Detalhes da ação

Escritório Público: assessoria gratuita para a produção de edifícios de interesse social

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203000432

Tipo da Ação

Projeto

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

01/08/2023

Data Fim

01/08/2024


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

danilo bento oliveira

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Engenharias

Área Temática Principal

Tecnologia e Produção

Área Temática Secundária

Tecnologia e Produção

Linha de Extensão

Desenvolvimento urbano

Abrangência

Municipal

Gera Propriedade Intelectual

Sim

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Sim

Ação ocorrerá

Dentro e Fora do campus

Período das Atividades

Integral

Atividades nos Fins de Semana

Sim

Membros

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Resumo

No Brasil, habitações populares são construídas sem projeto, resultando em construções precárias. O projeto "Escritório Público" busca oferecer assessoria à população carente de Teófilo Otoni com ações que incluem mobilização, orientação técnica, acompanhamento do processo construtivo e elaboração de projetos de arquitetura e engenharia. Espera-se promover a cooperação entre universidade, profissionais, município e sociedade em prol da melhoria da qualidade de vida dos beneficiados.


Palavras-chave

Habitações populares, Escritório Público, Assistência técnica, Capacitação.


Introdução

No Brasil, grande parte das habitações e construções populares são realizadas a partir de processos de autoconstrução não orientada, sem projeto, nem orçamento prévio. Segundo dados do Ministério das Cidades de 2007 , mais de 80% das moradias do país são feitas nessas condições (BRASIL, 2007). Quinze anos depois, essa porcentagem não parece ter diminuído, tendo em vista a paisagem urbana brasileira. A ausência de respaldo técnico e profissional às famílias e organizações sociais é decorrente da falta de recursos financeiros da população, sem condições de contratar os serviços de Arquitetura, Engenharia e Construção – AEC –, mas também do desconhecimento quanto a importância do projeto. Consequentemente, têm-se construções precárias, que podem apresentar condições insalubres aos usuários, além de custos que extrapolam as expectativas. Muitas dessas obras demandam soluções técnicas simples, que podem ser conduzidas por estudantes de engenharia e arquitetura. Nesse sentido, o objetivo do “Escritório Público” – EP – é atender essa demanda de serviços de construção civil, oferecendo orientação técnica à população carente de Teófilo Otoni nas ações referentes à elaboração de projetos de AEC. Esse projeto extensionista inspira-se em outras iniciativas universitárias, como o projeto “Adote uma Casa”, da Universidade Vila Velha, ES – UVV – (NEPCAU/UVV, 2016) e os projetos “HABITAT” (CARVALHO et al, 2013) e “Engenharia Pública” (MARTINS et al, 2015), da Universidade Federal de Viçosa, MG – UFV –. Essas ações levam assistência técnica à população carente de suas cidades e partilham do objetivo comum à essa proposta de conhecer e atender os anseios dos atendidos quanto as suas demandas construtivas. Nesse sentido, o EP pretende agir como parceiro das famílias e organizações não governamentais que desejam executar reformas ou novas edificações na busca por soluções e no apoio às suas conquistas. Almeja-se ainda fomentar o associativismo dos envolvidos e a sua capacitação, a fim de tratar as questões concernentes à superação das suas necessidades. As ações do “Escritório Público” incluem a mobilização de indivíduos e organizações para a criação de parcerias e processos de ajuda-mútua, a fim de potencializar conhecimentos e recursos. Além disso, o EP funcionará auxiliando na identificação das necessidades, promovendo o diálogo pedagógico entre os estudantes estagiários e o público atendido. Algumas atividades oferecidas pelo Escritório envolvem a avaliação das condições da edificação, a orientação técnica construtiva e organizacional, o acompanhamento do processo construtivo com implantação de práticas de racionalização da construção, redução de custos e uso de tecnologias de baixa demanda de recursos, além da elaboração de projetos arquitetônicos e de engenharia. Adicionalmente, o EP buscará possibilidades de capacitação para execução de obras, melhor aproveitamento e gerenciamento dos recursos humanos disponíveis e captação de fontes de financiamento. Como resultados do Projeto, espera-se fomentar a articulação e a cooperação entre a Universidade, profissionais habilitados, conselhos fiscais, município e sociedade, em prol da melhoria da qualidade de vida dos beneficiados pela assistência técnica.


Justificativa

Desde a década de 70 podem ser encontradas iniciativas de movimentos sociais, entidades de classe e outras instituições para oferecer orientação técnica gratuita à população carente, como sumariza a Cartilha da Engenharia Pública de 2018 (CREA-SC). O tema tornou-se objeto de legislação em 2008, com a criação da Lei Federal 11.888, que visa assegurar, para famílias de até 3 salários-mínimos, o direito à assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social. Para garantir a efetiva utilização da lei, Conselhos Regionais e Sindicatos têm desenvolvido materiais para dar ciência a população e definir o papel de cada ator social, capacitando setores públicos, grupos de assistência técnica e profissionais interessados (IAB, 2010; CREA, 2012). A implementação da legislação também é tema de pesquisas acadêmicas. Moraes (2012) identifica os limites e potencialidades da lei para a cidade de Viçosa-MG, enquanto Santos (2016) apresenta um estudo de aplicação para municípios paraibanos. Semelhantemente, Vieira e Basto (2020) apresentam estratégias para colocar em prática a assessoria pública na cidade de João Monlevade-MG, a partir de estudos que comparam projetos com diferentes agentes responsáveis pela prestação dos serviços prescritos na Lei: Prefeitura, Entidade de Classe e Universidade. Os autores salientam que nenhuma das iniciativas analisadas recebia aporte financeiro da União aos Estados e Municípios, conforme prescrito no artigo 3º da Lei 11.888, expondo assim uma deficiência da legislação. Nesse contexto, as universidades têm papel fundamental na implementação da assessoria prevista, pois, além de serem um agente articulador entre os diferentes atores envolvidos, também qualificam seus estudantes, inserindo-os no processo. Dessa forma, o “Escritório Público” configura-se como uma ação extensionista embasada nos preceitos da Lei Federal 11.888, procurando proporcionar assessoria técnica as famílias carentes e organizações sem fins lucrativos da cidade de Teófilo Otoni, que possui uma considerável população de baixa renda. Segundo dados do IBGE (2020), 38.1% dos domicílios da cidade possuem rendimento nominal mensal per capita de até meio salário-mínimo. A pesquisa de Almeida et al. (2021) analisou o perfil de famílias e as condições de moradia para a aplicação da Lei de assistência técnica em Teófilo Otoni, elencando os bairros que apresentam necessidades prioritárias. A região selecionada foi a Sul, que além de ser a mais carente do município, também se localiza nas proximidades da UFVJM, Campus do Mucuri, situada no bairro Jardim São Paulo. De forma geral, problemas semelhantes aos encontrados pelo Projeto Habitat em Viçosa (LEITE, 2017), recorrentes em diversas cidades brasileiras (JACOBI, 2000; SÁ, 2009; FIM, et al., 2019;), também são observados em Teófilo Otoni. Pode-se identificar uma situação de degradação na cidade, incluindo a instalação e o funcionamento inadequado de empreendimentos de construção civil, a falta de projetos ou projetos mal concebidos, a ausência de investigação prévia do terreno, as condições precárias de infraestrutura e análise socioeconômica insuficiente. Infelizmente, a população de baixa renda é encontrada ocupando áreas de risco socioambiental, cujas condições de moradia, renda, higiene e habitabilidade são graves, em grande parte da sua extensão. Desse modo, constata-se que a orientação à população carente na elaboração de projetos para construção e/ou modificação de edificações e o acompanhamento da sua execução, representa uma importante contribuição que a Universidade e seus estudantes podem oferecer à comunidade Teófilo-otonense. Almeida et al. (2021) sugerem o envolvimento de outros atores no processo, estabelecendo parcerias entre a Prefeitura e organizações, a fim de facilitar a prestação da assessoria gratuita prevista em lei. A celebração de convênios com essa finalidade foi aprovada pela Câmara Municipal da cidade em 2019, por meio da Lei 7.362. Essa autorização para a criação da Engenharia Pública em Teófilo Otoni é fruto de um movimento incitado pelo Instituto de Engenharia e Agronomia do Nordeste de Minas – IENAM -, em prol da implementação da assistência técnica gratuita à população carente da cidade. Entretanto, com exceção das ações esporádicas de associações privadas e da solidariedade de profissionais ligados à construção civil, não se conhece na cidade alguma atividade organizada e atuante de engenharia e arquitetura pública. Sabe-se de tentativas de organização do Conselho Municipal de Habitação, órgão necessário para a gestão dos recursos que irão garantir a assistência de qualidade preterida. O que existe é, portanto, uma carência de modelos de funcionamento de uma engenharia pública aparelhada e sistemática, com o qual este projeto pretende contribuir. Logo, o trabalho extensionista proposto nesse projeto é de grande relevância, na medida em que ultrapassa a mera identificação dos problemas, procurando minimizá-los e dar o retorno necessário à comunidade. Espera-se que a participação da população seja intensificada, uma vez que abrange vários bairros da cidade e que as ações propostas tendem a abranger muitas famílias e organizações sem fins lucrativos.


Objetivos

Objetivo Geral Oferecer assessoria técnica para grupos de famílias e para integrantes de entidades e organizações assistenciais, sem fins lucrativos, mediante a elaboração de projetos de arquitetura e engenharia, orçamento e acompanhamento da execução de construções, reformas e/ou ampliações de habitações e de edifícios de interesse social. Objetivos Específicos • Orientar as famílias das comunidades e integrantes de ONGs com assessoria técnica no que se refere às ações necessárias à melhoria de suas edificações, desde a etapa de planejamento à fase construtiva; • Fomentar e articular a cooperação mútua entre indivíduos representantes de famílias e de ONGs para a busca de capacitação para a produção da habitação ou de outras edificações; • Direcionar a sinergia advinda da parceria entre pessoas e organizações para a proposição de alternativas e novos modos de produzir edificações; • Incentivar a racionalização de materiais de construção e a aplicação de técnicas de baixo custo, para promover a autonomia e minimizar desperdícios nas reformas das edificações; • Promover um modelo de arquitetura e engenharia publica que torne os participantes protagonistas de suas mudanças.


Metas

Impacto direto: 1- Provocação de diálogos envolvendo representantes de famílias, de organizações e de profissionais de projetos de arquitetura, engenharia e construção, para descobertas de necessidades comuns e de possibilidades de uso conjunto de recursos; 2- Identificação dos anseios do público envolvido, acompanhada da documentação dessas pretensões para a proposição de possíveis soluções técnicas; 3- Estabelecimento de parcerias com outros grupos e projetos de extensão dedicados ao desenvolvimento de projetos de habitação popular, de instalações físicas de projetos sociais e de capacitação em assistência técnica aplicada à construção civil; 4- Elaboração de projetos, cronogramas, orçamentos e acompanhamento de obras para os assessorados; 5- Produção de cronogramas e orçamentos de obra em planilhas eletrônicas ajustadas aos órgãos de financiamento da construção; 6- Promoção de um encontro final entre atendidos e equipe de extensão para debater os resultados alcançados e avaliar o papel da extensão universitária neste caso concreto. Impacto indireto: 7- Formação de profissionais críticos e éticos, comprometidos com intervenções transformadoras na sociedade e com o desenvolvimento sustentável; 8- Favorecimento da autonomia dos participantes, ampliando a sua capacidade de análise, discussão, prospecção, planejamento e cooperação, com consequente aumento da sua autoestima e confiança; 9- Desenvolvimento de um senso de responsabilidade social nos estudantes e profissionais envolvidos no Projeto, assim como da comunidade atendida, capaz de influenciar, de forma geral, toda a sociedade local. Indicadores: 1- Levantamento das necessidades: 8 reuniões até maio de 2022 2- Entrevistas semiestruturadas para identificar as pretensões dos assessorados e as respectivas soluções técnicas: 25 entrevistas até junho de 2022 3- Contatos para parcerias com outros grupos de projetos de extensão e da sociedade civil afins ao Projeto: 4 reuniões 4- Assessoria técnica: 25 estudos técnicos 5- Planilhas eletrônicas de cronogramas físico-financeiros de obra: 25 obras 6- Encontro final com os atendidos: uma reunião em novembro de 2022


Metodologia

Estão previstos encontros para articulação com possíveis parceiros e diálogo com o público envolvido, a fim de conhecer as suas necessidades. Parte do trabalho será dedicado à prestação de assessoria técnica às famílias e ONGs interessadas. Atividades necessárias e forma de execução: 1- Mobilização e criação de rede colaboradora Contato com profissionais de arquitetura, engenharia e construção, Prefeitura Municipal, grupos, projetos, associações e conselhos regionais relacionados ao tema desse Projeto para a formação e fortalecimento de parcerias. Serão identificadas as ações já existentes na cidade, assim como os atores interessados em atuar no processo de implementação da assessoria técnica gratuita em Teófilo Otoni. 2- Desenvolvimento da Identidade Visual e criação de plataformas de comunicação Realização de estudos de logomarca para a comunicação gráfica do “Escritório Público” com a participação da comunidade acadêmica e empresas da área de marketing. O desenvolvimento da linguagem visual facilita a divulgação do Projeto, contribuindo para a sua difusão. Adicionalmente, serão criados canais de comunicação em diferentes plataformas, a fim de dar visibilidade e contato do público ao EP. 3- Treinamento da equipe do Projeto Capacitação dos estudantes e outros membros da equipe colaboradora que vão a campo e prestarão assessoria técnica, quanto aos conteúdos abordados no Projeto, além do desenvolvimento de habilidades para trabalhar com a comunidade. 4- Reuniões com o público interessado Promoção de encontros com pessoas e organizações interessadas na construção ou reforma de moradias e edificações, com diálogos sobre formas de produzir edificações em cooperação mútua e sobre as necessidades do público-alvo. Conteúdo das reuniões: Emprego de tecnologias com baixa demanda de recursos, execução de obras em regime de ajuda-mútua, possibilidades de capacitação para serviços de obras, aproveitamento dos recursos humanos disponíveis e busca conjunta de fontes de financiamento, recondicionamento e reuso de materiais e componentes doados. 5- Assessoria técnica Elaboração de estudos técnicos e de projetos de obras a partir do diagnóstico das necessidades e das possibilidades de recursos do grupo, com diálogos e avaliação das propostas técnicas. Principais atividades técnicas: Orientações sobre técnicas construtivas, escoamento de água pluvial, correção de problemas como umidade, ausência de conforto térmico, acústico e lumínico etc. Desenvolvimento de projeto de arquitetura e engenharia de reforma, acréscimos, modificações ou novas construções, especificação de materiais e procedimentos, elaboração de orçamento, acompanhamento da execução das obras, aplicação de materiais de construção, além de outros tipos de assistência técnica necessários à melhoria do ambiente construído em geral. A visita ao local de intervenção para avaliar as suas condições, inclui: levantamento fotográfico e arquitetônico, levantamento das necessidades referentes às modificações pretendidas pelos moradores/usuários, preenchimento de checklist caracterizando as condições do imóvel. 6- Análise e Avaliação dos dados do Projeto Verificação dos resultados obtidos a partir dos trabalhos desenvolvidos no Projeto. Analisar aspectos quantitativos (número de atendidos, custos e tempo de execução das obras) e qualitativos (classificação das demandas, motivação e atitudes dos participantes). Acompanhamento da pós-execução de cada uma das assessorias prestadas, observando seus impactos e ainda pesquisando os pontos que precisam ser trabalhados para melhoria das intervenções conseguintes. 7- Redação do Relatório Final e Divulgação dos Resultados Divulgação dos resultados obtidos ao longo de 12 meses de Projeto e dos produtos advindos do item 6. Escrita de documentos que relatem essa experiência e que possam ser apresentados em eventos e publicados em periódicos de extensão, a fim de divulgar o trabalho e estimular a realização de Projetos semelhantes. Sistemática de Acompanhamento - Documentação dos eventos e encontros realizados, a partir do registro fotográfico e elaboração de atas: registro dos participantes e assuntos tratados; - Preenchimento de formulários (checklist) na fase de identificação das necessidades do público atendido e/ou possíveis visitas técnicas; - Controle das famílias e organizações atendidas, por meio do preenchimento de uma planilha onde constam o nome do solicitante, bairro, demanda apresentada, data e equipe de atendimento; - Análise dos documentos produzidos: projetos, orçamentos, material para capacitação; - Encontros da equipe técnica do projeto para avaliação a cada dois meses com registro de frequência dos participantes; Indicadores de avaliação: - Quantificação do número de eventos e encontros realizados, e respectivo número de participantes; - Número de formulários (checklist) preenchidos pelas equipes; - Número de levantamentos arquitetônicos e fotográficos realizados em campo; - Número de projetos de arquitetura e/ou engenharia, orçamentos e acompanhamento de obras realizados; - Quantificação e classificação das assessorias técnicas prestadas às famílias e ONG´s, in loco, sem projetos; - Número de horas de visitas, orientações técnicas e acompanhamento de obras in loco; - Número de horas despendidas na elaboração dos documentos técnicos (levantamentos, projetos e orçamentos).


Referências Bibliográficas

ALMEIDA, S. S. de; POMPERMAYER, R. de S.; SOUZA, M. C. de; FRANCO, M. L.; ALMEIDA, I. C.; BARROS, G. F.; ALVES, W. M.; COSTA, A. S. V. da .; HIGUCHI, A. K.; SANTOS, E. A.; RODRIGUES, S. P. Federal Law 11.888 and free technical assistance for the housing project in the municipality of Teófilo Otoni-MG. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 4, p. e4210413866, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i4.13866. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13866 Acesso em: 27 jul. 2022. BRASIL. LEI 11.888, de 24 de dezembro de 2008. Assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social e altera a Lei 11.124/2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11888.htm Acesso em: 27 jul. de 2021. BRASIL. Ministério das Cidades. Experiências em habitação de interesse social no Brasil. 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Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

As ações do Escritório Público (EP) incluem a promoção da interação dialógica entre a comunidade acadêmica e os setores sociais através dos seguintes pontos: 1. Pesquisa participativa: A comunidade acadêmica pode engajar-se em pesquisas participativas, envolvendo a população e outras partes interessadas na Identificação dos anseios do público envolvido, acompanhada da documentação dessas pretensões para a proposição de possíveis soluções técnicas, na definição de objetivos e metas para os projetos a serem elaborados, bem como na disseminação dos resultados alcançados. Esse enfoque permite que as ações do Escritório de Projetos sejam mais relevantes e aplicadas às necessidades e demandas da sociedade, garantindo maior envolvimento e participação dos atores locais. 2. Diálogo com setores públicos e privados: A comunidade acadêmica pode promover um diálogo constante com setores públicos e privados da sociedade, como governos (Prefeitura e Estado), empresas, organizações da sociedade civil, visando compartilhar conhecimento técnico e discutir políticas públicas a fim de desenvolver projetos de habitação popular, de instalações físicas de projetos sociais e de capacitação em assistência técnica aplicada à construção civil. Essa interação pode ocorrer por meio de reuniões, seminários, workshops, fóruns e outras atividades de troca de experiências e informações. 3. Divulgação científica: A comunidade acadêmica pode promover a divulgação científica, tornando o conhecimento produzido mais acessível e compreensível para a sociedade em geral a partir da Verificação dos resultados obtidos nas ações desenvolvidas no Projeto. Isso pode ser feito por meio de publicações em revistas populares, blogs, redes sociais, palestras abertas ao público, programas de rádio e televisão, entre outros meios de comunicação. Dessa forma, o conhecimento técnico e científico acumulado e seus impactos podem ser disseminados e utilizados para melhoria das intervenções conseguintes. 4. Educação e formação: A comunidade acadêmica pode contribuir para a sociedade por meio da educação e formação de profissionais qualificados. Isso pode envolver a formação de estudantes, capacitação de profissionais em exercício e treinamentos específicos para a comunidade. Através da educação e formação, a comunidade acadêmica pode contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades, ampliando a sua capacidade de análise, discussão, prospecção, planejamento e cooperação, com consequente aumento da sua autoestima e confiança, além do desenvolvimento de um senso de responsabilidade social nos estudantes e profissionais envolvidos no Projeto, assim como da comunidade atendida, necessárias para o avanço social e econômico de toda a comunidade local.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

A diretriz subjacente a essa abordagem é que a combinação de especialização e visão holística pode ser alcançada através da interação de modelos, conceitos e metodologias provenientes de diversas disciplinas e áreas do conhecimento, bem como através da construção de parcerias intersetoriais, interorganizacionais e interprofissionais. Dessa forma, busca-se conferir às ações do Escritório Público (EP) a consistência teórica e operacional necessária para garantir sua efetividade através de algumas práticas como: I. Diagnóstico e avaliação da melhor forma de se enquadrar a temática do projeto interdisciplinar nas etapas de concepção e elaboração de projetos de Arquitetura e Engenharia. II. Planejamento e desenvolvimento atividades que abordem e integrem conteúdos e/ou docentes de mais de uma unidade curricular ou área, de modo a contribuir para uma visão global do desenvolvimento de projetos de Arquitetura e Engenharia. III. Parcerias com conselhos, autarquias, entidades governamentais, empresas privadas e sociedade civil , visando entender as demandas da público-alvo e quais as práticas precisam ser abordas para o desenvolvimento e melhoramento dos serviços de Arquitetura e Engenharia.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

No que se refere à relação Extensão e Ensino, é um pilar fundamental do Escritório Público colocar o discente como protagonista de sua formação técnica - processo de obtenção de competências necessárias à atuação profissional -, e de sua formação cidadã – processo que lhe permite reconhecer-se como agente de garantia de direitos e deveres e de transformação social. Essas práticas serão consolidadas através do contato direto com uma parte da população que é extremamente carente da presença e dos serviços profissionais técnicos e das parcerias com profissionais já inseridos no mercado de trabalho. Na relação entre Extensão e Pesquisa, abrem-se múltiplas possibilidades de articulação entre a Universidade e a sociedade. A proposta do projeto Escritório Público é eminentemente prática, podendo dar respostas imediatas ou de curto prazo às necessidades da população da cidade, visando à produção de conhecimento que priorizam métodos de análise inovadores, a participação dos atores sociais e o diálogo, de forma a apreender saberes e práticas ainda não sistematizados, aproximar-se dos valores e princípios que orientam as comunidades e, assim, contribuir para sua transformação em direção à justiça, solidariedade e democracia.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

As ações do Escritório Público (EP) incluem a mobilização de indivíduos e organizações para a criação de parcerias e processos de ajuda-mútua, a fim de potencializar conhecimentos e recursos. Do ponto de vista acadêmico, a participação dos estudantes no EP representa um diferencial, permitindo-lhes aplicar os conhecimentos adquiridos nas matérias da graduação. Todavia, avança para questões além das abordadas nas disciplinas, na medida que insere o estudante no meio onde as carências são reais, colocando-o em contato direto com as necessidades mais prementes de uma população desprovida, não só de recursos financeiros, mas, sobretudo, de orientações mínimas sobre suas construções que possam lhes propiciar mais qualidade de vida. A atividade extensionista contribui ainda na formação de outras habilidades no discente, que fazem parte dos objetivos do projeto pedagógico dos cursos pertencentes ao ICET, destacando-se: - Conscientização da importância de seu papel enquanto agente transformador na sociedade; - Desenvolvimento do potencial criativo, raciocínio e visão crítica da sociedade; - Desenvolvimento do manejo adequado do tratamento de dados e informações; - Valorização da produção e utilização do conhecimento técnico-científico. - Valorização da interdisciplinaridade, interprofissionalidade e indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão.


Impacto e Transformação Social

Com relação as diretrizes de impacto e transformação social, o projeto Escritório de Projetos espera: i) Identificar os anseios do público envolvido, acompanhada da documentação dessas pretensões para a proposição de possíveis soluções técnicas; ii) Fomentar e articular a cooperação mútua entre indivíduos representantes de famílias e de ONGs para a busca de capacitação para a produção da habitação ou de outras edificações; iii) Direcionar a sinergia advinda da parceria entre pessoas e organizações para a proposição de alternativas e novos modos de produzir edificações; iv) Estabelecer parcerias com outros grupos e projetos de extensão dedicados ao desenvolvimento de projetos de habitação popular, de instalações físicas de projetos sociais e de capacitação em assistência técnica aplicada à construção civil; v) Elaborar projetos, cronogramas, orçamentos além do acompanhamento de obras para os assessorados; vi) Produção de cronogramas e orçamentos de obra em planilhas eletrônicas ajustadas aos órgãos de financiamento da construção; vii) Incentivar a racionalização de materiais de construção e a aplicação de técnicas de baixo custo, para promover a autonomia e minimizar desperdícios nas reformas das edificações; viii) Promover um modelo de arquitetura e engenharia publica que torne os participantes protagonistas de suas mudanças.


Divulgação

A partir da aprovação da proposta, estão previstos encontros para articulação com possíveis parceiros e diálogo com o público envolvido, a fim de conhecer as suas necessidades. Parte do trabalho será dedicado à prestação de assessoria técnica às famílias e ONGs interessadas. Após a mobilização da equipe, as primeiras atividades do projeto estão relacionadas à realização de estudos de logomarca para a comunicação gráfica do “Escritório Público” com a participação da comunidade acadêmica e empresas da área de marketing. O desenvolvimento da linguagem visual facilita a divulgação do Projeto, contribuindo para a sua difusão. Adicionalmente, serão criados canais de comunicação em diferentes plataformas, a fim de dar visibilidade e contato do público ao EP.


Propriedade(s) Intelectual

No âmbito acadêmico: Artigos e trabalhos científicos envolvendo as atividades desenvolvidas durante as ações do projeto; No âmbito técnico/profissional: Portfólio técnico acerca dos projetos de arquitetura e engenharia elaborados durante o projeto.

Público-alvo

Descrição

Famílias pertencentes à faixa de população de baixa renda, que demandam novas moradias ou melhorias nas suas atuais, seja por causa da sua inadequação, ou pela necessidade de mudança de local.

Descrição

ONGs que realizam trabalho social em Teófilo Otoni e região, que demandam estudos e projetos de edificações para suas atividades, e não têm acesso aos profissionais de arquitetura e engenharia.

Municípios Atendidos

Município

Teófilo Otoni - MG

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

Parceria com profissionais habilitados nos conselhos. Parceria com instituições do setor privado. Assessoria técnica.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 24 h

Carga Horária 8 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

FASE II: Execução E - Reuniões com o público interessado. F - Assessoria técnica. G - Relatório parcial da Fase II

Carga Horária 8 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

FASE III - Avaliação H - Análise e avaliação dos dados do Projeto. I - Redação do relatório final e divulgação dos resultados.

Carga Horária 8 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

FASE I - Planejamento A - Mobilização e criação de rede colaboradora. B - Desenvolvimento e identidade visual e criação de plataformas de comunicação. C - Treinamento da equipe do projeto D - Relatório parcial da FASE I