Visitante
I Encontro Online de Bubalinocultura - Um Olhar sobre a Bubalinocultura Brasileira
Sobre a Ação
202103000041
032021 - Ações
Evento
RECOMENDADA
:
CONCLUÍDA - ARQUIVADA
08/04/2021
06/05/2021
Dados do Coordenador
roseli aparecida dos santos
Caracterização da Ação
Ciências Agrárias
Tecnologia e Produção
Trabalho
Desenvolvimento rural e questão agrária
Nacional
Não
Não
Não
Fora do campus
Noite
Não
Redes Sociais
Facebook: Nepel - Núcleo de Estudos em Pecuária Leiteira Instagram: @nepel.ufvjm
Membros
Trata-se de um evento técnico/científico em que os palestrantes abordarão diversos temas sobre bubalinocultura, trazendo sempre um enfoque prático do manejo geral dos animais em fazendas, assim como a apresentação de resultados de pesquisas já realizadas, as quais têm contribuído com o desenvolvimento da atividade no Brasil. O evento também contempla parte do conteúdo programático da unidade curricular "Bubalinocultura (ZOO142)" do curso de graduação em Zootecnia.
Carne, Leite, Nutrição Animal, Produção Animal, Zootecnia
Os búfalos foram introduzidos no continente americano através da Guiana Francesa e da ilha de Trinidad Tobago ao final do século XIX, originários da Ásia. A partir da Guiana, sudeste asiático e Índia, principalmente, foram posteriormente introduzidos na região norte do Brasil, usualmente em pequenos lotes de animais destinados à tração ou que também eram consumidos pelas tripulações dos navios que aqui aportavam. Despertaram inicialmente interesse muito mais pelo seu exotismo que por suas qualidades zootécnicas (Bernardes, 2010) Sua grande adaptabilidade aos mais variados ambientes como a capacidade de se adaptarem aos chamados "vazios pecuários", locais onde a criação de bovinos é praticamente impossível, sua elevada fertilidade e longevidade produtiva, permitiram que o rebanho se expandisse por todo o território nacional. Segundo dados do IBGE (2005) a população de búfalos no Brasil é de aproximadamente 1.149 mil cabeças, distribuídas nas cinco regiões geográficas, sendo que 62,9% desses animais encontram-se na região Norte. O crescimento anual médio do rebanho foi de 10,86% entre 1961 e 1980, destacando-se que, no mesmo período, o rebanho bovino cresceu a taxas de 3,8% ao ano. No Brasil, a exploração de búfalos destina-se fundamentalmente à produção de carne e tração, porém, a partir dos anos 80/90, verificou-se um interesse crescente em sua exploração leiteira ou com duplo propósito (carne e leite). De acordo com o IBGE (2005) a produção anual de carne era de 150 mil toneladas, e a produção de leite (IBGE, 2011) foi de 156 milhões de litros. Vale ressaltar que os produtos bubalinos (carne e leite) são muito valorizados no mercado.
Segundo o IBGE (2004) citado por Garcia et al. (2005), o Vale do Jequitinhonha detém apenas 3% do rebanho bubalino mineiro. Sabemos que boa parte da produção de leite bovino na região vem sendo explorada por pequenos produtores (menos de 50 litros/dia), através de explorações com baixo uso de tecnologia ou intensificação e geralmente como atividade complementar a outras explorações agropecuárias. Isso torna o produto menos competitivo no mercado, recebendo baixas remunerações, tornando a atividade praticamente impossível. Nesses casos, geralmente a produção ocorre apenas para subsistência da família. É de conhecimento também que a região padece com as consequências dos baixos índices pluviométricos, dificultando ainda mais a bovinocultura leiteira. O búfalo surge nesse contexto como uma espécie mais rústica e adaptável a essas condições, com capacidade de ser mais produtiva do que o bovinos em mesma situação. Além disso, em locais onde há laticínios que captam o leite bubalino, produtores têm se arriscado na criação dessa espécie, e obtido produção individual, mesmo com rebanhos ainda pouco selecionados, superiores às que obtinham com os bovinos, e significativamente um maior volume global, graças à maior fertilidade da espécie, sendo remunerados por preços mais estáveis durante o ano e duas vezes maiores que os obtidos com o leite bovino, além de conseguir obter melhor remuneração pelos bezerros desmamados (recriados para carne) e, dada a maior longevidade produtiva da espécie, têm menor necessidade de reposição. Assim, esse tipo de ação (embora pequena) é vista como uma chave de partida (um primeiro passo) para o desenvolvimento da atividade na região.
GERAL: Trazer conhecimentos sobre o manejo de bubalinos, melhoramento genético, qualidade dos produtos (carne e leite), bem como a apresentação de dados de pesquisas realizadas pelas instituições de ensino, juntamente com a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB). ESPECÍFICOS: - Divulgar a bubalinocultura entre os discentes do curso de Zootecnia, e também entre produtores de leite (bovino) do Vale do Jequitinhonha, como uma opção de espécie para a atividade leiteira; - Aproximar o curso de Zootecnia da UFVJM, o qual está iniciando seus conhecimentos sobre a espécie, aos cursos de outras instituições, onde essa ciência já vem sendo praticada há alguns anos; - Criar novas possibilidades de atuação aos egressos do curso de Zootecnia da UFVJM;
- Divulgação da bubalinocultura na região do Vale do Jequitinhonha: participantes de no mínimo 10 municípios da região; - Divulgação da UFVJM: participantes de no mínimo 15 unidades da federação; - Conhecimento da espécie e quebra de paradigmas, tanto pelos discentes quanto pelos produtores de leite da região: no mínimo 100 participantes no evento; - Conhecimento das potencialidades da espécie: no mínimo 100 participantes no evento; - Conhecimento dos produtos da bubalinocultura e suas possibilidades de uso: no mínimo 100 participantes no evento;
O evento será realizado de forma on-line, através do canal do curso de Zootecnia no YouTube (DZO-UFVJM Diamantina). A vice-coordenadora da proposta ficará responsável pela transmissão. Serão cinco palestras que ocorrerão sempre às 19 horas, nos dias 08, 15, 22, 29/04 e 06/05. A divulgação já está acontecendo nas redes sociais dos integrantes da equipe organizadora, dos grupos de estudos e também dos canais de comunicação do Departamento de Zootecnia. Todo o material de divulgação (cartaz, folder) será elaborado pelas discentes membros da equipe, bem como a veiculação deste nas redes sociais. No momento da palestra será disponibilizado no chat, um formulário Google para preenchimento pelos participantes. A partir desses dados, será feito um levantamento do público e também da lista de participantes para a emissão de certificados. O modelo de certificado será elaborado pelas discentes membros da equipe, o registro ficará a cargo da coordenadora da proposta e o envio aos participantes será feito por todos os membros da equipe (será feita uma divisão da lista, de modo que cada membro ficará responsável por um montante). Vale ressaltar que a emissão de certificados aos participantes será de responsabilidade do Departamento de Zootecnia. A emissão de certificados pela Proexc (caso a proposta seja registrada) será aos membros da equipe organizadora do evento, bem como aos palestrantes.
BERNARDES, O. Bubalinocultura no Brasil e no mundo. Perspectivas frente ao agronegócio. In: Simpósio de Ruminantes. Unesp: São Paulo. 2010. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/259226796 GARCIA, S. K., AMARAL, A., SALVADOR, D. F. Situação da bubalinocultura mineira. Rev Bras Reprod Anim, v.29, n.1, p.18-27, 2005. IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal - 2005. Disponível em: www.ibge.gov.br
Essa interação será feita logo após a apresentação do palestrante, quando será aberto um espaço para perguntas através do chat do canal no YouTube.
Ocorrerá interdisciplinaridade e interprofissionalidade já que os temas que serão abordados envolvem diversas áreas do saber em Ciências Agrárias, tais como: melhoramento, nutrição, produção de forragem, tecnologia de produtos de origem animal e comercialização desses produtos.
Como já mencionado no resumo da proposta, o evento trará informações técnicas e científicas sobre o manejo geral de búfalos num sistema de criação, apresentando resultados de pesquisas já realizadas no Brasil. O evento também contemplará parte do conteúdo programático da unidade curricular do curso de Zootecnia "Bubalinocultura (ZOO142)".
As palestras complemetarão o conteúdo programático da disciplina "Bubalinocultura (ZOO142)" do curso de Zootecnia, conforme apresentado abaixo: 1. Bubalinocultura no Brasil e no mundo – 4 aulas - Histórico - Estatísticas da bubalinocultura no Brasil e no mundo - Mercado 2. Raças bubalinas para corte e leite exploradas no Brasil – 2 aulas - Murrah - Mediterrâneo - Jafarabadi - Carabao 3. Manejo geral (nutricional, sanitário e reprodutivo) – 14 aulas - Manejo de búfalas pré-parto - Manejo de búfalas entre parto e ordenha - Manejo de amas - Manejo na ordenha - Manejo de cria e recria - Índices Zootécnicos - Seleção e melhoramento genético de bubalinos - Principais doenças que acometem os bubalinos - Vacinações 4. Instalações – 4 aulas - Sala de ordenha - Currais - Áreas de pastejo 5. Leite e carne de búfalo – 6 aulas - Composição do leite de búfalas - Produtos à base de leite bubalino - Qualidade do leite bubalino - Princípios de higiene na ordenha - Características da carne bubalina - Produtos à base de carne bubalina PALESTRA 1: Melhoramento Genético de Bubalinos - enfatizará os conteúdos 2 (raças bubalinas para corte e leite exploradas no Brasil) e 3 (índices zootécnicos e seleção e melhoramento genético de bubalinos); PALESTRA 2: Valor Nutricional da Carne de Búfalo (Bubalos bubalis) e seus Derivados - enfatizará parte do conteúdo 5 (leite e carne de búfalo); PALESTRA 3: Leite de Búfalas: Olhar Atual - enfatizará parte do conteúdo 5 (leite e carne de búfalo); PALESTRA 4: Diferenças Nutricionais entre Bovinos e Bubalinos - enfatizará parte do conteúdo 3 (manejo geral/nutricional); PALESTRA 5: CPTB: Ciência e Inovação na Bubalinocultura de Corte - dará ênfase às pesquisas realizadas com búfalos criados para produção de carne. Tratará de ensaios sobre nutrição, reprodução e produção de carne (ensaios de desempenho) na Unesp de Botucatu.
Espera-se que o evento desperte em seus participantes, a ideia de que a bubalinocultura pode ser desenvolvida em qualquer parte do Brasil, mas principalmente em regiões em que a bovinocultura, sobretudo leiteira, encontra desafios como temperaturas elevadas, baixos índices pluviométricos e desvalorização do produto. Espera-se desfazer mitos relacionados à espécie, bem como a cultura de que búfalos sejam animais selvagens.
A divulgação será feita por meio de um cartaz que será publicado nas diversas redes sociais dos membros da equipe, bem como do curso de Zootecnia - Campus JK.
Além disso, o cartaz contendo a programação do evento está sendo divulgado em vários grupo de whatsapp.
Programação do Evento
YouTube - Canal "DZO-UFVJM Diamantina"
08/04/2021
19:00
20:30
Palestra: Melhoramento Genético de Bovinos - Prof. Humberto Tonhati - Unesp/Jaboticabal
YouTube - Canal "DZO-UFVJM Diamantina"
15/04/2021
19:00
20:30
Palestra: Valor Nutricional da Carne de Búfalos (Bubalos bubalis) e seus Derivados - Prof. Ricardo Alexandre Silva Pessoa - UFRPE/Recife
YouTube - Canal "DZO-UFVJM Diamantina"
22/04/2021
19:00
20:30
Palestra: Leite de Búfalas: Olhar Atual - Prof. Sérgio Augusto de Albuquerque Fernandes - UESB/Itapetinga
YouTube - Canal "DZO-UFVJM Diamantina"
29/04/2021
19:00
20:30
Palestra: Diferenças Nutricionais entre Bovinos e Bubalinos - Profa. Natalia Guarino Souza Barbosa - UFRA/Belém
YouTube - Canal "DZO-UFVJM Diamantina"
06/05/2021
19:00
20:30
Palestra: CPTB Ciência e Inovação na Bubalinocultura de Corte - Prof. André Mendes Jorge - Unesp/Botucatu
Público-alvo
Espera-se a participação em média, por palestra, de seis técnicos da área de Ciências Agrárias (autônomos, Senar, Emater).
O evento está sendo divulgado em sindicatos e associações de produtores rurais, buscando atingir esse público alvo. Espera-se 5 produtores (média) por palestra.
Docentes de cursos de graduação em Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia.
Como o evento tem sido divulgado pelas redes sociais em várias instituições, espera-se uma média de 50 discentes (principalmente de cursos de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia) de VÁRIAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO DO BRASIL, em cada palestra. Vale ressaltar que, principalmente na região Norte do Brasil, muitos desses estudantes são também, produtores de búfalos.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Turmalina - MG
Unaí - MG
Itamarandiba - MG
Recife - PE
Belém - PA
Itapetinga - BA
Botucatu - SP
Jaboticabal - SP
Parcerias
Não houve parcerias. Houve convites a profissionais de outras instituições para a participação no evento. A equipe entende como parceria quando há divisão de responsabilidades, tarefas etc. Quando há obrigações da outra parte envolvida. Não há como mudar isso, tendo em vista que a ação já aconteceu. Infelizmente, embora a proposta tenha sido cadastrada no tempo regulamentar, a avaliação não ocorreu antes que o evento acontecesse.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 26 h
- Manhã;
Elaboração da programação e convite aos palestrantes.
- Noite;
Criação da arte do cartaz do evento, bem como das chamadas individuais de cada palestra.
- Noite;
Elaboração do material para apresentação da palestra (atividade do palestrante).
- Noite;
Atuar como moderador no momento da apresentação.
- Noite;
Elaborar o formulário do Google para efetuar a inscrição dos participantes no momento da palestra.
- Tarde;
Redigir o relatório final da ação de extensão par solicitar a emissão de certificados.