Detalhes da ação

TERRITÓRIO DE PARTILHAS Diálogos, deslocamentos e travessias entre o formar-se e fazer-se professor/a

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202103000055

Tipo da Ação

Projeto

Situação

RECOMENDADA :
CONCLUÍDA - ARQUIVADA

Data Inicio

01/03/2021

Data Fim

30/11/2021


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

rosiane da silva ribeiro bechler

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências Humanas

Área Temática Principal

Educação

Área Temática Secundária

Educação

Linha de Extensão

Formação Docente

Abrangência

Estadual

Gera Propriedade Intelectual

Sim

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Dentro e Fora do campus

Período das Atividades

Noite

Atividades nos Fins de Semana

Não


Redes Sociais

Outras Redes Sociais

A divulgação é veiculadas pelos canais oficias da UFVJM e da FIH, assim como pelos grupos de whatsapp e redes sociais da equipe do projeto.

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 80 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 80 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 80 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 30 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 30 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 30 h
Resumo

Encontros Integrados voltados para a promoção do diálogo e deslocamento entre os sujeitos e espaços envolvidos nas experiências do formar-se e fazer-se professor/a nas licenciaturas da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades da UFVJM. Encoraja o atravessamento entre as fronteiras dos conhecimentos da área das Humanidades e a aproximação entre a Universidade, a Escola e outros espaços educativos, traçando novos contornos para esse território pelo qual transitamos: a formação docente.


Palavras-chave

Formação Docente, Estágio Supervisionado, Saberes, Experiências, Territórios, Interdisciplinaridade, Cultura Escolar


Introdução

A compreender que a formação docente é um percurso contínuo construído por múltiplos sujeitos que transitam entre os espaços da escola e da universidade, propomos o projeto de extensão “Território de Partilhas: diálogos, deslocamentos e travessias entre os formar-se e o fazer-se professor/a” como um lugar polifônico para partilha de saberes e experiências formativas. Pretende-se que essa territorialidade seja construída pelo transitar de docentes, do Ensino superior e da Educação Básica, e dos discentes das disciplinas da área de ensino dos cursos de Geografia, Letras, História, Pedagogia e Licenciatura do Campo, particularmente aqueles que já se encontram imersos, ou se preparam para iniciar, as experiências dos Estágios Supervisionados. Ademais, está presente em nosso horizonte de expectativas que esse projeto configure-se como uma territorialidade da acolhida, a qual os estudantes de hoje possam retornar quando iniciarem sua carreira na docência, dando prosseguimento ao ciclo de partilha das experiências, fortalecimento e promoção e práticas educativas sensíveis e transformadoras. De acordo com Jorge Larossa Bondía, “a experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca” (LAROSSA BONDÍA, 2002, p.21), ou seja, aquilo que profundamente, nas dimensões ética e estética, nos trans-forma. Na toada dessas reflexões, essa proposta se orienta pela potência do que compreendemos como circuito formativo, ou seja, o deslocamento entre sujeitos e lugares na promoção de formação docente orientada pelo binômio experiência e sentido (BONDIA, 2020). Um circuito pode significar uma linha fechada que limita uma superfície, um espaço. Na formação docente, um circuito pressupõe uma trajetória, mover-se de um lugar ao outro, levando aprendizagens e buscando o que falta à construção da identidade docente. É o sujeito em constante deslocamento entre a Escola e a Universidade, espaços formativos por excelência, entre a teoria e a prática, que só significam diante de uma problemática construída nesse circuito e da reflexão que se faz sobre ela. A constante relação entre estar e se mover gera movimentos de territorizalização e desterritorialização (DELEUZE, G. e GUATTARI, F.,1972) dos sujeitos em formação, consolidando teorias estudadas e refletindo constantemente sobre a praxis, que, segundo Karl Marx, refere-se à “atividade livre, universal, criativa e auto-criativa, por meio da qual o homem cria (faz, produz) e transforma (conforma) seu mundo humano e histórico a si mesmo”. (BOTTOMORE, 1988). Se para Pimenta (2004), o estagiário é um pesquisador reflexivo, para nós, ele é, antes de tudo, nômade, nos termos de Paul Zumthor (2005), para quem o sujeito nômade carrega, ao longo de sua(s) trajetória(s), sua voz, seus aprendizados, sua presença, sua capacidade de levar consigo seu território e de fundir-se a outros territórios que lhe são apresentados. Nesse sentido, o projeto Território de Partilhas se configura enquanto espaço de troca de saberes e vivências entre sujeitos que se entregam ao nomadismo inerente à formação docente e que reconhecem, na trajetória do circuito formativo, uma possibilidade única de consolidar sua identidade acadêmico-profissional e, ao mesmo tempo, ampliar territórios de atuação e formação, partilhando-os. Arriscaríamos a dizer que o Território de Partilhas é também um espaço para se “partilhar territórios”, fortalecendo o diálogo interdisciplinar entre os cursos que compõem a Faculdade Interdisciplinar em Humanidades, em sua relação com a comunidade externa à Universidade. É um projeto gestado, assim, no atravessamento entre fronteiras dos diferentes conhecimentos da área das Humanidades e da aproximação a partir do desafio formativo que nos é comum: a formação docente. Ao conceber o território como espaço-tempo vital de toda uma comunidade, e ainda como espaço-tempo de inter-relação entre o mundo que o circunda (ESCOBAR, 2015), pretendemos, atravessar fronteiras e configurar outras territorialidades que acolham percursos, espaços e sujeitos na partilha de suas práticas educativas.


Justificativa

Referência no campo de estudos da interculturalidade brasileira, Candau (2016) aponta que existem, nos sistemas educativos em nosso país, “experiências insurgentes” que abarcam outros paradigmas escolares relacionados à forma de organização curricular, aos espaços e tempos, ao trabalho docente, às relações com as famílias e comunidades. Salienta, ainda, as práticas coletivas “a partir de um conceito amplo e plural de sala de aula (...), mas essas experiências permanecem periféricas, não são adequadamente visibilizadas, nem fortemente apoiadas” (CANDAU, 2016, p. 807). Por outro lado, entendemos que a escola, ao mesmo tempo em que reproduz as desigualdades econômicas e sociais, pode ser vista também como lócus de processos de transformação e emancipação social. Nessa direção, o projeto que ora apresentamos visa dar visibilidade e fomentar partilhas na busca de identificação e construção de experiências educativas que potencializem os sentidos de fazeres docentes transformadores, Atendendo, assim, a demanda necessária e contínua de aproximação e diálogo com as culturas da escola (BENITO, 2008) objetivando a promoção de uma formação docente orientada por experiências sensíveis e dialógicas. Para além dos desafios próprios à formação docente inicial, a Pandemia da COVID 19 e o quadro de distanciamento social dela decorrente, nos coloca diante de um contexto novo e permeado por muitas incertezas e angústias, particularmente no tocante às dinâmicas próprias a educação escolar. Importante registrar também que a pandemia COVID-19 desvela e acentua as desigualdades econômicas e sociais presentes em nosso país. Muitas crianças, jovens, adultos e idosos têm na educação, entendida como direito humano, a possibilidade de acessarem outros direitos. Como apontam SOUZA e FERREIRA (2020), “grande parte da população brasileira encontra na escola, além do direito à educação, o direito à vida, à seguridade e proteção social, além de constituição de vínculos afetivos que (podem) perdurar por toda vida social do sujeito estudante ou professor”. Para além disso, destacamos as interações professor/a aluno/a, a construção dos projetos pedagógicos (da Universidade e das Escolas de Educação Básica), referenciadas no Ensino Presencial. O atual contexto nos convoca re-pensarmos a dinâmica do “chão da sala de aula” que, nesse momento, ora se faz na tela, ora se faz por meio de estudos dirigidos ou “planos de ensino tutorados”, ora se faz, também, por meio do silêncio e/ou da ausência (seja por limitações tecnológicas, sociais, emocionais). Dentro desse cenário desafiador nos questionamos: como os/as educadores/as têm vivenciado a docência nesse período? Como a prática pedagógica, a relação professor/a - aluno/a tem se configurado nesse momento em que é possível (quando é) nos vermos somente diante de “telas e janelas”? Quais as estratégias e demandas apresentadas por esses/as professores/as? Como o/a estagiário/a, a Universidade podem contribuir nesse processo? Movidos por esses questionamentos, é nosso intuito construir um Território de Partilhas como lócus privilegiado de acolhimento, fortalecimento e reflexões teóricas e práticas em perspectiva transdisciplinar, sobre os desafios e potencialidades que este estado de exceção e, futuramente, o “novo normal”, apresentam para os processos de ensino-aprendizagem tanto na formação docente inicial, quanto no exercício da docência na Educação Básica. Para Freire (2014), “na prática de velejar se confirmam, se modificam ou se ampliam esses saberes. Velejar e cozinhar são dois exemplos citados pelo educador para criar uma imagem concreta sobre como alguns saberes são indispensáveis à prática de determinadas atividades, e como essa mesma prática tende a alterar, confirmar, alargar, esses saberes. Assim também ocorre com a profissão docente, para a qual estamos, de fato, nos formando em um contínuo, no deslocamento entre tempos e espaços distintos. Há mais de duas décadas as pesquisas sobre o que são os saberes docentes apontam que eles vão muito além da transmissão de informações canônicas referendadas nos conteúdos curriculares prescritos. Aparece a importância dos cenários e instituições externas às escolas. Na trama de saberes interagem sujeitos plurais, memórias, experiências e práticas em movimentos peculiares e diferenciados (MIRANDA, 2008). O docente, assim como qualquer indivíduo, se posiciona como sujeito complexo no jogo cultural da contemporaneidade confrontando, negociando, resistindo, recriando o que lhe é apresentado e compondo um repertório próprio de saberes e práticas. É importante destacar também o imbricamento apontado pela literatura entre formação de professores(as) e condição docente. NÓVOA (1997) e TARDIF e Lessard (2005) teorizam sobre a dimensão da “produção de saberes” como parte constitutiva do trabalho docente. Para NÓVOA (1997, p.18) é na formação que se produz a profissão e essa formação articula o desenvolvimento pessoal (vida do professor), o desenvolvimento profissional (profissão docente) e o desenvolvimento organizacional (produzir a escola). TARDIF (2005) por sua vez indica que os “conhecimentos e competências” dos professores podem constituir-se apenas em “instrumentos e tecnologias”, entretanto, o trabalho da docência possui características peculiares (interação humana) que o diferencia das formas de trabalho com objetos materiais e técnicas e, ainda, daqueles que lidam estritamente com o conhecimento e a informação. Para TARDIF (2005, p.47) parece não haver separação entre práticas e representações já que se propõe a analisar o trabalho docente cotidiano considerando como os docentes vivem e percebem suas vivências. Para fugir do perigo da abstração das grandes categorias (pedagogia, didática, tecnologia do ensino, conhecimento, cognição e aprendizagem) e focar sua análise nas relações de trabalho, ou entre os trabalhadores e seu “objeto de trabalho” na escola, TARDIF não abre mão de “categorias mediadoras” do trabalho docente: o trabalho considerado como atividade, status e experiência. TARDIF nos leva a pensar que o trabalho docente pode ser compreendido como expressão do saber pedagógico e ao mesmo tempo fundamento e produto da atividade docente. É uma dimensão criadora e complexa da prática pedagógica. Em outro cenário de pesquisa, o pesquisador português Antônio NÓVOA (1997, p.18) reafirma que a formação docente, tanto em sua dimensão acadêmica quanto profissional, não está dissociada da reflexão sobre a profissão docente. A formação de professores(as) é o momento-chave da socialização e da configuração profissional. NÓVOA, historiando a profissão, indica ainda que foi a partir de fins dos anos 1980 surgiram, no âmbito da pesquisa sobre a formação e a profissão, perspectivas crítico-reflexivas que propõem dinâmicas de autoformação participada dos professores, articulando o desenvolvimento pessoal e projetos coletivos de escolas (coletivo docente). Estabelece-se um estatuto próprio para os saberes da experiência e relações entre o saber, as experiências e a identidade docentes. A noção de experiência mobiliza uma pedagogia interativa e dialógica e um novo quadro de produção de saberes em redes de (auto)formação que considera as subjetividades dos sujeitos formador/formando. Nesta experiência do fazer-se professor(a) estabelece-se um novo quadro de referência para a formação com a afirmação de valores próprios à profissão docente. Destacam-se os saberes emergentes da prática profissional, a socialização profissional e o desenvolvimento de uma nova cultura própria aos professores(as) constituídos em um corpo autônomo. (NÓVOA, 1997, p. 26). Este projeto pretende fazer emergir os “contextos reais de trabalho”, considerando várias perspectivas de análise dos saberes docentes e da formação docente. Ao investigarmos os saberes docentes centrados no local de trabalho e observados a partir da sala de aula corre-se o risco, comum às pesquisas de campo que tomam a categoria do “trabalho” como geradora das práticas significativas dos sujeitos, de perder a especificidade das relações entre os valores culturais encontrados pelo pesquisador na análise qualitativa dos grupos investigados, seus próprios valores e o “mundo exterior”. Nesses estudos sobre saberes docentes a escola e a prática dos professores parecem legitimar-se a si própria ou justificar-se sem referência a outros ambientes de pertencimento dos sujeitos sociais (lazer, família, condições econômicas) para além das relações profissionais escolarizadas. Considerar a prática docente como lócus da construção de conhecimentos é romper com a concepção de transmissão presente em muitos programas de formação cujo modelo (fundamento) é a racionalidade técnica e, ainda, com a dissociação entre saber/fazer ou produção/circulação. A aproximação teoria/prática pela conversão da investigação em ação possibilita criar um quadro analítico ao articular conceitos, teorias, modelos em esquemas explicativos e interpretativos (MIRANDA e RESENDE, 2006 p.511). Promover e investigar esse tipo de prática de formação implica também dizer que os estudantes de licenciatura durante os seus processos de formação são capazes de se constituírem de modo autônomo no plano cognitivo e cultural. Não são simplesmente receptores de programas e propostas, por melhores e bem intencionadas que sejam. Também não são dominados, menores, com déficits, pobres em recursos e capital cultural. Propor e analisar práticas formativas nas quais os pesquisadores estão implicados diretamente nas ações, provoca tensões e ambiguidades já que se criam territórios e fronteiras entre um “olhar de fora” para compreender e um “estar dentro” dos processos de socialização. Ser participante e ao mesmo tempo recolher dados. “Saber-pensar de fora” e “saber-fazer de dentro” se encontram e devem provocar a reflexibilidade. E esse é o movimento ao qual nos abrimos com este projeto, certos de que a prática educativa é radicalmente dialógica, na qual a docência não existe sem a discência, e vice-versa (FREIRE, 2014). Como aponta Ana Maria Monteiro (2007), os saberes da profissão docente emergem das tessituras plurais entre experiências formativas, trajetórias de vida, encontros e interações no espaço escolar com outros docentes e com os discentes, e com os saberes, ou lentes de ler o mundo, próprios a cada área do conhecimento. Formar professores/as com autonomia para que possam reconhecer e potencializar a polifonia de seus saberes no exercício de negociações de distâncias próprios ao cotidiano de uma sala de aula é um desafio que tangencia as práticas reflexivas aqui propostas, atentas para o papel que a Educação assume no tempo presente.


Objetivos

Configura-se como objetivo geral deste projeto de extensão construir um território no qual possamos potencializar, em perspectiva interdisciplinar, as reflexões sobre os tempos, espaços, saberes e sujeitos no jogo de escalas (REVEL, 1998) da formação do docente para atuação na Educação Básica. Para tanto, objetiva-se: 1) construir um espaço de diálogos e partilhas sobre as experiências na trajetória da formação inicial e da atuação na Educação Básica, considerando as linhas comuns que atravessam e costuram identidades docentes das diferentes licenciaturas ofertadas pela FIH A partir das redes estabelecidas na configuração deste território; 2) atender às demandas curriculares das licenciaturas da FIH, promovendo experiência que contribuam para as trajetórias da formação acadêmica e atuação na docência na Educação Básica, considerando-se a articulação interdisciplinar entre atividades de ensino, pesquisa e extensão; 3) Ampliar as conexões deste território no acolhimento dos egressos da FIH, com a construção de vias para idas e vindas dos sujeitos envolvidos com os processos formativos na e para a Educação Básica.


Metas

- Realizar ao longo de cada semestre pelo menos 8 Encontros Integrados - espaços de diálogo, reflexões e partilha de experiências relacionadas às práticas docentes na Educação Básica em perspectiva interdisciplinar; - Promover um espaço interdisciplinar de aprendizagens, aproximando docentes e discentes das licenciaturas dos curso de Geografia, História, Letras, Pedagogia e Licenciatura em Educação do Campo; - Através do convite a professores atuantes na Educação Básica para partilha de suas experiências, aproximar o território da universidade do território da escola considerando ambos os espaços como fundamentais para as experiências sensíveis da formação docente; - Criar espaços (grupos de estudos e/ou pesquisas em perspectiva interdisciplinar) que possibilite acolher e acompanhar estudantes recém-egressos dos cursos de licenciatura da FIH em sua inserção na docência. - Promover a integração entre ensino, pesquisa e extensão através de atividades voltadas para a formação docente e possíveis de serem creditadas. - Fortalecer o diálogo com professores/as da Educação Básica que acompanham os estudantes da FIH no estágio supervisionado, em atuação nas escolas da rede pública e privada de Diamantina e outros municípios; - Promover a formação docente em diferentes espaços e tempos, com um acompanhamento longitudinal do processo, contribuindo assim para a profissionalização docente desde a formação inicial.


Metodologia

O projeto está organizado em Ciclos de Encontros Integrados realizados semestralmente e organizados pelas disciplinas das licenciaturas da FIH sob responsabilidade dos (as) docentes que integram a equipe do projeto, considerando o plano de ensino e a transversalidade dos temas abordados. Os/as convidados/as apresentam suas experiências e/ou reflexões sobre o tema proposto e dialogam com as questões colocadas pelos participantes. Os encontros são realizados pelo Google Meet e disponibilizados pelo Canal FIH Mais Humanas do Youtube. Enquanto durar o contexto pandêmico, todas as atividades do projeto serão realizadas por plataformas virtuais. Além dos Encontros Integrados, estão previstas: Reuniões de alinhamento entre a equipe gestora; Ampla divulgação dos eventos pelas redes sociais internas e externas à FIH; Espaços de interlocução com os estudantes para avaliação/adequação das ações; Espaços de interlocução com os professores da Educação básica para avaliação/adequação; Seminários de abertura e encerramento dos ciclos. Espera-se com esse projeto de extensão contribuir para a ampliação do repertório teórico reflexivo sobre a formação docente, inicial e continuada, assim como os saberes-fazeres da docência na Educação Básica. Objetiva-se ainda a construção de um tempo-espaço da partilha, do diálogo e da reflexão, que possa ser ocupado pelos sujeitos que se preparam para o período delicado e fundante que são os primeiros anos de inserção na profissão docente, vivenciados geralmente de maneira solitária e silenciosa. Para avaliação dos impactos do projeto traçamos as seguintes estratégias: Acompanhamento da participação síncrona nos encontros; Acompanhamento das visualizações dos encontros disponibilizados no YouTube; Formulário de avaliação a ser preenchido pelos participantes internos e externos; Avaliação interna nas disciplinas anfitriãs, ou seja, responsáveis pela organização do encontro; Reuniões periódicas da equipe do projeto para avaliação e adequação do mesmo às demandas observadas.


Referências Bibliográficas

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Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

A diretriz Interação Dialógica presente na Política Nacional de Extensão, trata da produção de conhecimento junto à sociedade, de forma a contribuir para a superação da desigualdade e da exclusão social, em busca de uma sociedade mais justa, ética e democrática. Diante disso, referência no campo de estudos da interculturalidade brasileira, Candau (2016) aponta que existem, nos sistemas educativos em nosso país, “experiências insurgentes” que abarcam outros paradigmas escolares relacionados à forma de organização curricular, aos espaços e tempos, ao trabalho docente, às relações com as famílias e comunidades. Salienta, ainda, as práticas coletivas “a partir de um conceito amplo e plural de sala de aula (...), mas essas experiências permanecem periféricas, não são adequadamente visibilizadas, nem fortemente apoiadas” (CANDAU, 2016, p. 807). Entendemos que a escola, ao mesmo tempo em que reproduz as desigualdades econômicas e sociais, pode ser vista também como lócus de processos de transformação e emancipação social. Nessa direção, o projeto que ora apresentamos visa dar visibilidade e fomentar partilhas entre a Educação Básica e o Ensino Superior, na busca de identificação e construção de experiências educativas que potencializem os sentidos de fazeres docentes transformadores, atendendo, assim, a demanda necessária e contínua de aproximação e diálogo com as culturas da escola (BENITO, 2008) e destas com as demandas sociais, objetivando a promoção de uma formação docente orientada por experiências sensíveis e dialógicas em sintonia com o tempo presente.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

Compreendendo a profissionalização docente como território de formação específica e complexa, a interdisciplinaridade é o eixo orientador do diálogo entre os saberes oriundos das discussões pedagógicas e da especificidade de cada um dos componentes das licenciaturas que o projeto abarca. A centralidade da proposta do Territórios de Partilhas recai sobre a potencialidade de circuitos formativos nas experiências docentes em suas diferentes etapas. Essa proposta se pauta no deslocamento entre sujeitos, saberes e espaços como princípio polifônico e dialógico da formação docente. A interdisciplinaridade se efetiva, assim, no encontro, nas negociações e partilhas estabelecidas entre os docentes e discentes das diferentes licenciaturas da FIH (Geografia, História, Letras e Pedagogia) para planejamentos dos ciclos de Encontros Integrados, e demais ações previstas no projeto. Dessa maneira, buscamos atender, por um lado, a vocação deste espaço de natureza interdisciplinar, e impulsionando, por outro, a transversalidade dos saberes próprios à formação docente. Já a interprofissionalidade é incentivada e garantida pela interlocução entre estudantes, técnicos administrativos e técnicos em assuntos educacionais da Universidade, da Secretaria de Estado da Educação, Pedagogos, docentes do Ensino Superior e da Educação Básica, e demais profissionais atuantes em espaços educacionais alinhados a proposta deste projeto.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

De acordo com Paulo Freire (2014, p.28) "Ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do seu conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível." Já estabelecemos como consenso que a formação docente não tem início no curso de licenciatura, tão pouco se encerra com a obtenção do diploma. Os saberes que compõem o repertório docente no cotidiano da sala de aula são impregnados das diferentes experiências e vivências cumulativas e angariadas em múltiplos espaços.A aposta que fazemos aqui recai justamente sobre a potencialidade de uma formação dialógica em espaços-tempos mais alargados e horizontais, ancorados no que Paulo Freire denominou de ciclo gnosiológico, ou seja, o deslocamento entre os saberes advindos da curiosidade ingênua para a problematização dos saberes confrontados e apreendidos pela curiosidade epistemológica. Nesse sentido, "ensinar, aprender e pesquisar lidam com esses dois momentos do ciclo gnosiológico: o em que se ensina e se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente. A “dodiscência” - docência-discência - e a pesquisa, indicotomizáveis, são assim práticas requeridas por esses momentos do ciclo gnosiológico. (FREIRE, 2014, p.30) Mediante essas reflexões, esse projeto configura-se como: (1) pesquisa por dedicar-se a investigação dos deslocamentos realizados pelos sujeitos envolvidos no circuito formativo da profissão docente e por propor uma reflexão sobre o lugar dos professores formadores de professores nesse circuito, a partir de um olhar para as transversalidades dos currículos das licenciaturas da FIH; (2) ensino por propor ele mesmo novos lugares para o deslocamento no espaço-tempo e para a construção coletiva desse circuito formativo pautado em experiências estéticas e éticas em torno dos saberes fundamentais à prática educativa, no esforço de estabelecer a relação necessária entre a curiosidade ingênua e a curiosidade epistemológica, assim como entre os conhecimentos das diferentes áreas do conhecimento e diálogo com os debates próprios a formação docente; (3) extensão na proposição de uma territorialidade que promova a escuta, o acompanhamento e a solidariedade dos e entre os professores em formação, e os que formam professores na universidade e na escola, com olhar sensível para o tempo do enraizamento da profissão docente entre seus saberes-fazeres. Essa territorialidade, demarcada por outras relações de sujeitos-espaços-tempos, promove o ensino e a pesquisa a partir das questões advindas das experiências nas escolas e no interior da comunidade aprendente que pretende-se constituir (BRANDÃO, 2005). Além disso, tendo em vista a RESOLUÇÃO CONSEPE, Nº 02, de 18 DE JANEIRO DE 2021, a qual regulamenta a curricularização das atividades de extensão nos cursos de graduação no âmbito da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. De acordo também com a Meta 12.7 do novo Plano Nacional de Educação (2014 – 2024), que assegura, no mínimo, dez por cento do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária (Lei Federal Nº 13.005, de 25 de junho de 2014). Considerando a Carga Horária mínima de 400 horas para a realização dos estágios supervisionados dos cursos de licenciatura (RESOLUÇÃO CNE, NO. 02, 2015), a presente proposta pretende se constituir como parte das ações de curricularização de atividades extensionistas no âmbito dos cursos de licenciatura da FIH, no que tange às atividades práticas ligadas aos estágios supervisionados, conforme autoriza o art. 6 da RESOLUÇÃO CONSEPE, N. 2, 2021), em seu “§ 5º A critério dos colegiados dos cursos, a integralização curricular da atividade de extensão poderá ocorrer por meio de atividades acadêmicas do tipo estágio[...]”. Por fim, destaca-se a potencialidade das trocas de experiências entre graduação e pós graduação (pesquisa). Alguns dos professores da Educação Básica convidados a partilhar suas “experiências insurgentes” educativas são estudantes ou egressos da Pós Graduação de nossa instituição, fomentando a interação entre ensino/pesquisa/extensão e o diálogo constante com a Educação Básica. Estas trocas, por meio das atividades de extensão que propomos, podem gerar produções acadêmicas materializadas em eventos, vídeos e publicações.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

Pretende-se com esse projeto contribuir para o que Antônio Nóvoa (2017) denomina "profissionalização da formação docente". O autor reforça a importância de, no percurso da formação inicial, diminuir distâncias entre a escola e a universidade, entendendo como fundamental estratégias formativas voltadas para o preparo, o ingresso e o desenvolvimento continuado do profissional docente. Nessa perspectiva, a qualificação da formação dos estudantes das licenciatura da FIH é o eixo estruturante e objetivo central das ações previstas pelo Território de Partilhas. Além disso, os discentes das "disciplinas anfitriãs", também atuam na acolhida e preparo de perguntas que serão orientadoras do debate juntos aos convidados do encontro integrado. Deslocando-se, assim, do lugar de ouvintes para o de interlocutores nos processos dialógicos de partilhas e construção de saberes com membros da comunidade externa. É importante destacar ainda que a creditação das ações de extensão estarão atreladas ao Estágio Supervisionado Obrigatório dos cursos de Licenciatura da FIH que aderirem ao projeto, via órgãos colegiados, conforme autoriza os art. 6o. e 7o. da RESOLUÇÃO CONSEPE, Nº 02, de 18 DE JANEIRO DE 2021. Sendo assim, pretende-se que as atividades desenvolvidas ao longo do projeto possam ser aproveitadas por discentes e docentes na creditação da extensão nos cursos de licenciatura.


Impacto e Transformação Social

Como educadores e formadores de futuros/as educadores/as, acreditamos que a Educação é por excelência um caminho contínuo na busca por transformações sociais. Os saberes e fazeres docentes são, por este princípio, carregados de certa carga utópica (SACRISTÁN, 2013), não sem conflitos e demandas por negociação. Assim, acreditamos que canalizar essa carga utópica para a formação inicial de docentes configura-se como uma estratégia potencializadora de práticas pedagógicas que reverberem de forma significativa em projetos educativos emancipadores, com contribuições para uma sociedade mais justa e inclusiva. Espera-se, ainda, que a relação dialógica entre Educação Básica - Ensino Superior, empreendida por meio desse Território de Partilhas, potencialize, além dos espaços de diálogos, mudanças em ambas práxis educativas (Universidade-Instituições Escolares).


Divulgação

Está em curso, nos meses de Março e Abril de 2021 o I Ciclo de Encontros Integrados do Território de Partilhas, uma proposta dos Estágios Supervisionados da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades. Esta é uma iniciativa voltada para a promoção do diálogo e do deslocamento entre os sujeitos e espaços envolvidos nas experiências do formar-se e fazer-se professor/a, encorajando assim o atravessamento entre as fronteiras dos diferentes conhecimentos da área das Humanidades. Pretendemos também aproximar a Universidade, a Escola e outros espaços de circulação de saberes, traçando novos contornos para este território pelo qual transitamos: a formação docente. Nesse I Ciclo de Encontros Integrados, disciplinas ligadas ao ensino e aos Estágios Supervisionados dos cursos de História, Letras e Pedagogia, convidamos docentes e discentes que, a partir de suas experiências e vivências, oportunizam a ampliação do diálogo sobre os temas que tangenciam, de maneira transversal, a formação docente nas diferentes áreas do saber. A ideia é que este seja um espaço polifônico e de fortalecimento das identidades docentes em constante (trans)formação nas licenciaturas da FIH. Nesse sentido, pretendemos agregar cada vez mais vozes, saberes e fazeres, no intuito de consolidarmos um território representativo da diversidade e da complexidade dos sujeitos que transitam nesse espaço formativo. No momento, compõem a equipe de elaboração do Projeto de Extensão: Paula Cristina Silva (Professora - Pedagogia); Elizabeth Aparecida Duque Seabra (Professora - História); Cláudio Marinho (Geografia); Rosiane da Silva Ribeiro Bechler (Professora - História); Simone de Paula dos Santos (Professora - Letras); Sandro Santos ( Professor Pedagogia); Valter Henrique Sousa (discente História) e Felipe Emídio (TAE FIH).


Informações Complementares

As ações previstas para esse primeiro ano serão desenvolvidas em projeto piloto, com o intuito de amadurecimento e fortalecimento interno da proposta para posterior articulação e efetivação de parcerias externas.


Propriedade(s) Intelectual

Artigos científicos que versem sobre os temas dos ciclos de encontros integrados.

Público-alvo

Descrição

Estudantes de graduação de instituições estaduais, federais e privadas, interessados em acompanhar os encontros integrados do projeto.

Descrição

Professores da Educação Básica, atuantes nas redes públicas e privada do ensino, com as diferentes disciplinas envolvidas no projeto.

Descrição

Professores do ensino superior nas redes públicas e privadas, que trabalham com as disciplinas voltadas para a formação docente, principalmente com o Estágio Supervisionado.

Descrição

Estudantes que estão cursando os Estágios Supervisionados e/ou as disciplinas vinculadas ao ensino nas das Licenciaturas da FIH.

Municípios Atendidos

Município

Diamantina - MG

Município

Curvelo - MG

Município

Gouveia - MG

Município

Datas - MG

Município

Itamarandiba - MG

Município

Couto de Magalhães de Minas - MG

Município

Serro - MG

Município

Poços de Caldas - MG

Município

Milho Verde - MG

Parcerias

Nenhuma parceria inserida.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 100 h

Carga Horária 20 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

I CICLO DE ENCONTROS INTEGRADOS - Realizado via Google Meet 01/03 - 19:00 O estágio como momento de aprendizado e reflexão: comparações entre o estágio presencial e o remoto. Convidado: Prof. Wellington Gonçalves Bacharel em Humanidades e Licenciado em História pela UFVJM. Professor na Rede Estadual de MG. Mestrando em História pela UFOP. Organização: Estágio Supervisionado em História II Elizabeth Seabra 04/03 - 19:00 Reflexões sobre o estágio remoto Convidados: Lisia Tabosa de Castro (representante da Superintendência Regional de Ensino) Jaime Rodrigues Pinto (discente do curso de Letras) Amanda Beatriz Dupim Pereira (Escola Estadual Joaquim Felício dos Santos e Colégio Diamantinense) Organização: Estágios Supervisionados em Letras Simone Santos 12/03 -19:00 Entre os sujeitos - qual o lugar do professor da Educação Básica no Estágio Supervisionado? Convidado: Prof. Ms. Fernando Leocino - Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina. Doutorando em Educação - UNICAMP Organização: Estágio Supervisionado em História I Rosiane Bechler 18/03 - 19:00 Entre os espaços - A experiência da Escola Moderna no despontar do século XX: poderia a escola ser outra? Convidado: Prof. Dr. Douglas Bahr Leutprecht - atua na Educação Básica em São Francisco do Sul e no Centro de Educação à Distância da Universidade Estadual de Santa Catarina. Organização: Ensino de História I Rosiane Bechler 22/03 - 19:00 Narrativas de si - como a reflexão pode ser uma estratégia de formação? Convidada: Profa. Dr. Nara Rúbia Cunha - Universidade Federal de Uberlândia Organização: Ensino de História II Rosiane Bechler 24/03 - 19:00 Desafios de uma Educação das Relações Étnico Raciais Convidado Prof. Robson de Brito Professor no Colégio Diamantinense e no Preparatório vestibular Diamantinense. Pesquisador convidado pelo LAEP da UFVJM e jornalista da revista Canjerê Organização: Estágio Supervisionado em Diversidades Paula Silva 14/04 - 19:00 Educação do Campo e para o Campo Convidada: Profa. Renata Monteiro. Organização: Estágio Supervisionado em Diversidades Paula Silva 15/04 - 19:00 Cultura Digital. BNCC e Formação Docente - quais conhecimentos priorizar? Convidada: Prof. Dra. Edna Araújo - Centro de Educação a Distância da Universidade do Estado de Santa Catarina Organização: Ensino de História 1 Rosiane Bechler 26/04 - 19:00 Os desafios de aprender a ler, interpretar e elaborar narrativas em salas de aula da Educação Básica Convidada: Profa. Dra. Nayara da Silva Carie Faculdade de Educação da UFMG Organização: Ensino de História 2 Rosiane Bechler 30/04 - 19:00 Currículo e Avaliação: desafios, polêmicas e tensões. Convidada: Profa. Dra. Cláudia Sapag Ricci Organização: Disciplinas da História e Estágio Supervisionado Rosiane Bechler Elizabeth Seabra

Carga Horária 16 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Realização de reuniões e tarefas para avaliação do I Ciclo e organização do II Ciclo de Encontros Integrados.

Carga Horária 40 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Entre os meses de junho e setembro de 2021 realizaremos o II Ciclo de Encontros Integrados da FIH, uma ação dos estágios supervisionados vinculados às licenciaturas em História, Pedagogia, Geografia, Educação do Campo e Letras. Os encontros fazem parte do Território de Partilhas, uma proposta que busca garantir espaços para troca de saberes e vivências entre sujeitos que se entregam ao nomadismo inerente à formação docente e que reconhecem, na trajetória deste circuito formativo, uma possibilidade única de consolidar sua identidade acadêmico-profissional e, ao mesmo tempo, ampliar territórios de atuação e formação, partilhando-os. Acompanhando os desafios das experiências da docência e do estágio supervisionado em tempos remotos, neste II Ciclo vamos abordar os seguintes temas: 29/06 - Mesa de Abertura integrada ao evento do PIBID: Estágio Supervisionado em contexto pandêmico: orientações e reflexões sobre as práticas possíveis 14/07 - Primeiro Encontro - Formação e Condição Docente: práticas em tempos remotos 27/07 - Segundo Encontro - Tecnologias na Educação e para a Educação: perspectivas para o ensino 11/08 - Terceiro Encontro - Entre telas e janelas: reconfiguração dos espaços e tempos das aprendizagens 26/08 - Quarto Encontro - Reflexões e Escritas sobre as experiências do Estágio Supervisionado 08 à 10/09 - Seminário Discente: Experiências e Projetos dos Estágios Supervisionados das Licenciaturas da FIH. Os encontros serão realizados via Google Meet (link compartilhado no dia) e disponibilizados posteriormente no canal da FIH Mais Humanas no Youtube. A Mesa de Abertura será transmitida ao vivo neste mesmo canal. Todos os eventos têm início as 19 horas e contam com certificado. Observação - a carga horária indicada compreende também reuniões e tarefas de planejamento e organização para realização dos encontros, nas semanas alternadas em relação ao cronograma acima indicado.

Carga Horária 24 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Período dedicado ao balanço e avaliação das ações desenvolvidas ao longo de 2021, no âmbito do Território de Partilhas, com o objetivo de: organizar reflexões e dados para divulgação da proposta em eventos e artigos; realizar as adequações necessárias para continuidade da proposta, como projeto de extensão, no ano de 2022.