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TECNOLOGIAS EDUCATIVAS PARA APRESENTAÇÃO DO GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA: Pesquisa-ação com vistas à educação alimentar e nutricional dos alunos de uma instituição educacional.
Sobre a Ação
202203000299
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
CONCLUÍDA - ARQUIVADA
24/02/2023
31/07/2023
Dados do Coordenador
nadja maria gomes murta
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Saúde
Educação
Segurança alimentar e nutricional
Municipal
Não
Não
Não
Fora do campus
Integral
Não
Membros
Esta é uma pesquisa-ação de caráter emancipatório que propõe trabalhar o Guia Alimentar para a População Brasileira com a utilização de oficinas educativas: jogos eletrônicos, palestras, plantio de horta e culinária. Espera-se que o acesso às informações levadas ao conhecimento dos participantes resulte em atitudes racionais e a prática de uma alimentação nutritiva, variada e equilibrada, ampliando o papel da FUCAM no contexto alimentar para além da oferta de alimentos que já é realizada.
Educação Alimentar e Nutricional. Guia Alimentar. Tecnologias Educativas. Pesquisa-ação. Gamificação.
Esta pesquisa-ação propõe uma intervenção para promover Educação Alimentar e Nutricional (EAN) no ambiente escolar, especificamente na Fundação Educacional Caio Martins (FUCAM). “As intervenções nutricionais são configuradas, historicamente, por distribuição de alimentos e ampliação de conhecimento, permanecendo nas práticas atuais.” (CERVATO-MANCUSO; VINCHA; SANTIAGO, 2016, p. 225). As fases da infância e da adolescência são marcadas pelo acesso ao aprendizado de assuntos importantes, abordados principalmente no ambiente escolar e que repercutem durante toda a vida da pessoa. Vallin et al. (2020) esclarecem que a escola também deve ser envolvida na preocupação com a alimentação, por se tratar de uma questão de educação e saúde. Torna-se necessário então a existência de um processo educativo, com ações que ensinem sobre a alimentação adequada e saudável e estimulem uma autonomia para que as próprias crianças e adolescentes tomem decisões seguras e conscientes. Schmitz et al. (2008) também trazem uma reflexão acerca da importância da escola para o desenvolvimento de ações que busquem a melhoria do estado nutricional e da saúde das crianças. Esse ambiente privilegiado de educação destaca-se como uma oportunidade de levar ao conhecimento dos seus discentes Educação Alimentar e Nutricional, visto que eles passam grande parte do dia nesse local. Brito et al. (2019) esclarecem que há um vínculo entre a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) e a promoção da saúde humana. Afirmam ainda que o objetivo da EAN é “exercer práticas alimentares nutricionalmente adequadas que proporcionem a autonomia, neste caso dos escolares, como um processo permanente, levando em consideração a troca de saberes, a individualidade e os hábitos alimentares culturais.” (BRITO et al., 2019, p. 127). Também nesse sentido, Santos (2012) destaca a importância da educação alimentar e nutricional para a promoção da saúde, sendo essa uma estratégia fundamental para o enfrentamento dos novos desafios nos campos da saúde, alimentação e nutrição, ficando então evidente o porquê de sua crescente importância. Seguindo tais entendimentos, o trabalho prevê o desenvolvimento de oficinas para EAN, destacando o uso de jogos eletrônicos para o estudo do GAPB. Os jogos podem ser criados ou customizados de várias formas, desde que tenham informações, leituras, visibilidade, dinâmica e ser de fácil acesso dos usuários. Esse método permite a divulgação de conhecimentos e pode, portanto, ser utilizado como ferramenta pedagógica, se aplicando à Educação Alimentar e Nutricional (EAN), com a vantagem das crianças e adolescentes terem acesso a computadores no local de estudo, podendo ser utilizados ainda celulares, caso eles tenham. As outras ações também buscam conscientizar as crianças e adolescentes sobre a importância da alimentação saudável, tendo como referência o GAPB, por meio de oficinas onde a EAN será realizada de forma lúdica e com a participação de profissionais e estudantes da UFVJM e instituições parceiras. O projeto subsidiará uma pesquisa realizada por meio do inquérito CAP (Conhecimento, Atitudes e Práticas), uma forma de identificar as particularidades do local de aplicação, desenvolver ações preventivas em saúde e avaliar o efeito da abordagem com o material educativo, seja de forma quantitativa ou qualitativa. (OLIVEIRA, LIMONGI, 2020). Como resultado, espera-se modificações no conhecimento dos participantes acerca da alimentação saudável, tornando-os ativos e multiplicadores de boas práticas alimentares.
Existem algumas políticas públicas brasileiras que preveem a promoção de Educação Alimentar e Nutricional, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), instituído pela Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, que estabelece em seu inciso II, do Art. 2º: II - A inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional;(BRASIL, 2009, p. 1). De acordo com Costa, Ribeiro V. e Ribeiro E. (2001), com o PNAE, além de ser garantida uma parte dos nutrientes necessários por dia ao aluno, também há a constituição de um espaço educativo que, quando melhor explorado, estimula a integração de temas relativos à nutrição ao currículo escolar. Outra importante norma foi criada em 2012 pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, juntamente com outros órgãos do Governo Federal. Trata-se do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas que assim define a Educação Alimentar e Nutricional (EAN): A EAN é um campo de ação da Segurança Alimentar e Nutricional e da Promoção da Saúde e tem sido considerada uma estratégia fundamental para a prevenção e controle dos problemas alimentares e nutricionais contemporâneos. Entre seus resultados potenciais identifica-se a contribuição na prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis e deficiências nutricionais, bem como a valorização das diferentes expressões da cultura alimentar, o fortalecimento de hábitos regionais, a redução do desperdício de alimentos, a promoção do consumo sustentável e da alimentação saudável. (BRASIL, 2012, p.13). Para subsidiar ações nesse sentido, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) criou um manual com princípios e práticas para Educação Alimentar e Nutricional, onde define: A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) no Brasil é reconhecida como uma ação estratégica para o alcance da Segurança Alimentar e Nutricional e da garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Conforme o Decreto Nº 7.272, de 25 de agosto de 2010, a EAN é uma diretriz da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN), e desde então, vem sendo trabalhada em uma perspectiva mais ampliada em diferentes campos de ação, no escopo do sistema alimentar, e articulada a outras políticas públicas. (BRASIL, 2018, p.1). Busca-se com esse projeto ações educativas que sejam eficientes e com boa aceitação, sob o entendimento de que: As atividades educativas em nutrição têm espaço próprio nas escolas quando se fala em promoção da saúde e na possibilidade de virem a ser produtoras de conhecimento. Embora a insuficiência de recursos financeiros para adquirir alimentos necessários à manutenção da boa saúde seja o principal condicionante do problema alimentar no Brasil, outros fatores como a desinformação, a pressão publicitária, os hábitos familiares e sociais e mesmo as alterações de ordem psicológicas não devem ser desconsiderados.(COSTA; RIBEIRO. V.; RIBEIRO. E., 2001, p. 226) Na sociedade tecnológica em que vivemos, os instrumentos que advém dos sistemas de informação conseguem atingir uma camada significativa da sociedade e podem, portanto, colaborar com propostas de intervenção, reflexão e oferta de educação alimentar e nutricional. Por esta razão é que a elaboração ou adaptação de jogos foi pensada, ideia corroborada por outros estudos. Os jogos educativos podem ser considerados instrumentos que proporcionam a diversão, mas, também, uma ferramenta capaz de facilitar e auxiliar a aprendizagem, com potencial para facilitar mudanças de comportamento por promoverem um rearranjo de contingências educacionais.(OLIVEIRA, et al., 2020, p.3). Para Tomolei (2017, p. 151), “o game pode ser uma estratégia motivadora nas escolas e ambientes de aprendizado. O prazer e o engajamento podem estar associados à aprendizagem, em uma linguagem e comunicação compatíveis com a realidade atual.”. Diversos autores relatam que o uso games fora do ambiente dos jogos estimula a motivação dos indivíduos, auxiliando na solução de problemas e promovendo a aprendizagem. A gamificação: [...] é um fenômeno emergente, que deriva diretamente da popularização e popularidade dos games, e de suas capacidades intrínsecas de motivar a ação, resolver problemas e potencializar aprendizagens nas mais diversas áreas do conhecimento e da vida dos indivíduos.(FARDO, 2013, p. 2). Já o Guia Alimentar para a população brasileira é “um documento oficial que aborda princípios e recomendações de uma alimentação adequada e saudável e se configura como um instrumento de apoio às ações de educação alimentar e nutricional (EAN).” (AMBROSI; GRISOTTI, 2022, p. 4245). Esse documento foi criado em 2006 (e reeditado em 2014) pelo Ministério da Saúde em conjunto com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da Universidade de São Paulo (USP). O GAPB almeja ser um mediador das escolhas e um facilitador na tomada de decisão alimentar e é capaz de favorecer/auxiliar nas escolhas, estimulando a cultura e os hábitos regionais e locais, sendo, por isso, considerado um instrumento importante. (AMBROSI; GRISOTTI, 2022, p. 4247). A apresentação e estudo do GAPB para prover EAN está alinhada aos objetivos da própria Fundação Educacional Caio Martins, que: Em mais de 70 anos de história, tem pautado suas ações em busca da inclusão dos segmentos mais vulneráveis da sociedade em políticas públicas de qualidade. Consta do Plano de Desenvolvimento da Instituição a execução do Programa Educação para Autonomia, com o objetivo central de reduzir a vulnerabilidade promovendo a trajetória para a autonomia, por meio de políticas públicas que se estruturam a partir da oferta articulada de dois grupos de ações: educacionais e socioprodutivas. (FUCAM, 2022). Este trabalho consiste numa pesquisa-ação que pode ser definida como o estudo de uma situação social com vistas a melhorar a qualidade da ação dentro dela, sendo constituída por quatro fases: planejamento da ação, implementação, monitoramento e avaliação. (TRIPP,2005). Existem algumas modalidades de pesquisa-ação e, ainda segundo Tripp (2005, p. 458), a pesquisa emancipatória “tem como meta explícita mudar o status quo não só para si mesmo e para seus companheiros mais próximos, mas de mudá-lo numa escala mais ampla, do grupo social como um todo.”. Para verificar se essas transformações foram alcançadas, será utilizado o método que busca avaliar as transformações nos Conhecimentos, Atitudes e Práticas (CAP) alimentares dos atores. “A partir da identificação do nível de conhecimento da população sobre determinado tema da saúde é possível o desenvolvimento de materiais instrucionais direcionados e específicos a estes grupos, que abordem de forma eficiente a educação e a promoção da saúde.”(OLIVEIRA; LIMONGI, 2020, p. 14-15). Nesse sentido, as oficinas educativas foram pensadas como ferramentas para levar EAN aos atores e o método do inquérito CAP para aferir seus resultados. Oliveira et al. (2020, p.193) afirmam que sua aplicação permite o aumento dos “insights” em uma situação atual, ajudando na identificação de problemas e projeção de intervenções específicas apropriadas.
Objetivo Geral: Promover Educação Alimentar e Nutricional (EAN) aos adolescentes maiores de 15 anos, matriculados no ano de 2023 na Fundação Educacional Caio Martins, tendo como referência o Guia Alimentar para a População Brasileira e o desenvolvimento de oficinas com tecnologias educativas digitais, culinária e produção de uma horta. Objetivo Específicos: - Prover Educação Alimentar e Nutricional (EAN) por meio da interação dialógica entre docentes, técnicos administrativos e discentes das áreas de nutrição, agrárias e tecnologia da informação da UFVJM, IFNMG e FUCAM. - Proporcionar mudanças dos hábitos alimentares dos discentes da FUCAM, na expectativa de que as transformações sejam capazes de torná-los multiplicadores de boa práticas alimentares; - Proporcionar formação interprofissional e interdisciplinar dos discentes envolvidos.
1 - Promover Educação Alimentar e Nutricional (EAN) para 80 alunos matriculados na FUCAM; 2 - Realizar 2 reuniões mensais com a equipe organizadora do projeto, totalizando 14 reuniões; 3 - Realizar 24 visitas in loco; 4 - Realizar 4 palestras sobre o GAPB; 5 - Desenvolver e aplicar 5 de jogos educativos; 6 - Desenvolvimento de 1 minhocário / sistema de compostagem; 7 - Implantar 1 horta no espaço da FUCAM; 8 - Realizar 1 oficina culinária; 9 - Envolver 4 alunos da graduação, sendo 1 do curso de Nutrição e 3 do curso de Agronomia; 10 - Promover EAN a 320 familiares dos discentes (considerando a média de 4 habitantes por família); 11 - Proporcionar formação interprofissional e interdisciplinar a 80 da FUCAM e 4 da UFVJM.
As ações do projeto serão pautadas pela troca de experiências com a própria comunidade da FUCAM, inclusive com convite para que os pais dos alunos também participem. Com essa escuta, eles terão a oportunidade de interagir e contribuir para o alcance dos objetivos. Este processo ocorrerá com as seguintes etapas: a) Explicação do projeto à comunidade escolar da FUCAM; b) Identificação dos participantes; c) Aplicação do questionário inicial; d) Desenvolvimento das oficinas; e) Aplicação do questionário final e f) Avaliação dos resultados da pesquisa-ação. Além dos dados dos questionários que serão aplicados utilizando os jogos eletrônicos, as atitudes e práticas observadas no dia-a-dia com os participantes também serão levadas em consideração para avaliação do resultado, composto de uma mistura de variáveis, números e imagens. Essa pesquisa-ação ocorrerá na unidade da FUCAM em Diamantina, que hoje funciona na sede da Escola Profissionalizante Irmã Luiza (EPIL), na Rua Herculano Pena, Bairro Rio Grande, Diamantina-MG. Todos os discentes da fundação serão convidados a participar das ações extensionistas, entretanto, na pesquisa serão levados em consideração apenas os relatórios respondidos pelos adolescentes com 15 anos de idade ou mais, na perspectiva de que estes têm um grau de maturidade para compreender a importância do que está sendo trabalhado, sem que haja um pré-julgamento dos demais. Cumpridos os procedimentos iniciais, haverá a aplicação do primeiro questionário no laboratório de informática da FUCAM. Os participantes terão acesso à atividade com jogos eletrônicos que conterão as perguntas elaboradas para diagnosticar o conhecimento individual acerca da alimentação saudável. As perguntas serão elaboradas com referência ao GAPB. a) Educação Alimentar e Nutricional a partir do GAPB: O Guia Alimentar para a População Brasileira será apresentado ao público alvo durante a palestra de uma nutricionista convidada que utilizará recursos de áudio e vídeo, ou seja, um método de aprendizagem que utiliza a percepção visual dos adolescentes. b) Jogos educativos: As oficinas para estudo do GAPB que envolvem tecnologias educacionais digitais serão aplicadas no laboratório de informática da própria FUCAM, que hoje conta com 10 computadores. Os jogos educativos serão desenvolvidos utilizando plataformas gratuitas para essa finalidade, como o eFuturo.com.br, FS.WordFinder, Armoredpenguin.com e wordwall.net/pt. c) Produção da horta: O espaço onde será produzida a horta pertence às instalações da FUCAM e EPIL (Escola Profissionalizante Irmã Luiza). O local dispõe de água de um poço artesiano, sem custos para utilização, e conta ainda com os cuidados de um funcionário permanente. Existe a plantação de uma pequena, mas, segundo a coordenação, atualmente não há o envolvimento dos discentes na manutenção desse espaço. É possível produzir no local composteiras para adubação, com o aproveitamento de resíduos orgânicos obtidos na instituição ou por coleta em outros locais. A compostagem é um “processo biológico de decomposição de diferentes tipos de matéria orgânica encontrada nos restos de animais e vegetais e tem como produto final o adubo orgânico que pode ser utilizado para melhorar as características do solo sem prejudicar o meio ambiente. “ (SOUZA et al.,2020, p. 90). Os adolescentes terão acesso a técnicas para fazer uma horta produtiva, e serão convidados profissionais com conhecimento técnico para orientá-los. Pretende-se ensiná-los desde o preparado do solo, com adubação usando compostos orgânicos, ao plantio, cuidados, colheita e armazenamento dos vegetais produzidos. A horta será desenvolvida para uma integração com a natureza e com ensinamentos básicos para o plantio no ambiente urbano, contando ainda com o reaproveitamento de resíduos orgânicos vegetais (composteiras). d) Culinária com alimentos regionais e da produção da horta: A produção da horta será destinada ao consumo dos próprios estudantes e comporá a refeição que já é servida diariamente. Haverá um momento em que os alunos serão convidados para ajudar na preparação dessas refeições, baseadas em pratos com legumes, verduras e frutas, como saladas, sopas e sobremesas. Esses encontros não pretendem aprofundar nos conceitos da culinária, mas, tão somente ensinar práticas simples de higienização, preparações que mantêm o alimento saudável e a importância do reaproveitamento das sobras.
AMBROSI, C.; GRISOTTI, M. O Guia Alimentar para População Brasileira (GAPB): uma análise à luz da teoria social. Ciência & saúde coletiva. Disponível em:https://www.scielo.br/j/csc/a/spHMZQTCYVTj8PC3by8h4qq/. Acesso em: 09 nov. 2022. BORSOI, A. T.; TEO, C. R. P. A.; B. R. Educação alimentar e nutricional no ambiente escolar: uma revisão integrativa. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,p. 1441-1460, 2016. Disponível em: https://dx.doi.org/10.21723/riaee.v11.n3.7413. Acesso em: 02 out. 2022. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome. Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para Políticas Públicas. 2016. Disponível em: https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/2017/03/marco_EAN.pdf. Acesso em: 02 out. 2022. BRITO, L. F. S; et al. Metodologias lúdicas e educação alimentar e nutricional para promover o consumo de pescado em escolares. Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, v. 16, n. 34, p. 126-142, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ extensio/article/view/1807-0221.2019v16n34p126/42163 Acesso em: 02 out. 2022. BUENO, T.B.M.; BUENO, M.M.; MOREIRA, I.G.I.M. Fisioterapia e a educação em saúde: as tecnologias educacionais digitais como foco. Revista Thema, V.17. n 3. 2020. Disponível em: periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/1594/156. Acesso em: 02 out. 2022. BRAGA, C.J.S. O que que é o www.Efuturo.com.br? Disponível em: https://www.efuturo.com.br/ajuda.php. Acesso em: 09 out. 2022. CERVATO-MANCUSO, A. M.; VINCHA, K.R.R.; SANTIAGO, D.A. Educação alimentar e Nutricional como prática de intervenção: reflexão e possibilidades de fortalecimento. Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 26 [ 1 ]: 225-249, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/cFCwkTrh6KxsDnDvSHDYy7m/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 02 out. 2022. DEMO, P. Desafios modernos da educação, Rio de janeiro, Vozes, 1995. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1616/1/td_0218.pdf. Acesso em: 04 out. 2022. FUCAM. PROGRAMA EDUCAÇÃO PARA AUTONOMIA, Disponível em:https://fucam.mg.gov.br/a-fucam/programa-educacao-para-autonomia.Acesso em: 09 out. 2022. GABE, K. T.; JAIME, P. C. Práticas alimentares segundo o Guia alimentar para a população brasileira: fatores associados entre brasileiros adultos. Scielo5 Brasil. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ress/a/7Rc6W3DBCxycf5fh7zkfYdx/?lang=pt. Acesso em: 30 out. 2022. MAGALHÃES, Q. V. B.; CAVALCANTE, J. L. P. Educação alimentar e nutricional como intervenção em hábitos alimentares saudáveis no ambiente escolar. SANARE-Revista de Políticas Públicas, v. 18, n. 1,2019. Disponível em: https://doi.org/10.36925/sanare.v18i1.1306. Acesso em: 02 out. 2022. VASCONCELOS, C.M. et al. Estudo de intervenção com escolares utilizando jogo de cartas “o enigma da pirâmide” sobre alimentação saudável. Cogitare Enferm. 2022. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v27i0.81354. Acesso em: 05 nov. 2022.
A qualificação de profissionais para o mercado de trabalho e a produção de ciência são os objetivos mais evidentes pela sociedade quando se caracteriza a universidade pública. Entretanto, sua missão vai muito além: A universidade é também um espaço educacional-social de produção e divulgação de conhecimentos científicos, sendo seu papel específico “educar pela ciência” (DEMO, 1995). A Extensão Universitária possibilita o desenvolvimento de ações socioeducativas que contribuem para a superação de condições de exclusão e desigualdades, por meio da relação de diálogo que se estabelece entre a comunidade e a universidade. Nesse sentido, busca-se com esse projeto a produção de conhecimentos por meio de trocas de experiências entre a comunidade escolar da FUCAM e os profissionais ligados à UFVJM, ao IFNMG e outros parceiros. Essa interação acontecerá durante a realização das oficinas: debate no dia da apresentação do Guia, troca de experiências durante as práticas para produção da horta e culinária com alimentos saudáveis.
A Interdisciplinaridade será por meio da integração de conhecimentos relacionados às Ciências da Saúde, Ciências Agrárias e Ciências da Computação. Já a Interprofissionalidade será observada diante a atuação de Nutricionistas, Técnicos em Agropecuária e Meio Ambiente e Analista de Sistemas de Informação e outros profissionais que serão convidados a participar de forma a agregar conhecimentos.
O contato efetivo com os membros da comunidade permite o desenvolvimento de projetos que atendam às reais necessidades e interesses da mesma, sendo esse um dos deveres das instituições públicas de ensino. A partir das conversas com a direção da FUCAM é que foram propostas as ações educativas desse projeto, que visam desenvolver nos discentes práticas que melhorem a qualidade de seus hábitos alimentares. Já os resultados dessas ações servirão de base para o desenvolvimento de pesquisas requeridas no Cursos de Graduação em Nutrição e no Programa de Mestrado Profissional em Saúde, Sociedade e Ambiente. Portanto, o projeto apresentado traz características extensionistas, aliadas ao ensino de práticas voltadas à Educação Alimentar e Nutricional e ainda integra pesquisas científicas, o que demonstra a indissociabilidade da tríade Ensino, Pesquisa e Extensão, obtida por meio da integração entre servidores e estudantes do IFNMG, da UFVJM e público da FUCAM.
Os membros do projeto, sejam eles técnicos, graduandos ou pós-graduandos, buscam aplicar na prática os conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação acadêmica, o que contribui para seu processo formativo. Além disso, a vivência e a interação dialógica com a comunidade, que não acontecem dentro da sala de aula, resulta em uma prestação de serviço à população e transforma socialmente a vida dos envolvidos no projeto.
Os impactos na vida dos alunos envolvidos nas ações serão diversos. Além da educação para hábitos alimentares saudáveis que trazem inúmeros benefícios, principalmente a prevenção de doenças cardiovasculares, o contato com atividades de diversas áreas pode inclusive estimulá-los ao ingresso em cursos das áreas de saúde, agrárias e de computação. As tecnologias educativas permitem também a interação dos adolescentes com a informática, presente no cotidiano da maioria dos estudantes, mas, nem sempre aliada à obtenção de conhecimento. Outro impacto positivo é o incentivo para produção de alimentos que podem complementar a alimentação diária, a renda e o combate à fome presente no meio social onde vivem aquelas crianças e adolescentes.
O projeto será divulgado nos sites oficiais e redes sociais da FUCAM, UFVJM e IFNMG.
A execução e divulgação do projeto também é uma forma de dar visibilidade à Fundação Caio Martins, recém instalada na cidade de Diamantina e com longa história em outras cidades mineiras, principalmente no norte do estado. Dividindo espaço com a EPIL, instituição bastante conhecida na Comunidade Diamantinense, a FUCAM torna-se mais uma oportunidade para investimento de políticas públicas que geram transformação social.
Público-alvo
A Fundação Educacional Caio Martins (Fucam) atua na implantação de ações educacionais e socioprodutivas que geram autonomia para as pessoas do campo em situação de vulnerabilidade social. O público alvo do projeto será as crianças e adolescentes atendidos pela unidade da FUCAM em Diamantina/MG, com estimativa de 80 alunos para o ano de 2023. O atendimento é feito no contraturno do horário escolar e são distribuídas diariamente refeições que ajudam na alimentação e trazem um alívio para o orçamento familiar dos envolvidos.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
O projeto será desenvolvido na FUCAM e contará com o espaço e o apoio dos servidores desta fundação.
Pretende-se que o projeto seja executado com a colaboração de servidores e alunos do IFNMG, uma vez que já há parceria estabelecida entre a FUCAM e o IFNMG e discentes do Curso Técnico em Meio Ambiente podem colaborar na oficina de produção da horta.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 180 h
- Manhã;
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Seleção de discentes da graduação em Nutrição e em Agronomia para participação no projeto.
- Manhã;
- Tarde;
Uma reunião quinzenal, totalizando 12 reuniões com os seguintes objetivos: Planejamento das atividades, capacitação da equipe, acompanhamento e avaliação.
- Manhã;
- Tarde;
Palestras educativas para os discentes da FUCAM, com o objetivo de apresentar e debater o Guia Alimentar para a População Brasileira.
- Manhã;
- Tarde;
Aplicação dos jogos eletrônicos para fixação e verificação da aprendizagem do conteúdo do GAPB.
- Manhã;
- Tarde;
Criação do sistema de minhocário / sistema de compostagem e sua alimentação a partir dos resíduos orgânicos.
Implantação e manutenção da horta
27/02/2023
31/07/2023
- Manhã;
- Tarde;
Implantação e manutenção da horta, com as seguintes atividades: coleta e análise do solo, limpeza do terreno, adubação com os produtos do minhocário/sistema de compostagem, plantio das mudas, irrigação, limpeza de ervas daninhas e colheita.
- Manhã;
- Tarde;
Realização de uma oficina culinária com demonstração de boas práticas, utilização e preparação de alimentos saudáveis.
- Manhã;
- Tarde;
A aplicação do questionário se dará em dois momentos, sendo no início (abril) e no final (julho) do projeto. Na primeira aplicação será avaliado o conhecimento dos discentes em relação à alimentação saudável e na segunda se houver alteração a partir das ações desenvolvidas.
- Manhã;
- Tarde;
Avaliação das ações e conclusão do projeto de extensão, incluindo o relatório final.