Visitante
Semear: Ambulatório de Saúde Integrativa
Sobre a Ação
202203000349
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
CONCLUÍDA - ARQUIVADA
01/04/2023
31/12/2023
Dados do Coordenador
camila zamban de miranda
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Saúde
Educação
Saúde Humana
Municipal
Sim
Não
Não
Dentro e Fora do campus
Integral
Sim
Redes Sociais
Membros
O projeto “Semear — Ambulatório de Saúde Integrativa” possui caráter educativo e social, e se dará com a disponibilização de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) no período de janeiro à dezembro de 2023. Com ênfase no aspecto interdisciplinar, as práticas ocorrerão com a presença de profissionais capacitados de diferentes áreas e com acadêmicos da área da saúde da UFVJM, sendo a população de Diamantina-MG o principal público alvo.
Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), Medicina Integrativa.
O projeto “Semear — Ambulatório de Saúde Integrativa” possui caráter educativo e social, e se dará com a disponibilização de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) no período de janeiro a dezembro de 2023. Com ênfase no aspecto interdisciplinar, as práticas ocorrerão com a presença de profissionais capacitados de diferentes áreas e com acadêmicos da área da saúde da UFVJM, sendo a população de Diamantina-MG o principal público alvo. O projeto contará com a participação dos ligantes da Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade (LAMFaC) da UFVJM, que abrange acadêmicos de diferentes graduações, corroborando ainda mais com a interdisciplinaridade. A LAMFaC é uma liga acadêmica que contempla ensino, pesquisa e extensão e aborda os principais aspectos da Medicina de Família e Comunidade, especialidade que visa o atendimento integral das pessoas, famílias e comunidade por meio de competências preventivas e terapêuticas, vinculada, principalmente, à atenção primária à saúde (JUNIOR, 2012). As PICS foram institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) por intermédio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, aprovada por meio de Portaria GM/MS nº 971, de 3 de maio de 2006. A PNPIC contemplou diretrizes e responsabilidades institucionais para oferta de serviços e produtos de Homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Medicina Antroposófica e Termalismo Social/Crenoterapia. Em março de 2017, a PNPIC foi ampliada em 14 outras práticas a partir da publicação da Portaria GM nº 849/2017, incluindo Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga. Em 2018 ocorreu mais uma ampliação, que incluiu Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de Mãos, Ozonioterapia e Terapia de Florais. Dessa forma, atualmente, 29 procedimentos fazem parte das PICS. Esses recursos envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de terapias eficazes e seguras. Na busca pela integralidade e pela atenção humanizada, as práticas apresentam ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). Portanto, as PICS contribuem para o fortalecimento do SUS ao atuar nos campos da prevenção, promoção, manutenção e recuperação da saúde, além de representar um avanço no processo de construção do SUS, garantindo o acesso da população brasileira a serviços antes restritos a práticas privadas (DACAL E SILVA, 2018). O projeto “Semear: ambulatório de Saúde Integrativa” tem como foco as práticas: Medicina Antroposófica, Terapias Externas, Cantoterapia, Terapia Artística, Aconselhamento Biográfico, Medicina Tradicional Chinesa, Terapia Ayurvédica, Tai Chi Chuan e Mindfulness.
Através da implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) pelo Ministério da Saúde, no ano de 2006, novas práticas terapêuticas tem sido agregadas ao SUS, no sentido de oferecer formas de cuidado na perspectiva da integralidade. Entretanto, esse processo tem ocorrido de forma lenta e gradual, enfrentando inúmeros desafios para a sua efetivação. Entre os desafios, pode-se destacar a falta de conhecimento da população sobre essas terapias, a ausência de profissionais qualificados para realizá-las, e o reduzido financiamento para pesquisas na área. Dessa forma, o desafio da capacitação, da implantação e da oferta destas práticas na saúde pública do país dificulta o acesso da população e a percepção dos prováveis resultados positivos associados às terapias. Outro desafio é a própria transformação necessária do modelo assistencial, caracterizado, na maioria das vezes, pela assistência médica individual, curativa, e hospitalocêntrica, contrário à atenção integral à saúde. (DACAL E SILVA, 2018; CAVALCANTI et al., 2014). A perspectiva da integralidade, por sua vez, baseia-se em uma visão holística de ser humano, entendendo-o como um todo, e baseada no modelo biopsicossocial, com o fomento de ações de promoção da saúde e de prevenção das doenças (DACAL E SILVA, 2018). Nesse sentido, as PICS são umas das formas de se atingir essa transformação, por buscarem tratar o indivíduo em sua totalidade e considerarem que há uma influência mútua entre os desequilíbrios orgânicos e emocionais. Isso nos direciona a uma reflexão importante a respeito de como o impacto pode ser percebido não só na qualidade de vida, mas também na adesão ao tratamento da medicina convencional e na relação subjetiva desses indivíduos com seu processo saúde-doença e com a experiência do adoecer (DACAL E SILVA, 2018). A Atenção Primária à Saúde (APS), através da Estratégia de Saúde da Família (ESF), tem entre suas diretrizes o incentivo a participação popular, estimulando sua autonomia e a capacidade de autocuidado (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Nesse sentido, é possível perceber a importância das PICS para a comunidade, ao se considerar que o indivíduo é visto na sua dimensão global, sem perder o entendimento da sua singularidade, quando da explicação de seus processos de adoecimento e de saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Em relação às possibilidades terapêuticas, é importante ressaltar a alta prevalência de tratamentos convencionais com resultados insatisfatórios em comorbidades crônicas, condições muito prevalentes na população de Diamantina-MG, percebidos em ocasiões de diagnósticos situacionais. Assim, fortalecer e disponibilizar as PICS torna-se uma oportunidade para o paciente participar e ser o corresponsável no processo de melhora do seu quadro clínico, com a possibilidade de reduzir medicações e evitar efeitos colaterais. Os benefícios das PICs estão relacionados com a redução da dor, melhora da qualidade do sono, diminuição da tensão muscular, melhora da imunidade e redução do estresse, além de atuar na redução da ansiedade e na melhora de quadros depressivos (MARTINS, 2016). Portanto, os bons resultados já encontrados na literatura justificam a relevância de se investir nesse projeto. O município de Diamantina-MG apresenta uma oferta escassa de cuidado em saúde na perspectiva das PICS, tanto na rede privada quanto na rede pública. Estas práticas, embora estejam enraizadas em tradições seculares, são vanguardistas no cuidado em saúde do país. O ambulatório de Saúde Integrativa em Diamantina vai ofertar práticas coletivas presenciais e/ou remotas nas áreas de Tai Chi Chuan, Mindfulness e Cantoterapia. Compreende-se portanto, que este projeto garante acesso a formas de cuidado em saúde em consonância com os princípios do SUS e da APS para a população de Diamantina. Quanto à participação dos alunos da UFVJM, é importante destacar que se apresenta como forma de dar um retorno relevante à sociedade já no período de formação dos discentes, incentivando o desenvolvimento científico e atuando em prol da qualidade de vida da população do município. O Projeto prevê seminários mensais para produção e troca de conhecimentos entre profissionais, acadêmicos e alunos garantindo a troca de saberes a respeito das PICS, visando a produção de conhecimentos. Um dos objetivos do Plano Nacional de Extensão Universitária, o qual rege a Política de Extensão da UFVJM, é “reafirmar a Extensão Universitária como processo acadêmico definido e efetivado em função das exigências da realidade, além de indispensável na formação do estudante, na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade” (MANAUS, 2012). Esse objetivo, assim como outros, corrobora com a justificativa desse projeto, ao destacar a importância da extensão a todos os atores sociais envolvidos. Outro aspecto abordado pelo Plano Nacional de Extensão Universitária é a importância da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. É imprescindível associar a pesquisa à extensão, sendo que o embasamento teórico é indispensável quando se trata de uma intervenção social. Para que os agentes da extensão possam colaborar para a transformação social, é preciso que possuam um “arsenal analítico, teórico e conceitual” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012) que só pode ser proporcionado pela pesquisa, aliada às metodologias de aplicação e de avaliação. Quanto ao ensino, o estudante é protagonista de sua formação, é ele quem busca meios para reconhecer-se como agente da garantia de direitos e deveres e da transformação social (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). A extensão se torna indissociável do ensino nesse aspecto, tendo em vista que a formação teórica do estudante só tende a ser acrescentada pela prática da extensão. A extensão traz um novo olhar para o acadêmico, quando transcende a sala de aula para o contato com a realidade social. Este projeto oportuniza ao estudante da área da saúde da UFVJM o desenvolvimento de novas perspectivas e novos paradigmas do cuidado em saúde, tendo a própria saúde, e não mais a doença, como referencial. O foco deste projeto é a disponibilização dos serviços já citados, além do desenvolvimento pessoal e profissional dos acadêmicos. Entretanto, ainda que se trate de uma atividade de extensão, pretende-se produzir relatos de casos que podem contribuir com o referencial teórico dentro do campo das PICS. Como possibilidade de pesquisa, pode-se avaliar a melhora clínica dos usuários após os tratamentos propostos.
Objetivos Gerais: • Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população de Diamantina-MG. • Promover a interação da comunidade acadêmica com a comunidade externa, através do intercâmbio de saberes e conhecimentos. • Incentivar a interdisciplinariedade nos serviços de saúde, buscando o objetivo comum de transformação social. • Promover a integração de discentes e docentes, através da troca de experiências. • Fortalecer os princípios de integralidade, equidade e universalidade do SUS. Objetivos Específicos: • Fomentar o interesse da comunidade acadêmica e da comunidade externa pelas PICS. • Promover o aprendizado de novas possibilidades em recuperação, promoção e prevenção de saúde. • Realizar discussões de planejamento, avaliação e seminários para reflexão das práticas entre acadêmicos e profissionais capacitados. • Promover a interdisciplinaridade, disponibilizando espaço para a participação dos ligantes da LAMFaC. • Oferecer serviços de aplicação das PICS para o público-alvo da cidade de Diamantina-MG, de forma acolhedora e humanizada. • Em consonância com a PNPIC, contribuir com o aumento da resolubilidade do Sistema Único de Saúde e com a ampliação do acesso às práticas, garantindo bons resultados em saúde. • Motivar as ações referentes à participação social, incentivando o envolvimento responsável e continuado dos usuários.
As metas do projeto “Semear — Ambulatório de Saúde Integrativa” incluem atingir direta e indiretamente a população e os serviços de saúde de Diamantina — MG. Para que isso aconteça, serão realizados grupos semanais com PICS, em local previamente divulgado. Dessa forma, estima-se que 180 pessoas sejam atingidas em um ano de projeto. O projeto tem como meta a busca ativa de moradores que apresentem demandas de saúde que possam ser abordadas através das PICS disponibilizadas. Assim, espera-se que os indivíduos sejam amplamente beneficiados com as práticas, na busca pela recuperação, promoção e prevenção de saúde, e no equilíbrio entre fatores emocionais e orgânicos. De forma indireta, a comunidade de cada participante poderá ser atingida, aspecto imensurável, ao se considerar as trocas sociais e a difusão de ideias entre os indivíduos. Além disso, outra meta do projeto é a inserção dos estudantes nas PICS, através de momentos mensais de preparação e vivências, auxiliados por profissionais qualificados. Desse modo, o projeto possibilitará o intercâmbio de informações e experiências não só entre os acadêmicos e a sociedade, mas também entre profissionais da área e alunos em formação. Estima-se que 15 alunos participem e sejam beneficiados pelas atividades. No intuito de expandir o intercâmbio de informações o projeto tem como meta a participação em eventos e feiras unindo o conhecimento acadêmico e tornando-o acessível à população em geral. Para ampliar o alcance e a troca de saberes com a comunidade, o projeto visa parcerias com outras instituições educacionais e de saúde localizadas no município de Diamantina-MG disponibilizando práticas coletivas das PICS de acordo com a demanda de cada instituição.
Para realização do projeto “Semear – Ambulatório de Saúde Integrativa” serão selecionados acadêmicos da área da saúde, regularmente matriculados em um dos cursos do Campus Diamantina na UFVJM. Os critérios de seleção serão previamente divulgados através de edital. Serão considerados critérios para classificação no processo de seleção: ser participante da Liga Acadêmica em Medicina de Família e Comunidade, ter participado da disciplina “Práticas Integrativas e Complementares em Saúde” e pontuação em entrevista. A entrevista será utilizada como critério de desempate, caso o número de acadêmicos inscritos extrapole as vagas disponibilizadas. Na entrevista serão considerados elementos como interesse no tema PICS, habilidade de arguição e disponibilidade de tempo para acompanhar integralmente as atividades do projeto. Caso o total de vagas para alunos participantes do projeto não sejam preenchidas de acordo com todos os critérios definidos, as vagas remanescentes serão ofertadas seguindo apenas o critério de ser estudante da área da saúde. Seguem abaixo os critérios para seleção de acadêmicos para o projeto: o Estar regularmente matriculado em um dos cursos da saúde na UFVJM Campus Diamantina o Participação da Liga Acadêmica em Medicina de Família e Comunidade o Participação e aprovação na disciplina eletiva “Práticas Integrativas e Complementares em Saúde” o Pontuação em entrevista. Para o início das práticas terapêuticas, será realizada ampla divulgação através de redes sociais e serão convidados usuários da rede de Atenção Primária a Saúde (APS) do município de Diamantina. Os usuários serão selecionados e convidados pelos acadêmicos da área da saúde durante seus estágios curriculares na rede de APS municipal, considerando fatores biopsicossociais observados durante suas atividades nas unidades de saúde. Infere-se que os acadêmicos inseridos na LAMFaC, assim como aqueles que participaram da disciplina “Práticas Integrativas e Complementares em Saúde” já tem um arcabouço teórico mínimo para indicação das práticas disponibilizadas. Ainda assim, com a finalidade de capacitação e alinhamento do grupo, será realizada uma reunião prévia com a professora responsável pelo projeto, onde serão discutidas as indicações de cada prática terapêutica. Os atendimentos coletivos de Tai Chi Chuan, Cantoterapia e Mindfulness, quando forem presenciais, serão realizados na sede da Associação Centro de Medicinas e Clínica de Saúde e Educação Bem Cuidar (Clínica Bem Cuidar), instituição parceira do projeto. Em caso de outras parcerias institucionais podemos rever o local de realização das práticas presenciais visando alcançar uma maior parcela da população do municipio de Diamantina-MG. Os profissionais responsáveis pelos atendimentos são vinculados à Associação Centro de Medicinas e Clínica de Saúde e Educação Bem Cuidar e irão participar do projeto sem honorários. Esta parceria será firmada através de contratos de convênio previamente estabelecido entre a UFVJM e a referida instituição. Os atendimentos coletivos, serão realizados semanalmente de presencial e/ou de forma virtual, através da plataforma Google Meet, o objetivo é fazer um seguimento longitudinal, de maneira que haja o mínimo de rodízio possível de participantes. Entende-se que o vínculo entre os participantes das práticas coletivas é, por si, terapêutico e deve ser zelado durante o processo de atendimento. No caso das práticas que acontecerem de forma virtual, ocasionalmente os encontros coletivos poderão ser realizados de forma presencial na Clínica Bem Cuidar, de acordo com a demanda do grupo e da organização dos alunos e professores. Os acadêmicos irão participar de todo o processo de planejamento, avaliação e condução do projeto. Inicialmente, irão divulgar as práticas através das redes sociais e convidar usuários para o projeto, além de organizar as reuniões de alinhamento e capacitação com a professora responsável. O engajamento, a autonomia e a pró-atividade dos estudantes será fomentado durante a realização do projeto, com a finalidade de desenvolvimento pessoal e profissional, extrapolando o objetivo de vivência em PICS. Os estudantes irão contribuir com a organização da agenda e avaliação dos processos de trabalho no decorrer do período de atendimentos. Serão realizadas reuniões prévias ao turno de atendimento, a fim de organizar a distribuição dos estudantes nas práticas ofertadas e planejar os atendimentos. Também serão realizadas reuniões ampliadas, no final do turno de atendimento, para um breve compartilhamento dos aprendizados do dia. Em seguida, será agendado novo encontro para aprofundamento teórico das práticas vivenciadas. Tais encontros acontecerão entre os acadêmicos, professora responsável e terapeutas. Anteriormente a cada atendimento, serão colhidos dados de anamnese dos usuários. Como todas as práticas são práticas terapêuticas, essas informações são necessárias para que se conheça melhor os participantes do grupo, pois, em alguns casos, por exemplo, a prática pode não ser indicada ou pode ser necessário maior cuidado dependendo de alguma questão de saúde. Além disso, ao final de cada ciclo de atendimentos, será disponibilizado a cada usuário participante um formulário para avaliação das terapias utilizadas. Dessa forma, será possível ter um retorno e dar seguimento ao projeto com possíveis ajustes e melhorias. Cada atendimento terapêutico individual será realizado na sede da Clínica Bem Cuidar e serão utilizados prontuários individuais, que ficarão arquivados no próprio serviço. Para tanto, serão necessários materiais impressos como ficha de inscrição e folder para divulgação do projeto. Os materiais que serão utilizados para a realização dos atendimentos serão viabilizados e custeados pelo Centro de Medicinas e Clínica de Saúde e Educação Bem Cuidar, instituição parceira para a realização do projeto. O projeto terá duração de 12 meses, sendo o primeiro mês dedicado a organização, planejamento e alinhamento teórico conceitual com os alunos participantes. Durante o projeto, os alunos realizarão rodízio mensal entre as práticas ofertadas, para que todos possam vivenciar os diferentes atendimentos. Serão respeitados os princípios de bioética nos atendimentos realizados, em conformidade com a formação ética do aprendiz na área da saúde. Além disso, mensalmente será realizado um momento teórico para discussão sobre as práticas vivenciadas, com a participação dos profissionais responsáveis pelas PICS, da professora coordenadora e dos alunos extensionistas. Para facilitar esse processo, serão ofertados materiais teóricos que apoiarão os alunos no processo de construção de conhecimento. Em virtude da pandemia da COVID-19, caso os decretos municipais ainda proíbam as práticas de ensino presenciais em 2023, serão realizadas apenas as práticas coletivas de forma virtual. Assim, as práticas de Tai Chi Chuan, Mindfulness e Cantoterapia serão oferecidas a grupos semanalmente, de forma virtual, através da plataforma Google Meet. Nesse caso, as inscrições serão realizadas através de formulário online e toda a organização será feita via grupos de WhatsApp. Além disso, as reuniões mensais de alinhamento e discussões entre os alunos membros do projeto e professores serão realizadas também através da plataforma Google Meet.
BRASIL. Portal do Governo Brasileiro. Ministério da Saúde inclui 10 novas práticas integrativas no SUS. Disponível em: http://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/42737-ministerio-da-saude-inclui-10- novaspraticas- integrativas-no-sus. Acesso em: 29/09/2019. CAVALCANTI, FELIPE et al. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no sus: histórico, avanços, desafios e perspectivas. Práticas integrativas em saúde: proposições teóricas e experiências na saúde e educação. Recife: Editora UFPE, p. 140-153, 2014. DACAL, M. P.; SILVA, I. S. Impactos das práticas integrativas e complementares na saúde de pacientes crônicos. Saúde Debate | Rio de Janeiro, V. 42, N. 118, P. 724-735, Jul-Set 2018. JUNIOR, A. L. Por que escolher a Medicina de Família e Comunidade? Rev Med 91 Edição Especialidades Médicas.:39- 44. São Paulo. 2012. MANAUS – AM. Política Nacional de Extensão Universitária. Fórum de Pró-Reitores das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras. Maio de 2012. MARTINS, D. Uma abordagem às Praticas Integrativas e Complementares associadas aos tratamentos especializados em comorbidades crônicas, na Estratégia de Saúde da Família. Rio de Janeiro, 2016. MINISTÉRIO DA SAÚDE Manual de Implantação de serviços de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília, DF. 2018. MINISTÉRIO DA SAÚDE Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília, DF. 92 p. - Série B. Textos Básicos de Saúde. 2006 MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília, DF. 3a edição Série B. Textos Básicos de Saúde Série Pactos pela Saúde 2006, v. 7. STARFIELD, B. Atenção Primária à Saúde. Brasília, UNESCO, Ministério da Saúde, 2002.
O projeto se propõe a trazer a tona a discussão das práticas integrativas e complementares em saúde, que resgatam os saberes tradicionais no que diz respeito a práticas de cuidado. Ao longo dos encontros, os participantes terão a oportunidade de compartilhar suas experiências e saberes e construir novas possibilidades de cuidado a partir das trocas de conhecimento. A aproximação entre os conhecimentos acadêmicos e os saberes populares, torna possível a construção de práticas de saúde mais emancipadoras. Além disso, o Projeto tem como proposta produzir materiais científicos à respeito das PICS, para ser disponibilizado nas mídias digitais, o que faz uma ponte entre universidade e sociedade.
O projeto propõe um trabalho interdisciplinar e interprofissional na medida em que as PICS são desenvolvidas por profissionais de diferentes formações, oportunizando aos estudantes a troca de conhecimentos com estes profissionais. Além de ofertar a realização das práticas para os alunos extensionistas, o projeto também promove discussões teóricas a respeito das PICS, contando com profissionais convidados de diversas áreas da saúde, que contribuem com as temáticas de tais discussões.
O Projeto tem como proposta produzir conhecimento acerca das PICS, de forma vivencial e teórica entre os estudantes. Além disso, os alunos produzem materiais científicos à respeito das PICS, para ser disponibilizado nas mídias digitais. O projeto também estimula os alunos extensionistas para a produção de relatos de experiências e participação em congressos sobre o tema.
Através do projeto, os alunos participantes desenvolvem um saber acadêmico sobre as PICS e, para além disso, vivenciam as práticas que tem uma abordagem terapêutica. Isso significa que, além de agregar conhecimento, o projeto ainda funciona como um espaço de auto cuidado. A relação com a comunidade e com o compartilhamento de saberes populares, contribui para a humanização do ensino e para o engajamento social dentro da profissão.
A pandemia da COVID-19 trouxe a tona questões existenciais e impactou diretamente na saúde mental da população. Ao propor práticas coletivas, o projeto oportunizará aos participantes momentos de sociabilização e de construção de vínculos. As práticas ofertadas são consideradas dispositivos de saúde mental, auxiliando os participantes a lidar melhor com o stress, ansiedade, depressão, alguns dos sintomas que foram intensificados durante a pandemia. Além disso, o tema das PICS sofre de carência de informações de qualidade para a sociedade. Com o objetivo de esclarecimento da população sobre o tema, os estudantes produzirão material informativo de qualidade, baseado em evidências e em fontes seguras de informação, para compartilhamento nas redes sociais do projeto.
A divulgação é realizada através do instagram do projeto.
Informações e conteúdos em redes sociais.
Público-alvo
População de Diamantina- MG.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
Associação Centro de Medicinas e Clínica de Saúde e Educação Bem Cuidar (CNPJ: 24.954.531/0002-62). Esta é uma associação civil de direito privado sem fins lucrativos, de caráter social, cultural e ambiental, com filial em Diamantina, e presta serviços na área da saúde e da educação com finalidade terapêutica dentro de uma linha de cuidado integral. A instituição parceira, que aderiu ao projeto de forma voluntária, sem contrapartida financeira, cederá os profissionais para os atendimentos da população e para a discussão dos casos com os alunos participantes. Os profissionais já estão cientes e de acordo com a parceria. Os profissionais associados prestam serviços nas áreas de homeopatia, acupuntura, terapia ayurvédica, terapias antroposóficas, yoga, entre outros.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 155 h
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Serão realizadas semanalmente ao longo do ano. Acontecerão ciclos de 8/10 semanas com cada turma inscrita.
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Serão realizadas semanalmente ao longo do ano. Acontecerão ciclos de 8/10 semanas com cada turma inscrita.
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Serão realizadas semanalmente ao longo do ano. Acontecerão ciclos de 8/10 semanas com cada turma inscrita.
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Reunião de planejamento e alinhamento teórico, envolvendo os profissionais responsáveis pelas PICS, a professora coordenadora e os alunos participantes.