Serão promovidos conhecimentos sobre Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), utilizando-se de recursos digitais como, postagens de texto, imagens e vídeos instrutivos, a serem posteriormente divulgados em ferramentas como Instagram, site próprio e Youtube, com o intuito de dinamizar as informações e torná-las mais acessíveis ao público.

Promoção de saúde. Educação em saúde. Doenças Crônicas Não-Transmissíveis.

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) têm etiologia multifatorial, origem não infecciosa, são de longa duração e estão associadas à perda de qualidade de vida com alto grau de mortalidade e incapacidades funcionais. Estudos epidemiológicos transversais e prospectivos vem mostrando forte associação das DCNTs com fatores de risco como tabagismo, consumo excessivo de álcool, excesso de peso, hipertensão arterial sistêmica (HAS), hipercolesterolemia, baixo consumo de frutas e hortaliças e o sedentarismo. Em países como o Brasil, estes mesmos sete fatores de risco estão dentre os nove fatores que mais causam mortes e adoecimento à população. Como o município de Teófilo Otoni, inserido no Vale do Mucuri, caracteriza-se por uma grande carência na área da saúde e por uma população com elevados índices de hipertensão, diabetes mellitus e sedentarismo, a Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade (LAMF), pelo projeto “EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: TRABALHANDO JUNTO AO MEIO VIRTUAL”, busca difundir conhecimentos básicos sobre as DCNTs e assim firmar o compromisso social da Faculdade de Medicina do Mucuri com o município em que se situa. Nesse sentido, os discentes do projeto serão divididos em equipes, sendo trabalhado em cada mês temáticas que envolvam as principais DCNT's.

Na atualidade as DCNT’s representam uma parcela expressiva e crescente do total de doenças no Brasil, correspondendo a 74% do total de mortes em 2016 (WHO, 2018). Estudos epidemiológicos transversais e prospectivos vem mostrando forte associação das DCNTs com fatores de risco como tabagismo, consumo excessivo de álcool, excesso de peso, hipertensão arterial sistêmica (HAS), hipercolesterolemia, baixo consumo de frutas e hortaliças e o sedentarismo. Em países como o Brasil, estes mesmos sete fatores de risco estão dentre os nove fatores que mais causam mortes e adoecimento à população. (Silva, et. al.) Em âmbito local, o município de Teófilo Otoni (Minas Gerais), inserido no Vale do Mucuri, apresenta-se como um local de grande carência na área da saúde, caracterizado por uma população com elevados índices de hipertensão, diabetes mellitus e sedentarismo. (PIMENTA, 2015). Nesse sentido, a difusão de conhecimento científico a população se apresenta como uma importante estratégia de empoderamento pessoal e autocuidado. A divulgação de conhecimentos em meio digital pode atuar de forma positiva na educação em saúde de jovens e adultos, produzindo reflexões e proporcionando a construção de maior conhecimento em saúde. Haja vista que, ao conhecer os fatores de riscos modificáveis, sinais e sintomas respectivos de determinada patologia, é possível que certas condições e hábitos de vida sejam evitados, precocemente modificados, evitando-se complicações. Considerando o desenvolvimento das mídias digitais nos últimos anos e que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2018), a internet era utilizada em 79,1% dos domicílios brasileiros, identifica-se uma grande ferramenta capaz de contribuir com o propósito explicitado anteriormente. As redes sociais digitais são espaços abertos, em construção permanente com grande capacidade de transformação (SILVA, 2010). Ao permitir interação entre pessoas, e de pessoas com informações, possibilita uma rápida disseminação de conhecimento tanto no meio virtual, quanto no físico. Dessa forma, com o intuito de aumentar a veiculação de informações corretas, construídas sobre bases científicas, por meio de uma série de postagens, formulação de vídeos, a Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade busca informar o máximo de pessoas ao seu alcance quanto às doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco. Trata-se também de uma maneira de firmar o compromisso da Faculdade de Medicina do Mucuri com a transformação social no município em que se situa.

Objetivos Gerais 1) Promover, baseando-se na educação e comunicação em saúde, conhecimento a respeito das principais doenças crônicas não transmissíveis, seus fatores de risco e medidas de prevenção aos jovens e adultos do Vale do Mucuri, por meio da disseminação de informações didáticas em plataformas virtuais. 2) Possibilitar que os discentes envolvidos no projeto desenvolvam habilidades de comunicação, trabalho em equipe, didática e manejo de ferramentas digitais. Objetivos Específicos 1) Proporcionar aos jovens e adultos, por meio da divulgação de conteúdos em saúde, entendimento acerca das principais DCNTs: - Doenças cardiovasculares. - Diabetes Mellitus. - Doenças Respiratórias Crônicas. 2) Promover reflexões, instruções e ensinamentos em saúde ao público alvo, considerando o envolvimento das condições socioeconômicas, ambientais e culturais com o processo saúde-doença dessa população, utilizando-se para isto um meio virtual acessível, bem como, linguagem de fácil compreensão. 3) Proporcionar alternativas aos hábitos cotidianos de forma a intervir nos principais fatores de risco modificáveis relacionados às doenças crônicas não transmissíveis, como sedentarismo, tabagismo, alimentação não saudável e uso nocivo de álcool. 4) Promover aos estudantes universitários envolvidos no projeto consolidação do conhecimento referente aos temas supracitados.

Cumprimento dos objetivos propostos, envolvendo toda a equipe da LAMF e tendo como base de quantidade de pessoas esperadas o número de seguidores da página do Instagram da LAMF TO, mas na prática, esse número pode ser maior, a depender da quantidade de compartilhamentos, uma vez que outras mídias digitais serão utilizadas. Além disso, o projeto tem como meta estabelecer vínculo entre universidade, discentes e comunidade, possibilitando aos discentes conhecerem melhor as realidades da população e possibilitando à população acesso a informações confiáveis.

Os estudantes da Liga de Medicina de Família e Comunidade serão divididos em quatro grupos, composto por três discentes cada. Semanalmente, uma equipe previamente estabelecida pelo cronograma desenvolverá material a ser divulgado, de forma que ao final de um mês todos os grupos tenham trabalhado diferentes aspectos da mesma temática, sendo estes: definição, etiologia, fatores de risco, quadro clínico, prevenção e tratamento. Como não será possível trabalhar todas as Doenças Crônicas em sua completude no período designado a execução do presente projeto, os temas diabetes mellitus, hipertensão arterial, asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) foram priorizados. Assim, no primeiro mês pretende-se trabalhar diabetes mellitus; no segundo, hipertensão arterial; e no terceiro, as principais doenças respiratórias crônicas (Asma e DPOC). Tendo em vista que um mês apresenta uma duração média de quatro semanas, na primeira semana de cada mês será trabalhado a definição e etiologia; na segunda, os fatores de risco e prevenção; na terceira, o quadro clínico e na quarta, o tratamento. Os grupos serão alternados ao longo dessas semanas, sendo que ao longo do projeto ficarão responsáveis por diferentes aspectos de cada condição. O objetivo é produzir materiais digitais como postagens de texto, de imagens e vídeos instrutivos, que além de fornecerem entendimento básico das patologias, trabalhem os principais fatores de risco envolvidos nas DCNTs como o uso de tabaco, inatividade física, uso nocivo do álcool e dieta inadequada, de forma a criar alternativas aplicáveis à realidade individual e incentivar hábitos mais saudáveis. As principais mídias de divulgação serão o Instagram, Youtube e o próprio site da liga, este com uma seção específica destinada ao presente projeto. Todo processo de elaboração dos materiais será supervisionado e avaliado pelas professoras coordenadoras do projeto. Toda pessoa que venha a ter acesso às publicações e divulgação dos materiais, poderá se manifestar ou entrar em contato com os membros através das próprias redes, seja por mensagem direta, comentários ou curtidas e reações.

BRASIL. Ministério da Saúde. A vigilância, o controle e a prevenção das doenças crônicas não-transmissíveis: DCNT no contexto do Sistema Único de Saúde brasileiro / Brasil. Ministério da Saúde – Brasília : Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. Brasília, DF, 2013. FREITAS, E.V.; PY, L. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Grupo Editorial Nacional. Quarta edição. 2016. MALTA, D. C. et al. A implantação do Sistema de Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil, 2003 a 2015: alcances e desafios. São Paulo, Rev. bras. epidemiol, v. 20, n. 4, p. 661-675, Dec. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. Vigitel-Brasil 2018: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2018 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2018: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico : estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2018 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. PIMENTA, F. B. et al . Fatores associados a doenças crônicas em idosos atendidos pela Estratégia de Saúde da Família. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 20, n. 8, p. 2489-2498, Aug. 2015. WHO. World Health Organization. World health statistics 2018: monitoring health for the SDGs, sustainable development goals. LIMA, Leonardo Dias et al. Informações Socioeconômicas Municipais. Município: Teófilo Otoni- MG. Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste. CELONI A. et al. EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS ESCOLAS: Prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Corixo - Revista de Extensão Universitária, n.6, 2017. CURITIBA. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. 2006 SILVA, Siony da. Redes Sociais Digitais e Educação. Revista Iluminart. [S.l.]. n.5, p. 36-46, 2010.

O projeto tem como objetivo levar o conhecimento construído pelos discentes da Faculdade de Medicina do Mucuri, tendo uma base científica confiável, à população do Vale do Mucuri de forma acessível e simplificada. Com esse trabalho esperamos que a Liga Acadêmica de Medicina e suas produções obtenham maior alcance, proporcionando um estreitamento entre a comunidade acadêmica e população local. Para isso, além da elaboração de materiais com conteúdo informativo, durante a execução de todo o projeto, será disponibilizado um formulário em que o público alvo poderá retirar dúvidas e deixar sugestões. Além disso, junto aos materiais haverá a elaboração de perguntas através de questionários via google forms, que permitem uma interação mais ativa da população.

No presente projeto será necessário que os alunos abordem diferentes aspectos das patologias crônicas não transmissíveis de forma acessível à população. Para isso, o projeto contará com a colaboração de uma médica e de uma enfermeira, de forma a integrar diferentes pontos de vistas.

O tripé ensino, pesquisa e extensão, base da Universidade, será desenvolvido durante todo o projeto. Além de utilizar seus conhecimentos advindos da grade curricular já cursada, os discentes realizarão estudos individuais sobre os temas e, por meio de encontros virtuais, os grupos reunirão para preparação do conteúdo. As informações a serem divulgadas serão analisadas pela coordenadora e colaboradores do projeto e, posteriormente, difundidas em plataformas virtuais, por meio de vídeos informativos, assim como, por postagens de texto e imagens no site da liga acadêmica e em redes sociais na forma de extensão. Além disso, para contemplar o aspecto da pesquisa, serão disponibilizados questionários onlines ao longo da execução do projeto, os quais ficarão acessíveis nas plataformas de divulgação dos conteúdos, com o intuito de avaliar o nível de assimilação, bem como, a quantidade de pessoas que os acessam e mensurar o alcance das informações. Os dados obtidos servirão de base para que o projeto possa ser apresentado em eventos científicos na Faculdade de Medicina do Mucuri e fora dela, sob forma de banner, apresentação oral e qualquer outro que possa surgir. Espera-se que os dados obtidos possam embasar possíveis pesquisas semelhantes sobre o tema.

Tendo em vista que os estudantes serão os responsáveis pela elaboração dos conteúdos digitais, o projeto permitirá que eles aprofundem o conhecimento já adquirido ao longo do curso, bem como, trabalhem habilidades de comunicação, uma vez que a mensagem deve ser transmitida de forma acessível, tendo em vista o provável público heterogêneo; além de possibilitar aquisição de conhecimento tecnológico necessário para elaboração dos materiais.

O presente projeto objetiva criar espaços informativos seguros, informando a população local sobre as doenças crônicas mais prevalentes, estimulando a adoção de práticas saudáveis, incentivando o contato com a rede de saúde local, caso necessário, além de proporcionar espaço para a retirada de dúvidas. Com esse trabalho, a Liga Acadêmica de Medicina também espera que suas produções obtenham maior alcance, proporcionando um estreitamento entre a comunidade acadêmica e população local.

O projeto se desenvolverá virtualmente. Os encontros entre os membros da equipe serão virtuais e a divulgação de conteúdo será semanal.

Divulgação dos resultados das ações em eventos científicos através de banner ou apresentação oral.