Levando em consideração o momento de pandemia que temos vivido, com a impossibilidade de realização de atividades presenciais de educação em saúde, percebemos a importância da continuidade dessas ações, visto que o acesso a informações científicas tem se tornado cada vez mais difícil, assim como o acesso a profissionais de saúde para questões que não são essenciais. Entendemos que a educação em saúde é nossa responsabilidade como membros de um instituição acadêmica de um curso da saúde.

Saúde da mulher; saúde sexual; direitos reprodutivos; contracepção

A educação sexual pode ser entendida como um processo permanente de ensino e aprendizagem sobre a sexualidade humana, seja de maneira formal ou informal. A educação formal é desenvolvida de informa intencional no sistema educativo, seguindo métodos de ensino e aprendizagem, com didática comprometida com a construção do conhecimento. A maneira é um processo não intencional, através de informações cotidianas, transmissão de valores no contexto familiar e sociedade. Nem sempre as informações que chegam até a população têm fundamento científico e muitas vezes acabam levando a uma desinformação, confusão e insegurança. As camadas mais vulneráveis da população têm dificuldade de ter acesso a informação de qualidade, além do tabu que permeia os assuntos relacionados a saúde sexual, que muitas vezes levam as mulheres adolescentes, jovens e adultas a permanecerem com suas dúvidas e inseguranças em relação ao próprio desenvolvimento, sexualidade e saúde. Dentre os problemas gerados por essa falta de informação em resistência na discussão dos temas relacionados a sexualidade estão o aumento da incidência de doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez precoce que podem gerar sérias consequências para a saúde e bem estar da mulher. Diante disso, é possível perceber a importância da conscientização, difusão de informação e criação de um espaço onde as pessoas sintam confortáveis par discutir sobre sexualidade, tirar dúvidas e se sentirem empoderados a respeito do tema.

As informações sobre sexualidades são geralmente precárias, e nem todas as mulheres têm acesso a profissionais que possam sanar suas dúvidas e contribuir para a construção de conhecimento o que culmina em desinformação. O que é observado na maior parte das vezes é que apesar da família e da escola serem fontes de informação sobre o assunto, muitos obtém informações através de amigos ou até mesmo da internet onde nem sempre as fontes são confiáveis. Dessa a forma educação sexual se torna indispensável para a construção de uma sexualidade saudável na população. É importante ressaltar que é um direito de todos ter acesso a informações sobre saúde e sexualidade. Há escassez de material informativo sobre o assunto a abundância de informações equivocadas, o que sem dúvida é uma questão de saúde pública. Dessa forma, é possível perceber a importância da conscientização, difusão de informação e criação de um espaço onde a população no geral e em especial as mulheres, se sintam confortáveis par discutir sobre sexualidade, possam ser ouvidas e ter suas dúvidas sanadas. Contribuindo assim para o desenvolvimento de uma saúde sexual saudável e gerando uma naturalidade na discussão do tema.

Gerais: Realizar evento aberto no formato de Live abordando assuntos sobre os quais as mulheres têm dúvidas e responder perguntas ao vivo, desconstruindo informações equivocadas e construindo conhecimento de forma coletiva. Específicos: 1. Colocar o estudante de medicina em contato com a população através das redes sociais, aproximando assim esses dois públicos e promovendo a interação. 2. Fazer um levantamento das principais dúvidas da população envolvendo os temas de ginecologia e obstetrícia. 3. Estimular no estudante a busca pela resposta para as questões apresentadas, bem como habilidades de organização e de comunicação. 4. Tirar as dúvidas apresentadas pelo público sobre os temas discutidos e levar conhecimento com embasamento científico. 5. Criação de um espaço aberto para conversas, quebra de tabus e discussão sobre os temas.

Construir com os participantes um ambiente de aprendizado mútuo, esclarecer dúvidas a respeito de assuntos de ginecologia e obstetrícia, promover o acesso a informação científica de maneira clara e em linguagem acessível para todas as mulheres.

Uma enquete foi realizada pelos acadêmicos de Medicina integrantes da Liga Acadêmica de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do Mucuri (LAGO - FAMMUC), na sua página própria do Instagram, cujo púbico alvo são os acadêmicos da instituição e a população geral, principalmente de Teófilo Otoni e região adjacente, perguntando quais temas e dúvidas os seguidores gostariam que fossem respondidas. A partir desses dados, os estudantes irão elencar o assunto mais comentado como tema principal dessa primeira ação, buscarão na literatura as respostas para as questões apresentadas e elaborarão um roteiro para uma Live a ser transmitida pelo canal mencionado. O material elaborado será revisado e discutido com os estudantes envolvidos e a docente orientadora da ação. No dia da Live, a dinâmica consistirá na transmissão por vídeo de dois integrantes da equipe, sendo que apresentação e mediação será realizada por uma discente e a resposta aos questionamentos será feita pela docente orientadora, conforme roteiro previamente elaborado. Além disso, a mediadora e outros discentes da equipe irão acompanhar os comentários e perguntas que poderão ser enviados ao vivo pelo público participante, promovendo maior interação. Posteriormente será avaliado a quantidade de participantes, a qualidade da interação e os comentários sobre a satisfação dos usuários.

1. TAQUETTE, Stella R.; VILHENA, Marília Mello de; PAULA, Mariana Campos de. Doenças sexualmente transmissíveis na adolescência: estudo de fatores de risco. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba , v. 37, n. 3, p. 210-214, June 2004 2. ALMEIDA, Rebeca Aranha Arrais Santos et al . Conhecimento de adolescentes relacionados às doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Rev. Bras. Enferm., Brasília , v. 70, n. 5, p. 1033-1039, Oct. 2017. 3. FURLANETTO, Milene Fontana; MARIN, Angela Helena; GONÇALVES, Tonantzin Ribeiro. Acesso e qualidade da informação recebida sobre sexo e sexualidade na perspectiva adolescente. Ver. Estudos e Pesquisas em Psicologia, v. 19, n. 3, 2019.

A interação se dará inicialmente pela escolha dos temas abordados pela comunidade, através da enquete. A seguir, o conteúdo e informações que serão apresentados de forma clara e acessível serão baseados nas demandas apresentadas pelas principais dúvidas e perguntas enviadas, dessa forma a comunidade acadêmica poderá entender quais as demandas da comunidade e contribuir para que seja atendida.

Os assuntos abordados envolvem a saúde física e psicossocial, envolvendo profissionais de saúde e acadêmicos do curso de medicina. Participarão da ação ativamente desta ação apenas alunos do curso de medicina, uma médica Ginecologista e Obstetra e a comunidade.

A ação tem como objetivo construção coletiva do conhecimento, difusão ampla de informação e levantamento de dados sobre as principais dúvidas da população em relação aos temas de ginecologia e obstetrícia.

Os estudantes precisam se aprofundar no tema a ser abordado desenvolvendo conhecimento técnico-científico, além de desenvolverem a capacidade de comunicação clara com a população e interação, o que contribui para atuação futura como profissional de saúde melhorando as habilidades médicas, de relação médico-paciente e educação em saúde.

Através dessa ação o que se pretende é oferecer informações de qualidade, de forma fácil de ser entendida pela população, em um tempo em que o acesso a profissionais de saúde para atendimentos que não são considerados essenciais está cada vez mais difícil, principalmente para as camadas mais vulneráveis da população. O intuito é a construção conjunta do conhecimento, para empoderamento da sociedade em relação a planejamento familiar, questões de saúde sexual, além de quebra de tabus.

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