Detalhes da ação

MÉTODO CANGURU, HUMANIZAÇÃO E VIDA!

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203000307

Tipo da Ação

Projeto

Situação

RECOMENDADA :
CONCLUÍDA - ARQUIVADA

Data Inicio

19/12/2022

Data Fim

29/12/2023


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

sabrina pinheiro tsopanoglou

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências da Saúde

Área Temática Principal

Saúde

Área Temática Secundária

Educação

Linha de Extensão

Saúde da família

Abrangência

Local

Gera Propriedade Intelectual

Não

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Fora do campus

Período das Atividades

Tarde

Atividades nos Fins de Semana

Não

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 140 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 140 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 140 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 140 h
Tipo de Membro Externo
Carga Horária 288 h
Tipo de Membro Externo
Carga Horária 140 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 300 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 300 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 300 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 140 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 140 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 140 h
Resumo

O projeto de pesquisa-ação “Método Canguru, Humanização e Vida!” tem o objetivo de promover uma atenção humanizada ao recém-nascido de risco, nascidos na macrorregião Jequitinhonha, uma vez que, esta é conhecida como uma área de carência financeira e social, no que diz respeito às técnicas e práticas relacionadas à saúde, de forma a melhorar a condição de saúde que se encontra o recém-nascido de risco, para prevenção e redução da taxa de mortalidade neonatal precoce.


Palavras-chave

recém-nascido de baixo peso, método canguru, humanização da assistência.


Introdução

No Brasil, a principal causa de mortalidade infantil são as afecções perinatais, que abrangem problemas respiratórios, asfixia ao nascer, infecções, distúrbios metabólicos, dificuldades para se alimentar e para regular a temperatura corporal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Assim, se faz necessário a utilização de ferramentas de intervenção complementares e humanizadas que sejam implementadas no cuidado com o neonato com o intuito de contribuir para a redução da morbimortalidade dessa população. Com o objetivo de reduzir a taxa de mortalidade infantil, neonatal e contribuir para redução das mortes em recém-nascidos de risco, o Ministério da Saúde lançou a Norma de Atenção Humanizada ao Recém‑nascido de Baixo Peso: Método Canguru, conhecido no Brasil como Método Canguru, Método Mãe Canguru ou Cuidado Mãe Canguru. (CHAN et al., 2016; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Este método possui baixo custo em relação a aparelhos de tecnologia em saúde, mas, em contrapartida, exige uma capacitação adequada da equipe de profissionais em saúde. A realização do método se tornou um importante pilar para a promoção de um cuidado especializado que resulta no bem-estar e na criação de vínculo entre os bebês e seus cuidadores, bem como na mudança de postura dos profissionais de saúde envolvidos, visando à humanização da assistência (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). O Método Canguru (MC) é realizado em três etapas onde a equipe de saúde precisa estar em condições adequadas para ofertar um atendimento qualificado, de modo que seja levado em conta a individualidade de cada bebê e sua história familiar (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). A primeira etapa do Método Canguru está relacionada ao período de pré-natal e ao período de internação do neonato na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), onde é possível que haja a identificação de situação de risco que indique a necessidade de cuidados especializados para a gestante, os quais podem ou não acarretar a internação do recém‑nascido (RN) em uma Unidade Neonatal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). Nesta etapa, o principal objetivo é facilitar a aproximação da família com o RN e para isto é recomendado o contato pele a pele na posição canguru o mais cedo possível e a participação ativa dos responsáveis parentais na rotina de cuidados do RN (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). Na segunda etapa, a mãe, com a orientação da equipe de saúde, realiza a maior parte dos cuidados ao RN e há o objetivo de dar continuidade ao aleitamento materno e praticar o contato pele a pele na posição canguru pelo maior tempo possível (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). Já a terceira etapa é referente a alta hospitalar, com foco no cuidado ao RN no ambiente domiciliar, de modo que haja o acompanhamento desta família pela parceria entre a maternidade de origem e a UBS que acompanhou a puérpera no pré natal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).


Justificativa

Segundo o Plano de Ação Regional de Atenção à Saúde Materno-Infantil da Macrorregião de Saúde Jequitinhonha/MG (2020), em uma população de 4.702 nascidos vivos, 810 (17%) são considerados recém-nascidos de alto risco, além de que, 748 (16%) são recém-nascidos prematuros e/ou de baixo peso. Este mesmo plano aponta que a taxa de mortalidade neonatal precoce é de 7,0 por 1.000 nascidos vivos, e que, 67,5% dos óbitos infantis são por causas evitáveis. Segundo dados da Estatística do Registro Civil da Fundação Seade, a taxa de mortalidade neonatal precoce do Estado de São Paulo passou de 8,7 óbitos por 1.000 nascimentos em 2000, para 5,4 em 2019. Esse grupo responde por 49% dos óbitos infantis neste último ano. Além disso, Bernardino et al. (2022), verificaram, à partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, a tendência de mortalidade neonatal no Brasil no ano de 2007 a 2017 e observaram que a maior taxa média de mortalidade neonatal no país foi na Região Norte, com 11,02 por 1.000 nascidos vivos. As menores taxas estão nas regiões Sul (7,81/1.000) e Sudeste (8,50/1.000). Ademais, o estudo evidencia que, das variáveis neonatais observadas, o nascimento pré-termo, de extremo baixo peso e o parto cesáreo apresentaram tendência crescente no decorrer dos anos. Outrossim, um estudo ecológico misto com dados destes mesmos Sistemas, mostra que no Brasil a taxa de mortalidade neonatal evitável reduziu de 10,98, em 2000, para 6,76 por mil nascidos vivos, em 2018 (PREZOTTO et al., 2021). As urgências neonatais envolvem a atuação do profissional de saúde com o recém-nascido de alto risco, que é caracterizado como aquele que está exposto a circunstâncias de desenvolvimento desfavoráveis, ambientais (extrínsecas) e/ou biológicas (intrínsecas) (FORMIGA; SILVA; LINHARES, 2018). Dessa forma, são considerados neonatos de alto risco aqueles nascidos de parto prematuro, parto pós-termo, quando houver hipotensão materna, trabalho de parto prolongado, hipertonia uterina, líquido meconial, prolapso de cordão e/ou anestesia, escore de Apgar no primeiro e quinto minuto de vida < 4, em que podem levar ao risco de asfixia, infecção, distúrbios metabólicos, hemorragia peri-intraventricular, aspiração meconial, hipertensão pulmonar, depressão respiratória, hipotensão, hipotermia e malformações (SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS, 2005). A abordagem à população neonatal de risco deve ser integral, qualificada e humanizada em saúde materno-infantil, levando em consideração estratégias de cunho biopsicossocial, com ênfase no cuidado ao recém-nascido e sua família. Desta forma, o Método Canguru promove e incentiva a atenção humanizada ao neonato, com a participação e interação dos pais e da família, de maneira que o contato pele a pele até a evolução para a posição canguru seja eficiente no ganho de peso do recém-nascido e manutenção dos sinais vitais adequados, aumente o vínculo afetivo entre os integrantes da família, incentive a amamentação, reduza o risco de infecção hospitalar, estresse e dor, favoreça estimulação sensorial protetora em relação ao desenvolvimento integral do bebê, bem como melhore a qualidade do desenvolvimento neuropsicomotor (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). O Método Canguru atua de forma a humanizar a atenção ao recém-nascido de alto risco, aproximando a mãe do bebê, fazendo com que a mãe se torne parte do processo de cuidado, desde a primeira fase, na UTIN, como na segunda e terceira fase. Por isso, a primeira fase tem como objetivo, dentre outros, facilitar a aproximação e aumentar o vínculo da família com o recém-nascido; a segunda etapa tem como intuito que a mãe, apoiada e orientada pela equipe de saúde assuma a maior parte dos cuidados com o filho; e na terceira etapa o cuidado com o recém-nascido e sua família em seu domicílio (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). Através da realização do Método Canguru as ações de humanização e atenção à saúde à população materno-infantil se estabelecem com orientações e intervenções em saúde, a fim de que a população materna compreenda quais condutas devem ser praticadas para melhorar a qualidade de vida do recém-nascido, sendo protagonistas de sua maternidade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). Por isso, faz-se importante a atuação do projeto de pesquisa-ação “Método Canguru, Humanização e Vida!” com o intuito de promover uma atenção humanizada ao recém-nascido de risco, nascidos na macrorregião Jequitinhonha, uma vez que, esta é conhecida como uma área de carência financeira e social, no que diz respeito às técnicas e práticas relacionadas à saúde. Ainda, é uma população que possui aproximadamente 408 mil habitantes, em que 94,29% são dependentes do Sistema Único de Saúde, segundo Plano de Ação Regional de Atenção à Saúde Materno-Infantil da Macrorregião de Saúde Jequitinhonha/MG (2020), sendo que o polo da microrregião Diamantina atende diversos municípios, necessitando de uma abordagem bem estruturada e que forneça assistência de qualidade à população de gestantes e puérperas que procuram o serviço de saúde pública. Dessa maneira, torna-se necessária a atuação de uma equipe de saúde qualificada de forma a melhorar a condição de saúde que se encontra o recém-nascido de risco, para prevenção e redução da taxa de mortalidade neonatal precoce. De acordo com as metas do Plano de Ação Regional de Atenção à Saúde Materno-Infantil da Macrorregião de Saúde Jequitinhonha/MG (2020), o projeto está sendo proposto com o objetivo de implementar a segunda e terceira etapa do Método Canguru no hospital referência da cidade polo da macrorregião de saúde do Vale do Jequitinhonha.


Objetivos

Objetivo Geral: Implementar a segunda e terceira etapa do Método Canguru no hospital referência da cidade polo da macrorregião de saúde do Vale do Jequitinhonha e nas unidades básicas de saúde que atenderam às puérperas no pré-natal. Objetivos Específicos ● Incentivar a realização da primeira etapa do Método Canguru com os recém-nascidos de risco, internados na UTIN do hospital referência da cidade polo da macrorregião do vale do Jequitinhonha. ● Promover humanização hospitalar; ● Proporcionar uma melhor qualidade de vida ao RN de risco e suas famílias; ● Reduzir o tempo de separação entre a criança e sua família; ● Favorecer o vínculo pai-mãe-bebê-família; ● Possibilitar maior confiança e competência dos pais; ● Proporcionar estímulos sensoriais positivos; ● Possibilitar um ambiente adequado para o desenvolvimento do bebê; ● Estimular o aleitamento materno; ● Favorecer controle térmico adequado; ● Reduzir o estresse e a dor.


Metas

Impacto direto: ● Transmitir conhecimento, trocar informações e conscientizar a equipe profissional da unidade neonatal sobre a importância da abordagem integral e humanizada em saúde materno-infantil; ● Transmitir conhecimento, trocar informações e conscientizar os pais dos neonatos de risco sobre o Método Canguru e sua importância para a saúde do recém-nascido de alto risco, e no estabelecimento de vínculo; ● Estimular o aleitamento materno; ● Melhorar a saúde dos neonatos de alto risco; ● Reduzir o tempo de separação entre a criança e sua família; ● Favorecer o vínculo pai-mãe-bebê-família e possibilitar a maior confiança e competência dos pais; ● Ampliar o conhecimento da equipe PET-Saúde, com o objetivo de construir e consolidar conceitos e práticas sobre as unidades hospitalares neonatais, seu funcionamento e a importância do Método Canguru, para que a abordagem acadêmica e/ou profissional seja fortalecida. Impacto Indireto: ● Integrar a equipe PET-Saúde com os profissionais de saúde da unidade neonatal, vivenciando na prática, a importância da atuação inter e multiprofissional, bem como da pesquisa e extensão na melhoria do cuidado humanizado em saúde materno-infantil; ● Melhorar a comunicação da família com a equipe de saúde.


Metodologia

Local de realização O projeto será desenvolvido na unidade neonatal do Hospital Nossa Senhora da Saúde Diamantina/MG, nos setores: Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCI), Maternidade, Casa da gestante, bebê e puérpera (CAGEP) e nas unidades básicas de saúde que atendem às puérperas na alta hospitalar. Equipe e participantes A equipe será formada por docentes e discentes do curso de fisioterapia e enfermagem, os quais fazem parte do programa PET-Saúde Atenção à saúde Materno-infantil como tutores e petianos, respectivamente, além de uma fisioterapeuta e uma enfermeira funcionárias do Hospital Nossa Senhora da Saúde (HNSS)/Diamantina-MG, as quais são preceptoras do programa PET-Saúde. Os participantes serão os pais, os recém-nascidos de risco internados nas unidades neonatais do Hospital Nossa Senhora da Saúde (HNSS)/Diamantina-MG e os profissionais que trabalham nestas unidades, além dos profissionais que atuam nas UBS referência para as puérperas que tiveram alta hospitalar. Período de realização A duração do projeto será de 13 meses, de novembro de 2022 a dezembro de 2023. Desenvolvimento do projeto Primeira Fase: Capacitação da equipe do PET-Saúde Atenção à saúde Materno-infantil, em relação ao Método Canguru. Nesta capacitação, serão abordadas temáticas sobre as unidades neonatais que recebem os recém-nascidos de risco (UTIN, UCIN, CAGEP) e o seu funcionamento; o que é o Método Canguru, as principais diretrizes e barreiras para implementação do método. Segunda Fase: elaboração de um Procedimento Operacional Padrão (POP) pela equipe do projeto, para implementação padronizada da segunda etapa do MC nas unidades neonatais do Hospital Nossa Senhora da Saúde. Vale ressaltar, que o HNSS já possui um protocolo de realização da primeira etapa do MC, dessa forma, ele será atualizado e expandido para os outros setores. Aplicação do questionário referente ao nível de conhecimento sobre o MC aos profissionais que atuam na primeira etapa (UTIN) (Anexo I). Institucionalização do POP de segunda etapa do MC. Terceira Fase: Capacitação dos profissionais das unidades neonatais do HNSS sobre a segunda etapa do MC. Nessa fase será aplicado o questionário para avaliar a retenção de informações referente às intervenções realizadas, no momento pré-intervenção (Anexo II). Quarta Fase: atividades em campo, com acompanhamento e aplicabilidade da segunda etapa do MC nas unidades neonatais do Hospital Nossa Senhora da Saúde pelos petianos, tutores e preceptores, seguindo o POP elaborado, e incentivo à terceira etapa do MC. Nessa fase será aplicado o questionário para avaliar a retenção de informações referente às intervenções realizadas com as mães (Anexo III – “entrevista com a mãe segunda etapa”), nos momentos pré-intervenção e pós-intervenção, sendo o pós realizado no mínimo 7 dias após a intervenção, e aos profissionais das unidades neonatais que trabalham na segunda etapa (Anexo II). Intervenções realizadas: após a elegibilidade dos neonatos e das mães para participarem da segunda etapa do MC, os neonatos serão posicionados na posição canguru, em contato pele a pele, com a mãe ou com o pai. - Tempo de posicionamento: 2 horas, mínimo de 1 hora; - Frequência diária: mínimo 1x/dia (turno vespertino); - Frequência semanal: mínimo 2x semana. Antes do posicionamento em contato pele a pele, e a cada 30 minutos, durante 1hora ou 2 horas de posicionamento, serão avaliados os sinais vitais: frequência respiratória (FR) e temperatura axilar (To). Os sinais vitais de frequência cardíaca (FC) e saturação periférica de oxigênio (SpO2) serão monitorados continuamente através de oximetria de pulso, durante o posicionamento do neonato em contato pele a pele. Quinta Fase: Capacitação dos profissionais das ESF da APS de Diamantina sobre o MC, e “entrevista com profissional terceira etapa” (Anexo IV) nos momentos pré-intervenção e pós-intervenção, sendo os pós realizado no mínimo 7 dias após a intervenção. Sexta Fase: atividades em campo, com acompanhamento e aplicabilidade da terceira etapa do MC na Atenção Primária da Saúde, com as equipes das ESF de Diamantina e “entrevista com as mães terceira etapa” (Anexo V), após 15 dias de realização do MC em domicílio. Instrumentos de avaliação Serão utilizados os seguintes instrumentos destinados a avaliação acerca do conhecimento sobre o MC pelas mães/pais e pelos profissionais que prestam atendimento aos recém-nascidos de risco no Hospital Nossa Senhora da Saúde, a fim de avaliar a qualidade e o nível de retenção das informações após as ações realizadas pela equipe. O anexo I “Entrevista com profissional da equipe atuando na primeira etapa” é composto por 31 perguntas divididas em 6 domínios, sendo eles: dados gerais do profissional, toque, estímulo a amamentação, visita acompanhada, início do contato pele a pele e apoio da família. O anexo II “Entrevista com profissional da equipe atuando na segunda etapa” é composto por 16 perguntas divididas em 3 domínios, sendo eles: dados gerais do profissional, contato pele a pele e apoio da família. O anexo III “Entrevista com a mãe na segunda etapa” é composto por 21 perguntas, que incluem, dados do nascimento do RN, contato com o RN após o parto, orientações sobre o aleitamento materno e o sentimento da mãe ao cuidar do seu filho e realizar o Método Canguru. O anexo IV “Entrevista com profissional da equipe atuando na terceira etapa” é composto por 9 perguntas que abordam sobre o “Follow-up”, facilidades e dificuldades para a implantação do método. O anexo V “Entrevista com a mãe na terceira etapa” é composto por 18 perguntas, que incluem, orientação sobre a realização do Método Canguru em casa, apoio familiar, aleitamento materno, o que deve ser observado no bebê durante a realização e como está sendo a realização do método em casa. O “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)” será direcionado para os profissionais (Apêndice I) e puérperas (Apêndice II) participantes do projeto, informa sobre os pesquisadores responsáveis e contato para sanar quaisquer dúvidas, explica sobre a realização do método, os riscos e benefícios para cada parte envolvida, e a não obrigatoriedade de participação


Referências Bibliográficas

ANTUNES, S. et al. Um olhar sobre a grande prematuridade: a investigação com bebés nascidos com menos de 32 semanas de gestação. Teoria, práticas e investigação em intervenção precoce II, p. 25-48, 2021. SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE. Plano de Ação Regional de Atenção à Saúde Materno-Infantil da Macrorregião de Saúde Jequitinhonha/MG. 2020. FORMIGA, C. K. R. et al. Identificação de fatores de risco em bebês participantes de um programa de Follow-up. Revista CEFAC, v. 20, p. 333-341, 2018. FUENTEFRIA, R. N. et al.. Motor development of preterm infants assessed by the Alberta Infant Motor Scale: systematic review article. Jornal de pediatria, v. 93, p. 328-342, 2017. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: Método Canguru: Manual Técnico. 2018. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 1.459, de 24 de junho 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.html MINISTÉRIO DA SAÚDE., Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, 2ª ed., 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_v1.pdf MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: Método Canguru: Manual Técnico. 2013. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_humanizada_recem_nascido_canguru.pdf MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Método Canguru. Manual Técnico. 3ª ed. 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_humanizada_metodo_canguru_manual_3ed.pdf MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção Humanizada ao Recém-Nascido - Método Canguru. Diretrizes de Cuidado. 2019. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/metodo_canguru_diretrizes_cuidado_revisada.pdf SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS. Assistência Hospitalar ao Neonato. Viva Vida. 2005. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/03/assistencia_hospitalar_neonato.pdf FUNDAÇÃO SEADE. Estatísticas do Registro Civil. Seade Informa Demografia. São Paulo, 2019. Disponível em: https://produtos2.seade.gov.br/produtos2/midia/2020/09/SeadeInforma_Mortalidade_Infantil_set2020.pdf BERNARDINO, Fabiane Blanco Silva et al. Tendência da mortalidade neonatal no Brasil de 2007 a 2017. Ciência & Saúde Coletiva, v. 27, p. 567-578, 2022. PREZOTTO, Kelly Holanda et al. Tendência da mortalidade neonatal evitável nos Estados do Brasil. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 21, p. 291-299, 2021.


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

Serão realizadas atividades de rodas de conversa com a participação da comunidade acadêmica (voluntários), os profissionais do serviço e as mães, abordando as demandas levantadas pelos participantes, a fim de discutir de forma ampla a temática do Método Canguru.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

A interdisciplinaridade no projeto será trabalhada em todas as atividades da extensão, visto que os discentes voluntários necessitarão aplicar, nas atividades práticas, o conhecimento adquirido em sala de aula, de diversas unidades curriculares, relacionadas à saúde materno infantil, saúde da criança e gestão em saúde. A interprofissionalidade será trabalhada em todas as atividades do projeto, visto que os voluntários terão contato direto com os profissionais da equipe de saúde e administrativa das unidades neonatais onde o método canguru será realizado, com discussão direta com os mesmos sobre a implementação do método e a realização das atividades em campo. Durante a realização das atividades, os voluntários terão o constante diálogo com a equipe multiprofissional, para discutirem sobre as condições clínicas e a evolução dos neonatos nas atividades do método canguru.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

As ações serão realizadas de acordo com a demanda da equipe das unidades neonatais do Hospital Nossa Senhora da Saúde/Diamantina (MG), seguindo também as demandas apresentadas no Plano de Ação Regional de Atenção à Saúde Materno-Infantil da Macrorregião de Saúde Jequitinhonha/MG (2020). Os conteúdos aprendidos na teoria, com as capacitações dos professores, possibilitarão aos voluntários discentes uma vivência prática da aplicabilidade do Método Canguru, servindo assim a comunidade e possibilitando a realização de estudos aprofundados na área.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

O projeto contará com a participação de estudantes dos cursos de fisioterapia e enfermagem. Os acadêmicos serão responsáveis pela organização geral do projeto (logística) bem como da execução. A contribuição na formação do estudante será através da experiência prática de estar envolvido em uma realidade que encontrará em algum momento do seu curso ou na sua vida profissional, na interação com pais/familiares dos recém-nascidos de risco hospitalizados, percebendo ainda na graduação os fatores não só físicos, mas psicológicos presentes nesta situação. Oferecerá, além do contato com pais, o contato com outros profissionais da saúde envolvidos na atenção terciária e primária. Ajudará na desenvoltura oral e abordagem interpessoal através das visitas beira leito e condução das atividades educativas nas ações práticas com as mães em cada encontro; no conhecimento teórico e burocrático necessário para condução de qualquer atividade acadêmica; na vivência dos problemas de uma internação hospitalar, em síntese: para crescimento profissional e pessoal. Os alunos serão acompanhados pelos professores que fazem parte do projeto durante toda a sua duração. No primeiro mês não haverá visitas no hospital. As reuniões semanais serão voltadas para a estruturação do protocolo de implementação da segunda etapa do método canguru nas unidades neonatais do HNSS. Essas reuniões se repetirão na última semana de cada mês e nestas ocorrerá também um feedback das ações desenvolvidas no mês, para que haja melhorias e maior aprendizado para os alunos e também para os professores. Atividades que serão atribuídas aos alunos: • Estudo relacionado ao recém-nascido de risco; • Estudo relacionado ao método canguru; • Organização das visitas semanais e desenvolvimento das atividades do método canguru (segunda e terceira etapas); Os professores envolvidos no projeto avaliarão os alunos através da: • Observação semanal da sua participação; • Arguição mensal nas reuniões da equipe; • Produção e atualização dos conteúdos solicitados.


Impacto e Transformação Social

Impacto direto: ● Transmitir conhecimento, trocar informações e conscientizar a equipe profissional da unidade neonatal sobre a importância da abordagem integral e humanizada em saúde materno-infantil; ● Transmitir conhecimento, trocar informações e conscientizar os pais dos neonatos de risco sobre o Método Canguru e sua importância para a saúde do recém-nascido de alto risco, e no estabelecimento de vínculo; ● Estimular o aleitamento materno; ● Melhorar a saúde dos neonatos de alto risco; ● Reduzir o tempo de separação entre a criança e sua família; ● Favorecer o vínculo pai-mãe-bebê-família e possibilitar a maior confiança e competência dos pais; ● Ampliar o conhecimento da equipe PET-Saúde, com o objetivo de construir e consolidar conceitos e práticas sobre as unidades hospitalares neonatais, seu funcionamento e a importância do Método Canguru, para que a abordagem acadêmica e/ou profissional seja fortalecida. Impacto Indireto: ● Integrar a equipe PET-Saúde com os profissionais de saúde da unidade neonatal, vivenciando na prática, a importância da atuação inter e multiprofissional, bem como da pesquisa e extensão na melhoria do cuidado humanizado em saúde materno-infantil; ● Melhorar a comunicação da família com a equipe de saúde.


Divulgação

O projeto será divulgado nas unidades neonatais do HNSS, através de cartazes fixados nas respectivas unidades, e também através dos profissionais da equipe de saúde e administrativa, após a capacitação dos mesmo.


Público-alvo

Descrição

O projeto beneficiará diretamente os pais e recém-nascidos de risco internados na unidade neonatal do Hospital Nossa Senhora da Saúde (HNSS)/Diamantina (MG), o qual é responsável pelo atendimento da macrorregião de saúde do vale do Jequitinhonha, que receberão um cuidado humanizado, influenciando diretamente em sua saúde durante a internação e no momento da alta hospitalar; as mães poderão oferecer uma melhor assistência e cuidado ao seu(sua) filho(a), acompanhando de maneira adequada o desenvolvimento do mesmo. O projeto também beneficiará diretamente os funcionários do HNSS e da equipe de estratégia de saúde da família (ESF), que a partir da capacitação terão maior conhecimento sobre o método, a sua necessidade e importância da realização, com aprimoramento profissional na área de atuação; e aos discentes que além da aquisição de conhecimento, terão a oportunidade de vivenciar na prática o que é a assistência humanizada e todo o processo, benefícios e importância da realização da mesma. De forma indireta o projeto beneficiará os demais familiares envolvidos no cuidado com o bebê, pois os pais estarão aptos a executar suas funções com maior segurança e poderão passar as informações recebidas aos demais familiares e cuidadores do bebê, quando na alta hospitalar, em domicílio.

Municípios Atendidos

Município

Diamantina - MG

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

A instituição parceira possibilitará as atividades do projeto com o público alvo descrito, oferecendo também toda a estrutura necessária para a realização das atividades.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 304 h

Carga Horária 290 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Realização da segunda etapa do Método Canguru com os RN de risco presentes na UCI e Maternidade do HNSS.

Carga Horária 2 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Avaliação das ações da extensão, com divulgação dos dados aos profissionais e à comunidade.

Carga Horária 4 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Capacitação dos profissionais do HNSS referente à segunda etapa do método canguru.

Carga Horária 8 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Capacitação dos profissionais do HNSS referente à segunda etapa do método canguru.