus; Influência das mídias sociais.
- Manhã;
OBESIDADE DA EVIDÊNCIA À PRÁTICA TURMA I: Profissionais de saúde de todas as áreas. MODULO I OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA INTRODUÇÃO AO TEMA OBESIDADE Tópicos: Definição; Epidemiologia e diagnóstico. MODULO I OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA FISIOPATOLOGIA DA OBESIDADE Tópicos: Metabolismo energético - deposição de gordura; Inflamação crônica de baixo grau; Papel da microbiota intestinal na obesidade. MODULO I OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA OBESIDADE E DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS Tópicos: Obesidade, resistência à insulina e diabetes; Obesidade, dislipidemias e doenças cardiovasculares; Obesidade e doenças infecciosas. MODULO II OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA MANEJO DA OBESIDADE Tópicos: Manejo nutricional na obesidade; Manejo clínico na obesidade (tratamentos, medicação, cirurgia bariátrica); Manejo da obesidade na atenção primária. MODULO II OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA OBESIDADE E EXERCÍCIO FÍSICO Tópicos: Promoção da atividade física; Nível de atividade física. MODULO II OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA ESTRATÉGIAS DE ABORDAGEM Tópico: Abordagem coletiva para manejo da obesidade MODULO II OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA: AULA OBESIDADE: TÓPICOS ATUAIS E CONTROVERSOS Tópicos: Mitos e tabus; Influência das mídias sociais.