Detalhes da ação

Vigilantes do crescimento e desenvolvimento na primeira infância

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203000413

Tipo da Ação

Projeto

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

02/05/2023

Data Fim

31/12/2023


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

ana carolina monteiro duarte

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências da Saúde

Área Temática Principal

Saúde

Área Temática Secundária

Saúde

Linha de Extensão

Saúde Humana

Abrangência

Municipal

Gera Propriedade Intelectual

Não

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Fora do campus

Período das Atividades

Tarde

Atividades nos Fins de Semana

Não

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 48 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
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Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 16 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 48 h
Resumo

O desenvolvimento infantil é um processo dinâmico e multidimensional que consiste na construção, aquisição e interação de novas habilidades que envolvem diferentes domínios (sensório-motor, cognição-linguagem e social-emocional) que possui influências genéticas e ambientais. O objetivo deste projeto é avaliar o crescimento e desenvolvimento de crianças matriculadas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) da cidade de Diamantina-MG.


Palavras-chave

Desenvolvimento infantil, saúde da criança, creches


Introdução

O desenvolvimento infantil é um processo dinâmico e multidimensional que consiste na construção, aquisição e interação de novas habilidades que envolvem diferentes domínios (sensório-motor, cognição-linguagem e social-emocional) (BRASIL, Constituição 1988; BRASIL, Lei nº 8.080, 1990; BRASIL, Ministério da Saúde, 2002; BARROS et al, 2010). Atingir um desenvolvimento considerado adequado significa dizer que o indivíduo conseguiu adquirir competências de desenvolvimento que são essenciais para o comportamento adaptativo, sócio-emocional, além de propósitos acadêmicos e econômicos (BRASIL, Constituição 1988). O desenvolvimento é dependente da interação de influências genéticas e das experiências pessoais vivenciadas pela criança. Apesar da genética proporcionar um conjunto de possibilidades ao indivíduo, esta herança não é predeterminante para os acontecimentos da vida da criança. Teorias contemporâneas enfatizam associação entre genética e ambiente, ou seja, existe uma relação de interação e correlação entre os fenômenos. O ambiente modera a expressão da genética e vice-versa. Além disto, o ambiente pode desencadear importantes eventos neurofisiológicos que levam à organização do sistema nervoso e ao controle de suas funções (VICTORA et al, 2011; BARNETT et al, 2006). Os primeiros 6 anos de vida são essenciais para o crescimento e desenvolvimento infantil, ou seja, para o surgimento de habilidades cognitivas/linguísticas, afetivas-sociais e motoras devido ao período crítico do desenvolvimento cerebral, em que eventos fisiológicos importantes, como a sinaptogênese, a mielinização e poda sináptica, encontram-se em suas funções máximas, considerando o ciclo vital. Dentro deste período, destaca-se as crianças de risco, ou seja, aquelas que apresentam algum evento ou condição que elevem sua probabilidade para um desfecho negativo. Existem crianças de risco biológico, ou seja, que apresentam fatores de risco relacionados aos eventos pré, peri e pós-natais, alguns exemplos são: prematuridade, baixo peso, asfixia perinatal, hemorragia intraventricular, distúrbios bioquímicos e hematológicos. Crianças de risco psicossocial são aquelas que vivem em ambientes que podem ser prejudiciais para o seu desenvolvimento, por exemplo, são aqueles relacionados a qualquer tipo de violência doméstica, física, sexual, psicológica, exposição à violência conjugal, negligência, uso abusivo de álcool e substâncias psicoativas pelos cuidadores e a pobreza (Comitê Científico do Núcleo Ciência pela Infância, 2014). A ação básica estabelecida pelo Ministério da Saúde é “acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil”, estes dois conceitos são interdependentes, mas não são sinônimos. O crescimento se expressa por aumento da massa corporal e o desenvolvimento pela aquisição de habilidades progressivamente mais complexas. Crescimento e desenvolvimento exigem, portanto, abordagens diferentes e específicas, tanto para medir como para intervir (MINAS GERAIS, Secretaria de Estado da Saúde, 2004). Para medir o crescimento, um estadiômetro, uma balança e curvas padronizadas de crescimento são suficientes, independentemente da idade da criança (SÃO PAULO, Secretaria Municipal de Saúde, 2002). O desenvolvimento infantil, entretanto, não pode ser mensurado diretamente, mas por meio da observação do comportamento motor, cognitivo e afetivo-social da criança e para essa avaliação podem ser utilizado diversos testes. As crianças, portanto, se beneficiam da vigilância do crescimento e desenvolvimento infantil, ou seja, do acompanhamento de seu crescimento e desenvolvimento, pois, caso necessário, possa receber a devida assistência, seja por meio de orientações ou encaminhamento para os profissionais especializados (BRASIL, Ministério da Saúde, 2020).


Justificativa

No Brasil a criança tem os seus direitos garantidos pela Constituição de 1988, que estabeleceu em seu artigo 227 a infância e a adolescência como prioridade (BRASIL, Constituição 1988). O Estatuto da Criança e do Adolescente veio para reforçar a consolidação destes direitos. Desta forma, observa-se ao longo das últimas décadas a ampliação e o fortalecimento de políticas públicas voltadas à sobrevivência e bem-estar na infância (BRASIL, Lei nº 8.080, 1990). As ações básicas na atenção integral à saúde da criança, propostas na década de 1980 pelo Ministério da Saúde (MS), constituem o centro da atenção a ser prestada em toda a rede básica de serviços de saúde: (1) promoção do aleitamento materno; (2) imunizações; (3) prevenção e controle das doenças diarreicas e (4) prevenção e controle das infecções respiratórias agudas; (5) acompanhamento do crescimento e desenvolvimento (BRASIL, Ministério da Saúde, 2002). Uma vez que o país tem avançado nos indicadores de saúde e bem-estar, é preciso esforços no sentido de manter estas conquistas, mas também garantir à criança um desenvolvimento global adequado possibilitando que atinja suas capacidades plenas enquanto adulto (BARNETT et al, 2006). Desta forma, o Ministério da Saúde em 2015 instituiu a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) em que manteve e ampliou as ações básicas de saúde integral à criança (BRASIL, Ministério da Saúde, 2015). Embora o Brasil tem diminuído indicadores referentes à desnutrição e mortalidade infantil, o Vale do Jequitinhonha é considerado uma região de vulnerabilidade social com indicadores mais elevados em relação a desnutrição, mortalidade e desenvolvimento infantil em relação à média nacional (CARVALHO et al, 2015). Reforçando estes indicadores, estudos recentes vêm apontando maior atraso no desenvolvimento infantil advindo do isolamento social da COVID-19 (ALMEIDA et al, 2021). Neste sentido, é necessário acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil destas crianças para intervir dentro de suas necessidades


Objetivos

Geral: Avaliar o crescimento e desenvolvimento de crianças matriculadas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) da cidade de Diamantina-MG. Específicos: 1) Promover o acompanhamento do crescimento infantil 2) Promover o acompanhamento do desenvolvimento infantil 3) Orientar cuidadores e educadores dentro das necessidades individuais de cada criança avaliada 4) Encaminhar as crianças e suas famílias para atendimento especializados nos casos necessários


Metas

Metas de impacto direto: 1-Este projeto de extensão tem como principal meta direcionar as crianças para um trabalho especializado, utilizando instrumentos específicos para avaliação do crescimento e desenvolvimento, visando estimular sempre o crescimento e desenvolvimento adequados para cada idade. Pretendemos atingir aproximadamente 20 crianças por semestre. Através do trabalho com as crianças, a meta principal é oportunizar avaliação do crescimento e desenvolvimento e detecção de possíveis alterações e encaminhamento à profissionais adequados. 2. Aos acadêmicos dará a oportunidade de promover um trabalho direcionado às crianças e fortalecer o aprendizado referente as disciplinas de Saúde da Criança e do Adolescente. Dessa forma, praticando os conteúdos aprendidos em sala de aula. 3. Aos professores, será possível colocar em prática o trabalho de cunho interdisciplinar demonstrando os vários fazeres e saberes junto aos colegas, construindo assim um conhecimento mais rico que vem a acrescentar o ensino até mesmo em sala de aula. Metas de impacto indireto: Como impacto indireto, o projeto visa ainda promover à população, uma melhor percepção de saúde, não só como resultado de práticas individuais, mas também como reflexo nas condições de vida em geral.


Metodologia

O projeto Cuidar para crescer e desenvolver obedecerá a seguinte dinâmica: A turma desenvolverá as atividades com as crianças de 0 a 5 anos e meio nos CMEIs da cidade de Diamantina-MG, 1 vez por semana, toda terça-feira, de 14 às 16h30. Ações do projeto: Acompanhamento ao desenvolvimento e crescimento das crianças Inicialmente será realizado o levantamento das crianças matriculadas nos CMEIs nas diferentes turmas, com o intuito de verificar quantidade de crianças, idades e demandas dos educadores para elaboração e planejamento das avaliações do crescimento e desenvolvimento. Após, serão repassados os casos individuais para cada discente para posterior avaliação. A avaliação do crescimento será realizada por meio da mensuração do peso, através de balança analógica digital, e estatura/comprimento, através de estadiômetro portátil. Com os dados coletados será calculado o Índice de Massa Corporal e transferido todos os dados para as curvas de crescimento adequadas para cada idade (contidas na Caderneta de Saúde da Criança e do Adolescente) para análise. A avaliação do desenvolvimento será realizada por meio do Teste de Triagem do Desenvolvimento Denver II (kit e manual próprio do teste), utilizado para avaliar e identificar crianças entre 0 e 6 anos de idade com risco para atraso do desenvolvimento nos domínios Pessoal-Social, Motor fino adaptativo, Linguagem e Motor Grosso. Também será utilizado os marcos do desenvolvimento contidos na Caderneta de Saúde da Criança e do Adolescente para a idade específica de cada criança. Posteriormente aplicação dos instrumentos de avaliação os dados serão analisados por cada discente e discutidos com o docente responsável. Cada caso será conduzido individualmente de acordo com os resultados e demandas específicas e repassados para a equipe do CMEI e família. Para isso serão confeccionados relatórios individuais com todos os resultados, informações importantes, orientações e possíveis encaminhamentos quando necessário. O repasse para a equipe do CMEI será realizado por meio de reunião conjunta da equipe de educadores responsável pela criança, docentes e discentes do curso de fisioterapia. Já o repasse para a família será feito por meio de relatório enviado com a criança. Toda a equipe do projeto ficará a disposição caso alguma família deseje maiores esclarecimentos e orientações. Os alunos, com o apoio das professoras, serão responsáveis pela organização logística e de todo o projeto bem como pelo planejamento e execução das ações junto as crianças.


Referências Bibliográficas

1. Almeida, Isabelle Lina de Laia, et al. "Social isolation and its impact on child and adolescent development: a systematic review." Revista Paulista de Pediatria 40 (2021). 2. Barnett WS, Belfield CR. Early childhood development and social mobility. The Future of Children. 2006; 16(2):73-98. 3. Barros RP, Biron L, Carvalho M et al. Determinantes do desenvolvimento na primeira infância no Brasil. IPEA. 2010; 7-28. 4. Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília; 1988. 5. Brasil. Lei n° 8.080 de 19 de setembro de 1990: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências. Brasília; 1990. 6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de atenção básica. Saúde da criança: Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. ministério da saúde. secretaria de políticas de saúde. Brasília; 2002. 7. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015. Institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 149, 6 ago. 2015. Seção 1, p. 37. Brasília; 2015. 8. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta da criança 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2020. 108p. 9. Carvalho, Alysson Massote, et al. "Primeira infância e pobreza no Brasil: uma análise integrada a partir de indicadores em saúde, educação e desenvolvimento social." Revista de politicas públicas 19.1 (2015): 303-314. 10. Comitê Científico do Núcleo Ciência Pela Infância. O Impacto do Desenvolvimento na Primeira Infância sobre a Aprendizagem [Internet]. 1st ed. Livro CB do editor. São Paulo: Fundação Maria Cecília Vidigal; 2014. 1-14 p. Disponível em: http://www.ncpi.org.br. 11. Figueiras AC, Souza ICN, Rios VG, Benguigui Y. Manual para vigilância do desenvolvimento infantil no contexto da AIDPI. Washington: Organização Pan-Americana da Saúde; 2005. 12. Minas Gerais. Secretaria de Estado da Saúde. Atenção à Saúde da Criança. Belo Horizonte; 2004. 13. São Paulo. Secretaria Municipal de Saúde. Programa da Saúde da Família. Toda hora é hora de cuidar. São Paulo; 2002. 14. Victora CG, Aquino EML, Leal MC, Monteiro CA, Barros FC, Szwarcwald CL. Saúde de mães e crianças no Brasil: progressos e desafios. Lancet. 2011; 9708 (377): 1863-1879.


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

O projeto apresenta interação dialógica entre a comunidade acadêmica e a sociedade através do retorno das avaliações feitas das crianças para as professoras, equipe da diretoria da creche e pais. Os alunos produzem um relatório final de cada criança que será entregue para equipe escolar e pais.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

Este projeto apresenta interação e dialogo da Fisioterapia e da pedagogia através da interação dos alunos com a creche.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

O projeto aborda aspectos teóricos do ensino, a aplicação de questionários validados (pesquisa) e ação extensionista na creche. Os alunos e a sociedade se beneficiam do tripé ensino-pesquisa-extensão de forma ampla e didática.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

No que se refere ao impacto na formação acadêmica os estudantes se beneficiam da prática em contato com as crianças e com a equipe da creche, promovendo uma ação extensionista e de interação com a sociedade. Além disso, o conhecimento e prática em um ambiente externo a Universidade, aprimorando o conhecimento teórico elucidando sua aplicação na prática diante suas diversidades.


Impacto e Transformação Social

O projeto avalia crianças matriculadas no sistema de educação infantil do município (Centros Municipais de Educação Infantil da cidade de Diamantina), identificando através de testes padronizados o seu desenvolvimento infantil e seus determinantes. Analisando sob a ótica da vulnerabilidade social o projeto pode impactar de forma significativa na identificação de crianças de risco biológico no seu neurodesenvolvimento e atuando de preventiva bem como também na promoção a saúde.


Divulgação

O projeto será divulgado pela equipe gestora da creche entre os professores e pais ou responsáveis.


Público-alvo

Descrição

Qualquer criança de 0 a 6 anos de idade matriculada nos CMEIs no município de Diamantina, MG. O número de crianças refere-se a dois períodos.

Municípios Atendidos

Município

Diamantina - MG

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

O CMEI Bom Jesus será a instituição parceira para promoção da ação extensionista.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 48 h

Carga Horária 16 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Avaliação das crianças, adequação do plano, retorno na creche.

Carga Horária 16 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Avaliação das crianças, adequação do plano, retorno na creche.

Carga Horária 16 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Avaliação das crianças, adequação do plano, retorno na creche.